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3º MÓDULO - MÁQUINAS ELÉTRICAS

III
Motor Monofásico

INTRODUÇÃO:

O setor industrial é responsável por cerca de 40% a 50% de toda a energia elétrica consumida no
país. Dentro deste setor o consumo de motores elétricos é estimado em cerca de 70% a 80%,
o que evidência a grande importância do conhecimento, por parte dos técnicos, deste tipo de
equipamento. O que são máquinas elétricas?

- Máquinas elétricas são todas as máquinas que transformam energia elétrica em energia mecânica
e/ou energia mecânica em energia elétrica.

No nosso caso, o assunto que será abordado nesse componente é o de motores elétricos,
monofásicos e trifásicos. Ou seja, estaremos tratando as máquinas elétricas que transformam
energia elétrica em energia mecânica. A finalidade básica dos motores é o acionamento de
máquinas e equipamentos mecânicos. Cabe ao usuário a correta seleção do motor adequado
a cada processo industrial. Existe uma gama variada de motores, que operam em corrente
alternada (monofásico ou trifásico) ou contínua, porém para cada aplicação existe um
motor com característica mecânica e elétrica que atende o processo da melhor maneira. O
processo de seleção dos motores deve satisfazer basicamente três requisitos: a) Fonte de
alimentação: tipo, tensão, frequência, etc; b) Condições ambientais: agressividade, periculosidade,
altitude, temperatura, etc; c) Exigências da carga e condições de serviço: potência solicitada,
rotação, conjugados, esforços mecânicos, ciclo de operação, confiabilidade exigida pelo processo
industrial, etc.
TIPOS DE MOTORES ELÉTRICOS:

a) Motores de corrente contínua (DC):

São motores de custo mais elevado e, além disso, precisam de uma fonte de corrente contínua, ou de
um dispositivo que converta a corrente alternada comum em contínua. Podem funcionar com
velocidade ajustável entre amplos limites e se prestam a controles de grande flexibilidade e precisão.
Por isso, seu uso é restrito a casos especiais em que estas exigências compensam o custo muito mais
alto da instalação e manutenção. b) Motores de corrente alternada (AC): Esta modalidade de
motores é a mais comum, podendo-se estimar que mais de 95% da potência instalada em
motores elétricos operam em corrente alternada. Isto se dá pela disponibilidade desse tipo de
fonte de alimentação e pela própria simplicidade de operação e construção de certos tipos de
motores de corrente alternada, que lhe conferem grande campo de aplicação, e confiabilidade a
baixo custo.

Motores elétricos de corrente alternada (AC) podem ser divididos em dois grandes grupos:

1. Motores Monofásicos;

2. Motores Trifásicos.

c) Motor Universal: Este tipo de motor pode ser alimentado em corrente alternada ou em
corrente contínua, porém, é economicamente viável para pequenas potências (pequenas
frações de HP) sendo utilizados em principalmente, em eletrodomésticos de pequeno porte
tais como liquidificadores, enceradeiras, etc.
MOTORES MONOFÁSICOS: São motores que utilizam apenas o sistema monofásico para poder
funcionar. Basicamente, possuímos os seguintes tipos de motores monofásicos: 1- Motor Universal.
2- Motor de Indução: Este pode ser dividido em duas categorias: a) Motor de Campo Distorcido;
b) Motor de Fase Auxiliar.

MOTOR UNIVERSAL: O motor universal, como vimos antes, é um motor elétrico que possui uma
característica construtiva que permite que ele funcione tanto com AC quanto com DC. No entanto,
eles costumam operar em corrente alternada. O motor universal tem construção igual ao motor DC
série, ou seja, é um motor que possui estator, rotor e comutador. Estator: é a parte estática do
motor, ou seja é a parte que fica parada. No estator encontramos as bobinas de campo, que são
responsáveis pela geração do campo eletromagnético que irá interagir com o campo do rotor. No
estator possui apenas um conjunto de bobina.

1 - Estator Interno
2 - Estator Externo

Rotor: É a parte girante do motor, ou seja é parte que movimenta. O rotor pode ser embobinado ou
tipo gaiola de esquilo. No caso do motor universal, o rotor é do tipo embobinado. O rotor possui
vários conjuntos de bobinas, são separados eletricamente, o condutor é mais grosso que o usado no
estator e no rotor está o comutador.

3 - Rotor de um motor
4 - Rotor de um Induzido

Comutador: É a peça responsável por fazer a ligação elétrica entre o estator e o rotor. Além disso ele
mantém a corrente sempre no mesmo sentido no rotor. O comutador é composto de escovas e
coletor. a) Coletor: O coletor é colocado no eixo do rotor e é onde estão ligadas as bobinas do rotor.
A quantidade de contatos no coletor é o dobro da quantidade de bobinas, levando em consideração
que cada bobina possui dois terminais. O coletor é feito de cobre na sua totalidade. b) Escovas: É o
que faz a interligação entre a alimentação da bobina e o coletor no rotor. É feito de um material de
carbono condutor que desgasta de acordo com que vai sendo utilizado.
Motor Universal

O funcionamento do motor universal se baseia na interação dos campos magnéticos produzidos no


estator e no rotor. Ou seja, os campos magnéticos produzidos tanto no estator quando no rotor
fazem uma interação o que resulta no chamado campo girante que fará com que rotor gire.
Outra característica desse motor, quando funciona em AC, é que ele possui um enrolamento de
compensação que é usado para reduzir a reatância do motor universal, e com isso melhorar seu
rendimento. Isso se deve ao fato de quanto menor a reatância, maior a corrente que pode circular
pelo motor. Outra vantagem é a redução do faiscamento entre as escovas e o coletor e a diminuição
da interferência eletromagnética. Os motores tipo universal rotacionam com velocidade variável e
que dependem da carga. Rotacionam com baixa velocidade com carga que exige grande conjugado e
altas velocidades para pequenas cargas.

Quando alimentado em DC, o motor universal pode ter uma velocidade muito alta, quando sem
carga, e com isso acabar quebrando e até danificando outros equipamentos. Mas quando
alimentado em AC, a velocidade do motor universal fica limitado a frequência da rede onde ele é
ligado, ou seja, a sua velocidade máxima, em vazio, será perto de 60Hz. A velocidade que ele pode
chegar é cerca de 10.000 rpm. Outra característica desse motor é que o seu sentido de rotação NÃO
pode ser invertido, invertendo a alimentação externa. Para se ter uma inversão necessita-se de
mudar as ligações das escovas.
O motor universal comumente apresenta uma potência máxima da ordem de 3/4 cv. Este valor de
potência permite que seja utilizado em máquinas-ferramentas portáteis e eletrodomésticos.

O motor universal é utilizado em:

• Aspiradores de pó;

• Furadeiras portáteis;

• Liquidificadores;

• Moedores;

• Ventiladores;

• Máquinas de costura;

• Utensílios de cozinha e etc.

As vantagens do motor universal são:

• Baixo custo de fabricação;

• Alto torque de partida;

• Tolerância a grandes variações de tensão;

• Velocidade de acordo com a necessidade da aplicação;


As desvantagens do motor universal são:

• Elevado nível de ruído, tanto audível quanto eletromagnético;

• Pequena vida útil (200 a 500 h) devido ao desgaste de escova e comutador;

• Devem funcionar em regime intermitente, pois não suportam regime contínuo.

Motor Monofásico de Indução: Introdução: Muitos consumidores não são alimentados por um
sistema trifásico de tensões. No entanto, eletrodomésticos e outros equipamentos utilizam-se de
motores. Assim, existe a necessidade dos motores de indução monofásicos. Os motores de indução
monofásicos, se assemelham aos motores de indução trifásicos em sua construção. São motores que
utilizam da indução eletromagnética para poder funcionar.

