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Turma Eng. Elétrica Ideal.

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Aula de laboratório 3:

Atividade: Motores de corrente continua e motores de corrente alternada monofásicos.

Objetivo: O objetivo desta atividade é compreender as diferenças entre motores de corrente


contínua e corrente alternada monofásicos, explorando suas características e aplicações.

Materiais necessários:

• Motor de corrente continua (CC)

• Motor de corrente alternada (CA)

• Fonte de alimentação para o motor CC (Fonte de alimentação bancada)

• Fonte de alimentação para o motor CA (tomada)

• Multímetro

• Alicate amperímetro

• 1 resistor de 1k Ω

• 1 resistor e 680 Ω

• 1 resistor de 33 Ω

• 1 transistor BD139

• 1 potenciômetro de 100k Ω

• 2 diodos de propósito geral (1N4148, 1N4007 ou equivalente)

• 2 capacitores de 10nF

• 1 LED de qualquer cor

• 1 circuito integrado 555

• Protoboard, fios, jumpers

• Osciloscópio

Atividade 1: REVISÃO SOBRE MAQUINAS ELÉTRICAS GIRANTES (MOTORES)

Os motores elétricos são máquinas elétricas que de alguma forma estão no nosso dia-
a-dia, pois existem infinidades de aplicações para os motores elétrico. Eles podem ser usados
em furadeiras, tornos, esteiras rolantes, máquinas de cortar cabelo, micro-ondas, geladeiras,
computadores, impressoras, drones, robôs, aspiradores de pó, elevadores e etc.
Motores elétricos:

Os motores elétricos são máquinas elétricas que possuem como característica


transformar energia elétrica em energia mecânica. São muitos os tipos de motores elétricos, e
podemos separá-los basicamente em três grandes grupos que são os motores de corrente
contínua, motores de corrente alternada e os motores universais. Para cada um desses tipos
de motores citados existem outras separações de motores como os motores de corrente
alternada, que podem ser motores síncronos ou motores assíncronos. Na imagem abaixo
podemos observar melhor quais são as classificações de motores.

ALGUNS MOTORES E SUAS CARACTERISTICAS

Motores de corrente alternada (CA)

Quando falamos de motores de corrente alternada imaginamos vários tipos de motores como
em tornos, fresas, esteiras rolantes, escadas rolantes, elevadores, portões elétricos,
ventiladores, aspiradores de pó, etc. Existem muitos tipos de motores (CA), sendo eles
monofásicos ou trifásicos, cada um deles com suas características e aplicações distintas, como
veremos a seguir.

Motores de corrente alternada: Monofásicos


Os motores monofásicos são aqueles motores alimentados apenas por um condutor de fase e
que geralmente são usados quando não há uma rede trifásica disponível na instalação. Por
esse motivo que eles são amplamente utilizados para fins domésticos, comerciais e em poucas
situações eles são usados na indústria. Normalmente os motores elétricos monofásicos são
utilizados em aplicações que exigem menores potências, geralmente inferiores a 3KW.

A construção dos motores monofásicos é relativamente simples, pois possuem um


menor custo e são fáceis de reparar se comparados com os motores trifásicos. Por causa dessa
e outras vantagens, o motor monofásico possui muitas aplicações, sendo usados em
aspiradores de pó, ventiladores, máquinas de lavar, geladeiras, algumas bombas centrífugas,
etc.

Motores de corrente alternada: Trifásicos

O motor de corrente alternada (AC) que também é conhecido como motor de indução
é o mais utilizado devido as suas diversas vantagens como por exemplo, o baixo custo em
manutenção, montagem, fabricação e simplicidade em relação aos motores de corrente
contínua.

O funcionamento do motor de indução se baseia na criação de um campo magnético


rotativo, ou campo girante. Uma tensão alternada aplicada ao estator do motor cria um campo
girante, que a partir de então produz um campo magnético rotativo que atravessa os
condutores do rotor. Este campo magnético girante criado pelo rotor tenta se alinhar com o
campo girante do estator, que produz um movimento de rotação no rotor.

