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ARTIGO 1

Brasília, 27/NOV/2019

ESTUDO DO COMPORTAMENTO MECÂNICO DA BRITA GRADUADA


TRATADA COM CIMENTO PARA BASE E SUB-BASES DE PAVIMENTO
COM BRITA DE CALCÁRIO

Rodrigo Marques Lima José Camapum de Carvalho Elidiane O. Martins Miguel


DNIT Universidade de Brasília - UnB Fundação Getulio Vargas - FGV
ARTIGO 1
Brasília, 27/NOV/2019

1. Introdução
• Compreensão do funcionamento da Brita Graduada Tratada com
cimento – BGTC nas variações dos teores de cimento;
• Realização de ensaios com duas curvas granulométricas de brita.
• O tipo de brita (calcário) foi escolhido em função da sua abundância
na Região Centro-Oeste e da frequência na utilização nas obras
rodoviárias.
ARTIGO 1
Brasília, 27/NOV/2019

2. Objetivo
• Realizar ensaios triaxiais de carga repetida e ensaios de resistência a
compressão com o material nas suas diversas variáveis de forma a
estabelecer valores de referência para o MR e a RC, além de expor
conclusões sobre o comportamento da BGTC ao variar a
granulometria e o teor de cimento.
3. Metodologia
BGTC

Definição das curvas


Granulométricas

C1 C2

Ensaios de módulo de resiliência e resistência a


compressão da BGTC
Figura 1 – Curva Granulométrica – Adaptada da Norma
Européia
CURVAS GRANULOMÉTRICAS
100.00
90.00
80.00
70.00
Passante acum. (%)

60.00
50.00
40.00
30.00
20.00
10.00
0.00
0.01 0.10 1.00 10.00 100.00
Abertura de peneiras (mm)
C1 C2
Figura 2 – Curva de compactação C1
CURVA DE COMPACTAÇÃO C1
1,52
1,50
1,48
1,46
1,44
1,42
Peso específico

1,40
1,38
1,36
R² = 0,9836
1,34
1,32
1,30
1,28
1,26
1,24
1,22
1,20
0,00% 1,00% 2,00% 3,00% 4,00% 5,00% 6,00% 7,00%
Umidade
Figura 3 – Curva de compactação C2
CURVA DE COMPACTAÇÃO C2
2.56
2.52
2.48 R² = 0.93
2.44
2.40
Peso específico

2.36
2.32
2.28
2.24
2.20
2.16
2.12
2.08
2.04
0.00% 100.00% 200.00% 300.00% 400.00% 500.00% 600.00% 700.00% 800.00%
Umidade
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4. Resultados
• O ensaio de resistência a compressão simples com uso das duas
curvas resultou diferentes RCS em todos os teores de cimento.
RESISTÊN CIA A COM PRESSÃO AOS 28 DIAS
5,00 4,69

4,50
4,00
4,00

3,50
3,13

3,00
RC

2,50
1,88
2,00

1,50 1,19

1,00 0,77

0,50

0,00
0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7%
TEOR DE CIMENTO

C1 C2
• A curva C2, com uma granulometria mais
fina, apresentou sempre um resultado
superior. O fenômeno pode ser explicado
pela maior coesão entre as partículas,
dado que por estas serem mais finas o
contato entre os grãos é maior, pois os
espaços vazios são preenchidos pelos
grãos mais finos, gerando assim um peso
específico maior e uma mistura mais
densa. Esse aumento de coesão entre as
partículas leva a um aumento do diâmetro
no círculo de Mohr, explicando assim o
aumento das tensões de ruptura σ1 e σ2,
conforme exemplo
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4. Resultados
• Quanto ao ensaio de módulo de resiliência, a BGTC apresentou um
aumento no MR com aumento do teor de cimento para as duas
curvas.
MÓDULO DE RESILIÊNCIA X TEOR DE CIMENTO (MESMA TENSÃO)

30.000,00

24.624,50
25.000,00

19.837,00
20.000,00
17.875,50
16.402,50
MR

15.000,00

10.000,00
6.606,50
5.332,00
5.000,00

-
0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7%
TEOR DE CIMENTO
CURVA 2 CURVA 1
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4. Resultados
• Houve um aumento no MR, a medida que o tempo de cura
aumentou de 7 para 28 dias na curva 2.
MÓDULO DE RESILIÊNCIA AOS 7 E AOS 28 DIAS

30.000,00
26.621,57

25.000,00
25368,57
21.304,83

20.000,00
MR

15.000,00 16.155,46

10.000,00

5.972,90

5.000,00

3.648,13
-
0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7%
TEOR DE CIMENTO
7 DIAS 28 DIAS
• A curva C1 tem sempre um MR
maior que a curva C2, independente
do estado de tensões e do teor de
cimento. A explicação desse
fenômeno se deve ao fato de que a
curva C1 tem uma granulometria
mais grosseira, portanto com grãos
maiores e a transmissão dos
esforços se dá entre esses grãos
maiores, levando a uma deformação
menor e consequentemente a um
MR maior para uma mesma tensão
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Conclusões
• O MR conforme o teor de cimento da mistura, independente da curva granulométrica,
devido a hidratação do cimento e o endurecimento da pasta de cimento formada,
proporcionando uma coesão maior entre os grãos de brita;
• O MR depende do estado de tensões, à medida que as tensões aplicadas sobre o material,
independente do teor de cimento;
• O tempo de cura influencia o valor do MR, sendo o valor aos 28 dias sempre maior que aos 7 dias,
independente da curva granulométrica e do teor de cimento;
• A curva C1, por apresentar uma granulometria de maior porte, terá sempre um MR mais elevado
do que a curva C2, independente do teor de cimento e do estado de tensões.
Obrigado!
Rodrigo Lima
rodrigo.lima@dnit.gov.b
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