Características: Como já vimos anteriormente, um motor monofásico é aquele que possui um único
conjunto de enrolamentos no estator. No motor monofásico de indução não é diferente, ou seja ele
possui apenas um conjunto de bobinas no estator. A diferença principal nesse tipo de motor está no
rotor. O rotor que é utilizado nesse tipo de motor é o chamado gaiola de esquilo. O rotor gaiola de
esquilo é composto de várias barras condutoras (cobre ou alumínio) dispostas em paralelo e
interligadas, nas duas extremidades, por anéis condutores, curto-circuitando todas as barras. Não
existe a necessidade de isolamento elétrico entre as barras e os anéis porque as tensões induzidas
nas barras do rotor são muito baixas. Essas barras são envoltas em chapas de material ferro
magnético que melhora a distribuição do fluxo magnético.
O rotor é submetido ao campo magnético girante formado pelo grupo de bobinas do estator. Como
consequência, nesses condutores (barras da gaiola de esquilo)circulam correntes induzidas, devido
ao movimento do campo magnético. Segundo alei de Lenz, as correntes induzidas tendem a se opor
às variações do campo que as geraram (o campo original), desta forma estas correntes que circulam
no rotor formam um campo magnético contrário ao campo magnético do estator. Isso faz com que o
rotor seja atraído pelo campo do estator, e como este campo magnético é girante o rotor faz o
movimento rotacional tendo como eixo os dois mancais que o sustentam (dianteiro e traseiro). O
rotor tende a acompanhar o campo magnético do estator com a mesma velocidade, porém isso não
acontece, pois o rotor permanece em velocidade menor que a do campo girante. Se o rotor
alcançasse a velocidade do campo magnético do estator, não haveria sobre ele tensão induzida o
que o levaria a parar. A grande desvantagem deste rotor é na partida, ele absorve uma corrente
muito grande nesse momento devido a sua baixa resistência elétrica. Uma saída para este problema
dependendo do conjugado que se necessita no momento da partida, é utilizar um motor com rotor
em dupla gaiola de esquilo. Porém, mas isto é utilizado em casos específicos, pois este tipo de motor
é mais caro.

Motor Monofásico de Indução


Funcionamento: Os motores monofásicos, por terem somente uma fase de alimentação, não
possuem campo girante como os motores trifásicos, e sim um campo magnético pulsante. Isto
impede que os mesmos tenham conjugado para a partida, tendo em vista que no rotor se induzem
campos magnéticos alinhados com o campo do estator. Para solucionar o problema da partida
utilizam-se métodos auxiliares, que ajudam a criar uma segunda fase fictícia, permitindo a formação
do campo girante necessário para a partida. Supondo que o enrolamento do estator é excitado por
corrente alternada. Em um instante particular tem-se as correntes e os campos magnéticos indicados
na figura abaixo. Desprezando o efeito do rotor, este campo irá ser estacionário no espaço, porém
pulsante em amplitude. Como o campo criado pelo enrolamento do estator não gira, não há torque
no rotor e com isso ele não gira. Fica aparente a necessidade de arranjos especiais para que o motor
monofásico possa efetuar sua partida através de recursos próprios.

Existem basicamente dois tipos de motores monofásicos de AC: 1- Motor de Campo Distorcido ou
Polos Sombreados 2- Motor de Fase Auxiliar ou Bobina Auxiliar a) Motor com capacitor de partida;
b) Motor com capacitor permanente; c) Motor com dois capacitores.
Motor Monofásico de Campo Distorcido: Introdução: O motor de campo distorcido se destaca
entre os motores de indução monofásicos, por seu processo de partida, que é o mais simples,
confiável e econômico. Em termos de construção física, esse motor é composto de um estator e um
rotor. O rotor é o mesmo gaiola de esquilo que foi visto anteriormente, então não necessita de mais
explicações. A diferença está no estator. O estator possui apenas um conjunto de bobina, como é a
base do motor monofásico, mas para poder funcionar ele precisa de adequações, que veremos a
seguir. Construtivamente existe três tipos: de polos salientes, tipo esqueleto e de enrolamento
distribuídos. Então, a partir de agora, a diferença entre os motores monofásicos está no estator.

Características e Funcionamento: Uma das formas mais comuns é a de polos salientes, ilustrada
esquematicamente na figura abaixo. Observa-se que uma parte de cada polo (em geral 25% a 35%
do mesmo) é abraçada por uma espira de cobre em curto-circuito. A corrente induzida nesta espira
faz com que o fluxo que a atravessa sofra um atraso em relação ao fluxo da parte não abraçada pela
mesma. O resultado disto é semelhante a um campo girante que se move na direção da parte não
abraçada para a parte abraçada do polo, produzindo conjugado que fará o motor partir e atingir a
rotação nominal. O sentido de rotação, portanto, depende do lado em que se situa a parte abraçada
do polo. Consequentemente, o motor de campo distorcido apresenta um único sentido de rotação.
Este geralmente pode ser invertido, mudando-se a posição da ponta de eixo do rotor em relação ao
estator. Outros métodos para se obter inversão de rotação são possíveis, porém, tornam-se
extremamente caros. Quanto ao desempenho, os motores de campo distorcido apresentam baixo
conjugado de partida (15% a 50% do nominal), baixo rendimento e baixo fator de potência. Devido a
esse fato, eles são normalmente fabricados para pequenas potências, que vão de cerca de 50W até
1/2CV e sua rotação vai de 900 a 3400rpm. Pela sua simplicidade, robustez e baixo custo, são ideias
em aplicações tais como: movimentação de ar (ventiladores, exaustores, purificadores de ambiente,
unidades de refrigeração, secadores de roupas e de cabelo), pequenas bombas e compressores,
projetores de slides, toca-discos e aplicações domésticas.
Motor Monofásico de Fase Auxiliar: Introdução: O motor de fase auxiliar ou fase dividida, é o
motor monofásico de indução mais utilizado no dia a dia das pessoas. Com certeza você já usou esse
motor na vida, pode ter sido um ventilador de teto, uma boba de água, etc. Construtivamente esse
motor tem o mesmo rotor gaiola de esquilo já falado anteriormente e que constitui o motor visto
anteriormente. Já o estator é diferenciado. Nesse motor o estator não possui mais um único conjunto
de bobinas, ele tem dois, que veremos de maneira detalhada mais adiante. Uma curiosidade e
particularidade desse motor é que ele é o que mais se parece com os motores de indução trifásicos.

Características e Funcionamento: Este motor possui um enrolamento principal e um auxiliar (para a


partida), ambos defasados no espaço de 90 graus elétricos. O enrolamento auxiliar cria um
deslocamento de fase que produz o conjugado necessário para a rotação inicial e a aceleração. No
motor de fase dividida o enrolamento da partida ou auxiliar tem uma resistência mais alta e uma
reatância mais baixa do que a do enrolamento principal. Quando a mesma tensão (vt) é aplicada aos
dois enrolamentos, acorrente no enrolamento principal (im) segue atrás da corrente no enrolamento
da partida (is). O ângulo entre o enrolamento principal e da partida constitui uma diferença de fase
suficiente para fornecer um campo magnético rotativo fraco que dá para produzir o torque de
partida. Quando o motor atinge uma velocidade pré determinada, geralmente 70 a 80 por cento da
velocidade de sincronismo, uma chave centrifuga montada sobre o eixo do motor se abre, desligando
assim o enrolamento da partida. Essa chave está presente para que não haja queima do
enrolamento auxiliar e quando o motor é provido de capacitor de partida. Pelo fato de ter um baixo
torque de partida, esse tipo de motor é amplamente usado para cargas com partida relativamente
fácil. Frequentemente ele é usado em dimensões maiores do que 1/3 CV. As aplicações mais comuns
incluem as maquinas de lavar e ferramentas de marcenaria.
Motor Monofásico de Fase Auxiliar

