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Transtorno do déficit de atenção

com hiperatividade
 O Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome
caracterizada por desatenção, hiperatividade e
impulsividade causando prejuízos a si mesmo e
aos outros em pelo menos dois contextos
diferentes (geralmente em casa e na
escola/trabalho). 

 Agora 3
 Entre 3% e 6% das crianças em fase escolar são
diagnosticadas com este transtorno.[2]
  Entre 30 a 50% dos casos persistem até a idade
adulta [3].
 Sua causa, diagnóstico, sua utilização para justificar o
mal desempenho acadêmico e o grande número de
tratamentos desnecessários com anfetaminas geram
polêmica desde a década de 70 [4][5].
 Na Classificação Internacional de Doenças da OMS
 mais recente (CID-10) é classificado como
um Transtorno Hipercinético.[1]
adderall

Anfetaminicos
 São substâncias simpatomiméticas 

PA/ Barreiras
hematoencefálica/ Placentária
Tipos
 O transtorno se caracteriza por frequente
comportamento de desatenção, inquietude e 
impulsividade, em pelo menos três contextos
diferentes (casa, creche, escola, ...) O Dicionário de
Saúde Mental atual (DSM ) subdivide o TDAH em
três tipos:
 TDAH com predomínio de sintomas de desatenção;
 TDAH com predomínio de sintomas de
hiperatividade/impulsividade e;
 TDAH combinado.
Sintomas Gerais
 A criança com Déficit de Atenção muitas
vezes se sente isolada e segregada dos
colegas, mas não entende por que é tão
diferente. Fica perturbada com suas
próprias incapacidades. Sem conseguir
concluir as tarefas normais de uma
criança na escola, no playground ou em
casa, a criança hiperativa pode sofrer de
estresse, tristeza e baixa auto-estima.
Critérios Diagnósticos
 Para se diagnosticar um caso de TDAH é
necessário que o indivíduo em questão
apresente pelo menos seis dos sintomas
de desatenção e/ou seis dos sintomas de
hiperatividade; além disso os sintomas
devem manifestar-se em pelo menos 3
ambientes diferentes e por um período
superior a seis meses mínimo de 12 anos.
Com predomínio de
desatenção
 Freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por
descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras
 Com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou
atividades lúdicas
 Com freqüência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra
 Com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres escolares,
tarefas domésticas ou deveres profissionais (não devido a comportamento de
oposição ou incapacidade de compreender instruções)
 Com freqüência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades
 Com freqüência evita, antipatiza ou reluta a envolver-se em tarefas que exijam
esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa)
 Com freqüência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (por ex.,
brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros ou outros materiais)
 É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa
 Com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias
Com predomínio de Hiperatividade e
Impulsividade
 Hiperatividade
 Freqüentemente agita as mãos ou os pés
 Freqüentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se
espera que permaneça sentado
 Freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado
(em adolescentes e adultos, pode estar limitado a sensações subjetivas de inquietação)
 Com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades
de lazer
 Está freqüentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor"
 Freqüentemente fala em demasia
 Impulsividade
 Freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas
 Com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez
 Freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por ex., intromete-se em
conversas ou brincadeiras)
Sintomas Específicos
 Diferenciais

 Têm muitos talentos criativos, que geralmente não aparecem até que o
TDAH seja tratado.
 Demonstram ter pensamento original, "fora da caixa".
 Tendem a adotar um jeito diferente de encarar a própria vida.
Costumam ser imprevisíveis na maneira como abordam diferentes
assuntos.
 Persistência e resiliência são suas características marcantes - mas,
cuidado, às vezes podem parecer cabeças-duras.
 São geralmente muito afetivos e de comportamento generoso.
 São altamente intuitivos.
 Com freqüência, demonstram ter uma inteligência acima da média.
Sintomas Específicos
 Problemas

 Grande dificuldade para transformar suas grandes idéias em ação


verdadeira.
 Problemas para se fazer entender ou explicar seus pontos de vista.
 Falta crônica de iniciativa.
 Humor volúvel, da raiva para a tristeza rapidamente.
 Pouca ou nenhuma tolerância à frustração.
 Problemas com organização e gerenciamento do tempo.
 Necessidade incessante de adrenalina. Inconscientemente, podem
provocar conflitos apenas para satisfazer essa necessidade de estímulo.
 Tendência ao isolamento e busca por atividades solitárias.
 Raramente conseguem aprender com os próprios erros.
Co-morbidades
 A taxa de comorbidade com transtornos
disruptivos do comportamento (transtorno
de conduta e transtorno opositor
desafiante)está situada entre 30% a 50%,
com depressão está entre 15% a 20%,
com transtornos de ansiedade em torno
de 25% e com transtornos da
aprendizagem entre 10% a 25%

Causas
Suscetibilidade genética em interação direta com fatores ambientais.

 70% dos gêmeos idênticos de TDAH também possuem o mesmo diagnóstico.


Quando um dos pais tem TDAH a chance dos filhos terem é o dobro, aumentando
para oito vezes quando se trata de ambos pais

 Problemas durante a gravidez ou no parto e exposição a determinadas substâncias


(chumbo).

 Dentre as complicações associadas estão toxemia, eclâmpsia, pós-maturidade fetal


, duração do parto, estresse fetal, baixo peso ao nascer,hemorragia pré-parto,
consumo de tabaco e/ou álcool durante a gravidez e má saúde materna.

