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Quarta-feira, 8 de Julho de 2015 I SÉRIE —

­ Número 54

BOLETIM DA REPÚBLICA
   PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P. Art. 5. A presente Resolução entra em vigor na data da sua
publicação.
Aprovada pela Comissão Interministerial da Administração
AVISO
Pública, aos 21 de Maio de 2015.
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser remetida
em cópia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde Publique-se.
conste, além das indicações necessárias para esse efeito, o averbamento A Presidente, Carmelita Rita Namashulua.
seguinte, assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim da
República».
Estatuto Orgânico do Ministério
dos Recursos Minerais e Energia
SUMÁRIO CAPÍTULO I
Comissão Interministerial da Administração Pública: Disposições Gerais

Resolução n.º 14/2015:


Artigo 1
Natureza
Aprova o Estatuto Orgânico do Ministério dos Recursos Minerais
O Ministério dos Recursos Minerais e Energia é o órgão
e Energia.
central do Aparelho do Estado que, de acordo com os prin-
cípios, objectivos e tarefas definidas pelo Governo, dirige
e assegura a execução da política do Governo na investigação
geológica, exploração dos recursos minerais e energéticos,
COMISSÃO INTERMINISTERIAL e no desenvolvimento e expansão das infra-estruturas
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA de fornecimento de energia eléctrica, gás natural e produtos
petrolíferos.
Resolução n.º 14/2015
Artigo 2
de 8 de Julho
Atribuições
Havendo necessidade de aprovar o Estatuto Orgânico São atribuições do Ministério dos Recursos Minerais e Energia:
do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, criado pelo a) Elaboração de propostas e execução de políticas do sector
Decreto Presidencial n.º 1/2015, de 16 de Janeiro, ao abrigo dos Recursos Minerais e Energia;
do disposto na alínea g) do n.º 1 do artigo 4 do Decreto b) Inventariação e gestão dos recursos minerais e energéticos
Presidencial n.º 3/2015, de 20 de Fevereiro, e no uso das do País;
competências delegadas pelo Conselho de Ministros nos termos c) Promoção de um quadro legal e institucional adequado
do artigo 1 da Resolução n.º 7 /2015, de 20 de Abril, a Comissão ao desenvolvimento do sector;
Interministerial da Administração Pública delibera: d) Promoção e divulgação das potencialidades do sector
dos Recursos Minerais e Energia;
Artigo 1. É aprovado o Estatuto Orgânico do Ministério e) Promoção do desenvolvimento tecnológico com vista
dos Recursos Minerais e Energia, em anexo, que é parte integrante ao aproveitamento sustentável de recursos minerais
da presente Resolução. e energéticos a nível nacional;
Art. 2. Compete ao Ministro dos Recursos Minerais e Energia f) Promoção da participação do sector privado no desen-
aprovar o Regulamento Interno do Ministério no prazo de sessenta volvimento e aproveitamento do potencial dos recursos
dias, a contar da data da publicação do presente Estatuto Orgânico, minerais e energéticos e respectivas infra-estruturas;
g) Promoção e controlo da actividade de prospecção
ouvidos os Ministros que superintendem as áreas das finanças e
e pesquisa geológica e aproveitamento racional
da função pública. e sustentável dos recursos minerais;
Art. 3. Compete ao Ministro dos Recursos Minerais e Energia h) Inspecção e fiscalização das actividades do sector
submeter a proposta de quadro de pessoal do Ministério ao órgão e o controlo da implementação das normas
competente no prazo de noventa dias contados a partir da data de segurança técnica, higiene e de protecção do meio
da publicação do presente Estatuto Orgânico. ambiente;
Art. 4. São revogados o Diploma Ministerial n.º 195/2005, i) Promoção e controlo da actividade de produção
de 14 de Setembro, e a Resolução n.º 13/2010, de 11 de petróleo e do desenvolvimento de infra-estruturas
de Novembro, da Comissão Interministerial da Função Pública. de transporte e logística;
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j) Promoção do desenvolvimento de infra-estruturas iii. Aprovar estudos e projectos de desenvolvimento


de fornecimento de energia eléctrica; de empreendimentos de exploração e produção
k) Promoção do aumento de acesso à energia nas suas de petróleo e infraestruturas de produção,