MOTOR MONOFÁSICO DE FASE AUXILIAR COM CAPACITOR DE PARTIDA O motor monofásico com
capacitor de partida diferencia-se do "Split-phase" através da utilização de um capacitor que é
colocado em série com o enrolamento auxiliar. A função deste capacitor consiste, através de uma
combinação entre a sua impedância e a impedância do enrolamento auxiliar, de defasar em
aproximadamente 90 graus elétricos a corrente do enrolamento principal da corrente do
enrolamento auxiliar na partida, produzindo um campo girante ideal para a produção de torque
elevado. Este capacitor é desconectado através de um contato elétrico acionado por um dispositivo
centrífugo presente no eixo do rotor quando atinge cerca de 80% da velocidade nominal.
MOTOR MONOFÁSICO DE FASE AUXILIAR COM CAPACITOR PERMANENTE O capacitor de partida
faz um trabalho tão bom de melhoria da característica de conjugado versus velocidade de um motor
de indução que algumas vezes o enrolamento auxiliar com um capacitor menor é deixado
permanentemente no circuito do motor. Se o valor do capacitor for escolhido corretamente, esse
motor terá um campo magnético girante perfeitamente uniforme para alguma carga específica e ele
se comportará exatamente como um motor de indução trifásico naquele ponto. Esse motor é
denominado motor com capacitor permanente. Os motores de capacitor permanente são mais
simples do que os motores com capacitor de partida, porque a chave de partida não é necessária.
Para cargas normais, eles são mais eficientes, tendo um fator de potência mais elevado e um
conjugado mais suave do que os motores de indução monofásicos ordinários. Entretanto, os motores
com capacitor permanente têm um conjugado de partida mais baixo do que os motores com
capacitor de partida, porque o capacitor deve ser dimensionado com um certo valor para poder
equilibrar as correntes do enrolamento permanente e do auxiliar em condições normais de carga.
Como a corrente de partida é muito maior do que a corrente de carga normal, um capacitor que
equilibra as fases com cargas normais deixará essas fases muito desequilibradas nas condições de
partida.

MOTOR MONOFÁSICO DE FASE AUXILIAR COM DOIS CAPACITORES Se forem necessários o maior
conjugado de partida e a melhor condição de operação, dois capacitores poderão ser usados com o
enrolamento auxiliar. Um motor como esse é denominado motor com dois capacitores. O capacitor
de valor mais elevado está presente no circuito apenas durante a partida, quando assegura que as
correntes do enrolamento principal e do auxiliar sejam aproximadamente equilibradas, permitindo
conjugados de partida muito elevados. Quando o motor atinge a velocidade de operação, a chave
centrífuga abre e apenas o capacitor permanente é mantido no circuito do enrolamento auxiliar. O
capacitor permanente tem o valor correto para manter equilibradas as correntes, para a carga
normal de funcionamento do motor. Em um motor como esse, o capacitor permanente tem um valor
de 10 a 20% do valor do capacitor de partida.
LIGAÇÕES DOS MOTORES MONOFÁSICOS Com relação a ligação desses motores monofásicos de
fase auxiliar, as ligações são dependentes da quantidade de terminais que esses motores dispõe. E
também, dependendo da quantidade de terminais, esses motores tem características próprias.
Vamos conhecer: Motor com 2 terminais: Esse motor tem como características trabalhar com
apenas uma tensão (127V ou 220V), não aceita inversão no sentido de rotação e é o mais fácil de
ligar. Basicamente é só ligar na rede e funcionar. Outra facilidade desse motor é o fato de, como não
tem inversão no sentido de rotação, pode ligar no equipamento sem ter medo de rodar para o
sentido errado. Ex: Bombas de água, esteiras, etc. Motor com 4 terminais: Esse motor tem como
características: Trabalhar com apenas uma tensão (127V ou 220V) e aceita inversão no sentido de
rotação, dependendo das ligações dos terminais. Esse tipo de motor permite que a rotação dele seja
invertida dependendo da necessidade, sendo isso feito por comando ou por mudança física no motor.
Motor com 6 terminais: Esse motor tem as seguintes características: Ele trabalha com as duas
tensões (127V e 220V) dependendo da ligação e aceita inversão no sentido de rotação. Esse tipo de
motor já necessita de um profissional para fazer sua instalação, ou uma pessoa com conhecimento
na área. A sua grande vantagem é poder mudar a sua tensão de alimentação.

MOTOR TRIFÁSICO DE INDUÇÃO INTRODUÇÃO: Boa parte dos equipamentos, máquinas e sistemas
na atualidade tem como força motora um motor trifásicos assíncrono, por isso a importância de
entender seu funcionamento, ter conhecimento de dados técnicos do motor e compreender as
limitações desse tipo de máquina para Os motores trifásicos de indução são responsáveis por 90%
dos motores utilizados na indústria nos dias de hoje. Além da aplicação na indústria, eles são
achados na área rural e, as vezes, em residências e pequenas oficinas. Sua construção robusta, baixo
custo de manutenção e baixo custo de instalação, ajudam esse motor a ter esse destaque. Sua
construção robusta se deve ao material que é utilizado e a simplicidade de sua construção.
Basicamente é um estator e um rotor. Com relação ao baixo custo de instalação se deve ao sistema
de energia nosso ser todinho feito em trifásico e em corrente alternada. Então, basicamente, é só
colocar o motor no local e ligar a energia. Com relação ao baixo custo de manutenção, só lembrar
que devido a simplicidade da sua construção, sua manutenção se baseia em troca de rolamento. Ou,
apenas fazer rebobinamento do estator.
Motores Trifásicos de Indução

TIPOS DE MOTORES TRIFÁSICOS: Dentro dos motores trifásico, nós temos uma divisão que é a
seguinte: -> Motor Síncrono -> Motor Assíncrono a) Motor de Indução b) Motor de Rotor
Bobinado c) Motor Dahlander

CONSTRUÇÃO: Como já mencionado anteriormente, o motor trifásico é de construção simples e


possui apenas estator e rotor. Estator: No estator estão colocadas 3 conjuntos de bobinas defasadas,
entre si, de 120 graus, respeitando a defasagem angular que existe entre as fases do sistema
trifásico. Essas 3 bobinas são idênticas em quantidade de voltas e bitola do condutor. É no estator
que acontece a criação do campo girante. Rotor: É o mesmo rotor gaiola de esquilo que vimos lá em
motores monofásicos de indução. Então não carece de explicação novamente.

FUNCIONAMENTO: O motor de indução é o tipo de motor CA mais comumente usado pela sua
construção bastante simples, por ser muito resistente e por possuir boas características de
funcionamento. Ele é constituído basicamente por duas partes: o estator e o rotor. O estator está
ligado à fonte de alimentação CA. O rotor não está ligado eletricamente a nenhuma fonte de
alimentação. O tipo mais importante de motor de indução é o motor trifásico. Quando o
enrolamento do estator é energizado através de uma alimentação trifásica, cria-se um campo
magnético girante. À medida que o campo varre os condutores do rotor, é induzida uma fem nesses
condutores ocasionando o aparecimento de uma corrente elétrica nos condutores. Os condutores do
rotor, percorridos por corrente elétrica, interagem com o campo magnético girante do estator para
produzir um torque eletromagnético que atua sobre os condutores do rotor fazendo-o girar. Quando
se aplica tensão CA aos enrolamentos do estator, produz-se um campo magnético girante. Este
campo girante corta os condutores do rotor e induz corrente nos mesmos. Esta corrente induzida
gera um campo magnético em torno dos condutores do rotor, e este campo tende a se alinhar com o
campo do estator. Entretanto, como o campo do estator gira continuamente, o rotor não consegue
se alinhar com ele. A velocidade do rotor é sempre menor que a velocidade síncrona (velocidade do
campo girante).

