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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

MESTRADO EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA


TEORIAS DA APRENDIZAGEM
PROFESSOR: Dr. SILVANIO DE ANDRADE
MESTRANDO: JOSENILDO MARIA DE LIMA

Estruturas da Mente
(Howard Gardner)
Capítulos 1 e 2

Campina Grande-PB, 12/04/2011


Capítulo 1: A idéia das Inteligências Múltiplas

 O texto inicia descrevendo a realização de um teste de


Q.I, mostra que a partir do escore deste teste será
traçado o futuro da menina.

 Gardner defende em parte a realização do teste, pois


o mesmo prevê a habilidade da pessoa com as
matérias escolares, porém ele afirma que tais testes
pouco prevêem sobre o sucesso na vida posterior.

 Inconformado com essa maneira de medir a


inteligência ele pergunta: “Mas o que aconteceria se
deixássemos nossa imaginação vagar livremente e
considerássemos a mais ampla gama de desempenhos
que são de fato valorizados ao redor do mundo?”
Capítulo 1: A idéia das Inteligências Múltiplas
 O autor mostra três exemplos de crianças e
adolescentes que desenvolvem habilidades
específicas.
 Para Gardner “apenas quando expandirmos e
reformularmos nossa concepção do que conta como
intelecto humano seremos capazes de projetar meios
mais adequados para avaliá-lo e meios mais eficazes
para educá-lo” p.4
 Ele mostra que existem alguns programas que visam
desenvolver a inteligência humana de modo que o
individuo atinja seu potencial humano.
 O texto traz um levantamento histórico sobre as
capacidades associadas aos poderes mentais. Desde
a antiguidade grega até a atualidade.
Capítulo 1: A idéia das Inteligências Múltiplas
 O autor mostra que “ seja o rei-filósofo de Platão, o
profeta hebraico, o escriba letrado num mosteiro
medieval ou o cientista num laboratório, o individuo
capaz de usar seus poderes mentais foi destacado” p.5
 Para o autor existem dois tipos de estudiosos da
inteligência:
 Os “ouriços” que concebem todo intelecto como uma só
peça, crêem no intelecto como uma capacidade singular e
inviolável do homem, além disso defendem que cada
individuo nasce com um Q.I dado por Deus.
 E os “raposas” que acreditam na fragmentação do
intelecto em vários componentes, para eles cada parte da
mente tem funções específicas. Os pensadores medievais
estudavam sete faculdades mentais, F. J. Gall nomeou 37
faculdades da mente, já J. P. Guilford reconhece 120
vetores da mente
Capítulo 1: A idéia das Inteligências Múltiplas
O debate entre os ouriços e as raposas permanecem ainda
hoje:
Na área dos estudos cerebrais: Localizadores x Holistas;
Na área da testagem da inteligência: Fator geral x Família
de habilidades;
Na área do desenvolvimento: estruturas gerais da mente x
conjunto de habilidades mentais;
O autor indica que “há evidências persuasivas para a
existência de diversas competências intelectuais humanas
relativamente autônomas” são as “inteligências humanas”
as quais são “as estruturas da mente”
“ A exata natureza e extensão de cada estrutura individual
não foi determinado, nem o número preciso de
inteligências.
Capítulo 1: A idéia das Inteligências Múltiplas
 Gardner acredita que há “pelo menos algumas inteligências,
relativamente independentes umas das outras e que podem
ser modeladas e combinadas numa multiplicidade de
maneiras adaptativas por indivíduos e culturas”
 Para ele não enxergamos estas inteligências na vida comum
por elas trabalharem em harmonia, por isso a autonomia
delas fica invisível.
 Os objetivos do livro são expandir o campo de ação da
Psicologia cognitiva e desenvolvimento; examinar as
implicações educacionais de uma teoria de I. M.; Inspirar
estudiosos a desenvolver um modelo de como competências
intelectuais podem ser fomentadas em diversos cenários
culturais.
 Vale ressaltar que a noção de I. M. ainda não é um fato
provado cientificamente, é uma idéia que readquiriu o direito
de ser discutida seriamente.
Capítulo 2: Inteligência: Visões Anteriores
 De acordo com o texto vemos que entre os séc. XVIII e XIX F.
J. Gall criou a frenologia a qual acredita que as variações dos
crânios humanos refletem diferença no tamanho e formato do
cérebro e de acordo com esse formato seria possível
determinar os pontos fortes, as fraquezas e as idiossincrasias
do perfil mental de cada um.
 A lista de Gall de poderes e órgãos da mente foi modificada
por J. Spurzheim contava com 37 poderes diferentes que
incluiam as faculdades afetivas como amorosidade, auto
estima, etc.
 Gardner cita que “o tamanho e a configuração do crânio em si
provam ser uma medida inexata das importantes
configurações do córtex humano p. 10”. Por outro lado ele
mostra que Gall propôs outras idéias férteis tais como a de
que: Cada parte do cérebro é responsável por uma dada
habilidade; Não há uma única forma de percepção, mas
diferentes formas.
Capítulo 2: Inteligência: Visões Anteriores
 No tópico intitulado “A distinção da psicologia” o autor
mostra a origem desse ramo científico, mostrando que ela
teve sua aceitação mais rápido que a frenologia devido os
trabalhos de A. Binet e T. Simon por haverem projetado e
executado “os primeiros testes de inteligência com o
intuito de separar crianças com retardo e em classificar
crianças adequadamente em uma série correspondente”.