diversas formas, com vista a estimular o crescimento armazenagem, distribuição, fornecimento
e desenvolvimento económico e social do País; e comercialização de gás natural e produtos
petrolíferos;
l) Garantia de segurança de abastecimento e distribuição
iv. Actualizar o balanço de reservas de petróleo
de produtos petrolíferos a nível nacional, com
e dos produtos petrolíferos;
particular destaque para a expansão da rede de distri- v. Promover o processamento, adição do valor
buição às zonas rurais; de hidrocarbonetos e maximizar a sua utilização
m) Promoção da diversificação da matriz energética no País;
e uso eficiente de energia com vista à segurança vi. Promover o desenvolvimento sustentável,
e estabilidade energética; e equilibrado e seguro de infra-estruturas
n) Promoção do uso seguro e pacífico de energia atómica. de produção, armazenagem, distribuição,
fornecimento e comercialização de gás natural
Artigo 3 e produtos petrolíferos;
vii. Promover a utilização racional dos produtos
Competências
petrolíferos importados e a sua progressiva
Para a concretização das suas atribuições, compete substituição por combustíveis produzidos
ao Ministério dos Recursos Minerais e Energia: localmente;
a) Na área da geologia: viii. Assegurar a constituição e gestão de reservas
estratégicas de produtos petrolíferos;
i. Realizar o levantamento geológico sistemático no
ix. Promover a expansão da rede de distribuição de gás
território nacional, incluindo no mar territorial natural e produtos petrolíferos; e
e na Zona Económica Exclusiva com vista x. Estabelecer mecanismos racionais de formulação
ao conhecimento das potencialidades do País e aplicação de preços de gás natural
e a definição e selecção de áreas prospectivas e dos produtos petrolíferos comercializados
prioritárias para investigação geológica detalhada; em território nacional.
ii. Realizar estudos geológicos com vista a apoiar d) Na área de energia eléctrica:
a actividade mineira artesanal e de pequena i. Promover e assegurar o fornecimento de energia
escala; eléctrica com maior qualidade e fiabilidade;
iii. Promover e impulsionar o investimento ii. Aprovar estudos e projectos de fornecimento
na prospecção e pesquisa geológica, com vista de energia eléctrica;
a descoberta de depósitos de interesse económico; iii. Assegurar condições favoráveis ao investimento
iv. Realizar a investigação de recursos minerais e desenvolvimento sustentável da indústria
na plataforma continental bem como na Zona de fornecimento de energia eléctrica;
Económica Exclusiva e elaborar a respectiva iv. Licenciar as actividades e infraestruturas no âmbito
cartografia geológica; e da energia eléctrica; e
v. Assegurar a electrificação rural com prioridade para
v. Monitorar a actividade sísmica e geomagnética.
as zonas com potencial para o desenvolvimento
b) Na área da mineração: de actividades económicas e de geração de rendi-
i. Promover e assegurar a pesquisa e exploração mento.
sustentável dos recursos minerais; e) Na área de energias novas e renováveis:
ii. Licenciar as actividades de exploração dos recursos i. Propor um quadro legal para o desenvolvimento
minerais; das energias novas e renováveis;
iii. Aprovar estudos e projectos de desenvolvimento ii. Promover e intensificar a utilização de energias
de empreendimentos de exploração e uso dos novas e renováveis com vista a diversificação
recursos minerais; da matriz energética;
iv. Propor e controlar a implementação de regulamentos iii. Promover e incentivar o uso sustentável de energias
e de normas gerais aplicáveis para prospecção novas e renováveis para o desenvolvimento rural;
e pesquisa, produção, beneficiação, comer- iv. Aprovar estudos e projectos de desenvolvimento
cialização e exportação de produtos minerais; de empreendimentos de exploração e uso das
v. Designar áreas para mineração artesanal e promover energias novas e renováveis;
v. Licenciar as actividades e infraestruturas no âmbito
a exploração sustentável;
das energias novas e renováveis; e
vi. Actualizar o balanço das reservas minerais; e vi. Assegurar e manter actualizado o mapeamento
vii. Promover a adição de valor aos produtos minerais das fontes de energias renováveis.
no País.
