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Funcionamento do motor elétrico

monofásico

O motor monofásico é um dos tipos de dispositivos


eletromecânicos mais populares. Isso porque é um dos
componentes mais simples e eficientes, principalmente
para demandas residenciais e comerciais. Ventiladores,
bombas d’água de pequeno porte e compressores
(geladeiras e freezers) são apenas algumas das
aplicações mais conhecidas.

O entendimento do funcionamento desses dispositivos o


ajudará no melhor dimensionamento e a aumentar a
eficiência do motor de acordo com suas aplicações.

Aplicações de um motor monofásico


O motor monofásico é um componente de baixa
potência. Por isso, ele é recomendado para
equipamentos de menor porte, geralmente aqueles que
trabalham com movimentos de rotação. Assim, são mais
encontrados em residências, comércios e pequenas
indústrias. Entre os principais equipamentos que
abarcam esse motor, podemos citar: ventiladores;
bombas d’água; refrigeradores; furadeiras elétricas;
liquidificador; impressoras; secadores de cabelo.

Conceito do motor monofásico


Como vimos, o motor monofásico é um equipamento de
baixa potência. Ele recebe esse nome porque é
alimentado apenas por uma única fase de corrente
alternada e é formado apenas por um conjunto de
bobinas.

Na prática, ele usa a eletricidade de uma rede


monofásica para gerar energia mecânica. Seus
enrolamentos de campos magnéticos são geralmente
conectados diretamente a uma fonte monofásica. Assim,
eles se distinguem dos motores trifásicos, que utilizam
três bobinas para gerar a força giratória.

Funcionamento do motor monofásico


Como qualquer outro motor, o monofásico tem rolamento
de cobre e um rotor não energizado, que é imantado, ou
seja, tem polo negativo e outro positivo. Como ele vai
girar? Existem diversas técnicas e componentes que
podem ser utilizados. Isso vai depender, é claro, do tipo
de motor.

Eles são divididos em dois grupos: motores de corrente


alternada (CA) e motores de corrente contínua (CC). A
grande diferença entre os dois está na forma como a
velocidade é gerenciada.

Motores de corrente alternada (CA)


Esses motores são alimentados por uma corrente
alternada e sua velocidade depende da frequência da
tensão e da corrente. Assim, para controlá-la, utiliza-se
um variador de frequência. Assim, esses equipamentos
são mais empregados em aparelhos que adotam uma
velocidade fixa, como bombas d’água e compressores.
Ao energizar um rolamento de cobre, gera-se um campo
magnético variável. Ao conectar uma corrente
monofásica nesse rolamento, por si só, ele iria apenas
vibrar o rotor, e não girá-lo. Isso porque a alternância
magnética gerada por uma só fase é muito rápida e não
é capaz de dar força de torque, ou seja, fazê-lo romper a
inércia para movimentar-se.

A solução foi criar dois rolamentos distintos com


defasagem (ou diferença) de 90 graus entre eles. Para
isso, utiliza-se um capacitor para alimentar a corrente de
um dos rolamentos. Então, mesmo sendo apenas uma
fase (monofásica), o capacitor simula uma segunda fase,
criando então um campo girante, que movimentará o
rotor.

É por isso que ao ligar o motor monofásico talvez você


sinta que a corrente elétrica dá uma leve queda, uma vez
que certos circuitos auxiliares (capacitores) demandam
uma carga de energia inicial alta, podendo chegar de 5 a
10 vezes a corrente do motor.

Outra forma de fazer o rotor girar é usada nos motores


elétricos de indução. Esses são os mais comuns.
Construídos com bobinas no estator, a força de torque é
obtida por meio de correntes induzidas nesses
componentes. Ao inverter o campo magnético
repetidamente, o rotor gira.

Motor de corrente contínua (CC)


A velocidade na corrente contínua varia conforme a
tensão, de modo que o controle fica mais fácil. Por isso,
é mais aplicada em aparelhos que necessitam de uma
velocidade variada, como liquidificadores, batedeiras
etc. De qualquer forma, o modelo CA também pode variar
a velocidade rotação, como vimos, mas precisa de
outros dispositivos para o controle.
Neste modelo, haverá outros componentes, como o
comutador e forma de anel. Essa peça é ligada à
corrente elétrica por meio de escovas e ao enrolamento
de cobre, que fica dentro de um campo magnético. O
torque para a rotação se dá na reação de atração e
repulsão dos enrolamentos ligados ao comutador
energizado e o campo magnético.

Assim, o princípio básico por trás do motor monofásico é


que ele vai sempre precisar de uma ajuda auxiliar para
fazer o rotor girar, saindo do seu estado de inércia. Isso
não ocorre com o motor trifásico.

Como o nome já sugere, esse último tem três bobinas e,


por isso, não necessita de um capacitor para adicionar
força de torque. Esses três componentes já têm fases
alternadas que geram uma força de partida. Isso garante
ao trifásico mais potência e torque, aumentando seu
leque de aplicações.

Vantagens e desvantagens do motor monofásico


Os motores monofásicos são os mais amplamente
utilizados nas residências, nos estabelecimentos
comerciais e nas indústrias de pequeno porte. Afinal,
eles trazem muitas vantagens, tais como:

• são mais baratos para produzir;


• são eficientes em suas aplicações;
• são mais práticos ao realizar ligações;
• economizam energia;
• são a melhor solução para redes monofásicas.

Na relação custo-benefício, sem dúvida, o motor


monofásico se aplica na maioria dos casos, por isso, são
os mais populares e os mais encontrados nas
residências e nos estabelecimentos comerciais. Assim,
vale a pena se aprofundar um pouco mais no seu
funcionamento.

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