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 A SAÚDE DO TRABALHADOR é um conjunto de ações destinadas a promoção, a proteção, a recuperação

e a reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de

trabalho.

 O objetivo da área é desenvolver ações que promovam a melhoria dos processos e ambientes de trabalho, e

a redução das doenças e acidentes do trabalho.

 Todos os trabalhadores urbanos e rurais das cidades grandes e pequenas, do setor formal ou informal e até

mesmo os desempregados deverão ter acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde do

trabalhador.

 Este aspecto é de grande significado, pois, tradicionalmente, as ações do setor trabalho e da previdência

social restringiam-se aos trabalhadores do setor formal, especialmente nos maiores centros urbanos.
ACIDENTE DE
TRABALHO E DOENÇA
OCUPACIONAL
 Quando pensamos nos danos à saúde dos indivíduos pelas condições laborais, a
primeira ideia é a do ACIDENTE DE TRABALHO porque ocorre de forma
abrupta e suas consequências são detectadas mais facilmente.

 No entanto, existe outro agravo que acontece de maneira lenta, passando


despercebido ou sendo confundido com outras alterações do estado de saúde, até
mesmo por médicos. Trata-se da DOENÇA OCUPACIONAL.

 As doenças ocupacionais são consideradas como acidentes de trabalho.


ACIDENTES DE TRABALHO

É aquele que ocorre pelo exercício do trabalho provocando lesão


corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda
ou redução da capacidade permanente ou temporária para o
trabalho.  

artigo 19 da lei 8.213, publicada em 24 de julho de 1991


Pode ser considerado acidentes de trabalho:

 O acidente que acontece quando você está prestando serviços por ordem da
empresa dentro ou fora do local de trabalho

 O acidente que acontece quando você estiver em viagem a serviço da empresa.

 O acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para


casa.

 Doença profissional (as doenças provocadas pelo tipo de trabalho).

 Doença do trabalho (as doenças causadas pelas condições do trabalho).


O acidente de trabalho se deve principalmente a duas causas:
 

 Ato inseguro é o ato praticado pelo homem desrespeitando as normas de


segurança.
Ex.: subir em telhado sem cinto de segurança contra quedas.

 Condição Insegura é a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou


risco ao trabalhador.
Ex.: máquinas em estado precário de manutenção.

Eliminando-se as condições inseguras e os atos inseguros é possível reduzir os


acidentes e as doenças ocupacionais. Esse é o papel da Segurança do Trabalho.
Realidade de SAJ
 Segundo os dados do Sistema de Informação de Agravos (SINAN) de 2014, o maior número
de notificações na região é de acidentes de trabalho graves (37%), seguido por acidente com
exposição a material biológico (32%).
Sem considerar ainda os casos de acidentes de trabalho leves que não entram na estatística
do SINAN,

 O grande número de casos são de LER/DORT. Porém, isso não se reflete nos dados do
SINAN, considerando a subnotificação dos casos.

 Um fator importante para o alto índice de acidentes de trabalho seja a falta de


empoderamento do próprio trabalhador, como sujeito do processo. Também a falta do
conhecimento sobre a importância do uso dos EPIs,

http://segurancaocupacionales.com.br/serie-cerest-santo-antonio-de-jesus-trabalho-persistente-de-conscientizacao /
Por que devemos prevenir os acidentes e doenças decorrentes do trabalho?

 Os acidentes e doenças decorrentes do trabalho apresentam fatores


extremamente negativos para a empresa, para o trabalhador acidentado e para
a sociedade.

 As altas taxas de acidentes e doenças produzem elevados custos e prejuízos


humanos, sociais e econômicos ao País, considerando apenas os dados do
trabalho formal.

As estatísticas da Previdência Social revelam uma enorme quantidade de pessoas


prematuramente mortas ou incapacitadas para o trabalho.
Danos causados ao trabalhador:

 sofrimento físico e mental;


 cirurgias e remédios;
 próteses e assistência médica;
 fisioterapia e assistência psicológica;
 dependência de terceiros para acompanhamento e locomoção;
 diminuição do poder aquisitivo;
 desamparo à família;
 estigmatização do acidentado;
 desemprego;
 marginalização;
 depressão e traumas.
Prejuízos para a empresa

O custo total de um acidente é dado pela soma de duas parcelas:

 Uma refere-se ao custo direto (ou custo segurado). Recolhimento mensal feito à
Previdência Social, para pagamento do seguro contra acidentes do trabalho

 A outra parcela refere-se ao custo indireto (custo não segurado).


