Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Caldeiras
Conteúdo
Formativo
Carga horária: 40 horas
Competência Geral
Competências
▪Distinguir os tipos de pressão, temperatura, calor e vapor com suas unidades de medidas e
transformações das mesmas.
▪Identificar e diferenciar os tipos de caldeiras e seus equipamentos.
▪Acompanhar a operação do equipamento, assim como seus procedimentos de
funcionamen- to e parada.
▪Controlar sistema de tratamento de água e verificar integridade do equipamento.
▪Agir de forma adequada em situações de emergência, tomando ações para minimizar sinis-
tros e proteger os trabalhadores envolvidos.
▪Interpretar e aplicar as normas de segurança e saúde do trabalho.
• Conhecimentos
Pressão:
▪pressão atmosférica;
▪pressão interna de um vaso;
▪pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta;
▪unidades de pressão;
▪calor e temperatura;
▪noções gerais: o que é calor, o que é temperatura;
▪modos de transferência de calor;
▪calor específico e calor sensível;
▪transferência de calor a temperatura constante;
▪vapor saturado e vapor superaquecido;
▪tabela de vapor saturado.
Tipos de caldeiras e suas utilizações.
Partes de uma caldeira.
Caldeiras flamotubulares.
Caldeiras aquotubulares.
Caldeiras elétricas.
Caldeiras a combustíveis sólidos.
Caldeiras a combustíveis líquidos.
Caldeiras a gás.
Queimadores.
Instrumentos e dispositivos de controle de caldeiras:
▪dispositivo de alimentação;
▪visor de nível;
▪sistema de controle de nível;
▪indicadores de pressão;
▪dispositivos de segurança;
▪dispositivos auxiliares;
▪válvulas e tubulações;
▪tiragem de fumaça.
8
Partida e parada.
Regulagem e controle:
▪de temperatura;
▪de pressão;
▪de fornecimento de energia;
▪do nível de água;
▪de poluentes;
▪falhas de operação, causas e providências;
▪roteiro de vistoria diária;
▪operação de um sistema de várias caldeiras;
▪procedimentos em situações de emergência.
Impurezas da água e suas consequências:
▪tratamento de água;
▪manutenção de caldeiras;
▪visita técnica.
Riscos gerais de acidentes e riscos à saúde:
▪riscos de explosão;
▪sinistros em caldeiras.
Normas Regulamentadoras:
▪Norma Regulamentadora NR 13;
▪sinistros em vasos de pressão.
Habilidades
▪Manter concentração.
▪Ser criterioso.
▪Ser disciplinado.
▪Ser objetivo, ser organizado.
▪Ser paciente.
▪Solucionar problemas.
▪Argumentar tecnicamente.
▪Ser criterioso.
▪Ser observador.
Atitudes
▪Ser organizado.
▪Ser proativo.
▪Ser zeloso.
▪Ser ético.
▪Solucionar problemas.
▪Ter e manter concentração.
▪Ter consciência prevencionista em relação à saúde, à
segurança e ao meio ambiente.
▪Manter relacionamento interpessoal.
▪Ter senso de análise.
▪Ter senso investigativo.
Seções de
estudo
Seção 1 – Pressão
Seção 2 – Calor e
temperatura
Pressão
Você sabe o que é
pressão?
Antes de apresentar uma
definição de pressão,
é preciso refletir sobre Força e pressão
outro você
Claramente conceito, o deque o dedo pressiona ora a cabeça do prego, ora a sua ponta. Agora, o que
consegue perceber
acontecerá se você pressionar com a mesma potência o dedo sobre as duas extremidades do prego?
força.
Essa resposta envolve um conceito físico, pressão, que coloca em relação força e a área na qual essa força é
aplicada. Se a força aplicada sobre as extremidades for intensa, certamente você sentirá dor (ou mais dor) ao
tocar a ponta do prego, porque a pressão, neste caso, é maior sobre a superfície de área menor, a ponta do prego.
Assim, a força está relacionada à potência da ação de pressionar o dedo sobre as extremidades do prego.
Pressão é a relação entre uma força e a superfície sobre a qual ela se aplica.
▪ a pressão é diretamente proporcional à força;
▪ a pressão é inversamente proporcional à área.
