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Motor de Excitação sem Escovas ou Bruslhess DC motor (BLDC)

Segundo (Kosow, 1982, p. 444) Os vários projetos com motores de excitação


podem ser classificados segundo três tipos gerais:

1. Motores CC (sem escovas) com comutação eletrónica;


2. Motores CC inversores (sem escovas) CC/CA operando alimentados
em CC;
3. Motores CC (sem escovas) de rotação limitada.

Os motores CC sem escovas, embora genericamente mais caros para a mesma


potência em HP, possuem certas vantagens sobre os motores com comutador e
escovas, quais sejam:

• Requerem pouca ou nenhumas manutenções;


• Tem uma vida útil muito mais longa;
• Não há faiscamento nestes motores, eliminando-se a possibilidade de
explosão ou radiação;
• Não produzem partículas das escovas ou de comutador nem de gases
como subprodutos de operação;
• Podem operar submersos em fluidos, gases combustíveis e podem ate
ser hermeticamente lacrados;
• São genericamente mais eficientes que os motores CC convencionais ou
os servomotores CC com escovas;
• Fornecem uma resposta mais rápida (menor constante de tempo do
servo) e uma característica razoavelmente constante, do torque de saída
versus a corrente de entrada, o que os recomenda para aplicações como
servomotores.

As desvantagens dos vários tipos são:

• Maior tamanho total devido ao espaço adicional para os componentes


eletrónicos associados (embora os próprios motores sem escovas sejam
normalmente menores que os motores CC convencionais para a mesma
potencia em HP);
• Maior custo (mas com custo de manutenção reduzido);
• Escolha um tanto limitada (presentemente) em tamanhos de “linha”,
sendo necessárias encomendas “especiais” para aplicações
particularizadas.

Motores CC com comutação eletrónica (sem escovas)

Todos os motores CC sem escovas, sob este título, têm um estator bobinado e
um rotor com imã permanente, como esta ilustrado na figura 7a, no eixo do rotor
há algum tipo de transdutor-sensor da posição do rotor montado, que serve como
entrada para o sistema de chaveamento por componentes de estado solido
eliminando a necessidade do comutador e duas escovas.

O motor comutado eletronicamente incorpora 3 chaves com componentes de


estado solido (transístores) em serie com três enrolamentos do estator,
equivalendo a um motor de escovas com três barras comutadoras. No eixo do
motor está um escudo ou blindagem a luz, em forma de excêntrico (situado fora
do centro) que sente a posição do rotor e ativa a chave do transístor de sua
posição desligada ate uma condição de saturação, excitando assim o
correspondente enrolamento do estator que fornecera o torque.

A técnica usada na figura abaixo é um técnica que utiliza um sensor fotoelétrico,


ainda pode se utilizar na comutação eletrónica outras técnicas de sensores, tais
como transdutores magnéticos, transdutores de cristais de Hall, sensores
eletrostáticos, bobinas de indução eletromagnéticas. A função do transdutor ou
sensor é fornecer o sinal para ativar uma determinada chave de transístores de
uma posição desligada para o estado de saturação. O transístor assim, fecha o
circuito de sua respetiva bobina de torque.
Fonte: Livro de (Kosow, 1982, p. 446)

Figura 1: Comutação eletrónica para um motor CC sem escovas.

• A foto transístor 1 ativa a chave do transístor 1 na posição ilustrada. A foto


transístores 2 e 3 não são ativados, uma vez que a fonte de luz (não
representada) é bloqueada pela blindagem a luz;
• A chave do transístor 1 energiza a bobina 1, que está enrolada num
sentido tal que produza um polo de polaridade oposta à do imã
permanente no rotor. O rotor é atraído da posição A para a posição B;
• Na posição B o foto transístor 1 e a bobina 1 correspondente são
desativados e a foto transístor 2 é ativado. Este por sua vez, ativa o
transístor 2 e energiza a bobina 2, sendo que esta atrai o rotor da posição
B para a posição C;
• A ação do sensor e da chave é a de energizar sequencialmente, de cada
vez, cada um dos enrolamentos de torque do estator para fornecer
rotação continua do eixo do rotor no mesmo sentido (anti-horário, no caso
como se vê na figura 7a).

O Motor CC do tipo inversor CC/CA (Sem Escovas)

Uma serie de motores CC sem escovas emprega um servomotor CA em conjunto


com um inversor eletrónico para operação a partir de uma fonte CC. O conjunto
do inversor eletrónico pode ser separado ou incorporado dentro da carcaça do
motor CA (tipo potência inteira). Os inversores são normalmente padronizados
para entradas CC de 12V ou 24 a 28V, fornecendo saídas de 50, 60 ou 400 Hz
para motores de indução padronizados de polo ranhurado ou caneca, ou do tipo
histerese, ou ainda motores síncronos monofásicos. Incorpora normalmente
técnicas para a variação de frequência de saída ou da tensão CA, para fornecer
uma variedade de velocidades de saída. Alguns conjuntos eletrónicos incluem
opções para entrada CA ou CC, resultante um conjunto universal de controle de
velocidade, com frequências de entrada desde CC ate 400Hz, a uma serie de
tensões de entrada.

Os conjuntos do tipo inversor não são tao eficientes quanto os conjuntos de


comutação eletrónica, mas os tipos inversores têm vantagens da velocidade
constante e da baixa inercia nos tamanhos menores, típicas das características
dos motores de indução caneca.

Motores de CC de rotação limitada (Sem Escovas)

As duas classes anteriores de motores CC sem escovas destinam-se em rotação


continua. Os motores de rotação limitada, entretanto só fornecem um torque de
saída ate um máximo de 180°(mais ou menos 90° nos sentidos horário e anti-
horário). Não é necessária comutação em tais motores, uma vez que não é
necessária uma corrente para produzir a rotação continua.

Motores de rotação limitada têm um motor com imã permanente e um estator


bobinado. Quando o estator é energizado por uma fonte CC, o rotor de imã
permanente é acionado no sentido horário ou no anti-horário, dependendo da
polaridade da fonte que energiza o enrolamento do estator, fornecendo um
torque razoavelmente constante dentro de 90° de rotação em qualquer dos
sentidos.

Os motores de rotação limitada têm aplicação como motores de torque para


articulações giroscópicas em elementos estáveis de plataformas especiais, em
motores que acionam as penas para indicadores gráficos, como fornecedores de
torque para o ajuste fino de posição com servomecanismos, e como
servomotores CC para instrumentos, tais como indicadores tacométricos CC.

Alguns motores sem escovas, de rotação limitada, têm a aparência de motores


homopolares, uma vez que eles utilizam uma “panqueca” de discos chapeados
sem carcaça, que não usam comutador para servirem como produtores de
torque. Deve-se notar que o motor homopolar não precisa comutador, mas não
pode ser incluído como um “motor sem escovas” porque se necessitam de
escovas em cada extremidade do disco do rotor.

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