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10º Curso sobre explosivos para responsáveis técnicos de pedreiras e obras de escavação

Competências das entidades oficiais nos aspectos


relevantes para a execução do projecto

Carlos Caxaria e Paula Dinis

1
Técnico Lisboa, Junho 2018
Recursos geológicos

QUALIFICAÇÃO:

A qualificação dos recursos geológicos em Portugal é feita por despacho do membro


do Governo (Ministro da Economia) após parecer da Direção-Geral de Energia e
Geologia (DGEG).

A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG, www.dgeg.gov.pt) está sob a tutela do


Ministério da Economia.

É o orgão da administração central do Estado que tem por missão contribuir para
a conceção, promoção e avaliação das políticas relativas à energia e aos recursos
geológicos, numa ótica do desenvolvimento sustentável e de garantia da segurança do
abastecimento.

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 2
Recursos geológicos
Os recursos geológicos podem ser do domínio público (Estado) ou do domínio
privado

Domínio Privado:
Mármores, calcários,
• Massas Minerais(Pedreiras) (DL 340/2007 ) granitos, agregados,
xistos, areias,
• Águas de nascente (DL 84/90)
argilas...

Domínio Público: Todos os minerais


metálicos, terras
• Depósitos minerais (Minas) (DL 88/90) raras, caulino,
quartzo, feldspato,
• Águas minerais naturais (DL 86/90 ) talco, gesso,
• Recursos Geotérmicos (DL 87/90 ) salgema,...

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Recursos geológicos do domínio público (MINAS)
Os direitos são atribuídos mediante celebração de contrato entre a empresa e o
Estado, e podem ser:

• De avaliação prévia, para a realização de estudos destinados ao melhor


conhecimento do recurso mineral;

• De prospeção e pesquisa, para o desenvolvimento de atividades de revelação do


recurso mineral e determinação das suas caraterísticas, até à revelação da
existência de valor económico;

• De exploração experimental, para desenvolvimento de mais trabalhos e


confirmação da existência de valor económico do recurso. Esta situação ocorre
quando não existem ainda as condições necessárias para o pedido de exploração
definitivo;

• De exploração, para a realização de operações de aproveitamento económico dos


recursos.

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Recursos geológicos do domínio público (MINAS)

Tipo de direitos a atribuir Síntese de área, prazo e decisão

Área máxima atribuída: 15 km2


Avaliação prévia Prazo: 1 ano.
DGEG decide.
Area terrestre: até 500 km2
Área Marítima: até 5 000 km2
Prospeção e Pesquisa Prazo: 5 anos (máximo)
Decisão do Ministério da Economia.
Prazo: 5 anos (máximo)
Exploração experimental Decisão do Ministério da Economia.
Prazo: 90 anos (máximo incluindo prorrogações)
Exploração Decisão do Ministério da Economia.

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Recursos geológicos do domínio privado (PEDREIRAS)

Os direitos são atribuídos por licença, atribuída apenas ao proprietário do prédio


(terreno), ou a um terceiro que tiver celebrado contrato (sob a forma de escritura
pública) de exploração com o proprietário.

Podem ser:

• De prospeção e pesquisa, para o desenvolvimento de atividades de revelação do


recurso mineral e determinação das suas caraterísticas, até à revelação da
existência de valor económico;

• De exploração, para a realização de operações de aproveitamento económico dos


recursos.

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Recursos geológicos do domínio privado (PEDREIRAS)

Prospeção e pesquisa de massas minerais - Pedreiras (DL 340/2007 de 12 outubro)

• válida pelo prazo inicial máximo de 1 ano, prorrogável uma única vez por igual período,
nos termos do artº 23º do DL 340/2007 de 12 outubro.

• esta licença não autoriza o seu titular a alienar ou vender as substâncias minerais
extraídas, salvo para as atividades no âmbito da pesquisa.

• A licença de pesquisa cessa por caducidade, por renúncia ou por revogação - artº 25º
do DL 340/2007 de 12 outubro.

