Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Estatuto Organico Do MIREME
Estatuto Organico Do MIREME
Número 159
BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
Estatuto Orgânico do Ministério dos Recursos n) Promoção do uso seguro e pacífico de energia atómica.
Minerais e Energia
ARTIGO 3
CAPÍTULO I (Competências)
Disposições Gerais Para a concretização das suas atribuições, compete
ARTIGO 1 ao Ministério dos Recursos Minerais e Energia:
a) Na área da geologia:
(Natureza)
i. Realizar o levantamento geológico sistemático
O Ministério dos Recursos Minerais e Energia é o no território nacional, incluindo no mar territorial
órgão central do aparelho de Estado que, de acordo com e na Zona Económica Exclusiva com vista
os princípios, objectivos e tarefas definidas pelo Governo, dirige ao conhecimento das potencialidades do País,
e assegura a execução da política do Governo na investigação a definição e selecção de áreas prospectivas
geológica, exploração dos recursos minerais e energéticos, prioritárias para investigação geológica detalhada;
e no desenvolvimento e expansão das infra-estruturas ii. Realizar estudos geológicos com vista a apoiar
de fornecimento de energia eléctrica, gás natural e produtos a actividade mineira artesanal e de pequena
petrolíferos. escala;
iii. Promover e impulsionar o investimento
ARTIGO 2 na prospecção e pesquisa geológica, com vista
(Atribuições) a descoberta de depósitos de interesse económico;
iv. Realizar a investigação de recursos minerais
São atribuições do Ministério dos Recursos Minerais e Energia: na plataforma continental bem como na Zona
a) Elaboração de propostas e execução de políticas do sector Económica Exclusiva e elaborar a respectiva
dos Recursos Minerais e Energia; cartografia geológica; e
b) Inventariação e gestão dos recursos minerais v. Monitorar a actividade sísmica e geomagnética.
e energéticos do País;
b) Na área da mineração:
c) Promoção de um quadro legal e institucional adequado
ao desenvolvimento do sector; i. Promover e assegurar a pesquisa e exploração
sustentável dos recursos minerais;
d) Promoção e divulgação das potencialidades do sector
ii. Licenciar as actividades de exploração dos recursos
dos Recursos Minerais e Energia;
minerais;
e) Promoção do desenvolvimento tecnológico com vista
iii. Aprovar estudos e projectos de desenvolvimento
ao aproveitamento sustentável de recursos minerais
de empreendimentos de exploração e uso
e energéticos a nível nacional;
dos recursos minerais;
f) Promoção da participação do sector privado
iv. Propor e controlar a implementação de regulamentos
no desenvolvimento e aproveitamento do potencial
e de normas gerais aplicáveis para prospecção
dos recursos minerais e energéticos e respectivas e pesquisa, produção, beneficiação,
infra-estruturas; comercialização e exportação de produtos
g) Promoção e controlo da actividade de prospecção minerais;
e pesquisa geológica e aproveitamento racional v. Designar áreas para mineração artesanal e promover
e sustentável dos recursos minerais; a exploração sustentável;
h) Inspecção e fiscalização das actividades do sector vi. Actualizar o balanço das reservas minerais; e
e o controlo da implementação das normas vii. Promover a adição de valor aos produtos minerais
de segurança técnica, higiene e de protecção do meio no País.
ambiente;
c) Na área de hidrocarbonetos e combustíveis:
i) Promoção e controlo da actividade de produção
i. P romover a pesquisa e produção sustentável
de petróleo e do desenvolvimento de infra-estruturas de petróleo e definir áreas prospectivas prioritárias;
de transporte e logística;
ii. Licenciar as operações e infra-estruturas de petróleo
j) Promoção do desenvolvimento de infra-estruturas e dos combustíveis;
de fornecimento de energia eléctrica;
iii. Aprovar estudos e projectos de desenvolvimento
k) Promoção do aumento de acesso à energia nas suas de empreendimentos de exploração e produção
diversas formas, com vista a estimular o crescimento de petróleo e infra-estruturas de produção,
e desenvolvimento económico e social do País; armazenagem, distribuição, fornecimento
l) Garantia de segurança de abastecimento e distribuição e comercialização de gás natural e produtos
de produtos petrolíferos a nível nacional, com petrolíferos;
particular destaque para a expansão da rede iv. Actualizar o balanço de reservas de petróleo
de distribuição às zonas rurais; e dos produtos petrolíferos;
m) Promoção da diversificação da matriz energética v. P romover o processamento, adição do valor
e uso eficiente de energia com vista à segurança de hidrocarbonetos e maximizar a sua utilização
e estabilidade energética; e no País;
19 DE AGOSTO DE 2020
1143
vii. Promover a utilização racional dos produtos O Ministério dos Recursos Minerais e Energia tem como
petrolíferos importados e a sua progressiva instituições subordinadas:
substituição por combustíveis produzidos a) Museu Nacional de Geologia;
localmente; b) Centro de Gemologia e Lapidação;
viii. Assegurar a constituição e gestão de reservas c) Unidade de Gestão do Processo Kimberley; e
estratégicas de produtos petrolíferos; d) Outras instituições como tal definidas nos termos
da legislação aplicável.
