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Estruturas de mercado: critérios de

diferenciação segundo a
Microeconomia Tradicional
Características dos Mercados
• Número de Empresas Existentes => Implicação: poder
de mercado e interdependência estratégica;

• Homogeneidade ou Diferenciação dos produtos =>


Implicação: segmentação de mercados e relações de
clientela;

• Grau de Facilidade de Entrada e saída no mercado


(Barreiras à entrada e à saída) => Implicação: condições
de rentabilidade, estratégias de “hit and run”, “sunk
costs”;
Tipos dos Mercados (tradicionais)

• Concorrência Perfeita - muitas pequenas empresas


vendem um produto homogéneo;

• Monopólio - existência de uma única empresa


vendedora;

• Concorrência Monopolística - muitas pequenas


empresas vendem um produto diferenciado;

• Concorrência Imperfeita - existência de poucos


vendedores no mercado;
ESTRUTURAS DE MERCADO BÁSICAS

• CONCORRÊNCIA PERFEITA
• CONCORRÊNCIA IMPERFEITA
• MONOPÓLIO
• OLIGOPÓLIO
• MONOPSÔNIO
• OLIGOPSÔNIO
• MONOPÓLIO BILATERAL
• CONCORRÊNCIA MONOPOLISTA
Maximização de lucros
• Será que as empresas maximizam lucros?
– Outros objetivos possíveis:
• Maximização da receita
• Maximização de dividendos
• Maximização de lucros no curto prazo
Maximização de lucros
Será
Será que
que as
as empresas
empresas maximizam
maximizam lucros?
lucros?
• Implicações de objetivos que não sejam a
maximização dos lucros
• No longo prazo,os investidores deixariam de
investir na empresa
• Sem lucros, a sobrevivência seria improvável
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
• Determinação do nível de produção que
maximiza os lucros
– Lucro (  ) = Receita total - Custo total
– Receita total (R) = Pq
– Custo total (C) = Cq
– Logo:

 (q)  R(q)  C (q)


Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
Maximização
Maximização de
de lucros
lucros no
no curto
curto prazo
prazo
Receita total
Custo, R(q)
receita e
lucro
(dólares por ano)

Inclinação de R(q) = RMg

0 Produção (unidades por ano)


Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
C(q)
Maximização
Maximização de
de lucros
lucros no
no curto
curto prazo
prazo
Custo,
receita e Custo total
lucro
(dólares por ano)

Inclinação de C(q) = CMg

Por que o custo é positivo quando q é zero?

0 Produção (unidades por ano)


Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
• Receita marginal é a receita adicional
proveniente da produção de uma unidade
a mais de produto.

• Custo marginal é o custo adicional


associado à produção de uma unidade a
mais de produto.
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros

• Comparando R(q) e C(q)


Custo,
– Nível de produção: 0- q0: receita
e lucro
C(q)
• C(q)> R(q) (dólares por ano)

– Lucro negativo A R(q)


• RMg > CMg
– Indica que o lucro deve B
aumentar com a
expansão da produção

0 q0 q*
 (q )
Produção (unidades por ano)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros

• Comparando R(q) e C(q) Custo,


receita
– Nível de produção: q0- q*
e lucro
(dólares por ano) C(q)
• R(q)> C(q)
A R(q)
• RMg > CMg
– Indica que o lucro deve
aumentar com a B
expansão da produção
– Lucro é crescente

0 q0 q*
 (q )
Produção (unidades por ano)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros

• Comparando R(q) e C(q)


Custo,
– Nível de produção: q* receita e
lucro
• RMg = CMg (dólares por ano) C(q)

• Nível máximo de lucro A R(q)

0 q0 q*
 (q )
Produção (unidades por ano)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros

• Pergunta Custo,
receita e
– Por que o lucro diminui lucro
(dólares por ano) C(q)
quando a produção se R(q)
A
torna maior ou menor
que q*?
B

0 q0 q*
 (q )
Produção (unidades por ano)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros

• Comparando R(q) e C(q)


Custo,
– Nível de produção maior receita e
lucro
que q :
* (dólares por ano) C(q)

• R(q)> C(q) A R(q)

• CMg > RMg


• Lucro é decrescente B

0 q0 q*
 (q )
Produção (unidades por ano)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros

• Logo, podemos dizer Custo,


que: receita e
lucro
(dólares por ano) C(q)
– Os lucros são A R(q)
maximizados quando
CMg = RMg. B

0 q0 q*
 (q )
Produção (unidades por ano)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros

R
RMg 
q
  R-C
C
CMg 
q
CONCORRÊNCIA PERFEITA -
CARACTERÍSTICAS
• O modelo de concorrência perfeita descreve um
mercado no qual nenhum agente tem capacidade para
influenciar os preços (poder de mercado nulo).

