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Olavo Bilac 1
Cléopatra – de Alexandre Cabanel em estilo pompier.
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Os artistas parnasianos atribuíam muita importância à forma,
que deveria ser clara, harmônica e evocar elementos clássicos. 3
O PARNASIANISMO:
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4. O Parnasianismo vem para o Brasil no
final do século XIX. Estendeu-se por
quatro décadas, de 1882, com a
publicação de Fanfarra de Teófilo Dias,
até pelo menos a 1922, quando passou a
ser alvo da crítica dos modernistas.
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[...] “Por enquanto quero considerar Bilac como deputado da Beleza na
terra do Brasil. [...] [...] Como deputado da Beleza era natural que
Bilac estivesse estudado a arte de agradar por meio de seus
versos... E que técnica formidável![...][...] Inteligentíssimo,
estudioso, paciente, o tapeceiro de As viagens adquiriu uma
facilidade, uma segurança, uma perfeição tal no manejo do
alexandrino, e mesmo de outros metros, que confina com a
genialidade. Se quiserem: Bilac é o malabarista mais genial do
verso português. [...] [...] Quando devorei Tarde pela primeira vez,o
meu pensamento parou estarrecido (não sei se me compreendem)
diante destes versos: Um cometa passava... Reli,Tornei a ler. Creio
mesmo que treli. Qual! Não compreendia! Que diabo! Olavo fizera
simbolismo! Ou coisa que o valha? Não podia ser! Reli. Qual! Não
entendia. Senti que pesava a minha alma parnasiana! Joguei-a
fora. Eureka! Esplendor! Fecundação! As palavras brilhavam como
vidas. As idéias palpitavam como profecias... [...] Fizeste com que o
deputado da Beleza sonhasse o que sonhamos todos nós – a
criançada de hoje – com os nossos olhos abertos: o futuro sincero e
libertário da poética brasileira![...] E de ambos vives a zombar
assim”. [...] (BILAC, Obra Reunida,1996, p.37).
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5. Objetivo, impessoal e contido, o
parnasianismo sucedeu o romantismo e
antecipou o simbolismo, limitando-se a
descrições da natureza e das coisas
naturais de maneira estática e impassível,
baseando-se em dois princípios: o poeta
não deve expor o próprio Eu e nem se fiar
na inspiração.
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Olavo Bilac diz que “todas as palavras cabem
no verso: tenha o versificador paciência,
conheça a língua e adquira um apuro superior
do ouvido”. Isso fica claro no poema A um
poeta.
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SONETO:
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Virgens mortas
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A feitura dos versos alexandrinos fundamenta-se
em dois princípios básicos: quando o primeiro
seguimento termina por uma palavra grave
(paroxítona), o outro seguimento deve começar
por vogal ou consoante muda, para que
aconteça a elisão; a última palavra do primeiro
seguimento nunca pode ser esdrúxula
(proparoxítona). A cada uma das metades do
verso dá-se o nome de hemistício que, ao se
elidirem, geram um impulso ou pulso que
movem o verso evidenciando nele a inflexão. A
contagem das sílabas do verso faz-se
enumerando da primeira sílaba do verso até a
última sílaba tônica do mesmo.
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QUADRO 1
Hemistício 1 Hemistício 2
No sílabas 1 2 3 4 5 6 123456
1o verso Quan/do u/ma/ vir/gem/ mor/re, u/ma es/tre/la a/pa/re/ce
No sílabas 1 2 3 4 5 6 123456
2o verso No/va,/ no/ ve/lho en/gas/te a/zul /do /fir/ma/men/to.
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Figuras de Linguagem:
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• Rimas:
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Antíteses: são figuras de pensamento de
oposição ou o uso de palavras com sentido
contrário. No poema entramos três figuras:
morre – aparece; nova – velho; perturbando –
sossegado; viveram - morreram.
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Elipse ou zeugma: é a omissão de uma palavra sem
prejuízo do sentido. No texto encontramos duas elipses:
A alma da (virgem) que morreu; na luz da (estrela) que
nasceu.
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Símile ou comparação: é o confronto de duas realidades
diferentes realçando sua semelhança. No poema
encontramos: como um rumor de prece. Sinestesia é a
sensação percebida por diferentes órgãos do sentido.
No poema encontramos: olhar gelado. Característica
simbolista já presente em Bilac.
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