ix. Promover a expansão da rede de distribuição de gás
natural e produtos petrolíferos; e ARTIGO 5
x. Estabelecer mecanismos racionais de formulação (Instituições tuteladas)
e aplicação de preços de gás natural e dos
O Ministério dos Recursos Minerais e Energia tem como
produtos petrolíferos comercializados
instituições tuteladas:
em território nacional.
a) Inspecção-Geral dos Recursos Minerais e Energia;
d) Na área de energia eléctrica: b) Fundo de Energia;
i. Promover e assegurar o fornecimento de energia c) Autoridade Reguladora de Energia;
eléctrica com maior qualidade e fiabilidade; d) Instituto Nacional de Petróleos;
ii. Aprovar estudos e projectos de fornecimento e) Agência Nacional de Energia Atómica;
de energia eléctrica; f) Instituto Nacional de Minas;
iii. Assegurar condições favoráveis ao investimento g) Electricidade de Moçambique, E.P;
e desenvolvimento sustentável da indústria h) Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, E.P;
de fornecimento de energia eléctrica; i) Hidroeléctrica de Cahora Bassa, S.A.
iv. Licenciar as actividades e infra-estruturas j) Petróleos de Moçambique, S.A.;
no âmbito da produção, transporte, distribuição k) Empresa Moçambicana de Exploração Mineira, S.A. e
e comercialização de energia eléctrica; e l) Outras instituições como tal definidas nos termos
da legislação aplicável.
v. Assegurar a electrificação rural com prioridade para
as zonas com potencial para o desenvolvimento CAPÍTULO III
de actividades económicas e de geração Estrutura e Funções das unidades orgânicas
de rendimento.
ARTIGO 6
e) Na área de energias renováveis:
(Estrutura)
i. Propor acções visando adequar o quadro legal
a actual dinâmica do desenvolvimento das energias O Ministério dos Recursos Minerais e Energia tem a seguinte
renováveis, aumentando a sua contribuição estrutura:
na matriz energética nacional e na preservação a) Direcção Nacional de Geologia e Minas;
do meio ambiente; b) Direcção Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis;
ii. Promover e incentivar o uso sustentável de energias c) Direcção Nacional de Energia;
novas e renováveis para o desenvolvimento rural; d) Direcção de Planificação e Cooperação;
iii. Aprovar estudos e projectos de desenvolvimento e) Direcção de Assuntos Jurídicos e Contencioso;
de empreendimentos de exploração e uso f) Gabinete de Estudos Económicos e Estratégicos;
das energias renováveis; g) Gabinete do Ministro;
h) Departamento de Recursos Humanos;
iv. Licenciar as actividades e infra-estruturas no âmbito
i) Departamento de Administração e Finanças;
das energias novas e renováveis; e
j) Departamento de Aquisições;
v. Assegurar e manter actualizado o mapeamento k) Departamento de Comunicação e Imagem;
das fontes de energias renováveis. l) Departamento de Tecnologias de Informação
f) Na área da energia atómica: e Comunicação; e
i. Propor o quadro legal e garantir a protecção m) Departamento de Gestão Documental.