• Assim, cada empresa age individualmente, sem precisar


ter em conta as decisões das outras.

• Observando o preço de mercado, decide que


quantidade pretende vender a esse preço.

• É um bom ponto de partida para o estudo de estruturas


de mercado mais complexas.
CONCORRÊNCIA PERFEITA -
CARACTERÍSTICAS
• Existem muitos produtores e muitos vendedores,
negligenciáveis em termos individuais.

• Os produtos das diferentes empresas são substitutos


perfeitos, ou seja, o produto é homogêneo.

• Os agentes têm toda a informação relevante.

• Tanto as empresas na indústria como os potenciais


novos entrantes têm igual acesso à tecnologia e aos
fatores de produção.

• Não existem barreiras à entrada ou saída do mercado


Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
• Demanda e receita marginal para
empresas competitivas
– Aceitação de preços
– Produção de mercado (Q) e produção da
empresa (q)
– Demanda de mercado (D) e demanda da
empresa (d)
– R(q) é uma linha reta
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
Curva
Curvada
dademanda
demandacom
comaaqual
qualse
sedefronta
defrontauma
umaempresa
empresacompetitiva
competitiva
Preço Preço
(dólares (dólares
por Empresa Setor
por
Bushel) Bushel)

$4 d $4

Produção Produção
100 200 (bushels)
100 (milhões
de bushels)
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros
Demanda
Demanda ee receita
receita marginal
marginal para
para empresas
empresas competitivas
competitivas

• A empresa competitiva
– A demanda da empresa competitiva
• O produtor individual vende todas as suas
unidades de produto por $4, independente do
seu nível de produção.
• Se o produtor cobrar um preço mais elevado,
suas vendas cairão para zero.
Receita marginal, custo marginal,
e maximização de lucros

• Maximização de lucros por uma empresa


competitiva
– Maximização de lucros
• CMg(q) = RMg = P
Formação de preços na conc perfeita
Equilíbrio
da Firma
Lucro como área entre Preço e Custo Médio Total
(a) Firma com Lucros (b) Firma com perdas
Preço Preço

CMg CMg

Lucro
CMT CMT
P

CMT
CMT

P = RMe = RMg P

Perda P = RMe = RMg

0 Q 0
Quantidade Q Quantidade
Noção de Lucro Econômico Zero

• Lucro se iguala à receita Total menos o Custo Total.

• Custo total inclui todo o custo oportunidade da firma

• Em equilíbrio com lucro econômico zero, a receita da


firma compensa seus proprietários pelo tempo e dinheiro
despendido na viabilização da produção.

• Noção de “rentabilidade normal” associada ao lucro


econômico zero.

• Diferenciação: lucro econômico x lucro contábil.