13
Quando você relaciona a força e a área em que essa força foi aplicada, deve considerar
pressão (p) como sendo a razão entre a intensidade da força (F) aplicada sobre uma
superfície (a cabeça ou a ponta do prego), e a área (A) dessa superfície.
Dessa forma, é possível descrevermatematicamente pressão como:
F (força)
P (pressão) =A (área)
No Sistema Internacional de Unidades – SI (2012), a unidade de força é o Newton (N) e a unidade de área é metro quadrado (m 2). Assim, ao
acrescentar as unidades de força e área na definição de pressão, que é o Newton por metro quadrado ( N/m2), também conhecida como Pascal ( Pa),
você terá:
1 N/m2 = 1 pascal = 1 Pa
F (N)
P= =
A (m²)
(Pa)
UNIDADE DE PRESSÃO
NOME DA UNIDADE SÍMBOLO DA UNIDADE
Libras por polegada quadrada psi
Bar bar
Quilograma força por centímetro quadrado Kgf/cm²
Kilopascal kPa
Milímetro de mercúrio mmHg
Polegada de mercúrio inHg
Atmosfera atm
O termo pressão é empregado nos diferentes campos de estudo da ciência como uma grandeza escalar
que mede a ação de uma ou mais forças sobre um determinado espaço, que pode ser líquido, gasoso ou
mesmo sólido.
A pressão (P) é a força exercida por unidade de área. A unidade no SI para medir a pressão é o pascal
(Pa), equivalente a uma força de 1 Newton por uma área de 1 metro quadrado. A pressão exercida pela
atmosfera ao nível do mar corresponde a 101 325 Pa, e esse valor é normalmente associado a uma
unidade chamada atmosfera padrão.
Pressão atmosférica
A pressão atmosférica tem ligação com a gravidade. Primeiro, é preciso entender que
pessoas, objetos, moléculas, tudo o que está sobre a superfície da Terra é impulsionado
em direção ao seu centro pela força gravitacional. Quando, por exemplo, uma fruta cai
da árvore, é a força atrativa gravitacional que a impulsiona em direção ao solo,
aumentando, inclusive, a sua velocidade pela conversão da energia potencial em
energia cinética.
Além disso, embora as substâncias gasosas tenham massa reduzida, também os átomos
e as moléculas na atmosfera estão sujeitos à aceleração gravitacional. Porém, devido à
característica de ter massa muito reduzida, o ar atmosférico, graças às energias
térmicas de movimento, supera a força gravitacional, de modo que a massa gasosa que
envolve a Terra não se acumule em uma camada fina.
Atmosfera - Esfera gasosa que envolve a Terra, que é retida pela força da gravidade. Constituída
essencialmente de oxigênio e nitrogênio, concentra maior massa próximo à superfície, isto é, quanto
mais afas- tado da superfície terrestre, mais rarefeita fica. A concentração maior de massa total, cerca
de três quartos, encontra-se nos primeiros 11km.
Menor pressão atmosférica Quanto
mais afastado da superfície
terrestre, menor será a intensidade
da força da gravidade e,
consequentemente, maior a
distância entre as moléculas do ar
(ar rarefeito).
Vácuo
A partir da experiência de Torricelli, estabeleceu-se tos da parede interna do vaso ou reservatório. A
que, ao nível do mar, 1atm (uma atmosfera) é partir da pressão interna de um espaço, é possível
equivalente à pressão exercida por uma coluna (a determinar a pressão relativa e a pressão
pressão de líquido é dada por dgh – g = 9,8 m/s2) de absoluta.
h = 76cm mercúrio de 76cm. Assim, ▪A pressão relativa, ou manométrica, tem como
Ar
zero o valor da pressão atmosférica: 1bar. Ou
1 atm = 76 cmHg = 760 mmHg
seja, ela é medida em relação à pressão do
= 1,01.105 Pa
ambiente (em relação à atmosfera). Ainda, é a
Hg
Torricelli ainda inventou um aparelho para medir a diferença entre a pressão absoluta medida em
pressão atmosférica, o barômetro. um ponto qualquer e a pressão atmosférica.