f) Na área da energia atómica:
c) Na área de hidrocarbonetos e combustíveis: i. Propor o quadro legal e garantir a protecção e segu-
i. Promover a pesquisa e produção sustentável rança contra a exposição a radiações ionizantes
de petróleo e definir áreas prospectivas prioritárias; e das fontes de radiação;
ii. Licenciar as operações e infraestruturas de petróleo ii. Promover o uso seguro e pacífico da energia
e dos combustíveis; atómica; e
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iii. Coordenar, controlar e supervisionar as actividades b) Inspeccionar e fiscalizar o cumprimento das disposições
no âmbito da utilização da ciência e tecnologia regulamentares e normas de segurança técnica, higiene
nuclear. e de protecção do meio ambiente, nos termos da lei, das
convenções e de boas práticas internacionais;
CAPÍTULO II c) Elaborar estudos, relatórios e pareceres sobre matérias
Sistema orgânico da sua competência;
Artigo 4 d) Inspeccionar e auditar as instalações de produção,
transporte, distribuição e comercialização
Estrutura
de energia eléctrica, hidrocarbonetos e combustível,
O Ministério dos Recursos Minerais e Energia tem a seguinte incluindo as instalações de armazenagem e descargas
estrutura: de combustíveis;
a) Inspecção-Geral dos Recursos Minerais e Energia; e) Assegurar em coordenação, com outras instituições,
b) Direcção Nacional de Geologia e Minas; a protecção dos recursos minerais e o combate
c) Direcção Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis; ao contrabando, comercialização ilegal e falsificação
d) Direcção Nacional de Energia; de produtos minerais, adulteração de produtos
e) Direcção de Planificação e Cooperação; petrolíferos, vandalização de infra-estruturas;
f) Gabinete Jurídico; f) Garantir o controlo do derrame de hidrocarbonetos
g) Gabinete do Ministro; e combustíveis;
h) Departamento de Recursos Humanos; g) Instaurar autos e aplicar penas devidas em conformidade
i) Departamento de Administração e Finanças; com as disposições legais do sector dos recursos
j) Departamento de Aquisições; minerais e energia, no âmbito das suas competências;
k) Departamento de Comunicação e Imagem. h) Suspender e propor o embargo de qualquer actividade
no sector dos recursos minerais e energia que esteja
Artigo 5
a ser executada em flagrante violação da legislação
Instituições subordinadas e propor a revogação de qualquer título, licença,
O Ministério dos Recursos Minerais e Energia tem como autorização e contrato, que tenha sido emitido
instituições subordinadas: ou celebrado em violação da legislação;
a) Fundo de Energia; i) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
b) Museu Nacional de Geologia; determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
c) Centro de Gemologia e Lapidação; legislação aplicável.
d) Unidade Técnica de Implementação de Projectos 2. A Inspecção-Geral dos Recursos Minerais e Energia
Hidroeléctricos; e é dirigida por um Inspector-Geral , coadjuvado por um Inspector-
e) Outras instituições como tal definidas nos termos -Geral Adjunto.
da legislação aplicável.
Artigo 8
Artigo 6 Direcção Nacional de Geologia e Minas
Instituições tuteladas 1. São funções da Direcção Nacional de Geologia e Minas:
O Ministério dos Recursos Minerais e Energia tem como a) Elaborar e propor políticas, estratégias, programas,
instituições tuteladas: planos, normas, directrizes e regulamentos para
a) Conselho Nacional de Electricidade; o desenvolvimento da actividade geológico-mineira
b) Instituto Nacional de Petróleos; e assegurar a sua implementação;
c) Agência Nacional de Energia Atómica; b) Planificar, coordenar, controlar e assegurar a inventariação
d) Instituto Nacional de Minas; dos recursos minerais do País, incluindo na plataforma
e) Instituto Geológico Mineiro; continental e na Zona Económica Exclusiva;
f) Electricidade de Moçambique, E.P; c) Assegurar o licenciamento das actividades mineiras,
g) Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, E.P.; incluindo de prospecção e pesquisa;
h) Hidroeléctrica de Cahora Bassa, S.A.; d) Promover e controlar a realização de estudos e trabalhos
i) Petróleos de Moçambique, S.A.; de geofísica global e realizar estudos sobre os minerais
j) Empresa Moçambicana de Exploração Mineira, S.A.; e estratégicos para o país;
k) Outras instituições como tal definidas nos termos e) Proceder à gestão de dados e informação geológico-
da legislação aplicável. mineira e manter actualizado o respectivo inventário
geológico e de reservas minerais do País;
CAPÍTULO III f) Coordenar e monitorar as actividades geológicas
Funções das unidades orgânicas e mineiras realizadas pelas entidades públicas
Artigo 7 e privadas;
g) Assegurar a emissão de pareceres sobre projectos,
Inspecção-Geral dos Recursos Minerais e Energia estudos, programas de trabalho, planos de lavra
1. São funções de Inspecção-Geral dos Recursos Minerais e relatórios de cartografia, inventariação, prospecção
e Energia: e pesquisa mineral, geofísica global, obras de grandes
a) Organizar e realizar acções de inspecção, inquéritos, engenharia e outras, elaborados por outras entidades
sindicância e auditorias às diferentes actividades ou instituições;
relacionadas com o sector de Recursos Minerais h) Assegurar a promoção e monitoria da mineração artesanal
e Energia; e de pequena escala;
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i) Incentivar a transformação local dos produtos minerais i) Promover o processamento, adição do valor de hidro-
para servir as necessidades do mercado nacional carbonetos e maximizar a sua utilização no País;
e exportação; j) Assegurar a avaliação dos recursos petrolíferos em
