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Saúde
Infantil M9
Parte 1
Disciplina de Saúde
1. Os direitos e deveres da criança
1.1. Conhecimento dos direitos e deveres do adulto e da criança 5. Sintomas comuns na infância ( Febre, Vómitos, Diarreia, Dor
1.2. Conhecimento da carta de direitos da criança hospitalizada abdominal / Cólicas abdominais, Tosse, Rinorreia, Lesões cutâneas)
1.3. Respeito pelas crenças e valores 6. Criança doente e causas fisiológicas de maior suscetibilidade na 1ª
Deves saber que entre os teus direitos enquanto ser humano estão:
• Direito à vida e à integridade pessoal - A integridade moral e física das pessoas é inviolável.
Ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos.
• Direito ao ensino - Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades
de acesso e êxito escolar. O ensino básico deve ser universal, obrigatório e gratuito.
• Liberdade de expressão e informação - Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu
pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar,
de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
• Direito à liberdade e à segurança
• Liberdade de consciência, de religião e de culto - A liberdade de consciência, de religião e de culto é
inviolável. Ninguém pode ser perseguido, privado de direitos ou isento de obrigações ou deveres cívicos por
causa das suas convicções ou prática religiosa.
• Direito de sufrágio - Todos os cidadãos maiores de 18 anos têm o direito de votar, ressalvadas as
incapacidades previstas na lei geral.
• Saúde - Todos têm direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover.
• Habitação e urbanismo - Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão
adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.
• Família, casamento e filiação - Todos têm o direito de constituir família e de contrair casamento em condições
de plena igualdade.
• Inviolabilidade do domicílio e da correspondência - O domicílio e o sigilo da correspondência e dos outros
meios de comunicação privada são invioláveis.
• Utilização da informática - Todos os cidadãos têm o direito de acesso aos dados informatizados que lhes
digam respeito, podendo exigir a sua retificação e atualização, e o direito de conhecer a finalidade a que se
destinam, nos termos da lei.
Em relação à Infância e Juventude:
• Infância - As crianças têm direito à proteção da sociedade e do Estado, com vista ao seu
desenvolvimento integral, especialmente contra todas as formas de abandono, de discriminação e de
opressão e contra o exercício abusivo da autoridade na família e nas demais instituições. É proibido, nos
termos da lei, o trabalho de menores em idade escolar.
• Juventude - Os jovens gozam de proteção especial para efetivação dos seus direitos económicos, sociais
e culturais, nomeadamente:
1. No ensino, na formação profissional e na cultura
2. No acesso ao primeiro emprego, no trabalho e na segurança social
3. No acesso à habitação
4. Na educação física e no desporto
5. No aproveitamento dos tempos livres
Carta dos direitos da criança hospitalizada
1.A admissão de uma criança no Hospital só deve ter lugar quando os cuidados
necessários à sua doença não possam ser prestados em casa, em consulta externa ou
em hospital de dia.
2.Uma criança hospitalizada tem direito a ter os pais ou seus substitutos, junto dela,
dia e noite, qualquer que seja a sua idade ou o seu estado.
3.Os pais devem ser encorajados a ficar junto do seu filho devendo ser-lhes facultadas
facilidades materiais sem que isso implique qualquer encargo financeiro ou perda de
salário. Os pais devem ser informados sobre as regras e as rotinas próprias do serviço
para que participem ativamente nos cuidados ao seu filho.
4. As crianças e os pais têm o direito a receber uma informação adaptada à sua idade
e compreensão. As agressões físicas ou emocionais e a dor devem ser reduzidas ao
mínimo
5. As crianças e os pais têm o direito a serem informados para que possam participar
em todas as decisões relativas aos cuidados de saúde. Deve evitar-se qualquer exame
ou tratamento que não seja indispensável.
6. As crianças não devem ser admitidas em serviços de adultos. Devem
ficar reunidas por grupos etários para beneficiarem de jogos, recreios e
atividades educativas adaptadas à idade, com toda a segurança. As
pessoas que as visitam devem ser aceites sem limites de idade.
10. A intimidade de cada criança deve ser respeitada. A criança deve ser
tratada com cuidado e compreensão em todas as circunstâncias.
1.3. Respeito pelas crenças e valores
Percentis de peso
• O peso é a medida antropométrica mais comum. Na realidade, esta medida é de massa corporal e não
de peso, mas este último termo é universalmente aceite e de difícil substituição.
