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o equilí-
Embora esses quatro pressupostos sejam suficientes para demonstrar não
is e queexis-
blio geral, deve-se conside rar, ainda, que lodos os bens são divisíve
. tem externalidades. Assim, dados esses parâmetros, pode-se explicar graficamente as
ou o ótimo de Pai:eto.
cou di çõc:s 1a:ct::s:;á 1-ia:; à o bLençã o do t::<-tuilí bdo geral
O objetivo da análise de Pareto é mostrar as condições para que o bem-es tar
ohtido . Com alguma s pressup osições lógicas, Pareto mos-
ólimo da socie&: ide fosse
isso, deve-se
tra como se obtém o bem-es tar econôm ico ou a situaçã o ótima. Para
ass11rn1r q11r:
- A e B são os consumidores;
- X r Y s~o ns bens;
- L e K são os fatores <.k produç ão (trabal ho e capital );
'
1 - W = W (uA, uª) é a utilidade máxima que é função da utilidade individual de
u.
Ae
1
Q11antidrute constante dos fatores:
K= f...""' + K>'
1 L=P+ U
f 'Jecrwlogia comcartte:
..
(lll = UB (Xll, y&)
- produção de X e Y é in<lcpendentt;
• i - im~dida ordinal da utilidade, o que possibilita dizer que um indivíduo está melhor
ou pior do que o outro, embora não se possa quanlifirnr tais diferc11 ciaçc1es.
· Com base nas condições estabelecidas, pode-se, então, desenvolver o modelo
de equilíbrio gera L tsso St'rri feifo íl sf'g11i r com o oi ,jf'I i vo de 111 ost r;i r em q, !r JHllllns
, .esse modelo não atende às reais necessidades da economia e da sociedade, justifi-
cando, então, a alocação de recursos, via setor público, " fim de que o b e m -est ;:i r d il
sociedade seja maximizado.
l.t' "
o M' X
Figura 1.1
de .Pareto entre os dois indivíduos. Tal análise é feita com base na Figura 1.2, sendo
1 ', , •, "·'
OA e OB as origens dos consumidores A e B, re~pectivam e nte, ·
TMS~l' r e presenu1 a ·t.a.Xa margi nal de sub.stitul_c;ão de X p ~ r Y , i'°' t n é, n !uo_11t;,11t e- eh : X q,w n co 11.•u 1r ni cln, IP1:\ d e !t•1h,11lu.1ir pllra ,que unu., unlc.111,tir
P,
,ai 5 de y seja consumida, tal que ele permaneça na m~sma curva de md,íerença . l'or outro lddlJ, P / rqJresenlct a proporç.ão entie o preço ~os
1
,tos X e Y.
'.li
'I
lntervençào do C
,ovemo
. na Econo1n·1~
. ; , l • •
YA : ' .. !' 1
XB -,t------------------,.... 0B
OA XA
YB
Figura 1.2
11 TMSfLKrepresenta a taxa marginal de transfo'rrnaçao. No caso em questão, ela mostra a quantidade do fator L que será subatitu(do por uma unidade ·
a di c io n a l d e K , la l , ,ue o nlvd ,fa pmclu.;ã9 p e , m d ncça c on, 1a nt.:. N o p o nto P. por exe mplo, a taxa marginal d• uanaformaçlo an1"'.1(~..l. ◄ Nlpruen~.
tad'a pela inclinação da ta ngente NN': mais precisamente, essa inclinação é determinada por DL/DK. PK/PL, por outro lado, mostra ap,;_opo~o ou. a . 1
produtividade marginal relativa entre os fatores K e L. · .. ·, , . · . . ·. .
l11Lerve11ção do Cove rno na Lconomía c:::::::J <)
,P
1 o N' K
Figura 1.3
nio tem que ser dese nvo lvid o para
o pro duto Y, sen do que a efic iê~c
dução ocorrer ia da sua pro-
á quando a TMSl'LK = PK / PL.
Um a vez estabelecidas as situações de
eficiênc ia dos dois pro duto s, pod e-se ,
então, determinar a ótima alocação pare
tiana. Isso é feito com base na Figura 1.4,
onde Q1X, Q~ , QJ( , e Q y, Q y, e Q y repr
1 2 esentam as quantidades produzidas dos
ben s X e Y, resp ecti vam ente , e IT' 3
mos tra os pon tos de efic iênc ia.