j) Promover o investimento no sector geológico todo território nacional, incluindo no mar territorial,
e mineiro e desenvolver acções com vista ao aumento na Zona Económica Exclusiva e o aproveitamento
e a diversificação de exportações de produtos minerais; racional das respectivas reservas;
k) Garantir participação do empresariado nacional k) Elaborar planos e programas específicos sobre distribuição
na actividade mineira, incluindo o fornecimento dos produtos derivados dos petróleos e acompanhar
de bens e serviços às empresas mineiras; a sua implementação, bem como propor em coor-
l) Colaborar com a Alta Autoridade da Indústria denação com as entidades competentes, medidas
adequadas para fazer face a eventuais situações
Extractiva, no âmbito da regulamentação e supervisão
de interferência no normal abastecimento
da actividade mineira;
de combustível;
m) Elaborar e propor normas regulamentares de segurança l) Assegurar o controlo da qualidade dos produtos derivados
técnica e de protecção do ambiente específico do petróleo, bem como do gás natural comercializados
e assegurar a sua implementação, no âmbito da sua no país;
competência; m) Propor e controlar mecanismos de definição
n) Assegurar o envolvimento das comunidades nos de preços, em particular as margens de comercialização
empreendimentos mineiros nos termos da legislação dos combustíveis, praticados pelos distribuidores
aplicável, através de informação adequada sobre e retalhistas, de acordo com as normas aplicáveis;
projectos específicos; e n) Propor directrizes para ampliar a participação do petróleo,
o) Autorizar e registar pessoas singulares e colectivas gás natural, seus derivados, e biocombustíveis
responsáveis pela elaboração de projectos mineiros; na matriz energética nacional;
p) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente o) Assegurar a realização das actividades de pesquisa
determinadas nos termos do presente Estatuto e demais e produção e estudos de desenvolvimento sustentável
legislação aplicável. de hidrocarbonetos, incluindo a evolução dos preços
2. A Direcção Nacional de Geologia e Minas é dirigida por um no mercado interno e externo bem como os respectivos
Director Nacional coadjuvado por um Director Nacional Adjunto. custos de produção; e
p) Colaborar com a Alta Autoridade da Indústria
Artigo 9 Extractiva, no âmbito da regulamentação e supervisão
da actividade petrolífera;
Direcção Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis q) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
1. São funções da Direcção Nacional de Hidrocarbonetos determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
e Combustíveis: legislação aplicável.
a) Elaborar e propor políticas, estratégias, programas, 2. A Direcção Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis
planos e legislação relacionada com a pesquisa, é dirigida por um Director Nacional coadjuvado por um Director
desenvolvimento, produção, transporte, armazenagem, Nacional Adjunto.
distribuição e comercialização de hidrocarbonetos
e combustíveis, e assegurar a sua implementação; Artigo 10
b) Propor e assegurar a implementação de políticas Direcção Nacional de Energia
de investimento para as áreas de petróleo, gás natural 1. São funções da Direcção Nacional de Energia:
e derivados de petróleo incluindo o incremento
da participação da indústria nacional de bens a) Elaborar e propor políticas, estratégias, programas, planos
e serviços; e legislação para as áreas de energia eléctrica, energias
c) Elaborar e propor normas regulamentares de segurança novas e renováveis e energia atómica, e assegurar
técnica e de protecção do ambiente específico a sua implementação;
b) Elaborar e propor normas técnicas relativas a utilização
e assegurar a sua implementação, no âmbito da sua
de energia nos edifícios públicos e instalações
competência;
industriais;
d) Promover a expansão de infra-estruturas de armazenagem,
c) Elaborar e propor normas técnicas de segurança
distribuição, fornecimento e comercialização
e de defesa do ambiente no domínio da energia;
de combustíveis, em particular para as zonas rurais;
d) Promover a diversificação e a utilização racional
e) Elaborar e manter actualizada a informação estatística das várias fontes de geração de energia;
sobre a produção, consumo, stocks e reservas de e) Garantir o cumprimento de programas de operação
hidrocarbonetos combustíveis, bem como a respectiva e manutenção de infra-estruturas energéticas
base de dados; de geração, transporte e distribuição, tendo em vista
f) Aprovar projectos de desenvolvimento e aproveitamento assegurar o fornecimento de energia eléctrica com
da rede de fornecimento de combustíveis elaborados melhor qualidade e maior fiabilidade;
por outros organismos; f) Promover acções com vista à expansão de infra-estruturas
g) Assegurar o licenciamento das actividades das operações energéticas de geração, transporte e distribuição,
petrolíferas; assegurando o aumento da disponibilidade e acesso
h) Licenciar as instalações e infra-estruturas de hidro- a energia, bem como interligações com os países
carbonetos, actividade de refinação de petróleo bruto, vizinhos;
transformação de carvão e gás natural em combustíveis g) Realizar estudos sobre tarifa de energia eléctrica,
incluindo as actividades de distribuição, armazenagem, estrutura do mercado do sector eléctrico e de energias
transporte e comercialização dos derivados de petróleo; novas e renováveis;
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h) Promover a eficiência no uso da energia, bem como determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
realizar auditoria às instalações de utilização legislação aplicável.
