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Indivíduos e Grupos

Indivíduos e grupos
Indivíduos e grupos

Tu e os grupos

família turma

associação desportiva
associações de solidariedade tu

banda de música grupo de amigos

A atividade marca a relação


que estabeleces com os membros dos grupos a que pertences
Indivíduos e grupos

As relações no interior do grupo estão marcadas por sentimentos


diferentes e até contraditórios

Atração

Conflito/Cooperação Agressão

Discriminação Intimidade

Preconceitos Estereótipos
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Atração

• Preferência por determinadas pessoas, o que nos leva a procurar a sua


presença
• A atração manifesta-se numa maior proximidade com determinadas
pessoas

numa avaliação afetiva numa avaliação cognitiva


(qualidade e força dos sentimentos) (saberes e crenças)
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Fatores que influenciam a atração interpessoal

• proximidade • reciprocidade
• familiaridade • respeito
• atração física • gratidão
• semelhanças interpessoais • estima
• qualidades positivas • aceitação
• complementaridade
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Agressão

• Comportamento que tem por objetivo causar danos físicos


ou psicológicos a outra pessoa ou pessoas

• Tem associada uma intenção de destruição


Gentica e grupos
Indivíduos

Distingue-se a agressão quanto:

• à intenção do sujeito – hostil, instrumental


• ao alvo – direta, deslocada, autoagressão
• à forma de expressão – aberta, dissimulada, inibida

Agressão quanto à intenção do sujeito:

• agressão hostil – tem por objetivo causar danos


• agressão instrumental – visa alcançar determinado objetivo
independentemente dos danos que possa provocar
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Agressão quanto ao alvo:

• direta – dirigida à pessoa ou objeto que justifica a agressão


• deslocada – o agressor dirige a agressão para um alvo que não é
responsável pela causa que lhe deu origem
• autoagressão – a agressão dirige-se contra o próprio sujeito

Agressão quanto à forma de expressão:

• agressão aberta (física ou psicológica) – é claramente manifestada


• agressão dissimulada – é camuflada, por exemplo, por atitudes irónicas
• agressão inibida – não é manifestada exteriormente
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Teorias sobre a agressão

Lorenz

Teorias Inatistas Freud

Dollard

Teoria de Bandura
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Conceção de Lorenz:

• a agressividade é desencadeada por impulsos específicos


e programada geneticamente

• faz parte integrante da natureza humana

• é inata
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Conceção de Freud:
• a agressão tem origem numa pulsão inata, a pulsão de morte
(Thanatos)

• os comportamentos agressivos são explicados por uma disposição


instintiva e primitiva do ser humano

• a agressividade tem uma origem biológica

• é uma energia que tem de ser descarregada: uma das principais


funções da socialização e das regras de organização social é tentar
reprimir esta pulsão destrutiva

Para Freud, para além da pulsão de morte há a pulsão de vida (Eros)


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Conceção de Dollard:

• a origem da agressividade reside nas frustrações do indivíduo

• o comportamento agressivo é uma reação a uma situação frustrante


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Conceção de Bandura:

• a agressividade é aprendida

• resulta da observação e da imitação de comportamentos


agressivos por parte dos pais ou de outros adultos
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Conclusão
A agressão depende de vários fatores:

• fatores orgânicos – na agressão estão envolvidas várias componentes do


nosso corpo mas o ser humano não está geneticamente programado
para desenvolver comportamentos muito agressivos

• fatores sociais – dado que a agressividade é também um comportamento


aprendido, pode manifestar-se mais ou menos consoante o grupo,
a cultura, a sociedade onde o indivíduo está integrado

• experiências pessoais – o comportamento agressivo está relacionado


com as experiências anteriores vivenciadas pelo sujeito
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Principais fatores que se relacionam com a agressão:

• temperatura – a temperatura elevada propicia comportamentos mais violentos

• álcool – desencadeia, por razões biológicas, sociais e psicológicas, respostas


mais agressivas às provocações

• cultura – o nível de agressividade varia de cultura em cultura; as culturas


individualistas tendem a ser mais agressivas que as coletivistas. As notícias,
filmes e séries de televisão em que a violência é o centro das narrativas,
parecem favorecer os comportamentos agressivos
enética e grupos
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Fatores que se relacionam com a agressão:

• experiências aversivas – as experiências negativas vividas anteriormente pelo


sujeito tendem a fazer com que outros também sofram

• frustração – ao gerar cólera pode desencadear comportamentos agressivos

• provocações – insultos e humilhações diminuem a autoestima, o que pode


provocar comportamentos agressivos
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Estratégias de controlo da agressividade:

• introduzir respostas incompatíveis – por exemplo,


o humor e a empatia são incompatíveis com a agressão

• desenvolver competências sociais e de comunicação


– pessoas com dificuldade de comunicação são as que
recorrem mais facilmente à agressão

• tomar medidas sociais – a violência pode ser reduzida


se houver intervenções sociais no sentido de reduzir a
violência nos meios de comunicação sobre o consumo
de álcool, por exemplo
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Intimidade

• A intimidade é uma expressão particular da interação social

• O nível de intimidade varia consoante o tipo de relação


(de amizade, de trabalho, etc.)

