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Reação Cutânea

Introdução
• As reações cutâneas (RC) são as mais
frequentes das reações indesejáveis atribuídas
ao medicamento
• 1% das consultas e 5% das hospitalizações em
dermatologia são atribuídas a elas.
• Reações mais graves representam menos de
10% das toxidermias que levam a uma
consulta hospitalar
Introdução
• Prurido, Erupção maculopapulosa e urticária
são as mais frequentes
• Fisopatologia das RC’s são bem mal
conhecidas
• Na maioria das vezes são reaçoes de
HIPERSENSIBILIDADE (ENVOLVEM IgE)
• Ex: urticária e anafilaxia do tipo I às penicilinas
• Responsabilidade: MEDIADOR HISTAMINA
Fisiopatologia
Fisiopatologia
Urticária
Urticária
• Etiologia
- Afecção banal (10% dos casos)
- Agudas ou Crônicas
- Quando agudas : facilidade
- Crônicas: investigação e pesquisa
- Definição: trata-se de um edema da derme
superficial, secundário a alterações da
permeabilidade vascular, sob o efeito de múltiplos
mediadores as inflamação deixados pelos mastócitos.
Urticária
Urticária
Urticária Aguda
• As lesões são placas eritemato-edematosas
grandes, pruriginosas, de início súbito e
duração efêmera, acompanhadas, com
freqüência, de fenômenos gerais.
• O episódio de urticária aguda pode persistir
por horas e até dias.24
• Não é difícil encontrar o fator desencadeante
Urticária Aguda
• As reações mediadas pela IgE a alérgenos
ambientais (tais como o látex, castanhas ou peixe),
quando causas da urticária aguda ou urticária de
contato, podem ser investigadas pelo teste
cutâneo de leitura imediata (prick test) ou então
pelo RAST (radioallergosorbent test) no sangue.
• Há que ressaltar o fato de que, para ser valorizado,
o resultado de ambos deve ser correlacionado com
o contexto clínico.
Urticária Crônica
• A urticária é considerada crônica quando
persiste por mais de seis semanas
• Cerca de 30% dos doentes com urticária
apresentam urticária crônica.
• De evolução recorrente, pode prolongar-se até
mesmo por anos; há tendência à cura
espontânea. Raramente, apesar de investigação
adequada, se encontra a etiologia.
Medicamentos
Urticária Aguda
- Contrastes Iodados
- Antinflamatórios ( AAS )
- Corantes (tartrazina)
- Derivados sanguíneos
- Vacinas
- Anestésicos Gerais e Locais
- Betalactâmicos
- Opiáceos
- Sulfamidas (sulfadiazina,sulfadimidina, sulfametopirazina e
sulfametoxazol
- Barbitúricos (fenobarbital e tiopental)
Medicamentos
• Urticária Crônica
- AINES e AAS
- Tartrazina
Tratamento
• Grave (potencial anafilático) – Corticóide e
Adrenalina
• Urticária Comum: anti-histamínicos
Erupções Eritematosas
Maculopapulosas Difusas EEMPD
Erupções Eritematosas Maculopapulosas
Difusas EEMPD
• As lesões são constiutídas de manchas
eritematosas fixas (máculas) de pequena
extensão (mm)
• Evolução: descendente
• Instalação: horas e dias
• Cura: 2 a 10 dias (com ou sem descamação)
• Prurido Constante
• Mucosas são frequentemente respeitadas
Sinais de Gravidade
• A influência das lesões e a extensão
secundária no sentido de uma eritrodermia, a
aparição de um acometimento mucoso,
erosivo – hospitalização
• Em adultos: medicamentos
• Em crianças: viroses
EEMPD -Morbiliforme
EEMPD escarlitiniforme
Medicamentos
• Sulfamidas
• Betalactâmicos (penicilinas)
• Sais de ouro
• Alopurinol
• AINES
• Anti-histamínicos H2 (cimetidina)
• IECA
Eritrodermia
Eritrodermia
• Esse termo, que designa um acidente grave,
não deve ser utilizado para qualquer eritema
extenso, mas deve ser reservado a um quadro
que responda a critérios precisos
• Trata-se de um acometimento do conjunto de
tegumentos.
• A pele é espessa , infiltrada, eritematosa,
secretante e ou escamosa
Eritrodermia
• As palmas ou as plantas são acometidas, cm uma
hiperqueratose que facilmente apresenta fissuras
• As mucosas são respeitadas
• O prurido constante, grave, é frequentemente
causador de insônia
• A evolução é prolongada
• Temperatura: 38 a 38.5 °C
• Adenopatias volumosas
• Hiperleucocitose e Hipereosinofilia
Eritrodermia
Eritrodermia
Medicamentos
• Fenitoína e Carbamazepina
• Salazopirina (anti-reumático)
• Sulfamidas
• Dipirona
• Sais de Ouro
• Penicilina
Eritrodermia
• Aparição: 15 a 30 dias após a introdução do
medicamento
• Necessário Histologia Cutânea
Púrpura Vascular
Púrpura vascular
• Apresenta-se sob a forma de petéquias
infiltradas, palpáveis, com predominância nos
membros inferiores
• Não há equimose nem síndrome hemorrágica
• As plaquetas são qualitativa e
quantitativamente normais.
• É uma púrpura por lesões inflamatórias dos
vasos da derme superficial
Púrpura vascular
• O mais típico é a imagem de vascularite
leucócito-clássica que associa uma necrose
fibrinóide de parede dos capilares .
• A púrpura pode ser isolada, associada a
artralgias e mialgias ou a manifestações
viscerais mais inquietantes: neuropatia
periférica, glomerulopatias e hemorragia
intestinal
Púrpura vascular
Púrpura vascular
Medicamentos Associados
• Sulfonamidas
• Dipirona
• Hidantoínas
• Tiouracil
• penicilina
Fotossensibilidade
Medicamentosa
Fotossensibilidade Medicamentosa
• Trata-se de reações cutâneas exageradas e/ou
anormais à luz
• O aspecto típico é o de “incidência de sol”
bem limitada nas zonas expostas à luz ( rosto,
colo, dorso das mãos).
Fotossensibilidade Medicamentosa
• Formas clínicas
- Bolhas das extremidades
- Fotoonicomicose (deslocamento da unha em
suas extremidades distal e laterais)
- Pigmentação intensa das zonas expostas à luz
- Lesões polimorfas eczematotiformes e
pseudo-urticarianas que margeiam as zonas
expostas ao sol, em caso de fotoalergia.
Mecanismo
• O principio ativo torna-se tóxico qunado
exposto a radiação ultravioleta.
• Alteração molecular via radiação ultravioleta
Medicamentos
• Amiodarona
• Tetraciclina
• Fenotiazínas (levopromazina e clorpromazina)
• Tiazídicos
• Sulfamidas
• Griseofulvina
• Aines
• Quinolonas
Erupções Bolhosas
Erupções Bolhosas
• As bolhas são lesões circunscritas, em relevo,
com conteúdo líquido e de tamanho superior
a 5mm (vesículas)
• As dermatoses bolhosas são raras
• As lesões bolhosas causadas por
medicamentos podem apresentar vários
aspectos
Eritema polimorfo
• Definição
• Roseta ou alvo
- Lesão arredondada
- 0,5 a 2cm
- Anel edematoso e centro mais escuro
- Presente na palma das mãos e planta dos pés
- Erosivas
Eritema Polimorfo
Eritema Polimorfo
Medicamentos
• Sulfamidas
• Barbitúricos
• Carbamazepina e Fenitoína
• Fluoxetina e outros IR5HT
• Betalactâmicos
• Certos AINES (principalmente piroxicam e
meloxicam)
Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ)
• É entidade caracterizada pela presença de lesões
semelhantes às do eritema multiforme,porém com
• Exclusivamente medicamentosa
• Máculas purpúricas e bolhas amplamente distribuídas ou
mesmo lesões em alvos atípicos dispostas sobre o dorso
das mãos, palmas, plantas dos pés, região extensora das
extremidades, pescoço, face, orelhas e períneo, sendo
proeminente o envolvimento da face (Figura ) e do tronco
(Figura )
• A incidência da SSJ é estimada em cerca de um a três casos
por milhão de habitantes ao ano.
SSJ