de energia; 2. A Direcção de Planificação e Cooperação é dirigida por um
i) Realizar estudos sobre o desenvolvimento e aproveitamento Director Nacional, coadjuvado por um Director Nacional Adjunto.
sustentável dos recursos energéticos, incluindo o seu
mapeamento e actualização; Artigo 12
j) Elaborar normas e especificações técnicas relativas
a instalações e serviços de energia e zelar pelo seu Gabinete Jurídico
cumprimento; 1. São funções do Gabinete Jurídico:
k) Licenciar as instalações de energia, pessoas singulares a) Prestar assessoria jurídica ao Ministério;
e colectivas responsáveis pela elaboração e exploração b) Elaborar, em colaboração com os órgãos do Ministério,
de projectos de energia e manter actualizado propostas de actos normativos a serem submetidas ao
o respectivo cadastro;
Ministro, incluindo a verificação da constitucionalidade,
l) Avaliar, monitorar e propor a certificação das tecnologias
a legalidade e a compatibilidade com o ordenamento
de energia, em coordenação com as entidades
competentes, de modo a conformá-las com os padrões jurídico das propostas de actos normativos;
de qualidade, segurança, saúde e ambientais em vigor c) Investigar e proceder a estudos de direito comparado, com
no país; vista à elaboração, aperfeiçoamento e desenvolvimento
m) Assegurar e promover o uso sustentável de energias da legislação do sector;
novas e renováveis particularmente para as zonas d) Preparar e propor os procedimentos jurídicos adequados
rurais; á implementação, pelo Ministério, de convenções
n) Promover o estabelecimento de centros de excelência e acordos internacionais que envolvam o sector;
para o desenvolvimento de energias novas e renováveis e) Acompanhar e participar no processo de negociações
em coordenação com outras entidades relevantes; de acordos, contratos e outros instrumentos de que
o) Promover a disseminação de tecnologias de utilização o Ministério seja parte;
de energias novas e renováveis para produção f) Colaborar com a Procuradoria-Geral da República
de calor ou energia eléctrica, incluindo a produção e demais entidades de administração da justiça em
de tecnologias ao nível nacional; relação aos processos judiciais de que o Ministério
p) Promover o uso seguro e pacífico da energia atómica; seja parte;
q) Coordenar, controlar e supervisionar as actividades g) Recolher, processar e divulgar a legislação do sector;
no âmbito da utilização da ciência e tecnologia nuclear; h) Elaborar e emitir parecer sobre projectos de normas
r) Assegurar a coordenação das actividades inerentes e regulamentos;
a Comissão Interministerial de Bioenergia; i) Promover e participar na elaboração do quadro legal
s) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente e institucional adequado ao desenvolvimento do sector;
determinadas nos termos do presente Estatuto e demais j) assessorar o dirigente quando em processo contencioso
legislação aplicável.
administrativo;
2. A Direcção Nacional de Energia é dirigida por um Director k) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
Nacional coadjuvado por dois Directores Nacionais Adjuntos. determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
legislação aplicável.