• O peso é uma medida elementar para a avaliação nutricional, particularmente no que respeita a
situações de insuficiência ponderal de excesso de peso ou obesidade.
• Trata-se da medida antropométrica mais usada nos serviços de saúde em todo o mundo, sendo
facilmente obtida e é importante no cálculo da dosagem de medicamentos e planos alimentares, na
definição do risco nutricional e na definição do perfil nutricional da criança, com o objetivo de planear,
implementar e avaliar programas de saúde infantil.
• Como qualquer medida antropométrica, o valor obtido para o peso não deve ser interpretado
isoladamente mas sim posicionado numa tabela de percentis que consta do boletim de saúde infantil e
juvenil.
• A evolução ponderal na trajetória do crescimento não é linear, podendo sofrer alterações e depender de
fatores exógenos pontuais, bem como apresentar características
Percentis de comprimento
• As crianças alimentadas com leite materno não sofrem de excesso de peso, o mesmo não
acontecendo com o aleitamento artificial se não se seguirem as indicações dos técnicos de
saúde.
• Os problemas podem ter início aquando da introdução de novos alimentos,
nomeadamente as farinhas, não enquanto refeição, mas como acréscimo ao leite no
biberão – “ para engrossar “
• Salvo raras exceções, o excesso de peso dos bebés e das crianças resultam sempre de um
excedente de alimentos, quase sempre da responsabilidade de quem cuida.
• Os maus hábitos alimentares começam ao longo da infância e da adolescência,
prolongando-se até à vida adulta.
• Para muitos adultos, consciente ou inconscientemente, dar de comer é uma forma de
exprimir afeto, e por tal quanto mais e do gosto da criança, melhor.
Erros mais comuns:
Bebés com excesso de peso:
• • Fazer doces de leite artificial muito açucarados
• • Introduzir farinhas na dieta do bebé demasiado cedo
• • Acrescentar desnecessariamente farinha ao biberão de leite para o tornar “ mais agradável “ e
ajudar a crescer
• • Dar alimentos doces muito cedo, não permitindo o hábito por alimentos menos ou não doces
Crianças com excesso de peso
• • Recusar comer determinados alimentos que são substituídos por outros francamente do seu
agrado
• • Recusar comer às refeições
• • Preferência por alimentos doces.
• O excesso de peso na criança agrava-se muitas vezes por falta de atividade física, podendo tornar-se
problemático e um círculo vicioso. Ou seja, uma dificuldade em participar nos desportos, poderá levar
a um mau estar compensável por uma ingestão de mais doces e assim sucessivamente, até a
adolescência ou vida adulta, podendo vir a desencadear problemas físicos e psíquicos de gravidade.
Como ajudar?
• Seguir o Esquema de Vigilância de Saúde ou recorrer a um técnico de saúde
cumprindo as suas orientações.
• Corrigir os erros identificados.
• Planear a correção de erros alimentares da família, servindo assim de modelo e
traduzindo-se em benefício para todos a curto e longo prazo.
• Evitar guloseimas
• Em casa substituir os doces por fruta
• Observar se a criança come por andar tensa, nervosa ou com medos, tentando
resolver o motivo
• Conquistar, quando a idade permitir, a cooperação da criança para que não coma fora
de casa e das refeições.
• Uma vigilância de saúde correta pode evitar este problema bem como as suas
consequências.
A alimentação no primeiro ano de vida
• Aleitamento materno
• Doença grave da mãe - toma de medicamentos prejudiciais ao bebé, e que passam pelo leite
• Mãe com pouco ou sem leite
• Incapacidade do Bebé chupar, por várias razões
• Perda de peso sem o peso desejado à nascença
• Grande cansaço ou ansiedade da mãe provocadas pelas necessidades do bebé
• Lesões do mamilo
• Outros
Leites adaptados
• O aleitamento artificial pode ocorrer desde o início da vida do bebé, o que é raro, ou mais tarde por
diversas razões.
• Tal como já foi referido alimentar uma criança é mais que dar-lhe de comida. A relação afetiva que
acompanha este ato é importantíssima e não há razão para que não esteja garantida no aleitamento
artificial.
• O aleitamento misto pode surgir quando:
• Em cada mamada se oferece um suplemento de leite artificial
• Se substitui uma mamada por uma refeição de leite artificial.
• Devem ter-se os cuidados e preocupações inerentes ao aleitamento materno e artificial, devendo no
primeiro caso o aleitamento artificial ser oferecido após o materno.