e segurança contra a exposição a radiações
ARTIGO 7
ionizantes e das fontes de radiação;
ii. Promover o uso seguro e pacífico da energia (Direcção Nacional de Geologia e Minas)
atómica; e 1. São funções da Direcção Nacional de Geologia e Minas:
iii. Coordenar, controlar e supervisionar as actividades a) No domínio de geologia:
no âmbito da utilização da ciência e tecnologia i. Propor políticas, estratégias, programas, planos,
nuclear. normas, directrizes e regulamentos para
1144 I SÉRIE — NÚMERO 159
iii. Promover e controlar a realização de estudos e trabalhos 1. São funções da Direcção Nacional de Hidrocarbonetos
de geofísica global; e e Combustíveis:
iv. Proceder à gestão de dados e informação geológico- a) No domínio de Hidrocarbonetos:
mineira e manter actualizado o respectivo inventário i. Coordenar o processo de adopção de normas técnicas
geológico e de reservas minerais do País. e de segurança relativas a canalização de gás em
edifícios públicos e instalações industriais, bem
b) No domínio de Minas: como em residências particulares;
i. Acompanhar o processo de licenciamento ii. Licenciar as instalações e infra-estruturas de refinação
da actividade geológico-mineira; de petróleo bruto, transformação de carvão
ii. Realizar estudos sobre os minerais estratégicos e gás natural em outros combustíveis, incluindo
para o país; as actividades de distribuição, armazenagem,
transporte e comercialização dos derivados
iii. Coordenar e monitorar as actividades geológicas
de petróleo;
e mineiras realizadas pelas entidades públicas e
iii. Promover o processamento e adição de valor
privadas;
aos hidrocarbonetos de produção nacional
iv. Emitir pareceres sobre projectos, estudos, e maximizar a sua utilização no País;
programas de trabalho, planos de lavra e relatórios iv. Manter actualizado o registo sobre as reservas
de cartografia, inventariação, prospecção de petróleo bruto e gás natural existentes em todo
e pesquisa mineral, geofísica global, obras território nacional, incluindo no mar territorial,
de grandes engenharia e outras, elaborados por na Zona Económica Exclusiva e o aproveitamento
outras entidades ou instituições; racional das respectivas reservas;
v. Assegurar a promoção e monitoria da mineração v. Elaborar planos e programas específicos sobre
artesanal e de pequena escala; distribuição dos produtos derivados dos petróleos
e acompanhar a sua implementação, bem como
vi. Incentivar a transformação local dos produtos propor em coordenação com as entidades
minerais para servir as necessidades do mercado competentes, medidas adequadas para fazer
nacional e exportação; face a eventuais situações que afectem o normal
vii . Promover o investimento na área geológica abastecimento de combustível;
e mineira e desenvolver acções com vista vi. Assegurar o controlo da qualidade dos produtos
ao aumento e a diversificação de exportações derivados do petróleo, bem como do gás natural
de produtos minerais; comercializados no país;
vii. Acompanhar o desenvolvimento das actividades
viii. Garantir a participação do empresariado nacional
de pesquisa e produção de hidrocarbonetos a nível
na actividade mineira, incluindo o fornecimento nacional e internacional, incluindo a evolução dos
de bens e serviços às empresas mineiras; preços no mercado interno e externo bem como
ix. Colaborar com a Alta Autoridade da Indústria os respectivos custos de pesquisa, desenvolvimento
Extractiva, no âmbito da regulamentação e produção; e
e supervisão da actividade mineira; viii. Participar na elaboração e negociação de contratos
x. Elaborar e propor normas regulamentares no domínio de pesquisa, produção e fornecimento
de hidrocarbonetos.
de segurança técnica e de protecção do ambiente
específico e assegurar a sua implementação, b) No domínio de Combustíveis:
no âmbito da sua competência; i. Promover a expansão de infra-estruturas
de armazenagem, distribuição, fornecimento
xi. Assegurar o envolvimento das comunidades e comercialização de combustíveis, em particular
nos empreendimentos mineiros nos termos para as zonas rurais;
da legislação aplicável, através de informação ii. Elaborar e manter actualizada a informação
adequada sobre projectos específicos; estatística sobre a produção, importação, consumo,
xii. Autorizar e registar operadores mineiros bem como preços, stocks e reservas de hidrocarbonetos
pessoas singulares e colectivas responsáveis pela e combustíveis, bem como a respectiva base
elaboração de projectos mineiros; e de dados;
xiii . Realizar outras actividades que lhe sejam iii. Propor políticas, estratégias, programas, estudos
técnicos, planos e legislação relacionados com
superiormente determinadas nos termos
a pesquisa, desenvolvimento, produção, transporte,
do presente Estatuto e demais legislação armazenagem, distribuição e comercialização
aplicáveis. de hidrocarbonetos e combustíveis;
19 DE AGOSTO DE 2020
1145
iv. Propor e assegurar a implementação de políticas j) Avaliar, monitorar e propor a certificação das tecnologias
de investimento para as áreas de petróleo, de energia, em coordenação com as entidades
gás natural e derivados de petróleo incluindo competentes, de modo a conformá-las com os padrões
o incremento da participação da indústria nacional de qualidade, segurança, saúde e ambientais em vigor
de bens e serviços; no país;
v. Propor normas regulamentares de segurança k) Assegurar e promover o uso sustentável de energias
técnica e de protecção do ambiente específico renováveis particularmente para as zonas que ainda
e assegurar a sua implementação, no âmbito da se encontrem distantes da Rede Eléctrica Nacional;
sua competência; l) Promover o estabelecimento de centros de excelência
vi. Aprovar projectos de desenvolvimento para o desenvolvimento de energias renováveis em
e aproveitamento da rede de fornecimento coordenação com outras entidades relevantes; e
de combustíveis elaborados por outros m) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
organismos; determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
vii . Assegurar o licenciamento das actividades legislação aplicáveis.
