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Fernando Pessoa
(em: “Mensagem” Segunda parte / Mar Portuguez) - ortografia original do autor
Quinhentismo
QUADRO ESQUEMÁTICO
1500 1601
Primeiros Início da
documentos sobre Era Barroca
o Brasil
Prosopopeia de
Carta de Bento Teixeira
Pero Vaz
de Caminha
Quinhentismo
Literatura de
Informação
Literatura dos
DENOMINAÇÕES Viajantes
Literatura
sobre o Brasil
Quinhentismo
O PERÍODO INFORMATIVO
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Quinhentismo
O PERÍODO INFORMATIVO
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Verde Amarelo
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Antropofágico
Tropicalismo
TEMÁTICA DO
QUINHENTISMO
NATUREZA EM OUTROS ESTILOS DE ÉPOCA
Canção do exílio
Romantismo
(Gonçalves Dias- 1847)
Cassiano Ricardo
(em: “Martim Cererê”)
MODERNISMO
HISTÓRIA DO BRASIL
(Pero Vaz Caminha)
a descoberta
Seguimos nosso caminho por este mar de longo
Até à oitava da Páscoa
Topamos aves
E houvemos vista de terra
os selvagens
Mostraram-lhes uma galinha
Quase haviam medo dela
E não queriam pôr a mão
E depois a tomaram como espantados
primeiro chá
Depois de dançarem
Diogo Dias
Fez o salto real
as meninas da gare
Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muitos bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha.
Oswald de Andrade
Pós-Modernismo
FADO TROPICAL
(Chico Buarque & Ruy Guerra)
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal,
Oh, musa do meu fado, Ainda vai tornar-se um imenso Portugal.
Oh, minha mãe gentil,
Te deixo consternado, “Meu coração tem um sereno jeito
No primeiro abril. E as minhas mãos o golpe duro e presto.
Mas não sê tão ingrata, De tal maneira que, depois de feito,
Não esquece quem te amou, Desencontrado eu mesmo me contesto.
E em tua densa mata Se trago as mãos distantes do meu peito,
Se perdeu e se encontrou. É que há distância entre intenção e gesto.
E se meu coração nas mãos estreito,
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal, Me assombra a súbita impressão de incesto.
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal.
Quando me encontro no calor da luta,
“Sabe, no fundo eu sou um sentimental. Ostento a aguda empunhadura à proa,
Todos nós herdamos no sangue lusitano Mas o meu peito se desabotoa.
uma boa dosagem de lirismo. Além da E se a sentença se anuncia bruta,
sífilis, é claro. Mesmo quando as minhas Mais que depressa a mão cega executa,
mãos estão ocupadas em torturar, Pois que senão o coração perdoa.”
esganar, trucidar, meu coração fecha os
olhos e, sinceramente, chora.” Guitarras e sanfonas,
Jasmim, coqueiros, fontes,
Com avencas na caatinga, Sardinhas, mandioca,
Alecrins no canavial, Num suave azulejo.
Licores na moringa, O rio Amazonas,
Um vinho tropical. Que corre trás-os-montes
E a linda mulata, E, numa pororoca,
Com rendas do Alentejo, Deságua no Tejo.
De quem, numa bravata,
Arrebato um beijo. Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal,
Ainda vai tornar-se um império colonial.
QUINHENTISMO
PRINCIPAIS AUTORES
PERO VAZ DE CAMINHA
A CARTA DE ACHAMENTO DO BRASIL
Profa.Karla Faria
Carta de Caminha
• "certidão de nascimento" do Brasil, onde relatava ao rei de Portugal a
"descoberta" da Terra de Vera Cruz (1500);
• a carta foi escrita para D. Manuel, rei de Portugal. Caminha nunca soube da
repercussão de sua missiva porque morreu em Calicute, em dezembro de
1500,sem voltar, portanto, a Portugal.
• Tal documento tem tal importância pela descrição precisa da terra, fauna, flora,
os habitantes, por isso é considerada a “certidão de nascimento” do Brasil.
• Choque cultural entre os portugueses e os índios
Carta de Caminha
Análise
Trechos da Carta de Caminha
• Terra:
Análise
Trechos da Carta de Caminha
• Terra:
Posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia do achamento
desta Vossa terra nova, que se agora nesta navegação achou, não deixarei de também dar disso minha conta a Vossa
Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer!
“De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito formosa. Pelo
sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande; porque a estender
olhos, não podíamos ver senão terra e arvoredos -- terra que nos
parecia muito extensa. Até agora não pudemos saber se há ouro ou
prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo
a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de
Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d'agora assim os
achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira
é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa
das águas que tem!”
Influência religiosa
“Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será
salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa
Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa
Alteza aqui esta pousada para essa navegação de Calicute bastava.
Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa
Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé! “
http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/carta.html
Preocupação em catequização indígena
Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa,
seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as
aparências.
Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa,
seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as
aparências.
Posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia do
achamento desta Vossa terra nova, que se agora nesta navegação achou, não deixarei de também dar disso minha
conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos
fazer!
Cordeirinha linda,
como folga o povo
porque vossa vinda
lhe dá lume novo!
Cordeirinha santa,
de Iesu querida
Imagem: Lucílio de Albuquerque / Anchieta escrevendo o poema à Virgem,1906 /
vossa santa vinda Domínio Público.
o diabo espanta.
Por isso vos canta,
com prazer, o povo,
porque vossa vinda
lhe dá lume novo.
Vossa formosura
honra é do povo,
porque vossa vinda
lhe dá lume novo!
Observe que o eu lírico, por meio de repetição de certos versos, ressalta a esperança que se renova com
a chegada da santa. Trata-se de uma produção simples, de versos breves, marcada por refrãos e com
clara intenção musical.
Peça teatral
O auto de São Lourenço
José de Anchieta
Primeiro ato
(Cena do martírio de São Lourenço)
Cantam:
Anchieta busca converter indígenas e colonos apresentando a batalha entre o Bem (associado
aos portugueses, à religião, a Deus) e o Mal (associado à língua tupi, aos costumes indígenas).
* LITERATURA JESUÍTICA
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José de Anchieta (cartas, sermões, uma
gramática da língua Tupi, 12 textos
teatrais, poemas em latim, autos)
Características:
• A figura do diabo é associada a algum chefe ou
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sacerdote indígena contrário aos portugueses.
• “Se El-Rei determina povoar mais esta terra, é necessário que venham
muitas mulheres órfãs e de toda qualidade, até meretrizes, porque há
aqui várias qualidades de homens”
• Diálogo sobre a conversão do gentio: primeira obra literária do Brasil
(1557)
Características da obra:
• Costumes dos índios eram radicalmente diferentes dos portugueses:
Animalidade: “porque vemos que são cães em comerem e matarem
e são porcos nos vícios e na maneira de se tratarem”
Antropofagia: “ são tão bestiais que não lhes entra no coração cousa
de Deus; estão tão encarniçados em matar e comer que nenhuma
outra bem aventurança sabem desejar.”
Nudez: “Esta terra tem mil léguas de costa toda povoada de gente
que anda nua assim as mulheres como os homens”
Características da obra:
Permaneceu no Brasil algum tempo onde se sabe que D. Sebastião, por alvará de 29
de Agosto de 1576, o nomeou provedor da fazenda em S. Salvador da Baía
considerando os serviços por ele prestados em "trelladar alguuns liuros e papeis de
meu serviço".
Jean Léry
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Theodore de Bry
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Albert Eckhout
100 anos após o descobrimento
A convite de Maurício de Nassau
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Mameluco Índia Tupi
Índio Tupi
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