Os custos não segurados impactam a empresa principalmente nos
seguintes itens:

 salário dos quinze primeiros dias após o acidente;

 interrupção da produção, setor, máquinas e equipamentos;

 prejuízos ao conceito e à imagem da empresa;

 danificação de máquina, veículo, equipamento, produtos, matéria-prima e outros insumos;

 embargo ou interdição fiscal;

 investigação de causas e correção da situação;

 atrasos no cronograma de produção e entrega;

 treinamento de substituto;

 multas e encargos contratuais;

 perícia trabalhista, civil ou criminal;

 indenizações e honorários legais;

 elevação de preços dos produtos e serviços.


Custos para a sociedade:

 Ocupação de leitos nos hospitais;

 Benefícios previdenciários.

 Redução da população economicamente ativa. Principalmente, pessoas na


faixa etária dos 20 aos 30 anos, justamente quando estão em plena condição
física
Ocorrido um acidente de trabalho, suas consequências podem ser categorizadas em:

1 - Simples assistência médica - o segurado recebe atendimento médico e retoma imediatamente às suas atividades
profissionais;

2 - Incapacidade temporária - o segurado fica afastado do trabalho por um período, até que esteja apto para
retomar sua atividade profissional. O empregado recebe o auxílio-doença por acidente do trabalho;

3 - Incapacidade permanente - o segurado fica incapacitado de exercer a atividade profissional que exercia à
época do acidente.
Essa incapacidade permanente pode ser total ou parcial.
 Total o segurado fica impossibilitado de exercer qualquer tipo de trabalho e passa a receber uma
aposentadoria por invalidez.
 Parcial o segundo recebe uma indenização pela incapacidade sofrida (auxílio-acidente), mas é considerado
apto para o desenvolvimento de outra atividade profissional.

4 - Óbito - o segurado falece em função do acidente de trabalho


Auxílio-doença

 É o benefício concedido pelo Ministério da Previdência Social, destinado ao indivíduo que esteja

incapaz para o trabalho, mesmo que temporariamente, por doença, num período de mais de quinze dias

consecutivos. Este direto é analisado pela perícia médica do INSS, no momento da avaliação

pericial.

 Para ter direito ao benefício, é necessária contribuição por, no mínimo, 12 meses para a Previdência

Social.

 Algumas doenças são excluídas deste prazo de contribuição de 12 meses, devido às suas

particularidades, como a alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e

incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, entre várias outras.


Pagamento do auxílio-doença

 No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias são pagos
pelo empregador, (com exceção do doméstico). A partir do 16º dia de afastamento
do trabalho, o auxílio fica a cargo da Previdência Social.

 O segurados doméstico, a previdência paga o auxílio desde o início da incapacidade


até a recuperação completa. No caso do contribuinte individual (empresário,
profissional liberal, além de outros profissionais que trabalham por conta própria),
entre outros (facultativo, especial, individual e avulsos), recebem o período integral
do afastamento, a partir da data do requerimento.
Cessação do benefício

 Em termos básicos, o auxílio-doença previdenciário só deixa de ser pago quando

o segurado recupera a capacidade e retorna ao trabalho ou quando se

transforma em aposentadoria por invalidez.


Auxílio-acidente
 O auxílio-acidente é um benefício concedido pelo Ministério da Previdência Social ao trabalhador que sofreu um

acidente de trabalho e ficou com sequelas que reduzem sua capacidade para o trabalho.

 É concedido aos trabalhadores que estavam recebendo o auxílio-doença.

 Tem direito ao benefício o trabalhador empregado que apresenta lesões decorrentes de acidente de trabalho, e

que o impedem de voltar a trabalhar, sendo incluído neste grupo também o trabalhador avulso e o segurado

especial, nas mesmas situações.

 O mesmo deixa de ser pago quando o trabalhador recupera a capacidade e retorna ao trabalho, ou então quando

solicitar aposentadoria por invalidez, fazendo-se a troca de benefícios.

 O empregado doméstico, o contribuinte individual (autônomo) e o contribuinte facultativo. Não podem solicitar o

auxílio-acidente. A pessoa que trabalhar mesmo doente também não possui direito a receber o benefício.
Pagamento do auxílio-acidente

 O pagamento do auxílio-acidente começa logo após o término do fornecimento


do auxílio-doença. Seu valor corresponde a 50% do salário.
Condutas em caso de acidente com trabalhador formal

1º. O que o empregado deve fazer após sofre um acidente de trabalho


O primeiro passo que um funcionário deve tomar após sofrer um acidente no
trabalho é procurar um médico e avisar a empresa do ocorrido. Caso a empresa
tenha médico interno, o funcionário deve procurá-lo. Caso contrário, deve ir ao
hospital que convier (o mais próximo, o do convênio, etc).