• Findos os trabalhos de pesquisa, o explorador deve:


- Selar os poços e sanjas, enchendo-os com o material extraído e depositado, repondo a
topografia e o solo em situação equivalente à inicial;
- Selar os furos de sondagem de forma a evitar eventual contaminação de aquíferos.

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Recursos geológicos do domínio privado (PEDREIRAS)

Exploração de massas minerais - Pedreiras (DL 340/2007 de 12 outubro)

• A licença de exploração (artº 27º do DL 340/2007 de 12 outubro) está sujeita à


aprovação do plano de pedreira, o qual compreende o plano de lavra e o Plano
Ambiental e de Recuperação Paisagística (PARP)

• o seu acompanhamento é efetuado ao longo do tempo através de entrega obrigatória


de planos trienais e respetivas vistorias.

• A licença de exploração cessa por caducidade (Artº 39º) ou por revogação (artº 40º).
Por caducidade se se verificar a extinção do contrato, o abandono da pedreira, o
esgotamento das reservas, morte da pessoa singular ou extinção da pessoa coletiva
titular da licença. A cessão por revogação só pode ser efetivada por ato da entidade que
a concedeu e segundo os requisitos do artº 40º.

• Há procedimentos prévios ao ato de licenciamento: OT, AIA

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Legislação relevante
Lei nº 54/2015 de 22 de junho – NOVA LEI Estabelece o regime jurídico dos
recursos geológicos
Revogado o Decreto-Lei nº 90/90 de 16 março
Recursos Geológicos Aprova a Estratégia Nacional para os
Resolução do Conselho de Ministros n.º 78/2012, de Recursos Geológicos - Recursos
11 setembro
Minerais
DL nº340/2007 de 12 de outubro, altera e Estabelece o regime jurídico em matéria
de exploração de massas minerais.
Licenciamento republica o Decreto-Lei nº 270/2001 de 6
outubro
Pedreiras Portaria nº 1083/2008 de 24 de setembro
Fixa as taxas aplicáveis no âmbito do
licenciamento das pedreiras
Regime Extraordinário de Regularização
RERAI Decreto-Lei nº 165/2014 de 5 Novembro de Atividades Económicas

SIR (Licenciamento anexos) Decreto-Lei nº169/2012 de 1 agosto


Sistema de Indústria Responsável
Aprova o regime jurídico da avaliação de
impacte ambiental (altera e republica o DL
Decreto-Lei nº 152-B/2017 de 11 dezembro 151B/2013 de 31 outubro)

Publicação das normas técnicas


respeitantes ao EIA (Estudo de Impacte
Portaria nº 395/2015 de 4 de novembro Ambiental) e ao PDA (Proposta de
Avaliação Impacte Ambiental Definição de Âmbito)
Define a composição, modo
Portaria nº 172/2014 de 5 setembro funcionamento e atribuições do
Conselho Consultivo de AIA
Define o valor das taxas a cobrar no
Portaria nº 368/2015 de 19 outubro processo de AIA
Decreto-Lei nº 80/2015 de 14 maio Estabelece o regime jurídico dos
Instrumentos de Gestão Territorial

Ordenamento do Território Nova regulamentação da classificação e


9
Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução
Decreto-Regulamentar nº 15/2015do
deprojecto
19 agosto qualificação do uso do solo
Legislação de Pedreiras
Alterou o DL 270/2001 de 6 de Outubro;
O Decreto-Lei nº
340/2007 de 12 de
Constitui o atual regime legal de acesso e disciplina das
Outubro atividades de exploração e pesquisa de massas minerais;
Relativamente ao anterior normativo, as alterações
introduzidas tiveram como intenção agilizar o processo
técnico e administrativo;

Reforça o papel das Câmaras Municipais no licenciamento


e reforça as competências do Ministério do Ambiente, no
licenciamento e fiscalização;

Mantém os conceitos Plano de Pedreira (Plano de Lavra e


Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística -PARP);
Introduz um novo conceito classificando as pedreiras
por Classes (em 4 classes).