 Ele volta a criticar a aplicação desses testes mostrando


que dependendo do modelo matemático adotado pode-se
chegar ao fator g defendido pelos “ouriços” ou a familia
de habilidades defendida pelas “raposas”, porém quando
se trata da interpretação dos resultados surge uma
questão de preferência.

Capítulo 2: Inteligência: Visões Anteriores
 No tópico intitulado “Piaget” o autor mostra que J. Piaget
“iniciou sua carreira como pesquisador trabalhando com T.
Simon e logo tornou-se particularmente interessado nos erros
que as crianças cometem quando tentam resolver itens num
teste de inteligência p. 14”
 Gardner defende a idéia de que mesmo implicitamente Piaget
criticava os testes de inteligência. Por esse motivo “Piaget
desenvolveu uma visão radicalmente diferente e extremamente
poderosa da cognição humana. A de que todo estudo do
pensamento humano deve começar postulando um indivíduo
que está tentando enterder o mundo p.15”
 Piaget produziu um brilhante retrato da forma de crescimento
intelectual humano. Mas apresenta algumas falhas segundo
Gardner uma delas é que responde pouco sobre a criatividade
na vanguarda das ciências, e deixa- nos sem ajuda sobre a
originalidade que é mais valorizada nas artes ou outras esferas
da criatividade humana.
Capítulo 2: Inteligência: Visões Anteriores
 No tópico intitulado “A abordagem de processamento de
informações” o autor mostra que “o psicólogo de
processamento de informações tenta descrever nos mais
refinados detalhes, todas as etapas usadas por determinada
criança. Como meta final dessa psicologia é descrever tão
exaustiva e escrupulosamente quanto possível as etapas que o
desempenho de um indivíduo possa ser simulado num
computador p.17”.

 Para o autor o modelo de pensamento excessivamente


mecanicista operado por computador e a propensão para
problemas de teste cientificamente orientados já prenunciam
alguns problemas que esta abordagem teria a longo prazo. Pois
“os problemas postulados figuram uma única solução ou um
pequeno conjunto de soluções e há escassa atenção à
problemas com uma gama indefinida de soluções, quanto mais
á geração de novos problemas. P.18-19”
Capítulo 2: Inteligência: Visões Anteriores
 No tópico intitulado “A abordagem dos sistemas simbólicos”
o autor mostra que “ o uso de símbolos foi chave na evolução da
natureza humana, dando surgimento ao mito, à linguagem, à
arte, à ciência; ele foi também central nas mais elevadas
conquistas criativas dos seres humanos, todas as quais exploram
a faculdade simbólica humana. P. 19-20”
 D. Feldman, D. Olson, G. Salomon e H. Gardner adotam sistemas
humanos de símbolos como um foco principal de atenção. De
acordo com eles grande parte do que é característico em relação
à cognição humana e ao processamento de informações envolve
o desdobramento destes vários sistemas de símbolos. p. 20
 De acordo com D. Feldman as conquistas cognitivas podem
ocorrer numa gama de domínios, são eles universais, de
determinadas culturas, idiossincráticos, e os singulares. “Uma
crença é que, dentro de cada domínio, há uma série de etapas
variando desde o nível de novato até o nível de mestre.
Capítulo 2: Inteligência: Visões Anteriores
 D. Olson “focalizou mais o papel dos sistemas de símbolo na
alfabetização. Ele produziu evidencias de que indivíduos criados
numa sociedade onde a alfabetização é realçada, aprendem de
modo diferente dos que empregam outros tipos de sistema de
símbolo em cenários não escolados . P.22”
 Esses autores juntamente com Gardner buscavam se certificar se
alguns processos comuns poderiam encurtar o caminho entre
diversos sistemas de símbolos ou se cada sistema de símbolo seria
melhor descrito como possuidor de sua própria trajetória
desenvolvimental.
 Para Howard Gardner uma questão crucial refere-se à definição e à
delineação de domínios simbólicos específicos.
 O autor também cita várias abordagens dentro dos sistemas
simbólicos são elas: uma concepção histórica ou cultural, a
empiricamente sequênciada dos testadores de inteligência ou a
neuropsicológica a qual observa que capacidades simbólicas entram
em colapso juntas sob condições de lesão cerebral e formula
hipóteses de que estas refletem o mesmo tipo natural.

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