de distribuição e comercialização de combustíveis; 2. A Direcção Nacional de Energia é dirigida por um Director
e Nacional coadjuvado por um Director Nacional Adjunto.
viii . Realizar outras actividades que lhe sejam
ARTIGO 10
superiormente determinadas nos termos
do presente Estatuto e demais legislação aplicável. (Direcção de Planificação e Cooperação)
2. A Direcção Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis 1. São funções da Direcção de Planificação e Cooperação
é dirigida por um Director Nacional coadjuvado por um Director as seguintes funções:
Nacional Adjunto. a) No domínio da Planificação:
ARTIGO 9 i. Sistematizar as propostas de Plano Económico Social
e programas de actividade anuais do Ministério;
(Direcção Nacional de Energia)
ii. Assegurar a elaboração, execução e controlo
1. São funções da Direcção Nacional de Energia: de estratégias, programas, projectos, planos
a) Propor políticas, estratégias, programas, planos e orçamentos do Ministério;
e legislação para as áreas de energia eléctrica, energias iii. Monitorar a execução dos investimentos do sector;
renováveis e energia atómica, e assegurar a sua iv. Assegurar a realização de estudos relevantes para
implementação; o desenvolvimento do sector, incluindo
b) Propor normas técnicas relativas a utilização de energia a evolução de preços de produtos minerais,
nos edifícios públicos e instalações industriais, petrolíferos e energéticos nos mercados interno
incluindo normas de segurança e de defesa do ambiente e externo;
no domínio de energia;
v. Elaborar e controlar a execução dos programas
c) Realizar estudos e promover o desenvolvimento
e projectos de desenvolvimento do sector,
e aproveitamento sustentável das várias fontes
a curto, médio e longo prazo e os programas
de produção de energia, assegurando a diversificação
de actividades do Ministério;
da matriz energética nacional;
vi. Emitir pareceres sobre propostas de financiamento
d) Controlar o cumprimento de programas de operação
e manutenção de infra-estruturas energéticas apresentadas ao Ministério, incluindo
de geração, transporte e distribuição, tendo em vista as instituições tuteladas e subordinadas; e
assegurar o fornecimento de energia eléctrica com vii. Organizar e manter actualizada a informação
melhor qualidade e maior fiabilidade; estatística sobre o sector de recursos minerais,
e) Promover acções com vista à expansão de infra-estruturas combustíveis e energia, e disseminar informações
energéticas de produção, transporte e distribuição, de interesse sobre o sector.
assegurando o aumento da disponibilidade e acesso b) No domínio da Cooperação:
a energia, bem como interligação com os países i. Propor programas, projectos e acções de cooperação
vizinhos; internacional;
f) Realizar estudos sobre tarifa de energia eléctrica, ii. Gerir o portefólio de cooperação externa do sector;
estrutura do mercado do sector eléctrico e de energias
iii. Coordenar e acompanhar o processo de negociação
renováveis;
de acordos e outros instrumentos de cooperação
g) Promover a eficiência no uso da energia, bem como
internacional de que o Ministério seja parte; e
realizar auditoria às instalações de utilização
de energia; iv. Participar quando solicitado na preparação
h) Propor normas e especificações técnicas relativas de convenções e acordos com parceiros
a instalações e serviços de energia e zelar pelo seu de cooperação;
cumprimento; v. Promover a adesão, celebração e implementação
i) Licenciar as instalações de energia, pessoas singulares de convenções e acordos internacionais; e
e colectivas responsáveis pela elaboração e exploração vi. Realizar outras actividades que lhe sejam
de projectos de energia e manter actualizado superiormente determinadas nos termos do
o respectivo cadastro; presente Estatuto e demais legislação aplicáveis.