Mercados não competitivos
(Monopólio): características;
maximização do lucro da firma e
análise do equilíbrio de mercado;
o índice de Lerner .
Monopólio – Definição geral
• 1. Existe apenas uma empresa produtora;
• 2. A empresa produtora é “price-maker”, ou seja, é o
monopolista que fixa o preço do produto;
• 3. Curva de demanda da firma é negativamente
inclinada
• 4. Existem muitos compradores de pequena dimensão,
que são “price-takers”;
• 5. A entrada no mercado está impossibilitada por
barreiras estruturais e/ou estratégicas;
• 6. Não existem substitutos próximos.
• 7. Não existe mecanismo de eliminação do lucro
econômico via concorrência
Monopólio – Origem
• As barreiras à entrada na indústria, que tornam
o mercado monopolista, podem ser de natureza
estrutural ou estratégica.
• As barreiras estruturais decorrem das
características tecnológicas, econômicas ou
legais dos mercados.
• As barreiras estratégicas são devidas à ação
deliberada dos monopolistas, que procuram
evitar a entrada de concorrentes e manter a sua
posição dominante.
Monopólio – Exemplos de barreiras
estruturais
• 1. Economias de escala (monopólios naturais);
• 2. Economias de aprendizagem;
• 3. Economias de relacionamento/confiança;
• 4. Diferenciação (clubes de futebol);
• 5. Efeitos de rede (Windows, redes de telefonia
celular)
• 6. Patentes (incentivo à inovação);
• 7. Concessões (incentivo ao investimento);
• 8. Tarifas e quotas (restrições ao comércio
internacional).
Monopólio – Exemplos de barreiras
estratégicas
• 1. Preço limite: preço fixado não com o objetivo de
maximizar o lucro, mas com o objetivo de fazer com que
a entrada no mercado não seja rentável;
• 2. Excesso de diferenciação: a proliferação de marcas
domina o mercado de forma a não deixar espaço a
potenciais concorrentes (cereais para café da manha,
imprensa);
• 3. Controle de inputs e franchise: a integração vertical e
os contratos de exclusividade garantem vantagens
competitivas à empresa instalada em termos de custos
de transação;
• 4. Publicidade: a fidelização e a imagem de marca
podem tornar a entrada demasiado dispendiosa.
Maximização de Lucro fixação de
preços em Monopólio
Custos e 2. … curva de demanda
Receitas indica o preço qué
consistente com essa
quantidade.
1. Interseção de CMg e
Rmg define a quantidade a
ser produzida pelo
Preço de B monopolista…
Monopólio

Custo Médio Total

A
Demanda

Custo Marginal
Receita marginal

0 Q1 QMAX Q2
Quantidade
Precificação e Poder de Mercado em Monopólio

• Poder de mercado é a habilidade de uma firma de


aumentar o preço sem perder a totalidade de suas
vendas

• Qualquer firma que se defronta com uma curva de


procura descendente tem poder de mercado

• O poder de mercado confere à firma a capacidade de


fixar um preço maior do que o seu custo médio e auferir
lucro econômico – lucro maior do que o lucro normal –
se as condições da demanda e dos custos o permitirem

• No longo prazo uma firma com poder de mercado pode


manter lucro econômico porque a entrada de novas
firmas é difícil
Precificação e Poder de Mercado em Monopólio

• Monopólio – uma única firma produzindo e vendendo um


produto para o qual não existem substitutos próximos
num mercado em que não existe a possibilidade de
entrada de concorrentes no longo prazo – é uma
situação extrema de poder de mercado

• Embora o monopólio seja raro no mundo real, em muitas


situações firmas possuem poder de mercado e tomam
decisões de preço e produção maximizadoras do lucro
de uma maneira semelhante à de um monopolista.
Essas firmas podem utilizar a teoria do monopólio como
guia para seu processo de tomada de decisões.

• Poder de mercado não existe de maneira absoluta mas


em graus variados
Precificação e Poder de Mercado em Monopólio

• A intensidade do poder de mercado de uma empresa está


relacionado inversamente com a existência de bens substitutos
para o seu produto e, conseqüentemente, pode ser medido de
forma aproximada pela elasticidade-preço da demanda pelo
produto e pelas elasticidades-cruzadas da demanda

• O ìndice de Lerner - (Preço menos custo marginal)/Preço) mede


a proporção pela qual o preço excede o custo marginal. Quanto
maior o índice de Lerner, maior o poder de mercado
Precificação e Poder de Mercado em Monopólio

• O índice de Lerner baseia-se no markup definido pela


empresa. O índice de Lerner varia entre 0 e 1, sendo
zero em concorrência perfeita. Em concorrência perfeita,
a elasticidade da procura da empresa é infinita, portanto,
em equilíbrio, o preço é igual ao custo marginal

• Quanto menos elástica for a procura com que a


empresa se depara (bens essenciais ou sem substitutos
próximos), maior é o poder da empresa sobre o
consumidor e, portanto, maior será a diferença entre o
preço praticado e o custo marginal.
Discriminação de preço
• Discriminação de preço de primeiro grau
– Prática de cobrar de cada consumidor um preço
diferente, equivalente a seu preço de reserva, ou o
máximo que ele estaria disposto a pagar pelo
produto.
• Dificuldades
1. Existência de número muito grande de consumidores
(que torna inviável a cobrança de preços diferentes
de cada um)
2. Dificuldade de estimar o preço de reserva para cada
consumidor
Discriminação de preço
Discriminação de preço de primeiro grau na prática
A cobrança de seis preços diferentes implica maiores
$/Q lucros. Se apenas um preço P*4, for cobrado, haverá
P1 menos consumidores, e aqueles conusmidores que
atualmente pagam P5 or P6 obterão um excedente.
P2
P3
P*4 CMg