Funcionamento: O campo magnético girante é mais fácil de ser produzido no sistema trifásico. O
campo magnético gerado por uma bobina depende da corrente que passa por ela naquele instante.
Se a corrente for nula não haverá campo magnético. Se a corrente for máxima, o campo também
será máximo. Como as correntes nos três enrolamentos estão defasadas de 120º elétricos, os
campos magnéticos que produzem apresentam a mesma defasagem. Os três campos combinam-se
em um único campo que atua sobre o rotor. Observe que os campos se combinam produzindo um
campo único, cuja posição varia com o tempo. Ao fim de um ciclo da corrente alternada, o campo
terá girado360º, ou uma rotação completa. As figuras abaixo mostram as formas de onda das três
correntes aplicadas ao estator. As correntes estão defasadas de 120º elétricos no tempo. As formas
de ondas podem representar tanto as correntes como os campos magnéticos gerados pelas três
fases ou correntes das fases.
Usando as formas de ondas, podemos combinar os campos magnéticos gerados, em cada 1/6 de
ciclo (60º elétricos), para determinar o sentido do campo magnético resultante. No ponto 1, C é
positiva e B é negativa. Isto significa que há correntes em sentidos opostos nas fases B e C. Deste
modo, fica estabelecida a polaridade magnética nos enrolamentos das fases B e C. A polaridade é
mostrada no diagrama simplificado acima do ponto 1 (na Figura Abaixo). Observe que B1 é um polo
sul e B um polo norte; C é um polo sul e C1 um polo norte. Como no ponto 1 não há corrente através
da fase A, seu campo magnético é nulo. Os campos magnéticos dos polos C1 e B dirigem-se aos polos
sul mais próximos, respectivamente B1 e C. Os campos magnéticos de B e C têm amplitudes iguais, e
o campo magnético resultante fica entre os dois campos, com o sentido indicado pela seta horizontal,
apontando da direita para a esquerda. No ponto 2, 60° elétricos após, as correntes aplicadas às fases
A e B são iguais e opostas, e acorrente na fase C é nula. Podemos verificar que o campo magnético
resultante girou 60° geométricos. No ponto 3, a fase B tem o valor zero, e o campo resultante tornou
a girar 60°. Dos pontos 1 a 7(correspondendo a um ciclo de CA), podemos verificar que o campo
magnético resultante gira 360°, oque ocorrerá sempre que for aplicado no estator um ciclo completo
da tensão alternada. Conclui-se que um campo magnético girante é produzido sempre que se aplica
uma tensão alternada trifásica aos três enrolamentos simetricamente dispostos no estator.
ESCORREGAMENTO OU DESLIZAMENTO: É impossível para o rotor de um motor de indução girar
com a mesma velocidade do campo magnético girante. Se as velocidades fossem iguais, não haveria
movimento relativo entre eles e, em consequência, não haveria fem induzida no rotor. Sem tensão
induzida não há conjugado (torque) agindo sobre o rotor. A velocidade do rotor deve ser inferior à do
campo magnético girante, para existir movimento relativo entre os dois. O motor de indução
também é conhecido por motor assíncrono, exatamente por não poder funcionar na velocidade
síncrona. A diferença percentual entre as velocidades do campo girante e do rotor é chamada de
deslizamento (S de “slip”, ver Figura Abaixo). O deslizamento também é comumente chamado de
escorregamento. Quanto menor for o escorregamento, mais se aproximarão as velocidades do rotor
e do campo girante (velocidade síncrona).

A velocidade do rotor depende do torque requerido pela carga. Quanto maior for a carga(mecânica),
maior a força de torção necessária para girar o rotor. Esta força só pode aumentar se a fem induzida
no rotor aumentar, e esta fem só pode aumentar se o campo magnético cortar o rotor com maior
rapidez. A velocidade relativa entre o campo girante e o rotor aumenta quando o rotor gira mais
devagar, ou seja, quando o escorregamento aumenta. Portanto, a velocidade do motor de indução
cai, com cargas pesadas. Realmente, apenas pequenas variações de velocidade são necessárias para
produzir as variações na corrente induzida para atender às alterações normais de carga. A razão
disto é a resistência muito baixa do enrolamento do rotor (barras de cobre). Por este motivo, os
motores de indução são considerados motores de velocidade constante.
Escorregamento Motor Trifásico

VELOCIDADE SÍNCRONA E ESCORREGAMENTO: A velocidade do campo magnético girante é


chamada de velocidade síncrona do motor.

Deve-se notar que existe a mesma relação entre a frequência (da tensão da rede), o número de pólos
e a velocidade síncrona (campo girante) de um motor que existe entre a frequência (da tensão
gerada), o número de polos e a velocidade de rotação (rotor) de um gerador CA. Um motor de
indução não pode funcionar com a velocidade síncrona, pois neste caso o rotor estaria estacionário
com relação ao campo girante e não seria induzida nenhuma fem no rotor. Por isso, os motores de
indução também são classificados como motores assíncronos ou não síncronos. A velocidade do rotor
deve ser ligeiramente menor do que a velocidade síncrona, a fim de que seja induzida uma corrente
elétrica no rotor e, consequentemente, seja produzido um torque que fará o rotor girar. A diferença
entre a velocidade do rotor e a velocidade síncrona é chamada de escorregamento e é expressa
como uma porcentagem da velocidade síncrona. O escorregamento no motor de indução é sempre
maior que zero. No instante da partida (quando o rotor está parado) o valor do escorregamento é
igual a 1.
Frequência do Rotor: Para qualquer valor do escorregamento, a frequência do rotor é igual à
frequência do estator multiplicada pelo escorregamento.

Conjugado do Motor (ou Torque do Motor): O conjugado (também chamado de torque, momento
ou binário) é a medida do esforço necessário para girar um eixo. Como sabemos, para medir o
"esforço" necessário para fazer girar o eixo, não basta definir a força empregada, é preciso também
dizer a que distância do eixo a força é aplicada. O "esforço" é medido pelo conjugado, que é o
produto da força pela distância.

O motor de indução tem conjugado igual a zero à velocidade síncrona. À medida que a carga vai
aumentando, a rotação do motor vai caindo gradativamente, até um ponto em que o conjugado
atinge o valor máximo que o motor é capaz de desenvolver em rotação normal. Se o conjugado da
carga aumentar mais, a rotação do motor cai bruscamente, podendo chegar a travar o rotor (parar).
Representando num gráfico a variação do conjugado com a velocidade para um motor normal,
vamos obter uma curva com o aspecto representado na. Conforme as suas características de
conjugado em relação à velocidade e corrente de partida, os motores de indução trifásicos com rotor
de gaiola, são classificados em categorias, cada uma adequada a um tipo de carga. Estas categorias
são definidas em norma (NBR 7094). Categoria N: Conjugado de partida normal, corrente de partida
normal e baixo escorregamento. Constituem a maioria dos motores encontrados no mercado e
prestam-se ao acionamento de cargas normais, como bombas, máquinas operatrizes, ventiladores
etc. Categoria H: Conjugado de partida alto, corrente de partida normal e baixo escorregamento.
Usados para cargas que exigem maior conjugado na partida, como peneiras, transportadores
carregadores, cargas de alta inércia, britadores, alguns tipos de ventiladores etc. Categoria D:
Conjugado de partida alto, corrente de partida normal e alto escorregamento (> 5%).Usados em
excêntricas e máquinas semelhantes, onde a carga apresenta picos periódicos. Usados também em
elevadores e cargas que necessitam de conjugado de partida muito alto e corrente de partida
limitada.

A) Conjugado de Partida: Conjugado requerido para vencer a inércia estática da máquina e produzir
movimento. Para que uma carga, partindo da velocidade zero, atinja a sua velocidade nominal, é
necessário que o conjugado do motor seja sempre superior ao conjugado da carga. B) Conjugado de
Aceleração: Conjugado necessário para acelerar a carga à velocidade nominal. O conjugado do
motor deve ser sempre maior que o conjugado resistente da carga, em todos os pontos entre zero e a
rotação nominal. No ponto de interseção das duas curvas, o conjugado de aceleração é nulo, ou seja,
é atingido o ponto de equilíbrio a partir do qual a velocidade permanece constante. Este ponto de
interseção entre as duas curvas só deve acontecer quando for alcançada a velocidade nominal do
motor.