Artigo 11
2. O Gabinete Jurídico é dirigido por um Director Nacional.
Direcção de Planificação e Cooperação
1. São funções da Direcção de Planificação e Cooperação: Artigo 13
a) Assegurar a elaboração, execução e controlo de estra- Gabinete do Ministro
tégias, programas, projectos, planos e orçamentos 1. São funções do Gabinete do Ministro:
do Ministério;
a) Organizar e programar as actividades do Ministro,
b) Monitorar a execução dos investimentos do sector;
Vice-Ministro e Secretário Permanente;
c) Assegurar a realização de estudos relevantes para
o desenvolvimento do sector, incluindo a evolução b) Assistir e assessorar o Ministro na implementação
de preços de produtos minerais, petrolíferos das políticas e decisões do Governo e dos programas
e energéticos nos mercados interno e externo; do sector;
d) Emitir pareceres sobre propostas de financiamento c) Assessorar o Ministro na avaliação do impacto
apresentadas ao Ministério, incluindo as instituições das matérias discutidas ou aprovadas pelas instituições
tuteladas e subordinadas; tuteladas e subordinadas, sobre as políticas
e) Gerir o portefólio de cooperação externa do sector; e programas do sector;
f) Coordenar e acompanhar o processo de negociação d) Apreciar e emitir pareceres sobre os projectos de legis-
de acordos e outros instrumentos de cooperação lação em matérias pertinentes;
internacional de que o Ministério seja parte; e) Elaborar a agenda de trabalho do Ministro
g) Organizar e manter actualizada a informação estatística e do Vice-Ministro;
sobre o sector de recursos minerais, combustíveis f) Preparar e secretariar as reuniões do Ministro
e energia, e disseminar informações de interesse sobre e do Vice-Ministro;
o sector; g) Verificar todas as questões dirigidas ao Ministro,
h) Assegurar a utilização das Tecnologias de Informação ao Vice-Ministro e preparar os respectivos despachos;
e Comunicação (TICs) no exercício das actividades h) Responder pela Secretaria de Informação Classificada
do sector; e e assegurar o devido tratamento do respectivo
i) Gerir o portal do Ministério; expediente;
j) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente i) Garantir o funcionamento normal e eficiente do serviço
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interno e prestar a necessária assistência técnica, ao nível do Ministério e prestar contas às entidades
logística e administrativa ao Ministro, ao Vice-Ministro, interessadas;
ao Secretário Permanente e todos funcionários d) Administrar os bens patrimoniais do Ministério de acordo
do Gabinete na realização das suas tarefas e nas deslo- com as normas e regulamentos estabelecidos pelo
cações em missão de serviço; Estado e garantir a sua correcta utilização, manutenção,
protecção, segurança e higiene;
j) Gerir as relações públicas e protocolo;
e) Determinar as necessidades de material de consumo
k) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
corrente e outro, e proceder à sua aquisição,
determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
armazenamento, distribuição e ao controlo da sua
legislação aplicável. utilização;
2. O Gabinete do Ministro é dirigido por um chefe de Gabinete. f) Elaborar o balanço anual da execução do orçamento
e submeter ao Ministério das Finanças e ao Tribunal
Artigo 14 Administrativo;
Departamento de Recursos Humanos g) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
1. São funções do Departamento de Recursos Humanos: determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
legislação aplicável.
a) Elaborar e propor a política de desenvolvimento
de recursos humanos do sector e garantir a sua 2. O Departamento de Administração e Finanças é dirigido por
um Chefe do Departamento Central Autónomo.
implementação;
b) Assegurar o cumprimento do Estatuto Geral Artigo 16
dos Funcionários e Agentes do Estado e demais
( Departamento de Comunicação e Imagem)
legislação aplicável aos funcionários e Agentes
do Estado; 1. São funções do Departamento de Comunicação e Imagem:
c) Elaborar e gerir o quadro de Pessoal; a) Planificar e desenvolver uma estratégia integrada
d) Assegurar a realização da avaliação do desempenho de comunicação e imagem do Ministério;
dos funcionários e agentes do Estado; b) Contribuir para o esclarecimento da opinião pública,
e) Organizar, controlar e manter actualizado o e-SIP assegurando a execução das actividades da Comu-
do sector, de acordo com as orientações e normas nicação Social na área da informação oficial;
definidas pelos órgãos competentes; c) Promover, no seu âmbito ou em colaboração com
f) Produzir estatísticas internas sobre recursos humanos; os demais sectores, a divulgação dos factos mais
g) Implementar e monitorar a política de desenvolvimento relevantes da vida do Ministério e de tudo quanto possa
de recursos humanos do sector; contribuir para o melhor conhecimento da instituição
h) Planificar, coordenar e assegurar as acções de formação pela sociedade moçambicana;
e capacitação profissional dos funcionários e agentes d) Apoiar tecnicamente o Ministro na sua relação com
do Estado dentro e fora do país; os órgãos e agentes da Comunicação Social;
i) Implementar as actividades no âmbito das políticas e) Gerir actividades de divulgação, publicidade e marketing
e Estratégias do HIV e SIDA, Género e Pessoa do Ministério;
Deficiente na função pública; f) Assegurar os contactos do Ministério com os órgãos
j) Implementar as normas e estratégias relativas à saúde, de comunicação social;
higiene e segurança no trabalho; g) Planear, desenvolver e implementar a comunicação
k) Assistir o respectivo dirigente nas acções de Diálogo interna e externa do Ministério;
Social e consulta no domínio das relações laborais h) Promover contactos entre os titulares e demais
e da sindicalização; representantes do sector com a imprensa;
l) Implementar as normas de previdência social dos funcio- i) Coordenar a criação de símbolos e materiais de identidade
nários e agentes do Estado; visual do Ministério;
m) Gerir o sistema de carreiras e remunerações e benefícios j) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
dos funcionários e agentes do Estado; determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
n) Planificar, implementar e controlar os estudos colectivos legislação aplicável.