Barômetro é um aparelho Você aqui pôde explorar as carac- terísticas da ▪A pressão absoluta é definida com relação ao
que serve para determinar pressão atmosférica. A seguir, conheça a pressão vácuo absoluto, ou seja, é a diferença da pressão
a pressão atmosférica, interna de um vaso. em um determinado ponto de medição pela
altitudes e prever prováveis pressão do vácuo (zero absoluto).
variações do tempo. Os Pressão interna de um vaso Para medir a pressão interna de um vaso ou
barômetros medem a Em relação aos vasos ou reservató- rios, a reservatório, que indica a pressão relativa ou
pressão atmosférica pressão, quando se encontra em equilíbrio, é a manométrica, é usado o manômetro. Já a pressão
mesma em todas as direções. Em outras palavras, absoluta, também conhecida como total, é
utilizando o bar (unidade de
a pressão é igual em todos os pon- definida através da soma da pressão relativa
pressão). (manométrica) com a pressão atmosférica.
Pressão Manométrica
18
Temperatura
Calor de
Antes de diferenciar temperatura e calor, é preciso destacar que
as pessoas, à primeira vista, tendem a confundir esses dois conceitos.
Afinal, ao sair à rua em uma plena tarde ensolarada de verão, você
sente a temperatura ou o calor?
Primeiramente, temperatura e calor são conceitos estudados pela Ter-
mologia, área da Física que investiga fenômenos ligados ao calor, tais
como, temperatura, propagação do calor, dilatação, entre outros. Além
disso, temperatura é uma grandeza física, ou seja, são propriedades de
um fenômeno que podem ser medidas (descritas qualitativamente e
quantitativamente).
Temperatura
Essa grandeza física é utilizada para medir o grau de agitação das
moléculas, também chamada de energia cinética, de determinada matéria.
Assim, quanto maior a energia cinética (agitação das moléculas) de um
corpo (matéria), maior será a sua temperatura. Em outras palavras, quando
há transferência de calor de um objeto mais aquecido a outro menos
aquecido, a energia cinética deste aumenta, ou seja, a temperatura
aumenta.
Você sabia que a temperatura mínima a que um corpo pode chegar se denomina de Zero Absoluto? Ou seja, é
correspondente ao ponto em que a agitação das moléculas é zero, em completo repouso. Foi o cientista inglês
Willian Thompson, conhecido como Lord Kelvin (símbolo K), que, no século XIX, definiu essa temperatura, com os
seguintes valores:
0K = -273,15ºC
O Kelvin (K) é uma das sete grandezas de base do Sistema Internacio- nal de Unidades (SI). Além disso, a escala de
temperaturas Celsius é definida a partir do Kelvin.
Escalas de temperatura
1 cal = 4,186 J
Tipos de calor
Um corpo contém uma determinada quantidade de calor, que pode existir
de formas diferentes:
▪Calor específico – É a quantidade de calor necessária para elevar em
um grau (K ou oC) a temperatura de um grama de determinada substância.
▪Calor sensível – Ocorre quando o calor é transferido ou extraído de um corpo sem que
haja mudança de estado físico. Neste caso, a temperatura é aumentada ou diminuída,
podendo ser medida por um termômetro. Como exemplo, pode-se citar determinada
quantidade de água que é aquecida de 40°C até 90°C. Essa mudança pode ser medida ou
sentida pelo tato.
▪Calor latente – Uma vez definida como calor sensível a adição ou extração de calor
em uma substância sem que haja mudança de estado, sendo, porém, possível medir ou
sentir essa mudança, temos como calor latente a transferência ou a extração de calor de
uma substância na qual ocorre mudança de estado. Remete ao calor existente em um
corpo, que, mesmo não alterando sua temperatura, apresenta modificação a nível
molecular. Como exemplo, pode-se citar a passagem de uma substância do estado sólido
para o líquido ou do estado líquido para o estado gasoso.
Modos de transferência de calor
A propagação do calor ocorre basicamente de três formas:
condução, convecção e radiação térmica.
