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Literatura Infantil — aspectos a

serem desenvolvidos
Literatura Infantil não pode trair seu leitor com livros que sejam
meramente educativos. Sua
função é entreter e instruir o leitor para que este tire suas próprias
conclusões das obras trabalhadas.
Ser infantil não significa ser “menor”, ingênuo, fraco ou ser
indiferente aos sentimentos.
Mas como levar o futuro professor
a avaliar uma obra infantil?
• Textos infanto-juvenis;
• Seu valor artístico
• a consciência de mundo do autor;
• a mensagem;
Veja algumas dicas:
• para crianças que já iniciaram seu processo de leitura, deve-se predominar a
ilustração, o texto
deve ser curto e apresentar letras grandes, como no “álbum de figuras”;
• para crianças que já desenvolveram sua leitura, é importante reduzir as
ilustrações e colocar o
texto em evidência;
• para crianças de nove, dez anos e que já são leitoras, os livros podem conter
imagens, mas o
professor deve incentivá-las a ler livros sem imagem.
Literatura Infantojuvenil:

histórias, poesias, crônicas, imagens, quadrinhos


etc.
Devemos considerar três fases
para a Literatura Infantil:
Fase do mito — crianças de três/quatro anos a sete/oito anos.
Características: predomínio da fantasia, do animismo: para as crianças,
pessoas e objetos têm alma. Não existe diferença entre a realidade e a
fantasia. A leitura adequada a essa fase é a dos contos de fadas, as
lendas,
os mitos e as fábulas.
Devemos considerar três fases
para a Literatura Infantil:
Fase do robinsonismo — crianças de sete/oito anos a onze/doze anos.
Características: conhecimento da realidade; a criança tem maior necessidade
de ação; interessa-se pela experiência do homem e da ciência; valoriza o
esforço
pessoal, o engenho do herói para vencer obstáculos. A literatura adequada
a essa fase é o romance de aventura, o relato histórico, relatos mitológicos.
Nessa fase, meninos e meninas têm interesses diferentes, as meninas têm uma
tendência maior ao sonho, à irrealidade, ao romantismo da terceira fase.
Devemos considerar três fases
para a Literatura Infantil:
Fase do pensamento racional — crianças de onze/doze anos até a
adolescência.
Características: domínio das relações abstratas; surge uma segunda fase
egocêntrica, a criança preocupa-se consigo mesma, em sua relação com
os outros; há a preocupação sexual; as questões pessoais apresentam valor
essencial, por isso seu interesse por romances. A leitura adequada a essa
fase é a
romântica, pelo caráter de seus heróis e por seus temas
Uma análise literária avança a
partir de uma série de perguntas:
a) O que a obra transmite?
b) Qual seu enredo, assunto, trama?
c) Como isso é expresso em escritura literária? Quais os recursos de linguagem ou de estrutura
escolhidos pelo autor?
d) Qual a intenção que predomina nessa escolha: a estética ou a ética? (a primeira dá ênfase
ao fazer
literário; a segunda, aos padrões de comportamento [...]).
e) Qual a consciência de mundo (ou sistema de valores) ali presente ou latente? Há ou não
coerência
orgânica na construção da obra entre estilo, recursos expressivos, problemática e consciência
de
mundo? (é essa organicidade que lhe dá o valor de obra literária).
f) Qual a intencionalidade do autor que pode ser percebida na obra?
g) Qual seria sua finalidade em relação ao leitor? Divertir, instruir, educar, emocionar,
conscientizar?

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