2º. O que a empresa deve fazer após ser notificada do acidente de trabalho

Assim que for notificada do acidente, cabe à empresa comunicá-lo à Previdência


Social no primeiro dia útil seguinte ao ocorrido, por meio de um documento
chamado Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT).
 Se o acidente não for grave, como uma escoriação ou lesão leve, o funcionário, assim que

atendido e receber alta médica, deve voltar ao serviço.

 Em caso de afastamento, a empresa pagará os primeiros 15 dias de ausência do funcionário.

 Depois desse período, todo o segurado da Previdência Social tem direito ao auxílio doença

do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

 Terminado o afastamento e recebido alta médica, o acidentado tem estabilidade por 12

meses, contados a partir do encerramento do auxílio-doença.

Obs.: Segurado são empregados registrados, como os rurais, os domésticos e o autônomo.


DOENÇAS OCUPACIONAIS

Pode-se definir Doença Ocupacional como sendo toda doença causada


pelo trabalho ou pelas condições do ambiente.

Estudos sobre segurança e saúde no trabalho citam a velocidade com que novas
formas de trabalho são implementadas, ocasionando alterações no perfil dos
acidentes e das doenças ocupacionais.
A doença ocupacional se subdivide em:

 Doenças profissionais conhecidas como “ergopatias”, “tecnopatias” ou “doenças


profissionais típicas”, são as produzidas ou desencadeadas pelo exercício profissional
peculiar a determinada atividade.
Não precisa de comprovação do nexo de causalidade com o trabalho.
 
 Doenças do trabalho, também chamadas de “mesopatias”, ou “moléstias profissionais
atípicas”, são aquelas desencadeadas em função de condições especiais em que o trabalho é
realizado e com ele se relacionem diretamente. Exigem a comprovação do nexo de
causalidade com o trabalho através de vistoria no ambiente laboral.
OS EXAMES DE SAÚDE E AS
PROVAS FUNCIONAIS NO
CAMPO DA SAÚDE
OCUPACIONAL
Para conservar sua saúde, o ser humano trava uma constante
batalha contra as forças biológicas, físicas, mentais e sociais que
podem alterar o equilíbrio do seu organismo.

A doença não é um evento estático, mas um processo, pois o


aparecimento de sinais e/ou sintomas significa que a enfermidade
já se instalou.

Daí a necessidade de se dar prioridade à prevenção.


AVALIAÇÕES DA SAÚDE OCUPACIONAL

O PCMSO tem como obrigatória as avaliações de saúde


por meio dos seguintes exames: Admissionais,
Periódicos, De retorno ao trabalho, De mudança de
função, Demissionais.
Avaliação Admissional
 O trabalhador deve ser avaliado antes de assumir suas
atividades.

 Devem ser realizados procedimentos como controle de pressão


arterial, temperatura, pulso arterial e medidas
antropométricas.

 É observado predisposições individuais a determinadas


doenças.
Avaliação Periódica
 O tempo para realização desses exames ocorre segundo critérios de exposição aos
fatores nocivos.

 De acordo com os riscos ou situações de trabalho as avaliações devem obedecer á


seguinte frequência:

 A cada ano ou em intervalos menores, a critério do médico ou, ainda como


resultado de negociação coletiva de trabalho;

 Para os demais trabalhadores as avaliações serão: Anuais (menores de 18 anos e


maiores de 45 anos) e a cada dois anos, (para trabalhadores entre 18 e 45 anos).

 Constatada a ocorrência ou agravamento de doenças caberá ao médico ou


responsável solicitar à empresa a emissão da CAT.
Avaliação de Retorno ao Trabalho

 O trabalhador que for afastado por período igual ou superior a 30


dias, por motivo de doença ou parto, deverá ao seu retorno ser
submetido a um exame físico parcial ou completo, com a finalidade
de detectar se está apto fisicamente para retornar ao trabalho.

Obs.: Algumas empresas pedem com afastamento inferior a 30 dias

 O exame de retorno ao trabalho deve ser realizado obrigatoriamente


no 1º dia de volta ao trabalho.
Avaliação de Mudança de Função

 Mudança de função deve ser entendida como qualquer alteração de


atividade ou setor, que implique na exposição do trabalhador a risco
diferente daquele a que estava exposto antes da mudança.