de legislação; 2. O Departamento de Comunicação e Imagem é dirigido por
o) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente um Chefe de Departamento Central Autónomo.
determinadas nos termos do presente Estatuto e demais
legislação aplicável. Artigo 17
2. O Departamento de Recursos Humanos é dirigido por ( Departamento de Aquisições)
um Chefe do Departamento Central Autónomo. 1. São funções do Departamento de Aquisições:
Artigo 15 a) Efectuar o levantamento das necessidades de contratação
do Ministério;
Departamento de Administração e Finanças b) Preparar e realizar a planificação anual das contratações;
1. São funções do Departamento de Administração e Finanças: c) Elaborar os documentos de concursos;
a) Elaborar a proposta do orçamento do Ministério, d) Apoiar e orientar as demais áreas do Ministério na elabo-
de acordo com as metodologias e normas estabelecidas; ração do catálogo contendo as especificações técnicas
b) Executar o orçamento de acordo com as normas e outros documentos importantes para a contratação;
de despesa internamente estabelecidas e com as dispo- e) Prestar assistência aos júris e zelar pelo cumprimento
sições legais; de todos os procedimentos pertinentes;
c) Controlar a execução dos fundos alocados aos projectos f) Administrar os contratos e zelar pelo cumprimento
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de todos os procedimentos atinentes ao seu objecto; por ano e, extraordinariamente, quando autorizado pelo Presidente
g) Manter a adequada informação sobre o cumprimento da República.
dos contratos e sobre a actuação dos contratados;
Artigo 20
h) Zelar pelo arquivo adequado dos documentos de contra-
tação; Conselho Consultivo
i) Realizar outras actividades que lhe sejam superiormente 1. O Conselho Consultivo é um colectivo convocado e dirigido
determinadas nos termos do presente Estatuto e demais pelo Ministro dos Recursos Minerais e Energia, que tem por
legislação aplicável. funções analisar e dar parecer sobre questões fundamentais
2. O Departamento de Aquisições é dirigido por um Chefe da actividade do Ministério, designadamente:
de Departamento Central Autónomo. a) Estudar as decisões do Estado e outras Instituições
relacionadas com actividade do Ministério, com vista
CAPÍTULO IV a sua correcta implementação;
Colectivos b) Analisar e dar parecer sobre as actividades e preparação,
execução e controle do plano e programa do Ministério;
Artigo 18 c) Pronunciar-se sobre planos, políticas e estratégias
Colectivos do Ministério relativas às atribuições e competências do Ministério
e controlar a sua execução;
d) Pronunciar-se sobre o orçamento anual do Ministério
No Ministério dos Recursos Minerais e Energia funcionam
e respectivo balanço de execução;
os seguintes colectivos: e) Estudar as decisões dos órgãos superiores do Estado
a) Conselho Coordenador; e do Governo relativas ao sector;
b) Conselho Consultivo; f) Controlar a implementação das recomendações
c) Conselho Técnico; do Conselho Coordenador;
d) Conselho Técnico Especializado. g) Pronunciar-se, quando solicitado, sobre projectos
de diplomas legais a submeter à aprovação dos órgãos
Artigo 19 do Estado competentes;
Conselho Coordenador h) Pronunciar-se sobre aspectos de organização e funcio-
namento do Ministério;
1. O Conselho Coordenador é um colectivo convocado i) Efectuar o balanço das actividades desenvolvidas.
e dirigido pelo Ministro dos Recursos Minerais e Energia,
2. O Conselho Consultivo tem a seguinte composição:
através do qual se faz a coordenação, planificação e controlo da
a) Ministro;
acção conjunta de todos os órgãos do Ministério, instituições
b) Vice-Ministro;
subordinadas e tuteladas, e tem as seguintes funções: c) Secretário Permanente;
a) Coordenar e avaliar as actividades das unidades d) Inspector Geral;
orgânicas centrais e locais e das instituições tuteladas e) Directores Nacionais;
e subordinadas, tendentes à realização das atribuições f) Assessores do Ministro;
e competências do Ministério; g) Inspector Geral Adjunto;
b) Pronunciar-se sobre planos, políticas e estratégias h) Directores Nacionais Adjuntos;
relativas às atribuições e competências do Ministério i) Chefe do Gabinete do Ministro;
e fazer as necessárias recomendações; j) Chefes de Departamentos Centrais Autónomos;
c) Fazer o balanço dos programas, plano e orçamento anual k) titulares executivos das instituições tuteladas e subor-
das actividades do Ministério; dinadas.