Motores de corrente alternada: Síncronos

Devido a frequência da rede ser constante, os motores síncronos são na prática


motores de uma única velocidade e se observarmos um motor síncrono, não há força
eletromotriz (fem) induzida no rotor do motor, porque não existe movimento relativo entre o
campo girante e o rotor.

É importante destacar que uma das desvantagens do motor síncrono puro é que ele
não pode partir de uma posição de repouso apenas aplicando uma tensão CA trifásica ao
estator. Pelo fato do motor síncrono não ter partida própria, ele necessita de algum dispositivo
que faça o rotor girar até atingir a velocidade síncrona.

A maneira mais simples de dar partida em um motor síncrono é usando um outro


motor, que pode ser de corrente alternada (CA) ou corrente contínua (CC). Este outro motor
auxiliar é acoplado ao eixo do motor assíncrono para que ele o arraste até chegar na
velocidade síncrona.

Motores de corrente alternada: Assíncronos

Ao contrário do motor síncrono, o motor assíncrono gira em uma velocidade


ligeiramente menor que a velocidade de rotação do campo girante do estator. Sendo assim o
rotor não está sincronizado com esse campo girante, por isso ele recebe o nome de motor
assíncrono. Essa diferença entre a velocidade do rotor e a velocidade do campo magnético é
denominada de escorregamento do motor.

Motor Dahlander
O Motor Dahlander é um tipo de motor elétrico trifásico assíncrono. Ele possui duas
velocidades distintas e pode ser utilizado em diversas situações dentro da indústria como por
exemplo, guindastes, guinchos, transportadoras, máquinas e equipamentos que necessitem de
um motor assíncrono. Neste tipo de motor quanto maior a quantidade de polos menor é a
velocidade, e quanto menor a quantidade de polos maior é a sua velocidade.

Motores de corrente contínua (CC)

Os motores de corrente contínua são motores que possuem imãs permanentes ou


então são motores que tem campo e armadura, mas não possui imãs permanentes. Esses tipos
de motores são acionados a partir de uma fonte de corrente contínua e possuem diversas
aplicações como por exemplo, em brinquedos, eletrodomésticos, equipamentos industriais,
entre outras.

Servo motor

Os Servo motores também conhecidos como servos, são muito utilizados em


aplicações de robótica. O Servo motor é basicamente um motor que podemos controlar a sua
posição angular através de um sinal PWM, utilizado para posicionar e manter um objeto em
uma determinada posição. Diferentemente dos motores de corrente contínua ou dos motores
de passo que podem girar livremente, o eixo de um Servo motor possui uma liberdade bem
menor, porém apresentam maior precisão. Uma desvantagem é a necessidade de um
dispositivo dedicado para seu acionamento o servo drive.

Motor brushless

O motor brushless ou motor sem escova como o próprio nome sugere, é um tipo de
motor que não necessita de escovas para funcionar. Ele utiliza um ímã permanente
incorporado no conjunto do rotor. Os motores Brushless são similares aos motores de
corrente alternada (CA), porém são comutados eletronicamente (ESM), de modo que possam
ser alimentados por uma fonte de corrente contínua (CC).

O motor brushless por possui uma comutação sem escovas (Brushless) dos motores
brushless é mais eficiente, requer menor manutenção, gera menos ruído, possui uma maior
densidade de potência e faixa de velocidade se comparado com os motores de comutação por
escovas. Apesar das vantagens, o motor brushless possui uma eletrônica que normalmente
contribui para o seu custo de aquisição, além disso este é um tipo de motor com maior
complexidade. Este tipo de motor é muito usado em drones, ferramentas rotativas e
aeromodelos por ser leve e ter grande velocidade de rotação. É importante lembrar que não
são todos os drones que usam motores sem escova.