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 10
Classes das Pedreiras

Classe 1: Pedreiras que tenham uma área ≥ 25ha

Classe 2:
• Pedreiras subterrâneas ou mistas
• Pedreiras a céu aberto com área >5ha e <25ha, ou recorram à utilização ≥ 2.000Kg
explosivo/ano ou excedam os limites seguintes:
Área – 5ha
Profundidade das escavações-10m
Produção – 150 000 ton/ano
Número de trabalhadores-15

Classe 3: Pedreiras a céu aberto em que não seja excedido nenhum dos seguintes
limites indicados na classe 2

Classe 4: As pedreiras de calçada e lage cujos limites não excedam os referidos da classe 3

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 11
•A Câmara Municipal:
Quem licencia? Pedreiras a céu aberto das Classes 3 e 4

•A Direção Geral de Energia e Geologia:


Caso das pedreiras das Classes 1 e 2
e
Todas as pedreiras situadas em “Área Cativa” ou
em “Área de Reserva”

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 12
Previamente ao ato do licenciamento de pedreiras…

Avaliação de Impacte Ambiental

ou

Parecer prévio de localização

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 13
Parecer prévio de localização (artº9º do DL340/2007)

Quem emite o parecer?

• A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) da área


geográfica onde se insere o projeto

ou

• A Câmara Municipal, nos casos em que a área objeto de pedido se encontre


inserida em área cativa ou em área de reserva ou em espaço para a indústria
extrativa constante do respetivo Plano Diretor Municipal (PDM).

Este parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 30 dias, pelas entidades
competentes.

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 14
Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) DL152-B/2017

•Pedreiras e/ou minas a céu aberto em áreas isoladas ou contínuas, com:


• área ≥ 15 ha ou

•a produção ≥ 200 000 ton/ano ou

•quando em conjunto com outras unidades similares num raio de 1km ultrapassem os valores
referência.

•Extração subterrânea : área ≥ 15 ha ou produção ≥ 200 000 ton/ano

Áreas sensíveis:

• AIA obrigatória: Limiares previstos para o caso geral.

• Análise caso a caso: Todas que não se encontrem abrangidas pelos limiares definidos para
o caso geral.

Competências das entidades oficiais nos aspetos relevantes para a execução do projeto 15
Avaliação de Impacte A Proposta de Definição de Âmbito (PDA)
Ambiental (AIA)
É facultativa
(DL nº152-B/2007)
Identifica e seleciona as vertentes ambientais sobre as quais
o EIA (Estudo de Impacte Ambiental) deverá incidir.

O proponente ou a Autoridade AIA optam se a PDA é objeto


de consulta pública ou não.

Decisão:
• 30 dias se não houver Consulta Pública.
• 40 dias se houver Consulta Pública.

A PDA vincula o proponente e a comissão do EIA quanto ao


conteúdo do EIA a apresentar.

A deliberação da comissão de avaliação sobre a PDA caduca


se decorridos 2 anos, sobre a data da notificação ao
proponente, este não apresente o respetivo EIA.

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 16
Avaliação de Impacte A Avaliação de Impacte Ambiental (AIA)
Ambiental (AIA) •O procedimento AIA inicia-se, quando o proponente
apresenta à entidade licenciadora um EIA, do qual deve
(DL nº152-B/2007) constar o estudo prévio ou anteprojeto ou projeto sujeito a
licenciamento e as diretrizes da monitorização e parâmetros
ambientais a avaliar em cada fase do projeto e respetiva
calendarização.
•O procedimento de AIA tem sempre consulta pública.

A Declaração de Impacte Ambiental (DIA) pode ser:


•Favorável;
•Favorável condicionada;
•Desfavorável.