A Figura 1.4 mostra que, embora N seja uma
possível combinação da produção
de X,e·Y, ela não seri a uma situ ação ótim a na vers ão
de Pare to. Isso porq ue, a part ir
desse ponto a quantidade do produto X pod
eria ser aumentada sem diminuir a de
Y. Na Figura 1.4, isso significaria, por exem
plo, que
.pod eria hav er uma mud anç a
(aume~to) na produção de X, de N para
B, sem que o nível de Y fosse alterado,
que .não há alteração na sua isoquanta. Assi já
m, somente nos pontos A, B e C as íso-
qua ntas de X e Y se tangenciam, e pela
inclinação tem-se que:
TMST X lK = TMSfY LJ(
LX
ox
Figura 1.4
1mervençào do Govemo na Eco nomi a
.
1.2.3 Eficiência na prod .~
uçao e no cons umo - equi líbri o geral
fi ·
· te será encontrada quan do se anali.sar con1• untamente as pre eren-
A. soluç ão efIClen
ições básicas devem ser
Ctas no consumo e na produção . Entretanto, algumas cond ições
uilíb rio geral seja enco ntrad a . As cond
cons idera das para que a so lu ção de eq
de Pareco são:
principais e necessárias para se alcançar o ótim o
máxi mo de prod ução dos béns X e Y;
a. efici ência rt:qu er que se obte nha o
b. TMS ~ = TMS ~;
e. TMSTit = TMST[,_;
d. TMST,\y = TMSxr
inal
entre X e Y tem de ser igual à taxa marg
ou seja, a . taxa marg inal de subs tituiç ão
pela qual os indivíduos estariam
de transformação técnica entre X e Y. Assim, a taxa
na qual Y pode ser, trans form ado
dispostos a substituir X por Y deve ser igual à taxa
o ótim o de Pareto não seria obtid o,
em X. Se essas condições não fossem satisfeitas,
sos entre a prod ução de X e Y, um
uma vez que, através de uma realocação de recur
que houvesse piora na de outro .
indiv íduo poderia ter sua situação melhorada sem
ente, a alocação ótim a
Urna vez satisfeitas as condições mencionadas anterionn rá
o e do mod elo de equil íbrio geral , pode
dos recur sos, dent ro da eficiê ncÍa de Paret
rências no cons umo e na prod u-
ser obtid a analisando-se conj unta men te as prefe
do equilíbrio geral, é opor tuno
ção. Antes, porém, de se chegar ao diagrama final
tais na análise final do mod elo.
intro duzi r duas outras figuras que serão fundamen
de possibilidade de prod u-
As Figuras 1.5 e 1.6 mostram, respectivamente, a curva
ção e a curva de contrato.
YA
y 08
p XB
OA YB XA
o P' ~
!
ão de determinado
Na Figura l .61a cmva de contrato SS' mostra a distribuiçpossibilidade de pro-
os da curva de
mon tante de X e Y (estabelecido por um dos pont
o com suas preferências. .
dução) a ser consumido pelos indivíduos A e B, de acord
FinaJ rnenu :, com o -1rn,xílio da;fi gura 1.7,
pode -se entã o estabelec~r.a-m elho r ,
alocação ótim a dos recursos e do
soluç ão dent ro dos press upos tos pare tiano s da
. . . . .. .. • . ..:.. .. .
equi líbri o geral.