  Outros fatores, como danos cerebrais perinatais no lobo frontal, podem afetar
processos de atenção, motivação e planejamento, relacionando-se indiretamente
com a doença
 Pesquisas apontam para a influência de
genes que codificam componentes dos
sistemas dopaminérgico,noradrenérgico, 
adrenérgico;
 Recentemente,serotoninérgico como os
principais responsáveis
Tratamento
 Mais de 80% dos portadores de TDAH
beneficiam-se com o uso de
medicamentos[7], como o cloridrato de 
metilfenidato (Ritalina ou Concerta em sua
versão comercial), bupropiona, clonidina
 e antidepressivos tricíclicos como a 
imipramina. 
Tratamento
 70% dos pacientes respondem
adequadamente ao metilfenidato e o
toleram bem. Como a meia-vida do
metilfenidato é curta, geralmente utiliza-se
o esquema de duas doses por dia, uma de
manhã e outra ao meio dia.[13] A
disponibilidade de preparados de ação
prolongada tem possibilitado maior
comodidade aos pacientes.
Metilfenidato
 Metilfenidato (nome comercial Ritalina do
laboratório Novartis Biociências e CONCERTA do
laboratório Janssen Cilag) é uma substância
química utilizada como fármaco, estimulante leve
do sistema nervoso central com mecanismo de ação
ainda não bem elucidado, estruturalmente
relacionado com as anfetaminas.[3] É usada para
tratamento medicamentoso dos casos de transtorno
do déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH), narcolepsia e hipersonia idiopática do
sistema nervoso central (SNC).
 Por ser uma medicação psicoestimulante,
seu uso provocaria uma maior produção e
reaproveitamento de neurotransmissores,
a exemplo:dopamina e serotonina.
Farmacodinâmica 
 -
RITALINA é um estimulante do sistema nervoso central.
Seu mecanismo de ação no homem ainda não foi
completamente elucidado, mas  presumivelmente ele
exerce seu efeito estimulante ativando o sistema de
excitação do tronco cerebral e o córtex. O mecanismo
pelo qual ele produz seus efeitos psíquicos e
comportamentais em crianças não está claramente
estabelecido, nem há evidência conclusiva que
demonstre como esses efeitos se relacionam com a
condição do sistema nervoso central. 
Farmacocinética
 Absorção Após a administração oral, a substância ativa
(cloridrato de metilfenidato) é rápida e quase completamente
absorvida. Pelo extenso metabolismo de primeira passagem,
sua disponibilidade sistêmica é de apenas 30% (11-51%) da
dose. Sua ingestão junto com alimentos acelera a absorção
mas não tem efeito na quantidade absorvida. Concentrações
plasmáticas máximas de aproximadamente 40 nmol/litro (11
ng/ml) são obtidas em média 2 horas após a administração
de 0,30 mg/kg. As concentrações plasmáticas máximas,
entretanto, variam acentuadamente entre os pacientes. A
área sob a curva de concentração plasmática (AUC) e a
concentração plasmática máxima são proporcionais à dose.
 Utilizando técnicas avançadas de ressonância magnética,
como imagem de volumetria e espessura cortical. As
regiões com maior número de anormalidades são: esplênio
do corpo caloso, giro do cíngulo, núcleo caudado,
cerebelo, estriado, córtex frontal e temporal. sendo as
mesmas envolvidas nas teorias neurobiológicas do TDAH
provenientes de estudos com ressonância magnética
funcional.
Anisotropia fracional

 EEG de estado de repouso registrado a partir de uma grande amostra de 781 crianças com e
sem TDAH (N = 620 TDAH, N = 161 Controle), com idade entre 6 e 18 anos. As características
comportamentais e cognitivas das classes latentes foram derivadas de entrevistas de
diagnóstico semi-estruturadas, escalas de classificação de comportamento completas dos pais
e desempenho do teste cognitivo

 comportamentos externalizantes e déficits cognitivo. X EEG (banda delta e theta


aumentadas)
N =26114
190 Estudos 
 Diagrama de rede de evidências para o desfecho primário de eficácia entre as
terapêuticas.
 Linhas sólidas representam comparações diretas dentro de ensaios randomizados.
Os nós em azul representam controles. Os nós em verde representam intervenções
psicológicas. Os nós em cinza representam intervenções farmacológicas. Os nós em
roxo representam intervenções de medicina complementar e alternativa. Os nós em
vermelho representam intervenções combinadas. O tamanho do nó é proporcional
ao número de ensaios randomizados e a espessura dos nós de conexão de linha é
proporcional ao número de ensaios randomizados que comparam diretamente os
dois tratamentos. PUFA = ácidos gordos poli-insaturados.
Resultados
 A resposta ao tratamento (eficácia) foi relatada em 8.916 de 19.398
pacientes de um total de 113 ensaios avaliando 26 classes de intervenções
ou condições de controle. Evidências de baixa qualidade sugerem que a
terapia comportamental sozinha, a monoterapia estimulante e a
monoterapia não estimulante pareciam significativamente mais eficaz do
que o placebo
 Os antidepressivos também pareciam associados a uma maior resposta em
comparação com o placebo, mas a evidência era muito limitada; apenas
128 participantes receberam antidepressivos
 . A monoterapia estimulante pareceu superior à terapia comportamental,
treinamento cognitivo e monoterapia não estimulante. A terapia
comportamental em combinação com estimulantes parecia também
superior ao placebo, treinamento cognitivo, neurofeedback, estimulante ou
monoterapia não estimulante
curatio est semper necessarium

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