A DIA é emitida no prazo máximo de 100 dias ou de 90 dias


para projetos sujeitos ao regime de acesso e exercício de
atividade industrial e projetos de potencial interesse nacional

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 17
Avaliação de Impacte A Avaliação de Impacte Ambiental (AIA)
Ambiental (AIA)

(DL nº152-B/2007)

A DIA caduca se decorridos 4 anos sobre a data da sua


emissão, não tiver sido dado início à execução do respetivo
projeto.

Caso o proponente verifique ser necessário ultrapassar os


prazos previstos pode, mediante requerimento dirigido à
Autoridade de AIA, solicitar a prorrogação da DIA por tempo
definido.

Só após obtenção de DIA favorável ou favorável


condicionada é que se pode dar início ao ato do
licenciamento.

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 18
Decreto – Lei nº 340/2007 de 12 de Outubro - Conceitos a reter

Plano de Pedreira

Plano de Lavra

Plano Ambiental e de recuperação


Paisagística (PARP)

Programa trienal

Projeto integrado

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 19
Conceitos a reter

• Documento técnico composto pelo


Plano de Pedreira (PP) Plano de Lavra e pelo PARP

Plano de Lavra (PL)

Plano Ambiental e de recuperação


Paisagística (PARP)

Programa trienal

Projecto integrado

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 20
Conceitos a reter

• Documento técnico contendo a


Plano de Pedreira (PP) descrição do método de exploração:
desmonte, sistemas de extração e
Plano de Lavra (PL) transporte, sistemas de abastecimento
em materiais, energia e água, dos
sistemas de segurança, sinalização e de
Plano Ambiental e de recuperação
esgotos
Paisagística (PARP)

Programa trienal

Projecto integrado

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 21
Conceitos a reter

• Documento técnico constituído pelas


Plano de Pedreira (PP) medidas ambientais e pela proposta de
solução para o encerramento e a
Plano de Lavra (PL) recuperação paisagística das áreas
exploradas
Plano Ambiental e de recuperação
Paisagística (PARP)

Programa trienal

Projecto integrado

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 22
Conceitos a reter

• O programa contendo a descrição dos


Plano de Pedreira (PP) trabalhos de exploração e recuperação
paisagística para 3 anos, em execução
Plano de Lavra (PL) do plano de pedreira aprovado

Plano Ambiental e de recuperação


Paisagística (PARP)

Programa trienal

Projecto integrado

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 23
Conceitos a reter

• O projecto contempla uma solução


Plano de Pedreira (PP) integrada de exploração e recuperação
paisagística, que compreende duas ou
Plano de Lavra (PL) mais pedreiras, confinantes ou vizinhas

Plano Ambiental e de recuperação


Paisagística (PARP)

Programa trienal

Projecto integrado

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 24
O Plano de Pedreira (Decreto-Lei nº 340/2007 de 12 de Outubro)

PLANO DE PEDREIRA

Plano de Lavra Plano Ambiental e de


Recuperação Paisagística

Programa trienal Projecto integrado


(artº 35º do DL 340/2007)

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 25
Quem é o licenciador?

Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG)


ou

Câmara Municipal

Quem aprova o
PLANO DE LAVRA DGEG

PLANO DE
CCRD
PEDREIRA?
PARP ou

ICNF

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 26
O acto do licenciamento

Pedido de licença de Inicia-se quando o requerente entrega à entidade licenciadora


exploração (DGEG ou CM), em duplicado e em suporte digital, um
(artº27 do DL 340/2007 processo composto por:
de 12 de Outubro)
- um conjunto de documentos administrativos

- justificação sumária de viabilidade económica (custos,


receitas, reservas, horizonte temporal, etc)

- documentos técnicos relativos ao Plano de Pedreira (anexo VI


do DL 340/2007 de 12 de Outubro)

Nota: O nº2 do artº 27º deste DL, prevê que “o requerente poderá não
apresentar, com sujeição à aceitação das entidades competentes para a
aprovação do plano de lavra e do PARP, um ou mais dos documentos
técnicos referidos no anexo VI quando, baseando-se nas características
da pedreira que pretende licenciar, justifique devidamente que tais
documentos não são necessários para a execução do Plano de Pedreira”

Com a entrega do processo completo na entidade licenciadora,


o prazo para decisão é de 80 dias.