d) Promover a aplicação uniforme de estratégias, métodos 3. O Ministro pode, em função da matéria agendada, dispensar
e técnicas com vista à realização das políticas do sector; das sessões do Conselho Consultivo os membros referidos nas
alíneas g), h), j) e k).
e) Propor e planificar a execução das decisões dos órgãos
4. Podem participar nas sessões do Conselho Consultivo
centrais do Estado em relação aos objectivos principais especialistas, técnicos e parceiros a serem designados pelo
do desenvolvimento do Ministério. Ministro, em função das matérias a serem tratadas.
2. O Conselho Coordenador tem a seguinte composição: 5. O Conselho Consultivo reúne ordinariamente de quinze
a) Ministro; em quinze dias e extraordinariamente sempre que o Ministro
b) Vice-Ministro; o convocar.
c) Secretário Permanente; Artigo 21
d) Inspector-Geral;
e) Directores Nacionais; Conselho Técnico
f) Assessores do Ministro; 1. O Conselho Técnico é o órgão de carácter consultivo
g) Inspector-Geral Adjunto; convocado e dirigido pelo Secretário Permanente, resguardada
h) Directores Nacionais Adjuntos; a prerrogativa do Ministro, sempre que entender, dirigi-lo
i) Chefe do Gabinete do Ministro; pessoalmente e tem função consultiva no domínio de matérias
j) Chefes de Departamentos Centrais; técnicas a cargo do Ministério
k) Titulares das instituições subordinadas e tuteladas; 2. São funções do Conselho Técnico:
l) Dirigentes Provinciais que superintendem as áreas a) Coordenar as actividades das Unidades orgânicas
do Ministério. do Ministério;
3. São convidados a participar no Conselho Coordenador, b) Analisar e emitir pareceres sobre a organização
em função da matéria, técnicos e especialistas com tarefas e programação da realização das atribuições e compe-
a nível Central e Local do Estado, bem como parceiros do sector. tências do Ministério;
4. O Conselho Coordenador reúne, ordinariamente, uma vez c) Analisar e emitir pareceres sobre projectos do Plano
370 I SÉRIE — NÚMERO 54

e orçamento das actividades do Ministério; dinariamente sempre que necessário.


d) Apreciar e emitir pareceres sobre projectos de relatório
e balanço de execução do plano e orçamento Artigo 22
do Ministério; Conselho técnico especializado
e) Harmonizar as propostas dos relatórios do balanço
1. O Conselho Técnico especializado é um órgão de consulta
periódico do Plano Económico e Social.
que assiste o Ministro dos Recursos Minerais e Energia
3. O Conselho Técnico tem a seguinte composição: nas questões técnicas de especialidade do sector, tendo a função
a) Secretário Permanente; de emitir pareceres sobre os principais aspectos de carácter técnico
b) Inspector-Geral; relacionados com a actividade do Ministério.
c) Directores Nacionais; 2. O Conselho Técnico especializado é convocado e presidido
d) Assessores do Ministro; pelo Ministro ou por quem este designar.
e) Inspector-Geral Adjunto; 3. Fazem parte do conselho Técnico especializado
f) Directores Nacionais Adjuntos; os Assessores do Ministro e especialistas de reconhecida compe-
g) Chefe do Gabinete do Ministro; tência pertencentes ou não ao quadro do Ministério dos Recursos
h) Chefes de Departamentos Centrais autónomos. Minerais Energia designados pelo Ministro.
4. Podem participar nas sessões do Conselho Técnico, 4. O Conselho Técnico especializado reúne-se ordinariamente
na qualidade de convidados, os titulares das instituições tuteladas uma vez por trimestre e extraordinariamente sempre que for
e subordinadas e respectivos adjuntos, bem como outros técnicos necessário.
e entidades a serem designadas pelo Secretário Permanente, 5. O Conselho Técnico especializado poderá estruturar-se
em função das matérias a serem tratadas. em subcomissões especializadas.
5. O Conselho Técnico reúne uma vez por semana e extraor-

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