P5
P6

RMg

Q Quantidade
Discriminação de preço

• Discriminação de preço de segundo grau


• A discriminação de preço de segundo grau é a
cobrança de preços diferentes por quantidades
diferentes consumidas.
Discriminação de preço
Discriminação de preço de segundo grau
$/Q

P1

P0

P2
CMe
P3 CMg

RMg
Q1 Q0 Q2 Q3 Quantidade

1° faixa 2° faixa 3° faixa


Discriminação de preço
• Discriminação de preço de terceiro grau

1. O mercado é dividido em dois grupos.

2. Cada grupo tem sua própria função de demanda.

3. Trata-se do tipo mais comum de discriminação de preço.

4. A discriminação de preço de terceiro grau é viável quando


o vendedor é capaz de segmentar seu mercado em grupos
com diferentes elasticidades de preço da demanda.
Discriminação de preço
Discriminação de preço de terceiro grau
$/Q
•QT: CMg = RMgT
•Grupo 1: P1Q1 ; mais inelástica
P1 •Grupo 2: P2Q2; mais elástica
•RMg1 = RMg2 = CMg
•CMg depende de QT
CMg
P2

D2 = RMe2

RMgT
RMg2

RMg1 D1 = RMe1
Q1 Q2 QT Quantidade
Comparação Concorrência Perfeita x Monopólio
Concorrência monopolística -
características
• Grande número de compradores e muitos vendedores, com
diferenciação do produto.

• Características:
- Produtos semelhantes, mas diferenciados;
- O acesso ao mercado é livre;
- Características do monopólio e da concorrência perfeita;
- Há intensa publicidade.

• Exemplos:
- Material de limpeza, bebidas, cigarros, lâminas de
barbear, lâmpadas elétricas.
Formação de preços sob concorrência
monopolística
• Há intensa concorrência e diferenciação do produto;
• Forma intermediária entre monopólio e concorrência pura;
• Se consumidor aceita produto diferenciado o mono-pólio
acaba;
• Se consumidor aceita pagar mais por produto diferenciado,
surge a concorrência monopolística;
• Exemplos:
a) indústria fumageira onde há grande diferenciação dos tipos de
cigarros e teores de fumo;
b) diferentes marcas de sabão em pó, ceras para assoalho;

• Ausência de barreiras à entrada e saída de firmas


Formação de preços sob concorrência
monopolística
• A única diferença entre concorrência monopolística e
concorrência perfeita é a diferenciação no produto;

• A maior diferença entre a concorrência monopolística e o


monopólio é facilidade de entrada e saída de empresas no
mercado

• Como o nome sugere, a concorrência monopolística tem


características tanto da concorrência perfeita como do
monopólio
Formação de preços sob concorrência
monopolística
• O poder de mercado de uma firma num mercado de
concorrência monopolística é muito pequeno

• Cada firma é sensível ao preço médio do mercado mas não


presta atenção a qualquer dos competidores individualmente.

• Como todas as firmas são relativamente pequenas, nenhuma


pode ditar condições no mercado e conseqüentemente as
ações de uma firma não afetam as ações das demais

• O conluio é impossível nesses mercados


Formação de preços sob concorrência
monopolística
• Qualidade : design, confiabilidade, serviços ao consumidor,
facilidade de aquisição. O espectro da qualidade varia de alta
até baixa qualidade

• Preço – como o produto é diferenciado a firma defronta-se


com uma curva de demanda descendente. Como no
monopólio a firma determina preço e quantidade, mas há um
trade-off entre qualidade e preço.

• Marketing – como o produto é diferenciado a empresa precisa


de “marketing”, em duas formas: propaganda e embalagem.
6) Modelos de Oligopólio
Características de Oligopólios
• Poucas firmas produzem a maior parte ou toda a
produção da indústria.

• Política de preços de qualquer uma das poucas empresas


tem efeito significativo nas vendas das demais.

• Qualquer decisão que afeta o lucro de uma firma –


decisões sobre preços, produção, propaganda, expansão
da capacidade de produção, aumento nos gastos com
pesquisa e desenvolvimento – afeta também os lucros das
demais.
Características de Oligopólios
• Os processos de decisão refletem a interdependência
estratégica: empresas devem avaliar impactos de suas
decisões sobre os rivais.