 Esta avaliação deve ser realizada obrigatoriamente antes da


mudança.

 Essa avaliação deve ser feita mesmo nos casos em que o trabalhador
permaneça em atividade exposta ao mesmo grau de risco.
Avaliação Demissional

 Deve ser realizado obrigatoriamente dentro dos 15 dias que antecederem o


desligamento definitivo do trabalhador.

 Tem as mesmas características da avaliação periódica,

 A empresa deverá fornecer o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), além


de outros exames de saúde obrigatórios.

 Em caso de constatação ou suspeita de doença profissional ou do trabalho,


a empresa deve encaminhar o funcionário ao INSS.

 A comparação da avaliação demissional com o quadro da avaliação


admissional e periódica completa a história e o acompanhamento da saúde
do trabalhador na empresa.
Avaliações Especiais

 Avaliação de ingresso para trabalhadores infradotados; os


trabalhadores que são admitidos com incapacidades como
amputações, exigem avaliações periódicas devido ás limitações
físicas e à grande probabilidade de distúrbios emocionais.

 Avaliação para trabalho com alto risco; para tanto procura-se


por exemplo empregados com forte compleição física e de boa
resistência a agressões ambientais.

 Avaliação para trabalhadores que se acidentam com frequência;


esses trabalhadores devem ser monitorados por uma equipe
multidisciplinar que visa a investigar possíveis problemas físicos
ou psicológicos.
Alguns Exemplos de Provas Funcionais:

 Dinamometria: visa medir a força de preensão das mãos, braços e/ou


lombar. Solicitado para aqueles trabalhadores cujo desempenho
exige força muscular (exemplo: caldeireiro, carpinteiro, ajudante de
obras, mecânico, técnico de segurança, motorista, eletricista)
 Espirometria: visa testar a integridade mecânica do aparelho
respiratório.

 Profissionais: caldeireiro, eletricista, pintor, soldador, etc.


 Audiometria: visa medir a acuidade de modo a avaliar a
função auditiva.

 Realizado em profissionais que trabalham com sonoridade,


linhas de montagem entre outras profissões desempenhadas
em locais com ruído constante.
DOENÇAS
OCUPACIONAIS
Doenças provocadas pelo RUÍDO
 O ruído provoca perturbações em vários órgãos antes da perda
auditiva que é ocasionada pela degeneração celular do órgão de
Corti.

 Estas células, uma vez destruídas, não mais se regeneram.


Efeitos do ruído sobre o aparelho auditivo:

 FADIGA AUDITIVA: perda temporária da sensibilidade auditiva;

 TRAUMA ACÚSTICO AGUDO: dor, diminuição da audição, zumbidos,


otorragia;

 PERDA AUDITIVA RELACIONADA AO TRABALHO (PAIR): devido à


exposição ao ruído por longo período.

Inicia com perda de audição temporária perda auditiva permanente.

Perda auditiva é irreversível.

Sintomas: zumbido, mais perceptível à noite; alterações do sono; diminuição da


atividade sexual;
Efeito extra- auditivo provocado pelo ruído:

 Fadiga nervosa, alterações emocionais, perda da memória;

 Alterações do ritmo cardíaco, hipertensão arterial;

 Alteração respiratório: modificações do ritmo;

 Alterações do trânsito gástrico e intestinal;

 Diminuição da visão noturna;

 Alteração da glicemia;

 Aumento da predisposição a infecções.


Doenças provocadas pela TEMPERATURA EXTREMA
 Trabalhadores expostos a altas temperaturas poderão desencadear doenças.

 Observado em atividades com Cerâmica (argila), calderas, fundição de metais,


geradores de vapor Indústria cerâmica ,etc.
 CÃIMBRAS PELO CALOR:
 
 SÍNCOPE PELO CALOR: Ocorre devido ao acúmulo sanguíneo em veias da
pele e membros inferiores → isquemia cerebral.
 
 EXAUSTÃO PELO CALOR: fraqueza, fadiga, cefaleia frontal, náuseas,
vômitos, desorientação mental, podendo ocorrer cãibras, tontura e síncope.

 INSOLAÇÃO/INTERMAÇÃO: exposição ao sol ou que permanência por muito


tempo em ambientes muito quentes; cefaleia, vertigem, cansaço, aumento da
frequência respiratória e cardíaca, desorientação, inconsciência, convulsões.

