descoberta do mundo. Pois Você é a poesia, a harmonia, o sonho, a fibra, a luta, a vitória do dia-a-dia.
Parabéns pelo seu dia!
A Prática de Ensino:Elemento Articulador da Formação do Professor
A Prática de Ensino na Formação
do Professor – Concepções e Fundamentos. Refletir sobre esta temática é tarefa desafiadora, muito se tem estudado e publicado sobre ela ao se buscar caminhos favorecedores e esclarecedores da prática docente, para assegurar uma formação de qualidade para os professores e suas práticas. -Mas de quais práticas estamos falando? -Qual o tratamento a ser dispensado à essa Prática? -Quais são os elementos constitutivos da prática docente? -Qual a importância do estágio na formação do professor e na construção da identidade docente? É no estágio que o aluno fará a definição dos paradigmas formativos para a sua prática e a construção da sua identidade profissional, pois ela é construída no dia-a-dia do seu exercício. Para uma boa formação o estágio deve propor existência de projetos pedagógico articulado, com avaliações e redimensionamento freqüentes para assegurar todas as ações. O estágio curricular pode e deve constituir-se como foco principal a reflexão e a critica envolvendo docentes e discentes. A reflexão deve ultrapassar o plano da competência, no sentido estrito do compreender a refletir e a compreender as necessidades, dando sentido às idéias e à teoria. A ação e a reflexão devem operarem simultaneamente na formação do professor, não podemos nos valer somente das teorias. O estagiário deve ter consciência que seus caminhos serão norteados pela teoria e prática pois eles são indissociáveis. O estágio deve pautar-se pela investigação da realidade, por uma prática intencional, de modo que as ações sejam marcadas por processos reflexivos entre os professores formadores e os futuros professores, ao examinarem, questionarem e avaliarem criticamente o seu fazer, o seu pensar e a sua prática. De quais práticas e teorias necessitamos? -Os desafios e as buscas são muitas tanto pelo professor quanto pelo aluno. Essa preocupação é grande devido a dimensão dos saberes disponíveis eletronicamente, tidos como mais eficientes e atraentes. E hoje podemos pensar ou mesmo confirmar que há uma intimidação dos professores diante da modernização da sociedade e da informatização. E esse fato ocorre devido a lacunas na precária formação inicial do professor. O professor é muitas vezes formado para repetir modelos e não para produzir conhecimentos e esse fato dificulta muito para ele desenvolver uma prática investigativa, favorecedora da vinculação entre a teoria e a prática isso decorre da formação que ele recebe. Devemos nos preocupar com a formação inicial pois ela é o começo da busca de uma base bem estruturada. O estagiário deve pautar sua prática com reflexão – promovendo os saberes da experiência, conjugados com a teoria promovendo assim uma análise integrada e sistemática da sua ação educativa de forma investigativa e interventiva. É a partir da ação docente que adquirimos a construção de uma postura reflexiva e uma das bases necessárias na formação é a pesquisa. É com a pesquisa e a elaboração do saber-fazer que se constrói a autonomia docente. “a pesquisa provoca no acadêmico certa desestruturação de suas certezas, pois enfrentar uma situação concreta que precisa ser refletida não pode ser buscada simplesmente na reprodução de idéias”. 18/03/11 Não é possível desejar que o professor tenha uma prática investigativa se sua formação não priorizou a investigação a partir da análise, da reflexão, da critica e de novas maneiras de se educar. 1.3- ESTÁGIO: teórico, prático ou teórico-prático? A busca pela compreensão desta relação calcada em modelos reprodutivistas vem sendo mudado pela LDB nº 9394/96 e por outros pareceres do Conselho Nacional de Educação, na tentativa de adequar em um modelo pradão. O Parecer CNE/28/2001 vem estabelecer a duração do curso e da CH para formação de professores e também colocar em pauta a questão do aumento de horas para a realização do estágio. O objetivo principal desta mudança no estágio é levar o aluno a vivenciar a realidade educacional em que atuará, aprendendo com isso a fazer uma investigação crítica da realidade observada. O estágio muitas vezes tem sido constituído de forma burocrática, desprovida de uma meta investigativa. Essa forma reforça o ensino como imitação de modelos e não ensina a análise crítica do contexto escolar que é a formação real do professor. O estágio é concebido como o momento da prática e da aprendizagem de técnicas do bem fazer. Ele serve para evidenciar os problemas existentes na formação profissional/docente, explicitados pela dissociação entre prática e teoria. A formação de professores e sua prática não podem mais ser consideradas executoras de modelos, de decisões alheias, e sim capazes de analisar, decidir, confrontar práticas e teorias, e produzir novos conhecimentos referenciados ao contexto histórico educacional. O estágiario deve conseguir dimencionar o alcance das suas ações, na sala de aula, da sua prática na sala de aula, a importância das práticas coletivas e institucionais, deve ter clareza para agir e intenção de intervir e modificar A ação é condição necessária e fundamental para qualquer educador, e esta ação refere ao modo de agir e pensar, suas concepções de mundo, de conhecimento, enquanto a prática é institucionalizada e expressa a cultura e a tradição das instituições. A ação docente envolve, ao mesmo tempo, prática e ação, ela não pressupõe somente o “saber fazer”, ela representa um desejo, uma intenção,uma necessidade do sujeito mediada pelos sistemas de valores coletivos e pelos compromissos que orientam a educação. Portanto , a relação teoria-prática seria insuficiente para se entender a ação, se ela não contemplar a ética para agirmos individual e coletivamente. Somente o trabalho docente na sala de aula é insuficiente para se compreender os elementos que condicionam a prática profissional; o trabalho docente transcede a sala de aula. 1.4- formação de professores e prática docente As várias reformas educacionais vem enfatizando que “Novos tempos” requerem nova qualidade educativa, implicando mudança geral no currículo, na gestão educacional, na avaliação dos sistemas e principalmente na profissionalização dos professores. Devemos como futuros professores desenvolver o movimento do pensar ou o desenvolvimento das competências do pensar. Libaneo, coloca que é responsabilidade da escola desenvolver a qualidade o pensar nos alunos e professores. Vários autores criticam e orientam que, devemos sair da mesmice e buscar construir estratégias intencionalmente planejadas. O conhecimento deve ser mobilizado na reflexão-na-ação. Zeichner, coloca que deve haver um alargamento da prática para além da sala de aula e uma valorização da relação escola comunidade, pois o conhecimento vem da prática, mas não é exclusivo dela. E para mudar este foco de análise, devemos resgatar o papel do professor, destacando a importância de se pensar a formação numa abordagem que vá alem do acadêmico, envolvendo o desenvolvimento pessoal, profissional e organizacional da profissão docente. Com as mudanças na prática docente, a profissão docente passa a ser entendida não só como um conjunto de competências e técnicas e sim na sua totalidade de modo que o seu jeito de ser tem a ver com suas qualidades. O pensamento reflexivo e a capacidade investigativa não se desenvolvem espontaneamente, eles precisam ser instigados, cultivados e requerem condições favoráveis para o seu surgimento. É reconhecido, atualmente, como ponto positivo da prática docente, um conjunto de saberes que vai além dos conhecimentos específicos, com a finalidade de incitar os alunos a desenvolverem reflexões e atitudes sistematizadas, próprias de um professor reflexivo.