• Interdependência, portanto, requer comportamento


estratégico, que consiste nas ações praticadas por
empresas e quaisquer ameaças convincentes de ações
com o objetivo de planejar e reagir às ações dos
competidores.

• Interdependência estratégica gera solução de equilíbrio:


hipótese de equilíbrio de Nash
A variedade de oligopólios
• Os oligopólios diferem em suas características e exibem muitos
tipos diferentes de padrões de comportamento.

• Alguns oligopólios caracterizam-se por intensa competição de


preços, em outros há concorrência acirrada na propaganda e
no desenvolvimento de produtos.

• Alguns oligopólios tem produtos homogêneos (aço, alumínio,


borracha) e as vendas são feitas a outras empresas; em outros
(automóveis), o produto é diferenciado e as vendas são feitas a
consumidores finais.
A variedade de oligopólios
• Não existe uma teoria geral válida para todos os oligopólios.

• Em indústrias nascentes, caracterizadas por oligopólios, são


freqüentes as guerras de preços, que muitas vezes levam ao
monopólio ou a uma trégua.

• Em indústrias maduras as empresas já se conscientizaram da


interdependência. Isto pode levar ao conluio tácito ou a cartéis
formais, ilegais na maioria dos países
Estruturas de Mercado: Oligopólios Não
Cooperativos

• Poucas firmas (duopólio como padrão)


• Firmas consideram o comportamento de suas rivais para
determinar a sua própria política
• Firmas têm poder de mercado coletivamente
• Firmas estabelecem preço ou produção como decisão
básica
• Lucros interdependentes e funções de reação
• Solução de equilíbrio de Nash
Oligopólios Cooperativos (Cartéis)
Principal Característica
• Coordenação da Produção e dos Preços para aumentar os Lucros
Individuais e Coletivos => repartição de lucro de Monopólio ou
maximização do lucro conjunto

Incentivos para a formação do cartel


• Habilidade de se elevar preços sem induzir muito a competição das
não-membro
• Poucas punições
• Baixos custos de organização do cartel
• Custo marginal inelástico
• Habilidade de se elevar preços sem induzir muito a competição das
não membros.
• Curva de Demanda Inelástica : Dificuldade de entrada de novas
firmas ou de surgirem substitutos próximo
Oligopólios Cooperativos (Cartéis)
Cartel precisa verificar se há violação, o que é mais fácil quando :
• Poucas firmas no mercado
• Preços não flutuam independentemente
• Preços conhecidos por todos
• Todos os membros do cartel vendem no mesmo ponto de
distribuição

Métodos para se prevenir a violação, além de fixar preço :


• Divisão do Mercado por áreas geográficas ou Clientes
• Fixação de participações de mercado
• Contratos com Clientes
Concorrência versus acordo:
o dilema dos prisioneiros
• Por que as empresas não
determinam o preço de coalizão de
forma independente, auferindo os
lucros mais elevados associados ao
acordo explícito?
Concorrência versus acordo:
o dilema dos prisioneiros
Matriz de payoff do dilema dos prisioneiros
Prisioneiro B
Confessa Não confessa

Confessa
-5, -5 -1, -10

Prisioneiro A Você confessaria?

Não
confessa -10, -1 -2, -2
Concorrência versus acordo:
o dilema dos prisioneiros
Matriz de payoff do jogo de determinação de preços
Empresa 2
Cobra $4 Cobra $6

Cobra $4 $12, $12 $20, $4

Empresa 1

Cobra $6 $4, $20 $16, $16


Concorrência versus acordo:
o dilema dos prisioneiros
• Conclusões: mercados oligopolísticos

1. O acordo leva a lucros maiores

2. As empresas podem praticar acordos explícitos ou


implícitos

3. Quando duas empresas cooperam, cada uma tem um


forte incentivo a ‘furar’ o acordo, cobrando um preço mais
baixo que lhe conferirá lucros mais elevados.
Modelos estilizados de estruturas
de mercado
Produto\ No Uma única Poucas Firmas Muitas Firmas
Firmas
Prod. Monopólio Puro Oligopólio Ind. Competitiva
Homogêneo (Monopólio Natural) Homogêneo Homogênea (Conc.
(Concentrado) Perfeita)
Prod. Monopólio Oligopólio Ind. Competitiva
Diferenciado Multiproduto Diferenciado Diferenciada (Conc.
Monopolista)
Tipologia de Estruturas Industriais - Elementos de Estrutura