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 27
O ACTO DO LICENCIAMENTO PELA DRE-Exploração de pedreiras (artº 28º DL340/2007)

Requerente
1

Envia o processo em
duplicado em papel e em
suporte digital
Se processo está mal instruído
solicita elementos em falta
ao requerente, no prazo 10 dias.

Entidade licenciadora

10 dias
DRE 2

Emite recibo ao requerente e


verifica processo.

20 dias
Pode solicitar
ao requerente
elementos adicionais
com efeito
Se processo está completo, envia:
suspensivo do prazo
1 exemplar à CCDR ou ICNB
1 exemplar ARS
1 exemplar ACT

Entidade competente pelo


Câmara
PARP ARS ADT
2 Municipal
CCDR ou ICNB 80 dias
Comunica decisão à DRE, Emitem parecer e comunicam à
indica valor da caução. DRE

20 dias
40 dias

Comunica
decisão
e valor caução

Entidade licenciadora
DRE 4
20 dias

Reúne pareceres, decide quanto à


atribuição ou denegação da licença e
informa requerente

Requerente
28
Requerente
1

Envia o processo em
duplicado em papel e em
suporte digital
Se processo está mal instruído
solicita elementos em falta
ao requerente, no prazo 10 dias.

Entidade licenciadora
2

10 dias
CM

Emite recibo ao requerente e


verifica processo.

Pode solicitar

10 dias
ao requerente
elementos adicionais
com efeito
suspensivo do prazo
Se processo está completo, envia:
1 exemplar à DRE
1 exemplar à CCDR ou ICNB

Entidade
competente pelo
DRE
PARP ARS ADT
2 CCDR ou ICNB 70/80
dias
Comunicam decisão à Câmara Municipal e Emitem parecer
indica valor da caução. e comunicam à
CM

20 dias
40 dias

Comunica
decisão
e valor caução

Entidade licenciadora
CM 4

Reúne pareceres, decide quanto à


atribuição ou denegação da licença e
informa requerente
20 dias

29
Requerente
Elementos do Plano de Pedreira – Classe 4

Pedreiras da classe 4
Localização com demarcação das ligações da pedreira à
Carta 1:25.000
estrada principal/camarária mais próxima
Elementos 1:2.000 ou 1:5.000 Delimitação dos prédios rústicos afectos à pedreira
gerais
Carta de condicionantes do PDM com a implantação da
Carta de
localização da pedreira. Identificação das áreas
condicionantes
classificadas.
Área da pedreira, identificação das massas minerais e
estimativa das reservas existentes: Produção diária/anual
prevista; equipamento a utilizar; nº de trabalhadores;
utilização de pólvoras; tempo previsto de exploração da
pedreira
Plano de
Memória descritiva Instalações de apoio: telheiro; contentor; edifício em
Lavra e justificativa alvenaria; outros
Higiene e segurança: capacete; botas de biqueira de aço;
estojo de primeiros socorros; extintores; sinalização
obrigatória ( identificativa; trabalhos de pedreira; emprego
de pólvoras)
Reposição topográfica com os materiais sobrantes
Espalhamento das terras anteriormente retiradas
PARP
Sementeira
30
Estimativa do custo unitário da recuperação paisagística e cálculo da caução
Elementos do Plano de Pedreira – Classes 2 e 3

Pedreiras das classes 2 e 3

Localização com demarcação das ligações da


1:25.000 pedreira à estrada principal/camarária mais
próxima

Elementos Delimitação dos prédios rústicos afectos à


1:2.000 ou 1:5.000
gerais Pedreira

Extracto da carta de condicionantes do PDM


Carta de condicionantes com a implantação de localização da pedreira.
Identificação das áreas classificadas.