Exposição a temperaturas igual ou acima de 42ºC frequentemente pode ser fatal.


Doenças provocadas pelo FRIO
 Atividades realizadas em câmaras frigoríficas, trabalho de embalagem de carnes e
outros alimentos, manuseio de cargas congeladas.

 A queda da temperatura do corpo leva atinge órgãos vitais (coração, pulmões,


vísceras). Ao baixar para 20ºC, acontece parada cardíaca.

 Podem ocorrer infecções das vias aéreas superiores, resfriados, gripes, faringite,
pneumonia e dores articulares, HIPOTERMIA. 
Principais alterações e lesões causadas pelo frio são:

 Ulcerações

 Urticária pelo frio

 Congelamento

 Frieiras (perniose
Hipotermia: Diminuição da temperatura interna do corpo, devido à
perda de calor.

Sintomas:
Sensação de frio, dor e fortes tremores. 

Temperatura ou tempo de exposição, ocorre a perda da


sensibilidade, diminuindo a sensação de frio e a dor, fraqueza muscular e
adormecimento.
Doenças provocadas pelo Vibrações

 A vibração de extremidade (ocorre nas mãos e braços) e


vibrações de corpo inteiro são produzidas em atividades, que
utilizam ferramentas como motosserras, furadeiras, serras,
politizes, britadeiras e martelos pneumáticos.
 Osteoarticulares: degeneração precoce dos discos intervertebrais; hérnia de
disco lombar;

 Angioneuróticas (principalmente nas mãos): sensibilidade alterada


(formigamento); isquemia dos dedos.

 Doença dos dedos brancos: : clareamento da área afetada (dedo branco),


diminuição ou perder a sensibilidade e redução da temperatura do(s) dedo(s)
afetado(s).
Doenças dos olhos e anexos relacionados ao trabalho
 BLEFARITE: inflamação das pálpebras, devido a: radiações infravermelhas, cimento; arsênio.

 CONJUNTIVITE: Inflamação ou infecção da membrana externa do globo ocular e da terceira


pálpebra. Provocada por substâncias químicas e irritantes, corpo estranho; cimento; radiações
ultravioletas;

 CATARATA: opacificação do cristalino podendo causar cegueira.


Provocada: raios X, calor e frio extremos, choque elétrico, ferimentos penetrantes; radiação.
Cataratas ocupacionais geralmente acometem indivíduos jovens.

 NEURITE ÓPTICA: perda da visão. 

 
 Diagnóstico

 
Doenças do sistema circulatório relacionadas ao trabalho
 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: Ocasionadas pelo chumbo, o ruído e o
estresse ocupacional.
 
 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: trabalhadores expostos a sulfeto de carbono
(aterosclerose), monóxido de carbono e nitratos.

 ARRITMIAS CARDÍACAS: Fatores causais: exposição ao monóxido de carbono; gás


arsina; nitratos orgânicos; solventes; agrotóxicos organo-fosforados e carbamatos;
antimônio, arsênico, mercúrio e chumbo.
Dermatoses ocupacionais (dermatites de contato)

Toda alteração da pele, de mucosas causada direta ou indiretamente por tudo

aquilo que seja utilizado na atividade profissional ou exista no ambiente de

trabalho.

São provocadas por agentes químicos, físicos e biológicos.

 
 Irritantes absolutos: a dermatite já é sentida no primeiro contato;

 Irritantes relativos: a dermatite surge após sucessivas exposições ao agente.

 Sensibilizantes: Surge após um período semanas, meses ou mesmo anos para


aparecer a lesão.
a) Dermatoses por agentes biológicos

 Monilíase interdigital – lavadores de copos e pratos;

 Dermatofitoses – barbeiros e manipuladores de aves; atividades em temperatura elevada e


umidade (cozinhas, ginásios, piscinas).

 Esporotricose – jardineiros, horticultores e manipuladores de palha.

 Candidíase da pele e das unhas – imersões prolongadas em água e irritação mecânica das mãos
(limpeza, lavadeiras, cozinheiras).

 Blastomicose, picadas de inseto e animais peçonhentos – construção de estradas e


desmatamento; trabalhadores agrícolas e florestais.
b) Dermatoses por agentes físicos

Queimaduras, urticária pelo calor, calosidades, bolhas, lesões traumáticas, tumores.

Causadas pela exposição ao Calor, frio, radiações, laser, vibrações, agentes mecânicos
(pressão, fricção ou atrito).
c) Dermatoses por agentes químicos

Provoca alergia, rinite, conjuntivite, câncer, eczema.