A fronteira de· poss ibilid ade de prod ução é dada
por FG. Com a ptod ução do
bem X medida pelo eixo vertical e a prod ução de Ymed
ida pelo eixo horizontal, FG
lntcrvt: n çiio d o Gove rn o n a Eco n o mi a c:::::::::J 11 '
,·· • . i,.- .q • •. • ·,.,n , ., ,,i ; ·,1;~•r ,:/·,. lim.ostrào, máximo que pode ser produzido desses bens com a disponibilidade de
•- · : '' · :_ ·· .- recursos existentes: O máximo possível de produção de X é dado por OF, enquanto
·· · :- · · ···,,, ··· OG
. mostra o máximo• possível d e Y que po d e ser pro dttz1· do se todos os recursos
. _
forem aplicados somente na produção de X ou de Y. Supondo que a combma_çao
· ótima-é, dada por OH ( onde a curva de indiferença dq. comunidade tange~c1,a ª
curva de possibilidade de produção), tem-se que as quantidades das produçoes de
X e Y são dadas por OI e OJ, respectivamente. Pelo diagrama de Edgeworth, dado
por 0/HJ, pode-se, então, ver as possibilidades da distribuição da produção de X e
Y entre os indivíduos A e B. As preferências desses indivíduos por X e Y são dadas
por 1A1, IA 2, IA3 e IA4 e 18 1, JB 2, JB 3 e IB4, respectivamente. Nos pontos da curva de
contrato OH, onde essas curvas de indiferenças se tangenciam, são mostradas as
possíveis soluções ótimas. Assim, qualquer alteração entre esses pontos mostrará
diminuição na satisfação de um indivíduo e aumento na satisfação do outro. P,elo
que já foi analisado anteriormente, na curva de contrato OH, nos 'p ontos onde as
curvas -de indiferenças se tangenciam, tem-se que as taJCas marginais ·de substituição
(TMS) são as mesmas para A e B. Pode-se observar, também, que, considerando que
a TMS dos consumidores é indicada pela inclinação das curvas de indiferença, tem -
se, por dedução, que ela é igual à taxa marginal de substituição (TMST) dada pela
inclinação de MM'. Assim, dentrn dos pressupostos da análise desenvolvida, tem-se
que o equilíbrio geral é obtido na Figura 1.7, uma vez que os recursos são alocados
e
eficientemente, o máximo de produção de X Y e satisfazendo às preferências da
-sociedade, o que maximiza sua utilidade. Uma figura final pode mostrar o nível de
1 utilidade obtido pelos indivíduos A e B; a determinação do máxi~o welfare é dada
por W = W (U"; LJB) .
1
X
1
1
1
~
tl
r
t
u
--1
l.l 1
M'
o J G
y
Figura 1.7
.\ , :.; 1.,,, , 1 d, -.f)Ó';'.:i\.ttt")..,1,i r: Ab-.. f,!-i)ffiomo foi visto anteriormente, cada ponto na curva de possibilidade.de prod-u-:•. ·
· ~·f // :. ;, ·. ção estabelece uma curva de contrato ou a ctn-va de utilidade. Foi também demons-
. · trado que cada ponto da curva de contrato determina o ótimo de Pareto e satisfaz a
1
--:. to,das .as condições marginais. Na Figura 1.8, W,, W 1 e W3 referem-se aos diferentes
j,,
níveis de bem-estar, LJA e U8 fornecem as utilidades dos indivíduos A e B, OH repre-
1
1r11.:1·v1::11~·à o do Cov ,. ..
<:: i 11 º na Lco n u 1ni a
uª
Figura 1.8
1
.,
111 1,· 1vc 11 1,, n
ilci C nvt· 1·11 0 11,1 ('co1111111i ,1
•
[_ :::J
' - · d
.
-,sos;-qu e atua parnlelntnentc ao setor privado, proc~trilndn
· 1·,l(íllll ;,:.. 5 1\ e,c...~s1LI
ouma os bens e servi~·o s que s,\t1s
'
csrn bekce r a produ,;iío
·· ·e (·\LIº As C.lll rllro
,. 'ules l 1c1 soCI . e.. ... ·
0
1 • .. ~ • ' 1
,características qu e podem ser conside radas co mo faIh as (lO m eca nismo ·
de m e rca<1o
em atender às necess idadt·s da so(i ed ,td l' s,,o:
• indivis ibilidad e do produto ;
• extema lidades ;
• custo de produç ão decrescente e mercad os imperfe itos;
• riscos e incertez as na oft•rta dos bc-n s.
Os bens indivisíveis são aqueles cujos benefíc ios não podem ser individ ualizad
os,
tornan do ineficaz o estabel ecimen to dos preços via sistema de mercad o. Esses
bens
têm como características princip ais a não-exc lusivida de e a não-riv alidade
.