C) Conjugado Nominal: Conjugado necessário para mover a carga em condições de funcionamento à


velocidade específica. O conjugado requerido para funcionamento normal de uma máquina pode ser
constante ou variar entre amplos limites. Para conjugados variáveis, o conjugado máximo deve ser
suficiente para suportar picos momentâneos de carga. As características de funcionamento de uma
máquina, quanto ao conjugado, podem dividir-se em três classes: conjugado constante, conjugado
variável e potência constante.
MOTOR SÍNCRONO: Os motores síncronos estão sendo utilizados com maior frequência pelas
indústrias, devido ao fato de possuírem características especiais de funcionamento. O alto
rendimento e o fato de poderem trabalhar como compensador síncrono para corrigir o fator de
potência da rede, se destacam como os principais motivos que resultam na escolha dos motores
síncronos para acionamento de diversos tipos de cargas. Altos torques, velocidade constante nas
variações de carga e baixo custo de manutenção, também são características especiais de
funcionamento que proporcionam inúmeras vantagens econômicas e operacionais ao usuário. O
motor síncrono recebeu este nome porque o seu rotor gira com a mesma velocidade do campo
magnético girante produzido no enrolamento trifásico do estator (velocidade síncrona). Sua
construção é essencialmente a mesma do alternador de polos salientes

CONSTRUÇÃO: Estator: É igual ao estator do motor trifásico que vimos antes. É composto por 3
conjuntos de bobinas defasadas 120 graus uma da outra, respeitando a defasagem angular elétrica
que temos no sistema trifásico. Rotor: O rotor aqui é diferenciado. O rotor do motor síncrono é
embobinado e alimentado por CC, como veremos mais adiante. E ele pode ser de dois tipos: Polos
salientes e polos lisos.

Motor Síncrono

O motor síncrono não tem partida própria, necessitando, portanto, que o rotor seja arrastado até a
velocidade síncrona por um meio auxiliar. Existem motores em que a partida é dada por condutores
em gaiolas embutidos na face dos polos do rotor. Inicia-se a partida como motor de indução e no
momento certo excita-se os polos do rotor e o motor entra em sincronismo. Entre as vantagens dos
motores síncronos, em relação aos de indução, está o fato de que o entreferro nas máquinas
síncronas é maior. O enrolamento de indução do rotor desenvolve, portanto, durante a partida uma
relação razoavelmente grande de sua reatância para sua para sua resistência. Embora isso possa
resultar em maiores correntes de partida e menores fatores de potência para o desenvolvimento do
mesmo torque, ou mesmo de um torque menor, o fato resulta em melhor velocidade de
escorregamento a vazio do motor síncrono.

FUNCIONAMENTO: Sabemos que a aplicação de uma tensão CA trifásica nos enrolamentos do


estator produz um campo magnético girante e este atua sobre o rotor. Quando o rotor do motor
síncrono é energizado com uma tensão DC ele, se comportando como um ímã suspenso em um
campo magnético que se move, procura se alinhar com o campo magnético girante do estator.
Quando o campo magnético gira, o rotor gira em sincronismo com o campo. Quando o campo
magnético girante é forte, ele exerce uma intensa força de torção sobre o rotor (torque ou
conjugado), e este, portanto, se torna capaz de acionar uma carga.

Como os motores de indução, os motores síncronos têm enrolamentos no estator que produzem um
campo magnético girante. Mas, ao contrário do motor de indução, o circuito do rotor de um motor
síncrono é alimentado por uma fonte CC. O rotor engata na mesma rotação do campo magnético
girante do estator e o acompanha com a mesma velocidade, ou seja, ocorre um acoplamento
magnético entre os campos do rotor e do estator. Se o rotor sair do sincronismo (se desacoplar
magneticamente) não se desenvolve nenhum torque e o motor para. Assim, ou o motor síncrono
funciona à velocidade síncrona ou não funciona. A velocidade do campo magnético girante depende
da frequência da rede AC. Como a frequência da rede é constante, os motores síncronos são, na
prática, motores de uma única velocidade. Eles são utilizados em aplicações que requerem
velocidade constante desde a condição em vazio até a condição de plena carga. Observe que em um
motor síncrono, operando a velocidade síncrona, não há fem induzida no rotor, pois não há
movimento relativo entre o campo girante e o rotor. No motor síncrono não há variação na
quantidade das linhas de fluxo que cortam os condutores do rotor(S = 0).

Tipos de Excitação do Campo CC do Rotor Os motores síncronos necessitam de uma fonte de


corrente contínua para alimentar o enrolamento de campo (enrolamento do rotor), que usualmente
é suprido através de anéis coletores e escovas (excitatriz estática) ou através de uma excitatriz
girante sem escovas (brushless). a) Excitatriz Estática (com escovas): Motores síncronos com
excitatriz do tipo estática são constituídos de anéis coletores e escovas que possibilitam a
alimentação de corrente dos polos do rotor através de contatos deslizantes. A corrente contínua para
alimentação dos polos deve ser proveniente de um conversor e controlador estático AC/DC. A
excitatriz estática atualmente está sendo muito utilizada em aplicações com variação de velocidade
através de inversores de frequência. b) Excitatriz Brushless (sem escovas): Motores síncronos com
sistema de excitação brushless possuem uma excitatriz girante, normalmente localizada em um
compartimento na parte traseira do motor. A excitatriz funciona como um gerador de corrente
alternada onde o rotor, que fica localizado no eixo do motor, possui um enrolamento trifásico e o
estator é formado por polos alternados norte e sul alimentados por uma fonte decorrente contínua
externa. O enrolamento trifásico do rotor é conectado a uma ponte de diodos retificadores. A tensão
gerada no rotor e depois retificada é utilizada para a alimentação do enrolamento de campo CC do
motor. A amplitude desta corrente de campo pode ser controlada através do retificador que alimenta
o campo do estator da excitatriz. Os motores síncronos com excitação brushless possuem um custo
de manutenção reduzido devido ao fato de não possuírem escovas. Por não possuírem contatos
elétricos deslizantes, eliminando a possibilidade de faiscamento, os motores síncronos com excitação
do tipo brushless são recomendados para aplicações em áreas especiais com atmosfera explosiva.

Motor Trifásico de Rotor Bobinado

Introdução: Nos motores trifásicos assíncronos, já vimos o de rotor gaiola de esquilo, também
conhecido como motor de indução. Além desse, temos outros como Dahlander, que veremos mais a
frente, e o com rotor bobinado. Mesmo dentre os motores trifásico, o rotor emboninado é usado,
lembrando que vimos esse tipo de rotor lá no motor monofásico universal. Diferente do universal,
que usa um comutador, o motor trifásico de rotor bobinado usa anéis coletores, como veremos a
seguir. Estes motores são construídos com o rotor envolvido por um conjunto de bobinas,
normalmente interligadas, em configuração estrela, com os terminais conectados a três anéis, presos
mecanicamente ao eixo do motor, rotativo. Ou seja, o que diferencia esse motor do de indução é
exclusivamente o rotor, sendo o estator igual entre eles.

Rotor Bobinado: O enrolamento do induzido é constituído por condutores de cobre isolados entre si
e montados nas ranhuras do rotor. O conjugado no arranque, deste tipo de motor, é bem melhor que
o anterior porque podemos inserir resistores em série com as fases do enrolamento do rotor. Há tipos
em que os resistores são montados no rotor e eliminados, quando a máquina atinge a sua velocidade
normal, através de mecanismos centrífugos. Outro tipo de rotor bobinado é aquele em que seus
enrolamentos se ligam à anéis coletores sobre os quais apoiam-se as escovas. Para estes tipos usam-
se reostatos, em estrela(Υ), ligados em série com os enrolamentos do rotor através de escovas e
anéis coletores. A medida que o motor aumenta a sua velocidade, manobra-se o reostato a fim de
retirar gradativamente os resistores do circuito até ligar os enrolamentos em estrela. Em alguns tipos
de motores, para que as escovas não fiquem desgastando-se durante a marcha normal, elas são
suspensas e, através de alavancas, os anéis são curto circuitados. Com a adição de reostatos além
de se melhorar o conjugado do motor pode-se variar a velocidade do mesmo, porém com o
inconveniente de aumentar a perda por efeito Joule nos resistores, diminuindo o seu rendimento. O
motor com rotor bobinado é usado quando se necessita arrancar com carga e ainda quando se
precisa variar a velocidade, como no caso das gruas, elevadores, etc. Os motores de indução, gaiola
ou rotor bobinado, apresentam as seguintes vantagens: São simples, robustos, de arranque próprio e
bom rendimento. O tipo gaiola de esquilo deve ser utilizado em todos os locais onde haja perigo de
explosão, visto não produzir faíscas, pois não contém contatos deslizantes (coletor, escovas, etc.). O
tipo com rotor bobinado é empregado quando há necessidade de arranque e paradas frequentes
(serviço intermitente) que exige maior conjugado inicial. Além disso, com reostatos se tem velocidade
regulável. Como desvantagens dos motores assíncronos citamos: o fator de potência não igual a
unidade, sendo baixo nos motores de pequena potência, salvo no caso de serem bem construídos. O
tipo gaiola de esquilo apresenta um baixo conjugado inicial, exceto nos de gaiolas especiais, e sua
velocidade não pode ser regulada por meios comuns. Quando for necessário a velocidade na
proporção de 2 para 1 ou vice-versa, usa-se efetuar enrolamentos especiais de estator.