Diversificação Alimentar
• Depois dos quatro meses o bebé está preparado para ingerir novos alimentos e digeri-los. Mas, se o
bebé é amamentado, fica satisfeito e está a crescer bem, pode assim continuar até aos seis meses.
• Se está ser alimentado com leite artificial e não fica satisfeito, deve participá-lo aos técnicos de saúde.
Geralmente há uma grande pressão do exterior para o desmame, quando começar, o que dar, como
dar.
• Desmame é uma forma acompanhar as exigências do crescimento e desenvolvimento da criança e um
modo de incentivar a sua autonomia.
• A introdução de novos alimentos não é um problema do ponto de vista do bebé, mas alguns demoram
mais tempo que outros a habituar-se a comer alimentos sólidas, bem como as suas mamadas de leite.
• Sugestão de desmame a partir dos:
• 4 Meses se estiver a ser alimentado com leite artificial
• 6 Meses se estiver a ser amamentado.
• Tradicionalmente a primeira refeição sólida é constituída por papa de cereais, que não à base de trigo.
Geralmente bem aceite pelo bebé, dado a consistência e paladar, pode no entanto em vez desta, dar-
se o puré de legumes.
• Fruta, carne, peixe e ovos é a sequência aconselhada para introduzir alimentos, devendo ser feito à
colher.
• É importante continuar a dar leite, seja materno ou artificial, devendo este último ser readaptado pelo
médico.
• O leite é um importante fornecedor de proteínas (fundamentais ao crescimento muscular e dos
órgãos) e é quase a única fonte de cálcio (necessário para os ossos e dentes). Nunca se deve dar menos
que meio litro de leite por dia.
Idade e introdução de alimentos
•4 MESES - 3 a 4 refeições por dia, sendo uma de papa de farinha 1 Refeição de papa de farinha
ou puré de legumes
•4 E MEIO A 5 MESES
2 a 3 refeições de leite •ENTRE OS 8 E OS 9 MESES
1 Refeição de puré de legumes e fruta esmagada 2 ou 3 refeições lácteas ( leite, papa láctea de farinha ou iogurte )
1 Refeição de farinha 2 Refeições de puré de legumes com carne, peixe ou gema de ovo e
fruta
•ENTRE OS 5 E OS 6 MESES
2 ou 3 refeições de leite •DEPOIS DOS 9 MESES
1 Refeição de puré de legumes com carne picada e fruta 2 Refeições lácteas
esmagada 2 Refeições de:
1 Refeição de papa de farinha oSopa
•ENTRE OS 6 E OS 7 MESES oCarne, peixe ou ovo, com puré de batata ou
2 a 3 refeições de leite ( 1 pode ser de iogurte simples ) hortaliça cozida, arroz ou massa
1 Refeição de puré de legumes com carne ou peixe, e fruta
oFruta em sumo ou esmagada
oAos poucos o puré de legumes deve passar a ser mais espesso
Alimentos permitidos com reserva:
• BOIÕES
• Utilizar só como recurso • AÇÚCAR
• Incentivar maus hábitos estraga os dentes, engorda e pode estar
na origem de doenças em adulto. Os alimentos têm açúcar, não
• SOBREMESAS DOCES adicione mais
• Podem ser um modo de fornecer leite a uma criança que
• bebe pouco, mas há outros modos de o fazer sem o • MEL
inconveniente do açúcar
• Alimento natural que a ser dado deve sê-lo em muito pequenas
quantidades e nunca como meio de calar ou adormecer
• BOLACHAS, BOLOS E GULOSEIMAS
• Nos intervalos das refeições tiram o apetite • AÇORDA
• Com iogurte devem escolher-se as mais simples • Só deverá ser utilizada como modo de dar carne, peixe ou ovo
quando a criança os não quer no puré de legumes. Não deverá
ser dado mais do que uma vez por semana. A acontecer deve ser
feito com pão de mistura.
• Alimentos a evitar
• Cereais ricos em fibra, O bebé não está preparado uma vez que a sua
digestão é difícil.
• Queijo feito com leite não pasteurizado até o bebé ter 2 anos.
• Não dar queijo fresco
• Alimentos salgados, gordos ou doces
• Não dê amendoins a um bebé (pode sufocar ao comê-los)
• Alimentos proibidos
• Fígado e mioleira – Estes alimentos estão intimamente ligados à
transmissão de doenças de origem animal, pelo que não devem ser
ingeridos por crianças e adultos.
• Espinafres, nabos e beterrabas antes dos 6 meses.