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BÁSICO DE ELETRICIDADE-ENERGIA ELÉTRICA

MATRIZ ENÉRGÉTICA MUNDIAL

FONTE: EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA – 2020, IEA 2018


A matriz energética do Brasil é muito diferente da mundial. Por aqui, apesar do consumo de
energia de fontes não renováveis ser maior do que o de renováveis, usamos mais fontes
renováveis que no resto do mundo. Somando lenha e carvão vegetal, hidráulica, derivados de cana
e outras renováveis, nossas renováveis totalizam 46,2%, quase metade da nossa matriz energética:
Quando falamos em setor elétrico, referimo-nos normalmente ao
Sistema Elétrico de Potência (SEP), definido como o conjunto de
todas as instalações e equipamentos destinados à geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição
inclusive.

Com o objetivo de uniformizar o entendimento é importante


informar que o SEP trabalha com vários níveis de tensão,
classificadas em alta e baixa tensão e normalmente com corrente
elétrica alternada (60 Hz).
Conforme definição dada pela ABNT através das NBR (Normas Brasileiras
Regulamentadoras), considera-se “baixa tensão”, a tensão superior a 50
volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua e igual ou
inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente
contínua, entre fases ou entre fase e terra. Da mesma forma considera-se
“alta tensão”, a tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500
volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.
A matriz energética brasileira tem uma fonte principal de geração, que é a
hidrelétrica. De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia
Elétrica), atualmente, mais de 60% do total da energia consumida no
Brasil vêm de usinas hidrelétricas. Apesar de ser uma fonte limpa de
geração de energia, baseada no recurso hídrico, essas usinas trazem
prejuízos específicos para o meio ambiente, como, por exemplo, o fato de
gerarem grandes desmatamentos, inundarem áreas de mata e causarem
problemas à flora e fauna das regiões alagadas.
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/conteudo-publicitario/borne-
engenharia/entenda-o-atual-cenario-do-mercado-brasileiro-de-energia/
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Nas grandes usinas geradoras o nível de tensão na saída dos geradores está
normalmente na faixa de 6 a 25 kV. No caso das hidroelétricas e termelétricas os
geradores são do tipo síncrono operando na frequência nominal de 60 Hz, que é a
frequência dos sistemas elétricos brasileiros. Observa-se que as máquinas da maior usina
do Brasil, a Usina de Itaipu-Binacional, do lado paraguaio funcionam em 50 Hz, mas são
interligadas por um sistema de corrente contínua com a região Sudeste do Brasil.
Conversores retificadores são utilizados para produzir a corrente contínua em Foz do
Iguaçu - PR, enquanto que em Ibiúna -SP há inversores para produzir a corrente
alternada. A tensão de saída dos geradores é ampliada a níveis mais altos por meio dos
transformadores elevadores das usinas. Isto é feito para viabilizar as transmissões a
média e longa distâncias, diminuindo-se desta forma, a corrente elétrica e, portanto
possibilitando o uso de cabos condutores de bitolas razoáveis, com adequados níveis de
perdas joule e de queda de tensão ao longo das linhas de transmissão.
As tensões usuais de transmissão adotadas no Brasil, em corrente alternada, podem
variar de 138 kV até 765 kV incluindo neste intervalo as tensões de 230 kV, 345 kV, 440
kV e 500 kV. Os sistemas ditos de subtransmissão contam com níveis mais baixos de
tensão, tais como 34,5 kV, 69 kV ou 88 kV e 138 kV e alimentam subestações de
distribuição, cujos alimentadores primários de saída operam usualmente em níveis de
13,8 kV.
Junto aos pequenos consumidores existe uma outra redução do nível de tensão para
valores entre 110 V e 440 V, na qual operam os alimentadores secundários. As redes
com tensões nominais iguais ou superiores a 230 kV são denominadas de Redes em
EHV - Extra Alta Tensão e no Brasil formam a chamada rede “Básica” de transmissão.
As redes com tensões nominais iguais e entre 69 kV e 138 kV são denominadas Redes
em AT – Alta Tensão.
As redes com tensão nominal entre 1 kV e 69 kV são denominadas Redes em MT –
Média Tensão (ou em Tensão Primária) e os sistemas com tensões abaixo de 1 kV
formam as Redes em Baixa Tensão (ou em Tensão Secundária).
No Brasil existe um sistema que opera em corrente contínua, o Sistema de Itaipu, com
nível de tensão de ± 600 Kv DC.

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