A não-exc lusivida de deve-se ao fato de que, como esses bens não seriam
ven-
didos através do sistema de mercado, via preços, a eles não se aplica o direito
de
proprie dade. A imposs ibilidad e de serem estabel ecidos pm.;os para os
bens indivis í-
veis está ligada à inviabi lidade econôm ica da oferta desses bens pelo setor
privado .
Tome-s e, por exempl o, o caso da defesa naciona l. Nos dias de
hoje, é indiscu tível
. a necessi dade de o país ter um aparato bélico que dê seguran ça a sua popula
ção e
manten ha soberan ia. Para esse serviço, porém, não haveria a possibi lidade
de serem
• 1 . • , . . ... estabel ecidos preços no mercado, porque, com a universalização do benefíc
·
io, parte
., , : 1 ;,,,_.· da 'popula ção poderia não estar dispost a a pagar por ele,
embora usufruí sse do seu
benefício. Assim sendo, um bem com essas características dificilm ente seria
ofere-
cido à socieda de pelo setor privado, em função dos riscos e incertezas quanto à sua
venda. Bens e serviço s com essas caracter ísticas só seriam ofereci dos
à socieda de por
meio da interfer ência do governo. Isso porque ele dispõe da tributaç ão como
fonte
d,e financi amento das ofertas de seus bens e serviços, não se utilizan do do
meca-
nismo de preço de venda.
A não-riv alidade significa que o acesso de mais pessoas ao consum o
dos bens e
serviços não implica ria um acréscimo de seus custos. Voltand o ao exempl o
anterio r,
se houver um crescim ento da popula ção de um país, is~o não significa que
necessa-
riamen te teria de haver um aumen to nos gastos com a defesa naciona
l.
Quand o se trata dos bens econôm icos, os indivíd uos estarão excluíd os
do
seu consum o se não dispuse rem de renda para adquiri -los no mercad o via
preço .
Por outro lado, no caso dos bens indivisíveis, todos os indivíd uos são igualm
ente
benefic iados com a sua oferta, indepe ndente mente da sua dispon ibilidad e
de renda
e capacid ade de compra , não se excluin do, portam o, aqueles indivíd uos
que não
pudere m pagar para tê-los.
' . Os bens indivisí veis são classific ados como bens público s puros.
Esses bens,
, . , .· , ... ,. . .pelas suas características, só seriam ofereci dos pelo govern
o, que pode, compu lso-
. riamen te, obter recursos para fiuan chí -los. Assim, a condiç~ o de que todos
os bens
,.,1. _1 :._:, ,lt_. 1,! \_H.:.::~- ,.:.•~( ;.i. devem .ser comple tament e divisíve
is, requeri da na alocação ótima paretiana, não
,. . . .... 7-,:,"'· será satisfeita quando se tratar de bens público s puros.
,, .. :·, -/ \ . :-:· .: . ~·, ! ., : .... ·, , Dada a característica da indivisi bilidad
e dos bens público s puros, pode-se obser-
: . .,, . ,.;,:;; ,; :, ._ -.1 t· :·.: 1. • _._ e.,v:ai; QU!;! eles só seriam ofereci dos por interm
1 édio do govern o, já que para esses bens
, . , 1. .• ·: : ~-. -. , ; ... •· •" ' ·, ., i • nã:o há possibi lidade de se estabel ecer preços
através do sistema de merc.a do. Asslm,
Intervençã o J 0 G
overnu ll d Econum irl
l •
,, ..
se alguns bens neci::s~ários e 'úleis à s0 c iedade tiverem as,-caract erísticas dos-bens
1-: 1• •
públicos puros, sua produção ' através da intervenção do governo torna-se social e
economicamente desejacla :, Nesses ·casos, fica evidente a impossibilidade de esses
bens serem oferecidos pelo sistema de mercado tradicional, através do setor privado,
sem a interferência do governo. Isto caracteriza, também, a falha do modelo ótimo
de Pareto e do bem-estar desenvolvido anteriormente. Assim, a existência dos bens
públicos puros mostra a impossibilidade de o sistema de mercado atender a todas
da inter-
as necessid ades da sociedad e e se apresenl a corno uma das justificat ivas
venção do governo na economía.
1.3.2 Externalidades
A condição necessária de que os custos privados e os benefícios de qualquer aç~o
para o indivíduo, medida pelo preço de mercado, se refletiriam nos custos e nos
benefícios para a sociedade é básica no modelo de equilíbrio geral e do bem-estar.