Figura: Máculas purpúricas.


Elementos púrpuricos ora isolados, ora
coalescentes na orelha e na face.
Síndrome de Stevens-Johnson devido
ao uso de carbamazepina e fluoxetina
SSJ

Figura:Síndrome de Stevens-
Johnson. Múltiplos elementos purpúricos
com epiderme necrótica no dorso.
Medicamentos
• Centenas
• Fenitoína e Carbamazepina
• IR5HT
• Benzodiazepínicos
• Oxicans (aines)
• Tiazídocos
• Sulfonamidas (sulametoxazol)
Síndrome de Lyell ou Necrólise Epidérmica
Tóxica (NET)
• É entidade caracterizada por extenso
destacamento da epiderme secundário à necrose
(necrólise da epiderme).
• O termo "necrólise epidérmica tóxica" foi
introduzido por Lyell em 1956.
• Constitui felizmente uma reação adversa à droga
rara, estimando-se na Europa sua incidência em
1-1,4 caso para cada milhão de habitantes ao ano
• Inicia-se como SSJ
Síndrome de Lyell ou Necrólise Epidérmica
Tóxica (NET)
• Em pacientes com Aids, porém, o risco dessa
reação é
• maior, sendo estimado em cerca de um caso
para cada 1.000 pacientes por ano.
• De forma geral há nítida predominância entre
as mulheres (1,5 a 2 casos nas mulheres para
cada caso entre homens), contribuindo a
ocorrência em pacientes com Aids para
equilibrar a taxa de incidência entre os sexos
Síndrome de Lyell ou Necrólise Epidérmica
Tóxica (NET)
• Febre, dor de garganta, tosse e queimação ocular,
precedem em um a três dias antes do acometimento
cutâneo-mucoso.
• Erupção eritematosa surge simetricamente na face e na
parte superior do tronco, com extensão craniocaudal.
• Sntomas de queimação ou dolorimento
• da pele.
• As lesões cutâneas individuais são, em sua maioria,
caracterizadas por máculas eritematosas, de contornos
mal definidos, com centro purpúreo
Medicamentos
• Sulfonamidas
• Betactâmicos (cefalosporínicos e penicilinas)
• Benzodiazepínicos
• Tiazídicos
• AINES ( meloxicam e piroxicam)
• IR5HT
• Quinolonas
NET

Descolamento epidérmico. A epiderme


necrótica é
liberada como retalhos deixando exposta a
derme eritematosa
desnuda. Paciente HIV-positivo em uso de
sulfonamida
NET

Necrólise epidérmica tóxica.


Observar o eritema difuso na face, área
de descolamento epidérmico na
pálpebra inferior e acometimento dos
lábios com crosta hemática. NET devido
ao uso do piroxicam
NET

Necrólise epidérmica
tóxica. Extenso acometimento com
várias áreas de derme desnudas na
pele. Uso de benzodiazepínico.

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