pulsos elétricos em movimentos mecânicos que geram variações angulares discretas. Ele é empregado sempre que movimentos precisos são necessários onde ângulo de rotação e posição são fatores necessários a serem controlados. São encontrados em impressoras, máquinas CNC, robôs, scanners, entre outros dispositivos eletrônicos que requerem precisão. Características Construtivas Inexistência de escovas uma das características do motor de passo é a inexistência de enrolamentos em seu rotor e a única fonte de excitação aplica-se aos enrolamentos do estator. Torque estacionário os motores de passo são capazes de manter o eixo estacionário desde que seu torque seja respeitado. Independência da carga desde que a carga não exceda o torque nominal do motor, os motores de passo giram com uma dada velocidade independente da carga; Conhecimento de posição sem realimentação Por se moverem com incrementos ou passos que podem ser quantificados, atuando dentro do torque nominal, a posição do eixo é conhecida a todo tempo sem necessidade de um mecanismo de realimentação. Princípio de Funcionamento O funcionamento básico do motor de passo é dado pelo uso de solenoides alinhadas dois a dois que quando energizadas atraem o rotor fazendo-o se alinhar com o eixo determinado pelos solenoides, causando assim uma pequena variação de ângulo que é chamada de passo. PASSO INTEIRO Passo Completo 1 – Full-step Somente um bobina é energizada a cada passo: Passo Completo 1 – Full-step Nesta configuração de acionamento o motor de passo apresenta como características: – Menor torque; – Pouco consumo de energia; – Maior velocidade; – Somente uma bobina é energizada a cada passo. Passo Completo 2 – Full-step Duas bobinas são energizadas a cada passo: Passo Completo 2 – Full-step Nesta configuração de acionamento o motor de passo apresenta como características: – Maior torque; – Maior consumo que o full-step 1; – Maior velocidade; – Duas bobinas energizadas a cada passo. MEIO PASSO Meio Passo – Half-step Combina as características dos modos completos 1 e 2: Meio Passo – Half-step Nesta configuração de acionamento o motor de passo apresenta como características: – É mais preciso que os passos anteriores; – Consome mais energia que os passos anteriores; – O torque é próximo ao do full-step 2; – A velocidade é menor que a dos passos anteriores Construção Quanto a estrutura há três tipos básicos de motores de passo: – Motor de passo de imã permanente; – Motor de passo de relutância variável; – Motor de passo híbrido. Imã Permanente Imã Permanente Possuem rotor magnetizado ou de imã permanente, em um eixo liso, gerando uma mecânica mais simples e barata. Os polos magnetizados do rotor provém uma maior intensidade de fluxo magnético e por isto o motor de imã permanente exibe uma melhor característica de torque. Geralmente tem ângulos de passo de 45 ou 90 graus. Relutância Variável Relutância Variável Seu rotor é feito de ferro doce, com múltiplos dentes e um estator laminado com enrolamentos. Quando os enrolamentos do estator são energizados com C.C. os polos ficam magnetizados. A rotação ocorre quando os dentes do rotor são atraídos para os polos do estator energizado. Por não ter um campo magnético permanente seu torque não será tão bom quanto o de imã permanente. Relutância Variável Híbrido Híbrido Possui algumas das características desejáveis de cada um. Tem alto torque e maior precisão nos passos, no entanto é mais caro que o de imã permanente. O rotor é multi-dentado como no de relutância variável e contém um imã permanente ao redor de seu eixo. Híbrido Ligação das Bobinas Motor Unipolar Os motores de passo unipolares são facilmente reconhecidos pela derivação central em cada uma das bobinas. O número de fases é duas vezes o número de bobinas, uma vez que cada bobina se encontra dividida em duas. Motor Unipolar Na figura a seguir temos a representação de um motor de passo unipolar de 4 fases. Motor Unipolar
A fase 1a vai da derivação central até a
extremidade a na bobina 1, e a fase 1b, da derivação central à extremidade b, nesta mesma bobina. Idem para a bobina 2. Motor Bipolar Os motores bipolares são constituídos por bobinas sem derivação central. Por este fato, estas bobinas devem ser energizadas de tal forma que a corrente elétrica flua na direção inversa a cada dois passos para permitir o movimento contínuo do rotor, ou seja, a polaridade deve ser invertida durante o funcionamento do motor. Motor Bipolar Conforme pode ser visto na figura a seguir, no exemplo de motor bipolar apresentado, temos duas bobinas 1 e 2. No caso do motor bipolar, agora temos número de fases igual ao número de bobinas que compõem o enrolamento do motor. Então temos as fases 1ab e 2ab. Motor Bipolar Os motores de passo bipolares são conhecidos por sua excelente relação tamanho/torque: eles proporcionam um maior torque, cerca de 40% a mais, comparativamente a um motor unipolar do mesmo tamanho. Isto se deve ao fato de que quando se energiza uma fase, se magnetiza ambos os pólos em que a fase (ou bobina) está instalada. Assim, o rotor sofre a ação de forças magnéticas de ambos os pólos, ao invés de apenas um, como acontece no motor unipolar. Acionamento Acionamento O sistema eletrônico completo para o acionamento de um motor de passo é mostrado no diagrama em blocos funcionais na figura a seguir: Acionador Unipolar Acionador Bipolar