Tipos de "Fechamento" de Motores: Em motores trifásicos, temos o que chamamos de fechamento


dos motores ou interligação das bobinas. Basicamente só possuímos dois tipos de fechamentos: O
estrela e o triângulo. O que temos a mais são as variações dessas ligações como dupla estrela, duplo
triângulo entre outros.

Ligação Triângulo: A ligação Triângulo se faz ligando a saída da bobina 1 com a entrada da bobina 2,
a saída da bobina com a entrada da bobina 3 e a saída da bobina 3 com a entrada da bobina 1,
formando assim os 3 lados de um triângulo e tendo, agora 3 terminais. Assim como a figura abaixo.
Ligação Estrela: A ligação estrela se faz ligando as saídas das 3 bobinas juntas, o que a gente chama
de curto-circuito das saídas e liga as fases nas entradas das bobinas. Assim como a figura abaixo.
Motor Dahlander

INTRODUÇÃO: Motor Dahlander é um motor elétrico trifásico que permite seu acionamento em
duas velocidades distintas. As velocidades, que estão relacionadas ao número de rotações no motor,
são conseguidas com a estruturação dos enrolamentos do estator deste motor em dois conjuntos
promovendo uma relação de 1:2. Ou seja, em uma forma de ligação o número de polos é duas vezes
maior que a outra. Apesar de já se ter grande desenvolvimento de equipamentos auxiliares para a
variação da velocidade de motores elétricos (Inversores de frequência), o uso do motor dahlander
ainda é viável economicamente para aplicações onde se deseja apenas uma mudança discreta das
velocidades (2 velocidades nominais). A utilização de motores com possibilidade de ligação em
várias velocidades apresenta as seguintes vantagens: I-> Simplificam e podem até eliminar as
transmissões por engrenagens; II-> Eliminam o ruído e a vibração das transmissões dentadas; III->
Simplificam o comando automático dos processos de partida, parada e reversão; IV-> Reduz as
perdas inerentes aos processos de arranque e frenagem, etc. As principais desvantagens
apresentadas são: I-> Mais caros e maiores que os motores de uma só velocidade para a mesma
potência; II-> Não é possível obter-se simultaneamente o melhor projeto em todas as
velocidades; III-> Tem pior fator de potência; IV-> Consumo relativamente elevado durante a partida.
No mercado existe dois tipos de motores que permitem velocidade variáveis: I-> Motor de um
enrolamento com mutação de polos; I->. Motor com dois enrolamentos distintos.

Motores Trifásicos de Duas Velocidades com único Enrolamento Dahlander: O Motor Dahlander
tem em seu estator seis bobinas, que podem-se combinar de duas formas: estrela/triângulo e dupla
estrela. Este tipo de motor é o mais comum que se apresenta e é denominado Lindstrom-Dahlander
ou simplesmente Dahlander. Este é um motor que possui um enrolamento especial que
poderá receber dois fechamentos distintos denominados fechamentos Dahlander. Neste motor só
é possível obter duas velocidades na razão 1:2, sendo que o número de polos da velocidade
baixa deve ser igual ao dobro do número de polos da velocidade alta. Exemplifica-se abaixo,
considerando o motor com escorregamento de 5%:

Os motores Dahlander podem ser ligados da seguinte forma: I-> Conjugado constante: O conjugado
nas duas rotações permanece constante, isto é, a potência varia proporcionalmente com o
número de polos, por exemplo, em máquinas ferramentas. Neste caso o motor será ligado
em Δ(baixa rotação) / YY(alta rotação); II-> Potência constante: A potência permanece constante,
ou seja, o conjugado básico varia em relação inversa ao número de polos, por exemplo, em
acionamentos de trens laminadores, elevadores, etc. O motor será ligado em YY(baixa rotação) /
ΔΔ(alta rotação); III-> Conjugado variável: O conjugado básico varia aproximadamente com o
quadrado do número de rotações, e consequentemente, a potência varia com o cubo da
velocidade, por exemplo, em bombas centrífugas partindo com a carga, ventiladores,
compressores, exaustores, etc. Sua ligação será em YY (baixa rotação) / ΔΔ(alta rotação)
A escolha depende do tipo de carga que será acionada. Por exemplo: nas bombas centrífugas e
ventiladores, o conjugado aumenta quadraticamente com a velocidade, portanto é variável. No
circuito de comando deve estar previsto o intertravamento elétrico entre os contatores que se
energizados juntos causam curto circuito e se possível até intertravamento mecânico. Igual cuidado
deve ser tomado nos serviços de montagem, evitando-se inversões que podem causar curtos circuitos,
sentidos de rotação diferentes entre a alta e a baixa velocidade que pode causar avarias mecânicas
nos equipamentos. Outra observação é com relação aos reles térmicos que como aparece no
diagrama de circuito de força, são dois. Isso decorre da necessidade de ajustes de corrente diferente
e devido mudar o lado de alimentação, quando então o térmico não tem mais função.
Motores com dois enrolamentos: O serviço de motores assíncronos com duas velocidades, pode ser
obtido por meio da montagem de dois enrolamentos separados, de número diferente de polos,
no mesmo estator. Por meio de um comutador de polos, é ligado de cada vez um dos enrolamentos e
desligado um outro. Para que o enrolamento desligado não sofra a circulação de correntes, o seu
circuito deve estar aberto. Por isto, é normal o emprego para ambos os enrolamentos, da
ligação estrela, como mostra a figura abaixo:

Porém, também é possível fazer a ligação de uma outra maneira, como por exemplo, estrela-
triângulo ou triângulo estrela. Motores com enrolamentos separados também podem ser
previstos para partida estrela-triângulo; para tanto, é preciso que ambos os enrolamentos
sejam ligados em triângulo e o painel de ligações dotado de 12 terminais. No ato da comutação, a
ligação triângulo do enrolamento desligado, deve ficar aberta. Na maior parte dos motores com
enrolamento em separado, a refrigeração é insuficiente perante baixas velocidades. Sobretudo,
com grande número de manobras. Como os motores trifásicos apenas apresentam
características de serviço favoráveis em uma velocidade, e neste caso apenas, esta sendo
aproveitado a metade de cada ranhura, não é possível evitar o aproveitamento parcial do
cobre e do núcleo magnético.
Motor Brushless

Introdução: Os motores de corrente contínua sem escovas ou motores


Brushless são motores síncronos alimentado por um Driver de 24V ou 48V. Os motores brushless
DC tem uma vida útil muito mais longa do que os simples motores escovados devido a ausência de
desgaste das escovas. Um motor corrente contínua de escovas a previsão de vida útil é de 600 horas
e um motor BLDC a longevidade esta associada a vida útil do rolamento ou a perda de magnetismo
do rotor. Em linhas bem genérica a vida útil mínima esperada é de 10.000 horas. As vantagens desse
motor vão além da confiabilidade mais elevada, o ruído é reduzido, não existe ionização do
comutador e menor interferência eletromagnética (EMI). Os motores BLDC são considerados mais
eficientes do que os motores de corrente contínua. Isso significa que para a mesma potência de
entrada, os motores Brushless converterão mais energia elétrica em energia mecânica do que um
motor DC escovado.