1146 I SÉRIE — NÚMERO 159
2. O Gabinete de Estudos Económicos e Estratégicos é dirigido f) Produzir estatísticas internas sobre recursos humanos;
por um Director Nacional. g) Implementar e monitorar a política de desenvolvimento
de recursos humanos do sector;
ARTIGO 13
h) Planificar, coordenar e assegurar as acções de formação
(Gabinete do Ministro) e capacitação profissional dos funcionários e agentes
1. São funções do Gabinete do Ministro: do Estado dentro e fora do país;
i) Implementar as actividades no âmbito das políticas
a) Organizar e programar as actividades do Ministro, Vice-
e Estratégias do HIV e SIDA, Género e Pessoa
-Ministro e Secretário Permanente;
Deficiente;
b) Assistir e assessorar o Ministro na implementação
j) Implementar as normas e estratégias relativas à saúde,
das políticas e decisões do Governo e dos programas
higiene e segurança no trabalho;
do sector;
c) Assessorar o Ministro na avaliação do impacto das k) Assistir o respectivo dirigente nas acções de Diálogo
matérias discutidas ou aprovadas pelas instituições Social e consulta no domínio das relações laborais
tuteladas e subordinadas, sobre as políticas e da sindicalização;
e programas do sector; l) Implementar as normas de previdência social dos
d) Apreciar e emitir pareceres sobre os projectos funcionários e agentes do Estado;
de legislação em matérias pertinentes; m) Gerir o sistema de carreiras e remunerações e benefícios
e) Elaborar a agenda de trabalho do Ministro e do Vice- dos funcionários e agentes do Estado;
-Ministro; n) Planificar, implementar e controlar os estudos colectivos
f) Preparar e secretariar as reuniões do Ministro e do Vice- de legislação; e
-Ministro; o) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
g) Verificar todas as questões dirigidas ao Ministro, determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
ao Vice-Ministro e preparar os respectivos despachos; legislação aplicáveis.
h) Responder pela Secretaria de Informação Classificada 2. O Departamento de Recursos Humanos é dirigido por
e assegurar o devido tratamento do respectivo um Chefe do Departamento Central Autónomo.
expediente;
ARTIGO 15
i) Garantir o funcionamento normal e eficiente
do serviço interno, prestar a necessária assistência (Departamento de Administração e Finanças)
técnica, logística e administrativa ao Ministro,
1. São funções do Departamento de Administração e Finanças:
ao Vice-Ministro, ao Secretário Permanente e todos
funcionários do Gabinete na realização das suas tarefas a) Elaborar a proposta do orçamento do Ministério,
e nas deslocações em missão de serviço; de acordo com as metodologias e normas estabelecidas;
j) Assegurar a coordenação da implementação dos padrões b) Executar o orçamento de acordo com as normas
da Iniciativa da Transparência da Industria Extractiva; de despesa internamente estabelecidas e com
k) Gerir as relações públicas e protocolo; as disposições legais;
l) Promover, coordenar, controlar e supervisionar o uso c) Controlar a execução dos fundos alocados aos projectos
pacífico da ciência e tecnologia nuclear; ao nível do Ministério e prestar contas às entidades
m) Assegurar a coordenação do programa de cooperação interessadas;
técnica com Agência Internacional de Energia d) Administrar os bens patrimoniais do Ministério de acordo
Atómica, através do Oficial Nacional de Ligação com com as normas e regulamentos estabelecidos pelo
a Agência Internacional de Energia Atómica; e Estado e garantir a sua correcta utilização, manutenção,
n) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente protecção, segurança e higiene;
determinadas nos termos do presente Estatuto e demais e) Determinar as necessidades de material de consumo
legislação aplicável. corrente e outro, e proceder à sua aquisição,
2. O Gabinete do Ministro é dirigido por um chefe de Gabinete. armazenamento, distribuição e ao controlo da sua
utilização;
ARTIGO 14 f) Elaborar o balanço anual da execução do orçamento
e submeter ao Ministério das Finanças e ao Tribunal
(Departamento de Recursos Humanos)
Administrativo;
1. São funções do Departamento de Recursos Humanos: g) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
a) Propor a política de desenvolvimento de recursos determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
humanos do sector e garantir a sua implementação; legislação aplicável.