Acontece, porém, que, na realidade, as ações de determinada unidade poderão acu-
sar perdas ou ganhos nas ações de outras unidades . Esses são os efeitos externos
que
podem existir tarito nas unidades de consumo quanto de produção e podem ser
negativos ou positivos. Os efeitos no consumo são medidos em termos dos bene[í-
cios, enquanto na produção ~les são avaliados em termos da quantidade produzida
~ ~i~s custos. Os ef~itos re-tidos dentro da unidade que iniciou a ativictãâe .fcónô-
'
micâ-são-d~nominados efeitos internos, enquanto denominam-se efeitos externos :
' ós'cas~·s é~ que nã~·,h;i'retençãb dos\ifeho s dénfro da 'unidade q
· ue iniciol.i á'a .
tivi~·:· .. -.
os casos ·
dade, ocorrend o, po.r tanto, um~ int_erferê ncia ~as outras unidades . Ambos
são constituídos por perdas ou gânhcis: em teimos coletivos, porém, há repercussão
maior quanqo ocorrem os efeitos ~xternos. '
Quando os efeitos externos surgem, há uma desigualdade entre o custo mar-
ginal e a receita marginal ou o preço, tendo como conseqüência a não-obtenção do
ótimo de Pareto. Isso significa que não estaria ocorrendo uma eficiência em termos
de alocação. e de distribuição do consumo, porque na avaliação feita na versão do
l
is, não
ótimo de Pareto são cons_iderados apenas os custos e os benefício s individua
se computando, portanto, os efeitos externos.
As externalidades podem ser conseqüência da ação da produção sobre o con-
sumo, da produção sobre a produção ou o consumo, e do consumo sobre o con-
sumo. Vejamos, pois, cada um desses casos.
e
--+----------
o --B
Figura 1 .9
I
causado no consumo de recreação, tem-se que o efeito "líquido" da produção de
celulose é dado por D - C, como mostra a Figura 1.10.
Preço
P D
a-----....--.---0-c
o Q Produção
Figura 1.10
..• , , .;l, Uma vez assumido que os custos para a firma e para a sociedade são dados
pela.curva de oferta, observa-se, então, que a alocação ótima dos recursos na versão
paretiana não é obtida quando há externalidades. lsso porque, no exemplo anali-
:sado, na quantidade de produção que maximiza o lucro (q), o custo marginal será
maior que o benefício líquido marginal de produção.
,, .
o Produçlo
Figura 1.1 ·1 ,
"
j
l
!
·
Intervenção do Governo na Economia !
o nível social ótim o de P rod ução ~ado 1
. :. J j : 1 ·.
D
p
.......
q. Produção
o
Figura 1.12
i, ; , . . :. •; \ '.:·, :;. A participação do governo no s.e ntido de prover a sociedad e daqueles bens <lese-
' jáv:eis que as empresas privadas não seriam capazes de oferecer lucraúva mente já
' .
~ i_ . " ; .
1
. ' .... ...iera:defendida há tempos pelos economistas. Esses tipos de bens são, por natureza,
11 •
: ,. ·:, .~:_:}<· ·1:•.;: · i ·. ,.. : • ·· '·:· Como foi visto anteriormente, o equilíbrio geral reflete o mundo da competi- 1
associad o à especiaÍiza- .
,, .,:<.·, :., ,-~ ...·,:·,·, ,, . ;_' 1 ·.·,-;.cção,perfeita. É sabido, porém, que o alto nível tecnológico, 1·
com algumas firrnas,do minando .alguns mercados regionais e nacionais .'. Assim, tem-,
se que O alto nível tecnológi co causa· economia s de escala que, por sua vez, trazem
0 decrescim o do custo de prod.ução, tendo como cónseqüê ncia a concentra ção do
mercado . lsso causa uma situação de imperfeiç ão no mercado, que será composto
de poucos vendedores, quebrand o assim uma das condições básicas do mercado de
concorrên cia pe1-feita e, por conseguin te, o equilíbrio geral.