Motor de passo

Os motores de passo são de corrente contínua e possuem pelo menos quatro bobinas
que quando energizadas de acordo com uma sequência, fazem com que o seu eixo se mova de
acordo com ângulos exatos, submúltiplos de 360.

Esses motores são usados em aplicações que exigem uma alta precisão, sendo
amplamente utilizados em impressoras tradicionais, impressoras 3D e em outros diversos
sistemas de controle de posição operados digitalmente. É importante destacar que apesar
deste tipo de motor ter uma alta precisão, o motor de passo possui um torque muito baixo e
quanto maior sua precisão menor será o seu torque.
Motor Universal (CA e CC)

Esse tipo de motor foi projetado para operar quando alimentado por uma fonte de
corrente alternada ou por uma fonte de corrente contínua. Os motores universais são motores
do tipo série, são relativamente pequenos e que podem alcançar velocidades de até 30.000
RPM. São muitas as suas aplicações, podendo ser usado em aspiradores, liquidificadores,
alguns ventiladores, furadeiras e etc.

Atividade 2: MOTOR DE CORRENTE CONTINUA (REVISÃO)

Motor de corrente contínua: O que é?

Os motores de corrente contínua (motor CC) são máquinas de corrente contínua


(MCC), isto é, funcionam tanto como motores quanto geradores de energia elétrica. Como o
próprio nome indica, os motores CC são acionados por uma fonte de corrente contínua.

Eles são motores que possuem imãs permanentes ou então têm campo e armadura,
neste caso não possuem ímãs permanentes. Os motores de corrente contínua são muito
usados e possuem diversas aplicações como por exemplo, brinquedos, eletrodomésticos,
máquinas industriais, veículos elétricos, entre outros.

Atividade 2: REVISÃO SOBRE MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA

Motor de corrente contínua: Principais partes

O motor CC possui diversas partes que são essenciais para o seu funcionamento.
Abaixo temos uma imagem que apresenta a estrutura interna de um motor de corrente
contínua.
Estrutura de um motor de corrente contínua.

Para facilitar o entendimento sobre o funcionamento do motor de corrente contínua,


ele é constituído basicamente pelo enrolamento de armadura, enrolamento de campo,
comutador e as escovas, onde:

o Enrolamento de armadura: É localizado na parte girante do motor de corrente


contínua (rotor), que é responsável por produzir o torque elétrico que o movimenta
quando opera como motor, bem como a tensão de saída quando opera como gerador.

o Enrolamento de campo: É a parte fixa da máquina (estator), responsável por criar o


fluxo magnético que irá atravessar a armadura. Nele é formado os polos magnéticos
norte e sul, criando-se um campo de excitação. Além disso, é importante mencionar o
estator do motor CC também pode ser feito por ímãs permanentes;
o Comutador: Tem a função de manter a corrente circulando sempre no mesmo sentido
na armadura, ou seja, faz com que o torque gerado esteja sempre no mesmo sentido.
Quando estão operando como gerador, o comutador tem a função de manter a tensão
gerada sempre com a mesma polaridade;

o Escovas: são geralmente feitas de carvão, encarregadas de fazer o contato do


enrolamento de armadura para que se possa injetar energia elétrica no enrolamento.
Quando está funcionando como gerador ela retira a energia elétrica do enrolamento.

Motores de corrente contínua: Vantagens e desvantagens:

Vantagens:

 Controle de velocidade para uma ampla faixa de valores acima e abaixo do valor
nominal;
 É possível acelerar, frear e reverter o sentido de rotação de forma rápida;
 Não está sujeito à harmônicos e não possui consumo de potência reativa;
 Permite variar a sua velocidade mantendo seu torque constante;
 Possui um alto conjugado de partida, que também conhecido como torque ou força de
arranque;
 Os conversores necessários para o seu controle são menos volumosos.
Desvantagens:

 Possui maior manutenção devido aos desgastes entre as escovas com o comutador,
exceto para os motores brushless;
 Em relação aos motores de indução CA de mesma potência possuem um preço e
tamanho maiores;
 Por causa da centelha que ocorre entre suas escovas e os comutadores, com exceção
dos motores brushless, os motores de corrente contínua não podem operar em
ambientes explosivos.