31
Elementos do Plano de Pedreira – Classes 2 e 3 (cont.)
1:5.000 ou Planta topográfica até 50m para além do limite da área da pedreira com implantação de todas
1:1.000 as condicionantes existentes, previstas e zonas de defesa

1:5.000 ou Planta topográfica da situação final projectada que deverá ter em consideração as
1:1.000 condicionantes identificadas e a manter
1:500 ou
Perfis topográficos longitudinais e transversais respectivos
1:1.000

Área da pedreira, identificação das massas minerais e estimativa das reservas existentes

Método de exploração (altura e largura dos degraus, equipamentos a utilizar, etc)

Altura e largura dos degraus projectados


Áreas de armazenamento de terras de cobertura e dos subprodutos
Plano de
Lavra Identificação e caracterização dos resíduos provenientes da exploração e respectivo plano de
deposição, incluindo outros materiais, designadamente solos e rochas não contendo
substâncias perigosas provenientes de actividades de construção e não passíveis de
Memória reutilização nas respectivas obras de origem
descritiva e
Produção anual previsível
justificativa
Tempo de vida útil previsível para a pedreira
Descrição dos anexos
Número de trabalhadores
Utilização de substâncias explosivas: Pólvoras e explosivos(kg/mês),diagrama de fogo

Higiene e segurança: equipamentos de segurança individual; equipamentos de segurança


colectiva; plano de higiene e segurança (classe 2)
32
Sinalização obrigatória: identificativa; trabalhos de pedreira; emprego de
pólvoras/explosivos; outras
Elementos do Plano de Pedreira – Classes 2 e 3 (cont.)

Planta topográfica à escala 1:500 ou 1:1.000 da situação final após recuperação

Perfis respectivos à escala1:500 ou 1:1.000

Identificação dos resíduos e outros materiais a utilizar na regularização topográfica,


designadamente solos e rochas não contendo substâncias perigosas provenientes
de atividades de construção e não passíveis de reutilização nas respectivas obras
PARP de origem

Proposta de cobertura vegetal e drenagem

Cálculo dos custos da recuperação global

Custo da recuperação paisagística e cálculo da caução

33
Elementos do Plano de Pedreira – Classe 1

Pedreiras da classe 1
Localização com demarcação das ligações da pedreira à estrada
1:25.000
principal/camarária mais próxima

Caract. 1:5.000 ou
1:2.000
Delimitação dos prédios rústicos afectos à pedreira
física do
terreno
Carta geológica e hidrogeológica
Caract. física
Caracterização dos solos, fauna, vegetação, climatologia,
Elementos geologia e hidrogeologia
gerais
Fauna, flora, água, atmosfera, paisagem, clima, recursos
Naturais
minerais e factores geotécnicos

População e povoamento, património cultural, servidões e


Síntese
restrições
de
Sociais
condicio- Sistemas de redes estruturantes, espaços e usos definidos em
nantes instrumentos de planeamento e sócio-económicos

Áreas
classificadas
Definidas na alínea d) do artigo 2º deste diploma

34
Elementos do Plano de Pedreira – Classe 1 (cont.)
Planta topográfica até 50m para além do limite da área da pedreira com implantação das
1:1.000 ou condicionantes existentes, previstas e zonas de defesa
1:2.000
Planta topográfica à mesma escla, da situação final da exploração projectada
1:1.000 ou
Perfis topográficos longitudinais e transversais espaçados de 100m
1:2.000
Área da pedreira, identificação das massas minerais e cálculo de reservas
Descrição do método de exploração
Descrição dos equipamentos
Altura e largura dos degraus
Diagrama de fogo
Processo de transform. e carat. de produtos e subprodutos e seu armazenamento
Plano
Identificação e caract. dos resíduos provenientes da exploração e respectivo plano de
de deposição, incluindo outros materiais, designadamente solos e rochas não contendo
Lavra Memória
substâncias perigosas provenientes de actividades de construção e não passíveis de
reutilização nas respectivas obras de origem.
descritiva e
justificativa Caracterização dos efluentes e respectivo circuito de tratamento
Previsão temporal da exploração
Descrição detalhada dos anexos
Descrição da sinalização a utilizar
Descrição do sistema de ventilação
Plano de segurança e saúde
Identificação e caract. sumária dos impactes ambientais mais significativos.
Descrição das medidas de minimização dos impactes
35
Medidas de monitorização
Elementos do Plano de Pedreira – Classe 1 (cont.)