·· · No mercado imperfeito (oligopóli o, monopóli o e competiçã o mo'nopolí stica),
ª firma também maximiza rá seu lucro no nível de produç~o onde o custo margi-
nal se iguala à receita marginal. No mercado imperfeito, porém, diferentem ente do
mercado perfeito, a firma atua num nível de produção em que o preço seja superior
ao custo médio, já que é ela quem detém o controle sobre o preço. Assim, como
mostra a Figura 1.13, a alocação eficiente por parte da firma será diferente da alo-
cação ótima p ara a sociedade.
Na Figura 1.13, o ponto N determina o nível de produção dé equilíbrio para a
firma. Observa-se que, nele, a receita marginal iguala-se ao custo marginal. Assim,
no nível de produção OX, o preço de venda do produto é igual a p, dado pelo ponto
N' na curva de demanda, e a firma estará maximiza ndo o seu lucro. A melhor aloca-
ção, porém, por parte da sociedade é dada pelo ponto P, onde o preço se iguala ao
custo marginal no nível de produção OX'. De acordo com essas posições, observa-se
que há um hiato, representa do por OX' - OX, entre o que seria a melhor alocação
dos recursos (produção ) por parte da sociedade e por parte da firma. Nesse caso,
uma vez mais a eficiência paretiana estaria violada, e a partiàpaç ão do governo se
tomaria desej'âvél parà írifltiénêfar elevar a produção ao-nível ótimü (no êáso OX'):
Isso poderia ser feito atravé~ da àlocà.çãb direta de recursos, por pàrte do governo, na
atividade produtiva ou por intermédi o da utilização de mecanism os de incentivos .
e/ou subsídios . Isso seria justificável desde o momento em que o objetivo é obter o
máximo de satisfação para a sociedade.
Preço
P'
o X X' Produção
Figura 1.13
P'
P"'
P"
1 o Produção
X X'
Figura 1.14
~~,ro la~o, a alo~ação ótima para a so~iedade é dada por P no nível de prqduçã'o
· Assim, havena, portanto, uma desigualdade na produção ótima da firma e da
sociedade dada por OX' - OX. Como pode ser visto, para a firma não seria econo-
micamente viável a produção de OX', pois nesse caso eli obteria prejuízo. Como, a
l~ngo pr~o, ~ssa perda não poderia ser sustentada, o provável é que, do ponto de
VIsta econom1co, essa produção não se realizaria. Porém, se esse bem fosse neces-
sário e desejável, o setor público poderia assegurar (através de subsidias ou da pró-
..;: · ~ria ·produção) ~ue_~ _alocação óti~a para a sociedade fosse obtida. Esta situação
em que a alocaçao otima para a sonedade e para a firm·a são diferentes, vio la, tam-
bém, a alocação ótima de equilíbrio geral. Assim, se um bem não é público puro,
mas é necessário e desejado pela sociedade, o governo deve influenciar a alocação
de recursos tal que a produção desse bem se realize. .
l
.· do Governo na Econorn ia
\nterve nçao
.. . · ! t ·:·, :· .;., · :,. . .•. ~-·. ·, : _, .A :ilocação dos recursos na oferta "b 'bli cos pur os" só oco rre rá através
,, ,, ., . . d dos ens P~ d' .. . •d de des
·- · -- : · , .- a interferência governa menta1• A cara terística da m iv1s 1 6 •11 a ses ben s invia-
c · _ · ·
biliza sua oferta pelo setor privado ven dê- los no
, que seguramente nao consegu_ir
rr·{ercado Dessa forma sendo eles ~a d ofe rta
necessá rios e desejados pela soo
pod erá s~r viabilizada.com a oferta e ª e, s~a d
direta do governo ou através de
incentivos à alocação dos recursos me can ism os e
na sua
Ou tra tarefa da função de alocaç oferta pelo set or pri vad o.