MODELAGEM MATEMÁTICA

Um fenômeno descrito em termos de símbolos e relações matemáticas, que reproduz


ou transcreve o objeto estudado, é denominado como modelo matemático. Portanto, abaixo
temos representado o modelo de um motor de corrente contínua.

Modelagem de um motor de corrente contínua.

Va =Tensão de armadura

Ia = Corrente de armadura

La = Indutância do enrolamento de armadura

Ra = Resistência do enrolamento de armadura

Ea = Tensão induzida na armadura

Vf = Tensão de campo

If = Corrente de campo

Lf = Indutância do enrolamento de campo

Rf= Resistência do enrolamento de campo

∅f = Fluxo magnético do enrolamento de campo

FÓRMULAS
Pela Lei da indução de Faraday, a força eletromotriz induzida é proporcional ao fluxo e à
rotação, ou seja:

Onde:

= Tensão induzida na armadura

= Constante que depende do tamanho do rotor, do número de polos do roto, e como esses
polos são interconectados.

= Fluxo no entreferro.

Como a força contra eletromotriz varia com a velocidade e o fluxo, podemos chegar na
seguinte equação de velocidade (em RPM):

Esta equação nos mostra que a velocidade do motor depende da tensão aplicada na
armadura, da corrente na bobina e do valor do fluxo magnético. Note que a velocidade do
motor tende ao infinito quanto o fluxo tende a zero. Consequentemente, não podemos tirar a
corrente de campo, pois o motor “dispara”.

A equação para o torque no eixo dependerá da potência no eixo e da velocidade de


rotação do motor

Onde:

= Torque no eixo N.m

= Velocidade no eixo dado em RPM

= Potência no eixo

Motores de Corrente Contínua: Classificação

Podemos classificar os motores de corrente contínua de acordo com o modo de


conexão do indutor e das bobinas induzidas, sendo classificados como motor série, motor
paralelo, motor composto e motor de excitação independente, onde:

Motor série

O motor em série possui esta definição pois os enrolamentos do indutor e da


armadura são ligados em série, se destacando por conter um alto torque e rápida aceleração.
Devido às suas características o motor série é muito usado em aplicações onde é necessária
maior tração como por exemplo, trens elétricos, bondes elétricos e guinchos elétricos.

Motor paralelo

Também conhecido como motor de derivação ou motor shunt, o motor paralelo este
nome porque o indutor e os enrolamentos induzidos são ligados em paralelo. Ele tem como
característica a fácil regulagem de sua velocidade e é um tipo de motor muito utilizado em
máquinas, ferramentas, elevadores, esteiras etc.

Motor composto

Conhecido por alguns como motor misto, o motor composto apresenta as


características dos motores série e dos motores paralelos. Ele possui dois enrolamentos de
indutor, um em série com o enrolamento induzido e o outro em paralelo.

Este motor tem como característica manter firme a sua velocidade ao estar operando
com carga, por isso o motor composto é muito usado em acionamento de máquinas que são
submetidas à bruscas variações de cargas, como prensas e tesouras mecânicas.

Motor de excitação independente

O motor de excitação independente recebe este nome pelo fato do seu indutor e a sua
armadura serem alimentados por duas fontes de energia independentes. Os motores CC com
excitação independente são utilizados normalmente em acionamentos de máquinas
operatrizes como por exemplo, ferramentas de avanço, bombas a pistão, compressores, entre
outras aplicações que é necessário um torque constante em toda a faixa de rotação.
Atividade 3: CÁLCULO MOTOR CC.