b) Assegurar o cumprimento do Estatuto Geral 2. O Departamento de Administração e Finanças é dirigido
dos Funcionários e Agentes do Estado e demais por um Chefe do Departamento Central Autónomo.
legislações aplicáveis aos funcionários e agentes
do Estado; ARTIGO 16
c) Elaborar e gerir o quadro de Pessoal; (Departamento de Gestão Documental)
d) Assegurar a realização da avaliação do desempenho dos
funcionários e agentes do Estado; 1. São funções do Departamento de Gestão Documental:
e) Organizar, controlar e manter actualizado o e-SIP a) Garantir a implementação do Sistema Nacional
do sector, de acordo com as orientações e normas de Arquivo do Estado no sector;
definidas pelos órgãos competentes; b) Elaborar plano de classificação de documentos do sector;
1148 I SÉRIE — NÚMERO 159
c) Gerir a documentação, informação, compilando, tratando l) Orientar e propor à aquisição, expansão e substituição
e arquivando a informação do MIREME; de equipamentos de TICs;
d) Criar as comissões de avaliação de documentos, nos m) Coordenar e gerir o processo de informatização de todos
termos previstos na lei e garantir a capacitação técnica os sistemas de informação do Ministério;
dos seus membros e dos demais funcionários e agentes n) Realizar estudos sobre o desenvolvimento
responsáveis pela gestão de documentos e arquivos; e aproveitamento das TICs no MIREME, incluindo o
e) Organizar e gerir arquivos correntes e intermédios seu mapeamento e actualização;
de acordo com normas e procedimentos em vigor; o) Propor, em coordenação com outros órgãos da instituição,
f) Implementar os padrões e normas para registo, a formação do pessoal do Ministério na área de TICs;
movimentação e arquivo e digitalização de documentos; p) Assegurar a manutenção, administração e monitorização
g) Organizar um sistema de arquivo e acesso ao material dos equipamentos de TICs existentes no Ministério;
bibliográfico do Ministério; q) Promover trocas de experiências sobre o acesso
h) Assegurar a informatização do processo de gestão e utilização das novas tecnologias de informação
de expedientes e arquivo do Ministério; e comunicação;
i) Implementar e supervisionar a aplicação e emprego r) Identificar e propor a certificação dos técnicos de TICs
de normas técnicas e tecnologia de gestão em matérias específicas da área; e
de documentos no ministério, órgãos provinciais s) Realizar outras tarefas que lhe sejam superiormente
e distritais do sector; e determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
j) Realizar outras actividades que lhe sejam incumbidas legislação aplicável.
no âmbito do presente estatuto.
2. O Departamento de Tecnologias de Informação
2. O Departamento de Gestão Documental é dirigido por e Comunicação é dirigido por um Chefe de Departamento
um Chefe de Departamento Central Autónomo. Central Autónomo.
ARTIGO 17 ARTIGO 18
(Departamento de Tecnologias de Informação e Comunicação)
(Departamento de Comunicação e Imagem)
1. São funções do Departamento de Tecnologias de Informação 1. São funções do Departamento de Comunicação e Imagem:
e Comunicação (DTIC):
a) Planificar e desenvolver uma estratégia integrada
a) Assegurar a implementação da Lei das Transacções
de comunicação do Ministério;
Electrónicas, Política para a Sociedade de Informação
e outros instrumentos orientadores aos novos desafios b) Contribuir para o esclarecimento da opinião
das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) pública, assegurando a execução das actividades
no Ministério; da Comunicação Social na área da informação oficial;
b) Propor a Estratégia de Tecnologias de Informação c) Promover, no seu âmbito ou em colaboração com
e Comunicação do Ministério e respectivo Plano os demais sectores, a divulgação dos factos mais
Operacional e garantir a sua implementação; relevantes da vida do Ministério e de tudo quanto possa
c) Elaborar a Política de Segurança Cibernética contribuir para o melhor conhecimento da instituição
da instituição e garantir a sua execução; pela sociedade moçambicana;
d) Assegurar o desenvolvimento da infra-estrutura de rede d) Apoiar tecnicamente o Ministro na sua relação com
informática estruturada do MIREME e garantir a sua os órgãos e agentes da Comunicação Social;
administração e manutenção incluindo nas direcções e) Gerir actividades de divulgação, publicidade e marketing
provinciais; do Ministério;
e) Garantir a instalação do sistema de comunicação interna f) Assegurar os contactos do Ministério com os órgãos
de voz sustentável na instituição; de comunicação social;
f) Assegurar a operacionalidade do Website do Ministério; g) Planear, desenvolver e implementar a comunicação
g) Promover e massificar o uso racional das TICs interna e externa do Ministério;
no Ministério; h) Promover contactos entre os titulares e demais
h) Identificar e propor à implementação de aplicações, representantes do sector com a imprensa;
sistemas de informação e base de dados informatizados i) Coordenar a criação de símbolos e materiais de identidade
para apoiar a actividade administrativa no aumento visual do Ministério; e
da eficiência, eficácia, produtividade, redução j) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
de custos, desburocratização e transparência dos determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
serviços públicos prestados pelo MIREME ao cidadão; legislação aplicável.