Características: Os Motores BLDC (ou Brushless DC motor ) são constituídos de ímãs permanentes
ligados a um eixo ou um cilindro rotativo, que são empurrados e/ou puxados por campos
eletromagnéticos dos enrolamentos elétricos que, por sua vez, são gerenciados por um controlador
eletrônico de velocidade (bldc controlador - ESC). Eles diferem dos motores DC convencionais que
utilizam escovas de contato elétrico (Brushed) deslizando sobre comutadores eletromecânicos para
energizar os campos magnéticos. Nos motores brushless dc BLDC a energia elétrica é convertida em
energia mecânica pelas forças de atração (e repulsão) magnética entre os magnetos permanentes
do rotor e o campo magnético rotativo induzido pelas bobinas eletromagnéticas do estator. Como
não possuem escovas, a comutação nos motores BLDC é feita eletronicamente. As bobinas
(eletroímãs) assumem o papel de estator e os magnetos (ímãs permanentes) funcionam como rotor
girando no centro, ou em torno, do estator. O rotor de um motor BLDC consiste em um número par
de peças de ímãs permanentes. Um par de polos no rotor é definido por dois ímãs que são
instalados em orientação magnética inversa, um em relação ao outro, com referência ao estator. O
número de pares de polos magnéticos do rotor afeta tanto o tamanho do passo quanto a ondulação
do torque do motor. Mais pares de polos resulta passos menores e menor ondulação de torque.
Podem ser monofásicos, bifásicos ou trifásicos, porém os trifásicos são os mais comuns. Estes
recebem energia trifásica no estator e fornece energia mecânica ao eixo. Isto significa que o campo
magnético gerado pelo estator e o campo magnético gerado pelo rotor possuem a mesma
frequência, ou seja, giram em sincronia e não é observado o escorregamento normalmente visto em
motores de indução.
ESC (Eletronic Speed Control) O funcionamento de um ESC brushless é muito mais complexo que um
brushed. Tudo é controlado por um microcontrolador que possui uma sequência binária pré-definida
em seu firmware para o acionamento do circuito de MOSFETs que irão energizar as bobinas na
devida sequência. O controle da velocidade é feito através de um sinal PWM recebido e
interpretado pelo microcontrolador, que converte em uma frequência diferente de chaveamento, ou
seja, quanto maior o valor recebido, mais rapidamente os MOSFETs serão acionados, aumentando a
velocidade de rotação do motor.. Veja no modelo abaixo como acontece o acionamento das
bobinas de acordo com a lógica binária que o ESC carrega:
5 - Crédito: elabz.com

Vantagens:

• Maior Potência: Menor perda de potência por atrito, como resultado, maior torque e muito
mais eficiência de trabalho.
• Maior Tempo de Funcionamento: Sem perda de energia para acionar as escovas. Com
excelente aproveitamento, há maior durabilidade e rendimento da bateria, como resultado,
menos recargas. Acima de tudo, economiza eletricidade, preservando recursos ambientais.

• Maio Vida Útil: Reduz o atrito, a temperatura de trabalho e o desgaste. Ferramentas com
motores Brushless tem sua vida útil ampliada, ao contrário dos motores com escova de
carvão, que requerem gastos com peças de reposição.

• Estrutura Compacta: Ferramentas com motores compactos, potentes e com carcaças


anatômicas. Em resumo, ferramentas com design slimline valorizam a ergonomia e facilitam
o manuseio.

• Livre de Manutenção: Sem necessidade de troca de escovas de carvão. Nos motores


convencionais, a troca das escovas de carvão é realizada periodicamente. Entretanto, com
as ferramentas Brushless essa troca não existe.

Utilização: Os motores Brushless estão tendo uma larga gama de aplicações, dentre elas podemos
destacar: 1- Brinquedos como drones, helicópteros, aviões, carros, etc. 2- Ferramentas manuais 3-
Máquinas de Lavar 4- Ar condicionado 5- Motores de veículos elétricos como bicicletas, pequenas
motos e carros. Ou qualquer outra aplicação onde se tenha controle de velocidade e uso contínuo

Servo Motor
Introdução: Servo motores (ou servos) são dispositivos elétricos auto-suficiente que giram ou
empurraram peças de uma máquina com grande precisão. Servos são encontrados em muitos
lugares: de brinquedos para eletrodomésticos a automóveis e aviões. Se você tem um carrinho de
controle remoto, avião ou helicóptero, você está usando pelo menos alguns servos. Nesses
carrinhos ou aeromodelos, servos são utilizados para movimentar alavancas e para controle de
direção ou ajuste de superfícies da asa. Pode também ser utilizado para regulagem de velocidade
através da alimentação de combustível. Servos também estão presentes em dispositivos eletrônicos
que usamos no dia-a-dia, por exemplo em aparelhos de DVD e Blu-ray que usam servos para
estender ou retrair as bandejas de disco. Em automóveis, servos podem gerenciar a velocidade do
carro: O pedal de gás, semelhante ao controle de volume do rádio, envia um sinal elétrico que
informa ao controlador do carro quão baixo é a pressão. O controlador do carro realiza cálculos a
partir dessas informação e outros dados dos sensores e envia um sinal para o servo ligado ao
regulador de pressão para regular a velocidade do motor.
E, claro, os robôs não podem existir sem os servos. Você vê robôs servo-controlados em quase todos
os filmes (aqueles bonecos animatrônicos complexos tem dezenas de servos), e você provavelmente
já viu uma série de animais de brinquedos robóticos para venda. Robôs de laboratório menores
também usam servos para mover suas articulações. Há uma variedade de formas e tamanhos para
diferentes aplicações, você pode querer um grande, poderoso para mover o braço de um robô grande
ou um minúsculo para fazer as sobrancelhas de um robô ir para cima e para baixo.

Funcionamento: A simplicidade de um servo é uma característica que os tornam tão confiáveis. O


coração de um servo é um pequeno motor de corrente contínua (DC), semelhante ao que você pode
encontrar em um brinquedo barato. Estes motores movidos a eletricidade a partir de uma bateria,
girando em alta RPM (rotações por minuto), porém com um baixo torque. O projeto da engrenagem
dentro da caixa do servo converte a saída para uma velocidade de rotação muito mais lento, mas
com mais torque. A quantidade de trabalho real é a mesma, apenas mais útil. Engrenagens nos
servomotores mais baratos são geralmente feitos de plástico para mantê-la mais leve. Em um servo
concebido para proporcionar mais torque para trabalho pesado, as engrenagens são feitos de metal
e são mais difíceis de danificar.

Em um motor DC pequeno, você aplica energia de uma bateria e o motor gira. Ao contrário de um
simples motor DC, no entanto, o eixo do motor de um servo tem caminho retardado com as
engrenagens. Um sensor de posicionamento na engrenagem final está ligado a uma pequena placa
de circuito (ver Figura 5, abaixo). O sensor diz para placa de circuito a velocidade que o eixo de saída
do servo tem girado. A eletrônica na placa de circuito decodifica os sinais para determinar o quanto o
usuário quer que o servo a gire. Em seguida, ele compara a posição desejada para a posição atual e
decide qual direção de rotação da haste, de modo que ele chegue à posição desejada.