1) Uma máquina CC de excitação independente, 25 kW e 125 V opera com velocidade


constante de 3000 rpm e uma corrente de campo constante tal que a tensão de
armadura em circuito aberto seja de 125 V. A resistência de armadura é 0,02 Ω.
Calcule a corrente de armadura, a potência de terminal, e a potência e o conjugado
eletromagnéticos quando a tensão de terminal é (a) 128 V e (b) 124 V.

a) = 125V e = 128V
Resolução:

A potência de entrada nos terminais do motor é:

A potência eletromagnética é dada por:

A diferença entre as potências de entrada e eletromagnética corresponde a


potência dissipada na resistência de armadura. O conjugado eletromagnético é
dado por:

b) = 125V e =124V ?
c)
Atividade 4: CIRCUITO DE ACIONAMENTO MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA E
FUNCIONAMENTO DO CI NE 555.

O conversor ponte completa, também conhecido por ponte H, permite controlar a


velocidade do motor, seu sentido de giro e seu modo de operação. Em outras palavras, a
máquina pode operar nos quatro quadrantes, atuando como motor ou gerador, com
velocidade variável e girando nos dois sentidos, significando que se pode utilizar a máquina
plenamente com todas as suas funcionalidades. Assim, este tipo de circuito é muito
empregado para acionamento de motores de veículos elétricos, que devem ter velocidade
variável, andar para frente e para trás, e regenerar energia durante as descidas ou freadas.
Abaixo é apresentado o circuito ponte H.

Para o controlar a velocidade do motor podemos utilizar a variação de tensão. Para


isso, é possível variar a tensão da fonte vem como utilizar um resistor em série. Entretanto
variando a tensão continua da fonte temos perda de tore no motor e inserindo um resistor
temos preda de energia.

Uma forma bastante utilizada de controle de velocidade é o PWM. O PWM (Pulse


Width Modulation) é uma técnica utilizada para controlar a largura do pulso de um sinal
digital. Consiste em variar a largura do pulso em um sinal de forma periódica, mantendo a
frequência constante.

O sinal PWM é composto por uma série de pulsos com durações variáveis. A relação
entre o tempo em que o pulso está em nível alto (ligado) e o tempo em que está em nível
baixo (desligado) é chamada de ciclo de trabalho. O ciclo de trabalho é expresso como uma
porcentagem e representa a quantidade de tempo que o pulso está em nível alto durante um
período completo.

O PWM é amplamente utilizado em eletrônica e sistemas de controle para diversas


finalidades, como controle de velocidade de motores, controle de intensidade luminosa em
LEDs, controle de fontes de alimentação comutadas, entre outros. Ao variar o ciclo de trabalho
do sinal PWM, é possível controlar a potência ou a intensidade de um dispositivo.

Por exemplo, para controlar a velocidade de um motor usando PWM, o sinal PWM é
aplicado a um driver de motor. A variação do ciclo de trabalho do sinal PWM resultará em
diferentes níveis de tensão média aplicados ao motor, o que afetará sua velocidade de
rotação.
O PWM é uma técnica eficiente e flexível, pois permite o controle preciso de
dispositivos elétricos ou eletrônicos usando apenas sinais digitais. Para nossa atividade iremos
utilizar um CI 555 para criar o sinal PWM.

Atividade 5: CIRCUITO DE ACIONAMENTO PWM DO MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA


UTILIZANDO O CI NE555.

Passo 1: O que é o CI NE555?

O NE555 é um dispositivo muito versátil e pode ser configurado de várias maneiras,


incluindo como temporizador, oscilador ou gerador de sinal PWM. Ele é composto por
comparadores, flip-flops, transistores e outros componentes internos que permitem sua ampla
gama de aplicações.
O CI 555 possui 8 pino e são dispostos conforme a figura a seguir:

Note que a contagem dos pinos é feita no sentido anti-horário da esquerda para
direita.
Outra questão muito importante que devemos cuidar no momento da ligação é a
polaridade, NÃO PODEMOS INVERTER A POLARIDADE DE ALIMENTAÇÃO DO CI, isso pode
causar danos ao CI e aos componentes do circuito.

Passo 2: Como o CI NE555 é internamente?