i) Elaborar propostas de planos de introdução de novas 2. O Departamento de Comunicação e Imagem é dirigido por
Tecnologias de Informação e Comunicação um Chefe de Departamento Central Autónomo.
no Ministério;
j) Emitir pareceres sobre propostas de introdução de TICs ARTIGO 19
no Ministério, incluindo as instituições tuteladas (Departamento de Aquisições)
e subordinadas;
k) Elaborar normas e especificações técnicas padronizadas 1. São funções do Departamento de Aquisições:
relativas a hardware, software, sistemas de informação, a) Efectuar o levantamento das necessidades de contratação
segurança da rede informática, serviços de TICs e zelar do Ministério;
pelo seu cumprimento; b) Preparar e realizar a planificação anual das contratações;
19 DE AGOSTO DE 2020
1149
5. O Conselho Consultivo reúne ordinariamente de quinze 4. Podem participar nas sessões do Conselho Técnico,
em quinze dias e extraordinariamente sempre que o Ministro na qualidade de convidados, os titulares das instituições tuteladas
o convocar. e subordinadas e respectivos adjuntos, bem como outros técnicos
e entidades a serem designadas pelo Secretário Permanente, em
ARTIGO 23 função das matérias a serem tratadas.
(Conselho Técnico) 5. O Conselho Técnico reúne uma vez por semana
1. O Conselho Técnico é o órgão de carácter consultivo e extraordinariamente sempre que necessário.
convocado e dirigido pelo Secretário Permanente, resguardada ARTIGO 24
a prerrogativa do Ministro, sempre que entender, dirigi-lo
pessoalmente e tem função consultiva no domínio de matérias (Conselho Técnico Especializado)
técnicas a cargo do Ministério. 1. O Conselho Técnico especializado é um órgão de consulta
2. São funções do Conselho Técnico: que assiste o Ministro dos Recursos Minerais e Energia nas
a) Coordenar as actividades das Unidades orgânicas questões técnicas de especialidade do sector, tendo a função
do Ministério; de emitir pareceres sobre os principais aspectos de carácter técnico
b) Analisar e emitir pareceres sobre a organização relacionados com a actividade do Ministério.
e programação da realização das atribuições 2. O Conselho Técnico especializado é convocado e presidido
e competências do Ministério; pelo Ministro ou por quem este o designar.
c) Analisar e emitir pareceres sobre projectos do Plano 3. O Conselho Técnico especializado tem a seguinte
e orçamento das actividades do Ministério; composição:
d) Apreciar e emitir pareceres sobre projectos de relatório a) Assessores do Ministro;
e balanço de execução do plano e orçamento b) Especialistas de reconhecida competência pertencentes
do Ministério; ou não ao quadro do Ministério dos Recursos Minerais
e) Harmonizar as propostas dos relatórios do balanço e Energia, designados pelo Ministro; e
periódico do Plano Económico e Social. c) Os Directores Nacionais em função da matéria
3. O Conselho Técnico tem a seguinte composição: a ser objecto de análise pelo Conselho Técnico
a) Secretário Permanente; Especializado.
b) Directores Nacionais; 4. O Conselho Técnico especializado reúne-se ordinariamente
c) Assessores do Ministro; uma vez por trimestre e extraordinariamente sempre que for
d) Directores Nacionais Adjuntos; necessário.
e) Chefe do Gabinete do Ministro; e 5. O Conselho Técnico especializado poderá estruturar-se em
f) Chefes de Departamentos Autónomos. subcomissões especializadas.
Preço — 50,00 MT