• Varia de pessoa para pessoa


(está ligado à personalidade, à história pessoal e à experiência vivida por cada um)
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Manifestações de intimidade:

• social – ter amigos

• sexual – explorar contacto físico, sexual

• emocional – encontro, apoio, proximidade de sentimento

• intelectual – partilha de ideias e conceção do modo de vida

• lúdica – partilha de tempos de lazer e gostos


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Componentes das interações íntimas:

1. a comunicação verbal dos sentimentos e emoções é uma


componente fundamental

2. a comunicação não verbal expressa-se na proximidade


física, nas carícias, nos olhares, nos sorrisos, etc.

O contexto social tem influência porque as expressões de


intimidade variam de cultura para cultura e variam nas
diferentes épocas históricas (convenções sociais)
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Expressões de intimidade:

• Amizade

• Amor

Intimidade e amizade
• Relação pessoal, informal, voluntária, positiva e de longa duração

• Implica reciprocidade; este tipo de manifestação resulta no apoio mútuo


dos membros envolvidos
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As amizades variam segundo um conjunto de fatores:

Amizade na
infância

Amizade na
adolescência – fase Amizade entre
em que é mais adultos
relevante a idade

as características
o contexto social o género
individuais

hoje a amizade apetência para se


entre as mulheres
entre sexos é estabelecerem
domina mais a
encarada com mais relações de
intimidade
naturalidade amizade
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Amor: modelo
Componentes comuns nos vários tipos de amor

1. intimidade

(componente emocional)

2. paixão 3. compromisso
(componente motivacional) (componente cognitiva)
atração erótica intenção de manter
a relação

modelo triangular do amor (R. Steinberg)


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Tipos de relação:

Paixão Intimidade Compromisso = Tipos de Amor resultantes


- - - = Não há amor
+ - - = Paixão
- + - = Amizade
- - + = Amor vazio
+ + - = Amor romântico
- + + = Amor companheiro
+ - + = Amor fátuo*
+ + + = Amor

*Passageiro
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Estereótipos e preconceitos

O estereótipo:

• conjunto de crenças que dá a imagem simplificada das características


de um grupo ou dos membros de um grupo e/ou de instituições

• na base dos estereótipos está um processo de categorização


(colocamos os indivíduos que nos rodeiam em "gavetas“)

• permite, de uma forma rápida e económica, que nos orientemos na vida


social
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Funções dos estereótipos


Função sociocognitiva: Função socioafetiva:

• permite encarar eficazmente • diz respeito ao sentimento de


o mundo em que nos encontramos identidade social
inseridos
• reconhecemo-nos enquanto
• permite definir o que é justo ou pertencentes a grupos com os quais
injusto, o que está bem e o que está nos identificamos
mal
Os estereótipos têm uma função
A função sociocognitiva, ao socioafetiva porque
categorizar a realidade social, transmite reforçam o sentimento de "nós" por
dados que promovem a nossa adaptação oposição aos outros
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Assim, os estereótipos:

• são esquemas unificadores das classes ou categorias a que


se referem, ignorando aspetos que podem ser significativos

• são simplistas e referem quase sempre aspetos parcelares


e caricaturais isolados dos contextos complexos aos quais
se referem
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Os estereótipos sociais têm um carácter positivo

porque

ao pensarmos, agirmos e interpretarmos o real de acordo


com o que está estabelecido na sociedade em que
estamos inseridos, temos garantida a aceitação social
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Preconceito

• é uma atitude que envolve um pré-juízo, a maior parte das vezes negativo,
relativamente a pessoas ou grupos sociais

• aprende-se no processo de socialização

Os preconceitos são noções generalizadas que formamos a partir das ideias


e das crenças que aprendemos nos grupos a que pertencemos
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O preconceito social pode conduzir à discriminação

porque

como o preconceito social tem uma função de proteção


do grupo, as tensões com outros grupos objeto de
preconceitos podem levar a comportamentos
discriminatórios
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Discriminação

• comportamento, muitas vezes violento, dirigido contra o grupo que


é alvo de preconceitos

Há diferentes graus de hostilidade derivados da discriminação:

1. o evitamento do grupo objeto de discriminação


2. a tentativa da sua eliminação física
3. a manifestação de opiniões negativas

A hostilidade tem tendência a aumentar em


períodos de crise económica
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O conflito

O conflito é um estado de tensão individual ou o estado de


tensão entre diferentes pessoas e/ou grupos próximos mas
com interesses antagónicos

conflito conflito conflito intergrupal


intrapessoal interpessoal

conflito conflito conflito


interno entre pessoas entre grupos
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“Os conflitos correspondem a processos de desenvolvimento pessoal e grupal”

porque

• as situações de conflito reforçam a coesão dos grupos


e também a sua identidade

• conflitos existem em todas as relações pessoais, familiares


e grupais

• são importantes porque estimulam novas ideias e soluções que


acabam por ser mais adaptadas a novas realidades sociais
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Conflito e cooperação
Há meios para ultrapassar conflitos:

cooperação ou entreajuda com vista ao alcance de objetivos comuns

a mediação, em que se recorre a uma parte não interessada


no conflito que procura ajudar a ultrapassá-lo

a negociação entre as partes envolvidas em que ambas fazem


cedências até alcançarem um acordo

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