Tipo de indústria No de firmas Tipo de Escala de Tecnologias Importância e natureza de


Produto Produção Críticas barreiras à entrada

1) Indústria . elevado .homogêneo .baixa . inexistentes . inexistentes


Competitiva

2) Ind. Competitiva . elevado com . diferenciado .baixa com . tecnologia de . pequenas, podendo se elevar nos
Diferenciada diferenciais via marketing diferenciais produto c/ segmentos mais rentáveis do
de porte entre firmas diferenciais mercado devido à diferenciação
tecnológicos de produto.
entre firmas
3) Oligopólio . limitado . homogêneo . elevada ao . tecnologia de . elevadas: existência de barreiras
Homogêneo (ênfase em nível das processo absolutas decorrentes da
qualidade) plantas presença de economias de escala

4) Oligopólio . limitado, com . diferenciado . elevada ao . tecnologia de . elevadas devido à combinação de


Diferenciado diferenciais de via maketing e nível da produto e economia de escala e
porte nível cadeia processo (linhas diferenciação de produto.
tecnológico produtiva de montagem) Barreiras podem se reduzir no
caso dos segmentos menos
din6amicos do mercado.
Tipologia de Estruturas Industriais – Padrões de Conduta

Tipo de indústria Competição via Diferenciação de Orientação do esforço Modelos de Colusão


Preços Produto tecnológico
1) Indústria Competitiva . alta . inexistente . irrelevante. . inexistentes
Possibilidade de
progressiva criação de
assimetria entre firmas
2) Ind. Competitiva . potencialmente alta, . alta com reflexos em . marginal, estando . possibilidade de
Diferenciada variando em função do termos da associado a melhorias sistema de “liderança
segmento. segmentação dos pontuais no design do de preços” comandada
mercados e da criação produto que reforçam por empresas atuantes
de diferenciais entre diferenciação em segmentos mais
produtores. din6amicos do
mercado.
3) Oligopólio . potencialmente alta; . baixa, associada à . intenso, associado a . possibilidade de
Homogêneo amortecida pela garantia de qualidade aperfeiçoamentos e acordos formais ou
presença de acordos e à montagem de automatização dos informais entre
formais e informais canais de distribuição processo industriais empresas para
entre empresas eficazes. coordenação de
decisões (modelos de
cartel).
4) Oligopólio .baixa. Possibilidade de . alta, fortemente . intenso, envolvendo . intensa rivalidade inter-
Diferenciado competição mais baseada em esforços P&D de produto, oligopolística nos
intensa em segmentos de marketing combinado à diversos segmentos,
específicos do combinados a modularidade dos baseada no
mercado. atividade de P&D. processos industriais monitoramento das
Criação de ações de concorrentes.
solidariedade produtor-
consumidor.
Tipologia de Estruturas Industriais – Elementos de Desempenho

Tipo de Rentabilidade (potencial de acumulação) Ajustes a variações cíclicas da demanda


indústria
1) Indústria . baixo. Operação com “rentabilidade . associados a mecanismos de entrada e saída de firmas, de
Competitiva normal” no longo prazo. Variações acordo com flutuações da demanda.
sazonais de demanda

2) Ind. . rentabilidade bastante variável nos crises cíclicas de demanda podem resultar num avanço de
Competitiva diversos segmentos da indústria. empresas mais eficientes sobre mercados de empresas
Diferenciada marginais. Expansões de demanda podem estimular
entrada de novos produtores

3) Oligopólio . elevada devido a “massa” de lucros, . associados a variações do grau de utilização de


Homogêneo apesar das margens poderem ser capacidade. Tentativa de antecipar expansões da demanda
pequenas. via aumento da oferta p/ evitar perda de fatias de mercado.
Entrada de novas formas no auge do ciclo.

4) Oligopólio elevada devido à alta margem de lucro . problemas cíclicos de demanda podem ser resolvidos pela
Diferenciado associada a rendas de inovação. Evolução intensificação da diferenciação de produto. Pressões de
particular ao longo do “ciclo de vida” dos demanda podem favorecer entrada de novas firmas e/ou
produtos lançados. expansões de capacidade.

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