Exemplo de produtos químicos: cimento, borracha, solventes e óleos de corte (ação


irritativa), sais de cromo, níquel, resinas epóxi:
 
Doenças do aparelho digestivos relacionadas ao trabalho

 GENGIVITE CRÔNICA: exposição ao mercúrio.


 
 DOENÇA HEPÁTICA TÓXICA: engloba uma grande variedade de doenças hepáticas agudas e crônicas.
 
 Hepatite Aguda e Subaguda: tetracloreto de carbono, tetracloroetano, tricloroetileno,
metilclorofórmio; tolueno; trinitrotolueno, 2-nitropropano; arsênico, chumbo e fósforo amarelo. 
 Colestase – rara; trabalhadores expostos a metilenodianilina.

 Esteatose hepática – degeneração gordurosa em expostos a fósforo amarelo, trinitrotolueno,


agrotóxicos arsenicais, tetracloreto de carbono, metilclorofórmio, tetracloroetano, tolueno e
misturas de solventes alifáticos e aromáticos.

 Hepatite crônica – exposição prolongada e repetida aos agentes causadores de hepatite aguda e
subaguda e esteatose hepática.

 Cirrose hepática; estágio crônico e irreversível de lesão hepática, por exposição a: tetracloreto de
carbono, compostos arsenicais, tetracloroetano, 1,1,1-tricloroetano, trinitrotolueno, tricloroetileno,
cloreto de vinila, clorobenzeno, tetracloreto de carbono, clorofórmio, hexaclorobenzeno,
tetraclorobenzodioxina.
Distúrbios Osteomusculares relacionados ao trabalho –
DORT / LER

 Comum em profissionais expostos ao trabalho com computadores, em linhas de montagem


e de produção ou operam britadeiras, digitadores, músicos, esportistas, pessoas que fazem
trabalhos manuais (tricô e crochê).

 L.E.R. (Lesões por Esforço Repetitivo) É uma síndrome constituída por um grupo de
doenças que afeta músculos, nervos e tendões dos membros superiores principalmente, e
sobrecarrega o sistema musculoesquelético.

 Esse distúrbio provoca dor e inflamação e pode alterar a capacidade funcional da região
comprometida.

 Em 1998 o INSS introduziu o termo D.O.R.T. (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao


Trabalho) equiparando-a á LER.

 As DORT não têm uma única causa. Envolvem fatores de risco diretos e indiretos que são
interdependentes. 
Causas:

 Posturas ou métodos de trabalho ;

 Frio, vibrações e pressões;

 Posturas inadequadas

 Carga osteomuscular decorrente de: força, movimentos repetitividade;

 Carga estática: membro mantido em posição contrária à gravidade;

 Monotonia fisiológica e psicológica;

 Aumento de tensão muscular ou estresse;

 Fatores organizacionais e psicossociais ligados ao trabalho: a carreira, a carga


e ritmo de trabalho e ao ambiente social e técnico do trabalho.
Sintomas:
Alterações nos membros superiores e nos dedos:
 Dor;
 Dificuldade para movimentá-los
 Formigamento, fadiga muscular,
 Alteração da temperatura e da sensibilidade
 Redução na amplitude do movimento, inflamação.

Na maioria das vezes, esses sintomas estão relacionados com uma atividade
inadequada não só dos membros superiores, mas de todo o corpo.
Diagnóstico:
O diagnóstico é clínico e muitas vezes difícil;
Trabalhos de saúde do trabalhador e primeiros socorros para 2º unidade

 Sinais e sintomas e primeiros socorros em condições


hiperbáricas.

 Prevenção em doenças ocupacionais: ruídos, vibrações,


temperaturas extremas, exposição ao frio, doença dos olhos,
doenças do sistema circulatório, dermatoses, DORT, radiação,
atividade agrícola, chumbo, mercúrio, doença do aparelho
respiratório, doenças mentais.
O que é a doença, como se transmite:
(Pode ser impresso)

 TUBERCULOSE
 CARBÚNCULO
 LEPTOSPIROSE
 TÉTANO
 HEPATITE VIRAL
 DOENÇAS PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV):
 MALÁRIA
 LEISHMANIOSE CUTÂNEA E CUTÂNEO-MUCOSA

 ENTREGAR TODOS ---- 14/07/2016


Referência
 http://www.infoescola.com/direito/acidente-de-
trabalho/

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