ão de recursos por par te do gov
se à ofe na dos bens sociais ou qua ern o refere-
se-públicos. Esses ben s dif ere nci
públicos puros e, devido a seu car am -se dos ben s
áter social, requerem alocação adi
sos na sua oferta através do govern cio nal de recur-
o. Em geral, nesses casos, o gov ern
das vezes com ple me nta a oferta o na ma ior ia
desses ben s feita pelo set or pri vad
me nta ção ocorre em função da ofe o. Tal com ple -
rta insuficiente pelo set or pri vad
são d<;i grande parte da população o e pel a exclu-
que não dispõe de íecursos par a
-mercado. Corno são bens socialm adq uir i-lo s }10
ente importantes, cabe, por tan to,
tarefa de min imi zar os problema ao gov ern o a
s relacionados a sua oferta. Enq uad
situações os serviços como saúde, ram -se nes sas
educação, habitação, etc. 13
Ou tro conjunto de atividades da
função de alocação de recursos r~l
com os ben s econômicos. Em seç aciona-se
ões anteriores, f9i mo stra do que,
ção dos mercados imperfeitos e dos dev ido à for ma -
riscos das incertezas, mu itas ativida
· imp ort ant es par a a sociedade e des básicas
para o desenvolvimento do país
oferecidas pelo setor privado. · Mu pod em não ser
itas das atividades relacionadas à
· ·. ~": ,, -~ - ·_.:.. ... -· .enq uad ram -se infra-e stru tur a
nesse caso. Por isso, atividades liga
' ·a o transporte, etc. têm participaç das à ene rgia elétrica, à siderurgia,
ão reÍevante do governo na sua ofe
__ . : ·. que , nesses casos, a ação rta. A diferença é
do governo é semelhante à do seto
..· •,_::. . . ... . ., .. · ;__,ele pró duz r privado, um a vez que
e vende esses ben s e serviços no me
.. ; •. ·pe lo vol um e de recursos fina rcado. Muita~ dessas atividades, seja
nceiros necessários para desenvolv
da sua:lucratividade, pelos seus ê-las, pela incerteza
riscos financeiros, pel o per íod o de
pro jeto , etc., acabam não sendo ma tur açã o do
oferecidas pelo setor privado. Co
. . sua imp ort ânc ia social e econôm ntu do, devido a
l. ica, a alocação de recursos po~ par
nessas atividades toma-se altame te do governo
nte desejável e justificável.
Um pon to imp orta nte a ser menci
onado refere-se à maneira pela qua
de alocação de recursos é feita por l a função
parte do governo. Para assegurar
mais eficiente dos recursos, o gov um a alocação
erno não precisa produzir ou ger
o bem ou os serviços. Ele poderá ar dir eta me nte
fazê-lo ou induzir a oferta pelo seto
realídade, existem qua tro possib r privado . Na
ilidades de atuação do governo nes
ses casos:
. · ..,. -0 governo pod erá alo
car diretamente recursos na produç
exemplo, os serviços de defesa nac ão e oferta d.os bens. Por
ional e segurança pública;
.. . ; .• ., . : , .:. . •..• : _.·- -0
1 governo pod erá adquirir os pro dut
os de empresas privadas .e oferecê-lo
dade. Exemplo: medicamentos, s à socie-
merenda escolar, etc.;
t· .i. i , . -- · através de
subsídios e incentivos diversos,
o governo pod erá induzir o setor
. _, _1 ,.; ~,::. ,-. -, ..' , j 1í. •: f ;
:v.ado.a investir recursos na produç pri-
. _ :. : :.:, ..1. 1-. 1 • rJ.
ão, o que não aconteceria sem sua interferênc
, '. Nçsses casos, os ben s e serviço ia .
s seriam pro duz ido s e vendidos
. set or privado; e no me rca do pelo
~( . ..-, ,. ,·-,···· r •~~·s ~., l"'l'~\:~\,..:0-.;' 1-·.-1'
"!"- .-ô'go'verno pod erá investir recurs
os na instalação de empresas púb
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·, i ,_·. : .. ,_ tiv,o de ger
licas tom o obje- "' · ·
1 ar e/o u pro duz ir ben s e serviços nec
essários que não são oferecidos pel
o
u.Alguns desses bens são•oferedd~s.pe
lo-govemo e podem não refletir as prefe
óoa, Veja MUSGRAVE, R. A. Op. rências dos consumidores. Musgrave
oL p. l 1. qualificou esses bens de meritó- .
.
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22(~ 1nt ~rve 11 ç.io J o l ov
, ~rn o n,1 Lt:un o rni,1
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
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BAUMOL, W. J. Welfare economics and the theory of the state. Cambridge: Massachusetts, Harvard
Universit, 1952. . · -·• · · ..- · .