Internamente o CI apresenta o seguinte circuito:


De acordo com a imagem acima, temos os seguintes elementos:

 Um flip flop RS (em roxo);


 Dois comparadores (amplificadores operacionais), (um em amarelo e outro em
vermelho);
 Um transistor de descarga (azul claro);
 Um divisor de tensão formado por 3 resistores de mesmo valor (em verde);
 Um porta inversora (em rosa)

CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO CIRCUITO INTERNO

 O reset é ligado ao Clear barrado do flip flop (chamado de R1 na figura). Ou seja,


recebendo 5 V, ele impede que o flip flop tenha seu sinal zerado constantemente;
 O flip flop possui a saída barrada, neste caso, e o elemento em rosa nega (barra) a
saída de novo. Ou seja o elemento em azul recebe a saída Q barrada e o elemento em
rosa transforma a saída para Q (sem barrar).
 A bolinha que está nos comparadores representa o ”–” do amplificador operacional
(entrada inversora);
 A tensão no divisor de tensão será de 2/3Vcc (comparador amarelo) e 1/3Vcc
(comparador vermelho) de cima para baixo.

Passo 3: Circuito de um 555 no modo Astável .

Um uso comum para o NE555 é o modo Astável, que permite variar a largura dos
pulsos mantendo R1 fixo. Essa configuração é importante para o uso do 555 com PWM – uma
técnica eficiente para simular saída analógica com o 555. Esta variação está mostrada abaixo:
O potenciômetro varia a largura de pulso para mais ou para menos, fazendo com que o
brilho aparente do LED varie. O LED é a carga do circuito, e pode ser substituído por outro
dispositivo analógico ou circuito que funcione com PWM.

As fórmulas para calcular a duração de caba pulso são:

ALTO = 0,7 x C x (R1 + Rc)


BAIXO = 0,7 x C x Rd

As fórmulas são aproximadas e não levam em conta a queda de tensão nos diodos
(que é de aproximadamente 0,7V).
O tempo em nível logico alto é basicamente o tempo que o capacitor demora para
atingir 2/3 de Vcc, e o tempo em nível logico baixo é o tempo que o capacitor demora para
atingir 1/3 de Vcc. Isso pode ser visto no gráfico abaixo:

Atividade 6: CIRCUITO DE CONTROLE PWM DE UM MOTOR DE CORRENTE CONTINUA


UTILIZANDO O CI NE555.

A principal vantagem ao utilizar um circuito PWM para controle em comparação ao


uso de um resistor dissipador para redução de tensão é a manutenção do torque em toda faixa
de velocidade. Isso ocorre pois no momento em que o nível logico é alto a tensão é máxima,
além disso evita a perda causada pelo resistor.
PWM significa modulação de largura de pulso. É uma das principais técnicas usadas
para simular uma saída analógica através de um circuito digital. Consiste em gerar pulsos
digitais em alta frequência, variando sua largura para produzir um valor médio de tensão
variável. Ou seja, o PWM é um pisca-pisca que varia os tempos aceso e apagado muito
rapidamente, produzindo a ilusão de que a intensidade está variando.
Por exemplo, se um pulso de onda quadrada de 5V fica metade do tempo ligado, e
metade do tempo desligado (em 0V), o valor médio simulado é de 2,5V. Aplicando um sinal
desses a um LED, ele piscará muito rapidamente ficando aceso metade do tempo, e irá
aparentar ter metade do brilho que teria com um valor contínuo.
Se o pulso ficar 25% do tempo em 5V, o valor médio cai para 1,25V, e se ele ficar 75%
do tempo em 5V e apenas 25% do tempo em 0, o valor médio aumenta para 3,75V.
Comparada ao uso de um potenciômetro, que consome energia dissipando na forma de calor,
PWM é uma técnica mais eficiente de variar tensão e corrente, já que a carga fica desligada
(consumindo zero amperes) durante o tempo que o pulso é BAIXO.
Com PWM o 555 pode ser usado para implementar aplicações como controles de
intensidade luminosa (dimmers) e controle de velocidade de motores. É bastante usado em
circuitos com Arduino, que implementa suas saídas analógicas usando PWM.