Imagine que você está brincando em um campo de futebol. Você esta em uma extremidade do
campo e quer chutar a bola o mais longe possível porem no lugar exato que seu amigo esta na outra
extremidade. Você provavelmente gritaria “mais longe, mais longe, mais longe”, então percebe que
ele ficou mais longe do que você queria e chama “mais perto” até ele chegar ao lugar certo. Se ele
fosse um motor simples em um braço robótico e você fosse um microprocessador, você teria que
gastar um tempo para ver o que ele fez e dar comandos para leva-lo de volta para o ponto certo (isso
é chamado de um loop de feedback). Se ele fosse um servo motor, você poderia apenas dizer “sair
até exatamente 4,5 metros” e saberia que ele iria encontrar o ponto certo. Isso é o que faz servos
motores tão úteis: uma vez que você lhes disser o que você quer fazer, eles farão o trabalho. Este
comportamento de busca automática de servo motores torna perfeitos para muitas aplicações
robóticas.

Tipos de Servos: Existem servos dos mais variados tamanhos e divide-se em três tipos básicos:
rotação posicional, rotação contínua e linear.

• Servo de rotação posicional: Este é o tipo mais comum de servo motor. O eixo de saída roda
em cerca de metade de um círculo, ou 180 graus. Tem batentes físicos colocados no
mecanismo de engrenagem para impedir a curva para além destes limites para proteger o
sensor de rotação. Estes servos comuns são encontrados em carros rádio-controlado e
aeromodelos, brinquedos, robôs, e muitas outras aplicações.

• Servo de rotação contínua: Este é bastante semelhante ao servo motor de rotação de


posição comum, exceto que ele pode girar em qualquer direção indefinidamente. O sinal de
controle, em vez de definir a posição estática do servo, é interpretado como a direção e a
velocidade de rotação. A gama de possíveis comandos faz o servo rodar no sentido horário
ou anti-horário conforme desejado, variando a velocidade dependendo do sinal de comando.
• Servo Linear: Esta é também como o servo motor de rotação posicional descrito acima, mas
com engrenagens adicionais (geralmente um rack e mecanismo de pinhão) para alterar a
saída de circular para trás e para a frente. Estes servos não são fáceis de encontrar, mas às
vezes você pode encontrá-los em lojas de hobby onde eles são usados como atuadores em
aviões modelo maiores.

6 - Servo Posicional

7 - Servo de Rotação Contínua


8 - Servo Linear

Motor de Passo

Introdução: O motor de passo (“Stepper Motor” ou “Step Motor”), pode-se dizer, que se trata de um
transdutor que converte pulsos elétricos em movimento mecânico de rotação. A rotação do eixo do
motor é caracterizada por um especifico ângulo incremental de passo para cada pulso de excitação.
Esse ângulo incremental é repetido precisamente a cada pulso gerado por um circuito excitador
apropriado. O erro que possa existir num determinado ângulo incremental é, geralmente menor que
5%, sendo este erro não acumulativo. O resultado é preciso e de movimento fixo, sendo que a cada
pulso tem-se o movimento de um único ângulo incremental de passo, o que possibilita um eficiente
controle de posição. Sendo assim, o motor de passo possibilita um controle de velocidade, direção e
distância, podendo em certos casos, dispensar o controle em malha fechada (ou realimentação),
bastando para tal que o torque produzido pelo motor seja suficiente para movimentar a carga
acoplada. O circuito excitador é constituído por um circuito sequencial (controlador) e um estágio
amplificador de saída (driver). O circuito sequencial pode ser projetado para que o motor gire seu
ângulo incremental de passo a cada pulso na sua entrada, ou para que o motor gire apenas meio
ângulo de passo.

Características:

1. Inexistência de Escovas: os motores de passo não possuem escovas. Os comutadores e


escovas dos motores convencionais são os componentes que apresentam a maioria das
falhas e ainda podem criar arcos que são indesejáveis e perigosos em alguns ambientes.
2. Independência de Carga: os motores de passo giram com um uma dada velocidade
independentemente da carga, desde que a carga não exceda o torque do motor.

3. Posicionamento em Malha Aberta: Os motores de passo se movem com incrementos ou


passos que podem ser quantificados. Desde que o motor funcione como torque especificado,
a posição do eixo é conhecida a todo tempo sem necessidade deum mecanismo de
realimentação.

4. Torque Estacionário: Os motores de passo são capazes de manter o eixo estacionário, desde
que o seu torque seja respeitado.

5. Excelente resposta a partida, parada e a reversão de movimento.

Tipos de Motores de Passo: Existem três tipos principais de motores de passo que são: -> Motor de
Imã Permanente -> Motor de Relutância Variável -> Motor Híbrido Mas ainda podemos ter a
classificação quanto a existência ou não de derivação central nas bobinas que compõem o
enrolamento: -> Unipolar - cada bobina possui uma derivação central -> Bipolar - as bobinas não
possuem derivação central

Motor de Imã Permanente: Este tipo de motor tem um ímã permanente em um eixo liso, gerando
uma mecânica mais simples e barata. A vantagem desse tipo de motor é o fato dele ter um campo
magnético permanente que se soma ao campo magnético das bobinas, dando uma potência, ou
torque, maior na partida. A desvantagem desse tipo de motor é o fato deles terem um passo maior,
com menor precisão. Quando uma bobina do estator é ativada, o eixo se alinha com ocampo
magnético até o estator ser desligado e o estator seguinte ligado.

A resolução do motor de passo com imã permanente pode ser aumentada através do aumento do
número de polos no rotor ou aumento do número de fases.
Motor de Relutância Variável: Os motores de relutância variável ( também chamado de motores de
relutância variável chaveada) possuem de 3 a 5 bobinas conectadas a um terminal comum. A figura
mostra um corte de um motor com 2 bobinas, com 90 graus por passo.

O eixo do motor é feito de ferro, e não contém um ímã, onde o campo magnético é formado pela
energização das bobinas para alinhar o eixo. A grande diferença desse tipo de motor é fato de não
haver um campo magnético permanente fazendo ele ter um torque, ou força, menor na saída. Os
dentes do eixo são alinhados com os dentes de um estator e desalinhados com relação ao outro, em
seguida, o próximo grupos de bobinas é ligado alinhado o eixo ao outro estator e desalinhando do
estator anterior, fazendo o eixo girar em passos.

A resolução do motor de passo de relutância variável pode ser aumentado através do aumento dos
dentes no rotor e através do aumento do número de fases.
Motor Híbrido: Este tipo de motor mistura a mecânica mais sofisticada do motor de Relutância
Variável com a potência do ímã permanente no eixo, dando um torque maior com maior precisão nos
passos, que podem variar entre 3,6° e 0,9° graus, contra 7,5° a 15° graus para o de ímã permanente.

O eixo do motor é construído com dois grupos de dentes, um com o POLO SUL saliente e o outro com
o POLO NORTE, de modo que os dentes fiquem alternados.

De forma semelhante aos tipos anteriores, as bobinas devem ser ligadas em sequência para o eixo
poder girar.
Motor Unipolar: Nos motores de passo unipolares são usados dois enrolamentos por fase e
costumam ter um contato em comum, resultando em cinco, seis ou oito conexões. Nos modelos onde
a conexão comum dos dois polos é separada, são seis conexões externas e nos modelos onde a
conexão comum é soldada internamente, são cinco conexões externas. Os de oito conexões externas
contêm a conexão em comum dos dois polos separada e facilitam a ligação em série ou paralela das
bobinas. Eles são chamados de unipolares e facilitam o projeto por não necessitar de ligação reversa
nos polos. Os modelos com cinco ou seis conexões têm as bobinas ligadas em série e necessitam da
capacidade de reverter as ligações entre as bobinas.

Ligação reversa é um tipo de ligação muito comum entre motores onde os polos A e B da bobinas
podem ser ligados ao positivo e negativo respectivamente, ou invertida, negativo e positivo
respectivamente.

Motor de Passo Bipolar: Os Motor de Passo Bipolar usam uma ligação por polo e necessitam que o
circuito de controle possa reverter o sentido da corrente para acionar as bobinas deforma correta.

Wave Drive - Liga uma bobina por vez, com menor consumo de energia, porém, com menor torque.
Full Drive - Liga duas bobinas por vez, com maior consumo de energia e maior torque.

Half Drive - Alterna a ligação de uma e duas bobinas por vez, dobrando a quantidade de passos
necessários para o motor girar 360°, porém, é menos veloz.

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