1:1.000 ou Planta da situação final após regularização/modelação, com


1:2.000 implantação da drenagem pluvial e do revestimento vegetal

1:1.000 ou Perfis topográficos longitudinais e transversais espaçados de


1:2.000 100m (N-S e E-W)

Área a intervencionar

Plano de desativação com indicação de todas as operações a realizar


e destino dos anexos

PARP Identificação dos resíduos e outros materiais a utilizar na


regularização topográfica, designadamente solos e rochas não
contendo substâncias perigosas provenientes de actividades de
Memória
construção e não passíveis de reutilização nas respectivas obras de
descritiva e
origem.
justificativa
Plano de revestimento vegetal e sementeira

Monitorização

Cronograma das operações em articulação com o plano de lavra


36
Caderno de encargos, medições, orçamento e cálculo da caução
O responsável técnico

Especialidade Engª de Minas


adequada
(artº 42º DL340/2007) Engª Geológica ou Geotécnica
Outros cursos superiores de áreas técnicas afins desde que
complementados por formação técnica específica adicional ou
experiência operacional devidamente comprovada e nunca
inferior a 5 anos

Caso seja necessária a utilização de explosivos, o responsável


técnico deve ter formação específica nessa área.

Nos casos de pedreiras das classes 3 e 4, não inseridas em projeto


integrado, o responsável técnico pode ser pessoa com idoneidade
reconhecida pela entidade licenciadora e com pelo menos 5 anos
de experiência no sector.

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 37
Responsáveis Técnicos de Minas e Pedreiras www.dgeg.gov.pt

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 38
Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto Fevereiro 201039
40
O responsável técnico

Não poderá ter a seu cargo mais de três pedreiras da classe 1 ou nove pedreiras da
classe 2,

-deverá cumprir as regras de boa conduta na exploração

- deverá responder pela execução do Plano de Pedreira aprovado, quer o tenha


subscrito ou não. Responde solidariamente com o explorador, em todas as questões
relacionadas com a direção técnica em todas as suas componentes

-deverá efetuar relatórios periódicos da atividade (pelo menos trimestrais), com


recomendações técnicas.

-deverá conhecer relativamente bem as etapas do procedimento administrativo,


nomeadamente procurar verificar se o regime legal em que se enquadra determinado
projeto, corresponde ao procedimento administrativo que vão iniciar e se a informação
que possuem se encontra atualizada;

-Estar informado sobre quaisquer alterações que afetem o seu sector de atividade;

- Procurar desenvolver uma estreita colaboração entre empresa e os serviços da AP.

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 41
As pedreiras com:
- produção anual >450.000 ton de rocha industrial

- mais de 70m de profundidade

- extração > 75.000 ton de rocha ornamental

Devem ter um técnico com formação superior, a tempo inteiro,


independentemente de ser ou não o responsável técnico

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 42
Os instrumentos de gestão territorial - IGT

Traduzem as grandes opções para a organização do território

Estabelecem diretrizes de caráter genérico sobre o uso do mesmo

Podem ter abrangência diversa

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 43
Os Planos Directores Municipais (PDM)

São instrumentos de planeamento e gestão territorial de natureza regulamentar

Estabelecem as regras para a utilização, ocupação, e transformação do solo em todo


o território do concelho

De uma forma geral, são compostos por:

- Planta de Condicionantes – assinala e delimita as servidões administrativas


- Planta de Ordenamento – define classes de espaço em função do uso dominante
- Regulamento – estabelece as regras, define as permissões e interdições

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 44
Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 45
O PDM e os recursos geológicos

Na Planta de Condicionantes ficam assinaladas as servidões administrativas:

• Área Cativa – área de relevante interesse para a economia nacional ou regional em


que são impostas condições especiais para a sua exploração
• Área de Reserva – área para o aproveitamento de recursos geológicos de especial
interesse para a economia nacional ou regional, com vista a impedir ou minorar efeitos
prejudiciais para a sua exploração
• Áreas de direitos atribuídos (contratos de concessão e licenças de pedreiras)

Na Planta de Ordenamento ficam assinalados os “Espaços de Recursos


Geológicos”, que podem ser:

• Área de Exploração Consolidada


• Área de Exploração Complementar
• Área Potencial
• Área em Recuperação
• Área Licenciada

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 46
Etapas do processo de revisão do PDM

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 47
Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 48
O PDM e a indústria extractiva

A importância da correta delimitação nos PDM’s das áreas a afetar ao setor


extrativo, é enorme, e pode evitar grandes constrangimentos futuros.

Assim, os organismos do Ministério da Economia (DGEG e LNEG) e do Ministério do


Ambiente, a par das Câmaras Municipais, procuram encontrar soluções equilibradas
para a gestão do território, no que respeita aos recursos geológicos, o que nem
sempre é fácil.

O responsável técnico deve estar atento e acompanhar o desenvolvimento dos PDM’s em


revisão para, em fase de consulta pública, verificar se estão acautelados os interesses
dos recursos geológicos no concelho.
Atenção que o PDM tem vigência entre 3 e 10 anos, o que significa que no caso de
estarem previstas ampliações de pedreiras deve acautelar a situação também.
É na fase de CONSULTA PÚBLICA que se deve pronunciar.

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 49
Considerações finais…
Os serviços da Administração estarão disponíveis, sempre que as condições o
permitam, para apoiar e aconselhar os empresários na condução quer do ato do
licenciamento quer noutras questões de foro técnico;

Assim, enumera-se um conjunto de medidas que poderão ser adotadas pelos


proponentes de determinado projeto:

• Procurar verificar se o regime legal em que se enquadra determinado projeto,


corresponde ao procedimento administrativo que vão iniciar e se a informação que
possuem se encontra atualizada. Para tal poderão contactar os serviços oficiais, que
disponibilizarão a informação solicitada;
• Considerando o previsto no nº2 do artº 27 do DL 340/2007 relativa à possibilidade de
dispensa de apresentação de determinados documentos técnicos no Plano de
Pedreira a apresentar, desde que devidamente fundamentado (face ao exigido no
anexo VI do referido diploma legal), deve o explorador/responsável técnico
formalizar junto dos serviços oficiais o pedido de dispensa de entrega de
determinados elementos. Importa referir que o anexo VI já foi elaborado de forma a
que, os elementos constituintes do Plano de Pedreira sejam adequados à exigência da
classe em que cada pedreira se encontra.

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 50
Considerações finais

• Procurar verificar, previamente à entrega do processo técnico administrativo se


este se encontra completo e se as suas peças técnicas têm um bom sistema de
referenciação espacial traduzindo com clareza as operações/fenómenos do
projeto. Esta situação pode prevenir a solicitação de elementos em falta por parte das
entidades oficiais;
• Após atribuição da licença de exploração, e durante o período de exploração
poderão recorrer aos serviços da Administração a fim de obter apoio e
aconselhamento nas questões técnico-administrativas;
• Recorrer a apoios específicos para a sua atividade no âmbito de programas
existente, (desde que reúnam as seguintes condições: estar devidamente
licenciados e não terem dívidas ao Estado nem à segurança social).

Competências das entidades oficiais nos aspectos relevantes para a execução do projecto 51

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