Abaixo é apresentado o circuito de acionamento do motor de corrente continua


utilizando um CI 555.

No circuito é inserido um transistor BD139 funcionando como chave (modo corte e


saturado). Note que seria possível dividir esse circuito em 2, sendo a parte correspondendo até
a saída do 555 como comando e a parte composta pelo transistor, e motor como parte de
força.
Abaixo é mostrado a pinagem do transistor BD139.
Passo 1 :
Montar o circuito acima tomando os devidos cuidados quanto a polaridade e pinagem
dos componentes.

Passo 2:

Variar a resistência do potenciômetro afim de alterar a velocidade do motor

Passo 3 :

Conectar o osciloscópio na saída do 555 (pino 3) e ir variando a velocidade do motor.


Explique o que acontece com a forma de onda:
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Atividade 6: MOTOR MONOFASICO DE CORRENTE ALTERNADA

Passo 1 : Revisão teórica sobre o motor monofásico.

Funcionamento do motor elétrico monofásico


O motor monofásico é um dos tipos de dispositivos eletromecânicos mais populares.
Isso porque é um dos componentes mais simples e eficientes, principalmente para demandas
residenciais e comerciais. Ventiladores, bombas d’água de pequeno porte e compressores
(geladeiras e freezers) são apenas algumas das aplicações mais conhecidas.
O entendimento do funcionamento desses dispositivos o ajudará no melhor
dimensionamento e a aumentar a eficiência do motor de acordo com suas aplicações.
Ao energizar um rolamento de cobre, gera-se um campo magnético variável. Ao
conectar uma corrente monofásica nesse rolamento, por si só, ele iria apenas vibrar o rotor, e
não girá-lo. Isso porque a alternância magnética gerada por uma só fase é muito rápida e não é
capaz de dar força de torque, ou seja, fazê-lo romper a inércia para movimentar-se.
A solução foi criar dois rolamentos distintos com defasagem (ou diferença) de 90 graus
entre eles. Para isso, utiliza-se um capacitor para alimentar a corrente de um dos rolamentos.
Então, mesmo sendo apenas uma fase (monofásica), o capacitor simula uma segunda fase,
criando então um campo girante, que movimentará o rotor.

Passo 2: Calculando capacitor de partida.

Primeiramente, é importante ter em mente que o ideal é seguir as orientações e os


dados fornecidos pelo fabricante, para um bom funcionamento do motor. Porém, em alguns
casos não temos as informações necessárias para simplesmente trocarmos o capacitor,
informações como capacitância por exemplo.

Então, abaixo segue uma forma pratica para calcularmos o capacitor de partida.

Dados do motor:

Potência = 1/4 CV

Tensão = 127V

Corrente = 8,2A

Frequência = 60Hz

Lembrando que esses dados podem ser obtidos medindo as grandezas com um
multímetro. Para isso o motor deve ser partido com um método alternativo e então ser
realizadas as medições. Abaixo são apresentadas as formulas para cálculo.

Passo 3: Calcule o capacitor do passo 2.

Atividade 7: calcule o valor do capacitor de um motor monofásico real.

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ATIVIDADE 8: REALIZE O FECHAMENTO DO MOTOR MONOFASICO EM BANCADA.

Segue abaixo o esquema elétrico para realizar a atividade.

ATIVIDADE 9: OBSERVE A LIGAÇÃO ABAIXO.

LEMBRANDO QUE NESSA ATIVIDADE NÃO IREMOS ENERGIZAR O MOTOR.

NÃO SERÁ MONTADA A LIGAÇÃO ABAIXO!!!!!!!!


Questão 1 :

Explique detalhadamente a diferença entre essa ligação e a ligação da atividade 8.

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Questão 2 :

Explique detalhadamente o funcionamento do capacitor de partida no motor monofásico CA.

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