Entalpia
Pressão Temperatura Volume específico Calor
Manométrica de vaporização saturado (m³/kg) líquido (kcal/kg) vapor latente
de evaporação
(kg/cm²) (°C) (kcal/kg) (kcal/kg)
0 99,09 1,725 99,1 638,5 539,4
0,5 110,79 1,18 110,9 642,8 531,9
1 119,62 0,9016 119,8 645,8 525,9
1,5 126,79 0,7316 127,2 648,3 521,1
2 132,88 0,6166 133,4 650,3 516,9
2,5 138,19 0,5335 138,8 651,9 513,1
3 142,92 0,4706 143,6 653,4 509,8
3,5 147,2 0,4213 148 654,7 506,7
4 151,11 0,3816 152,1 655,8 503,7
4,5 154,71 0,3489 155,8 656,9 501,1
5 158,08 0,3213 159,3 657,8 498,5
5,5 161,15 0,298 162,6 658,7 496,2
6 164,17 0,2778 165,6 659,4 493,8
6,5 166,96 0,2602 168,5 660,2 491,7
7 169,61 0,2448 171,3 660,8 489,5
7,5 172,11 0,2311 173,9 661,4 487,5
8 174,53 0,2189 176,4 662 485,6
8,5 176,82 0,208 178,9 662,5 483,6
9 179,04 0,1981 181,2 663 481,8
10 183,2 0,1808 185,6 663,9 478,3
11 187,08 0,1664 189,7 664,7 475
12 190,71 0,1541 193,5 665,4 471,9
13 194,13 0,1435 197,1 666 468,9
14 197,36 0,1343 200,6 666,6 466
15 200,43 0,1262 203,9 667,1 463,2
16 203,35 0,119 207,1 667,5 460,4
17 206,14 0,1126 210,1 667,9 457,8
18 208,81 0,1068 213 668,2 455,2
19 211,38 0,1016 215,8 668,5 452,7
20 213,85 0,0968 218,5 668,7 450,2
21 216,23 0,0925 221,2 668,9 447,7
22 218,53 0,08856 223,6 669,1 445,5
23 220,75 0,08492 226,1 669,3 443,2
24 222,9 0,08157 228,5 669,4 440,9
Fonte: Adaptado de GMF Montagens (2014)
Portanto, agora que você estudou os conceitos de pressão, força, temperatura e calor,
chegou o momento de se aprofundar no assunto caldeiras.
Seções de estudo
Seção 1 – Tipos de
caldeiras e suas utili-
zações
Seção 2 – Partes de uma
caldeira
Seção 3 – Instrumentos
e dispositivos de
controle de caldeiras
Caldeiras
Tipos de caldeiras e suas utilizações
Caldeira é a designação dada aos equipamentos metálicos de qualquer tamanho para
aquecer água, produzir vapor, produzir energia, cozinhar alimentos etc. Além
disso, o uso desses equipamentos pela indústria é considerável, inclusive na geração
de energia elétrica por Centrais Termoelétricas.
De forma geral, as caldeiras têm por finalidade fornecer calor para utilizações
diversas, ou seja, é a produção de calor a partir da ação de uma energia exterior
(combustão, energia elétrica, energia nuclear, radiação solar, energia geotérmica)
transferida a um fluido térmico. Quanto ao tamanho, este varia de acordo com a
aplicação a que se destina, sendo frequente o uso de vários equipamentos
paralelamente em instalações de grande porte em que existem cargas de vapor
variáveis.
Antes de iniciar uma descrição mais detalhada da classificação das caldeiras, é
necessário especi ficar estes equipamentos quanto aos fluidos térmicos. São fluidos
térmicos usados industrialmente para transportar energia térmica e mecânica: água
quente, ar quente, água superaquecida, vapor saturado, vapor superaquecido e óleos
térmicos.
Classificação
Há várias formas para classificar as caldeiras, dentre os quais é
possível destacar: classe, conteúdo dos tubos, fonte de
aquecimento, princípios de funcionamento, finalidade, entre
outros. A seguir, serão apresenta- das as características das
caldeiras, sempre observando as definições das Normas
Regulamentares (NR) e das recomendações técnicas.
Classificação quanto à classe de pressão
De acordo com a Norma Regulamentadora NR 13 – Caldeiras, Vasos
de Pressão e Tubulações (Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de
1978 e suas atualizações):
Para os propósitos desta NR, as caldeiras são classificadas em 3
(três) categorias, conforme segue:
a) caldeiras da categoria A são aquelas cuja pressão de operação é
igual ou superior a 1960kPa (19,98kgf/ cm2);
b)caldeiras da categoria C são aquelas cuja pressão de operação é
igual ou inferior a 588kPa (5,99kgf/cm2) e o volume interno é igual
ou inferior a 100L (cem litros);
c)caldeiras da categoria B são todas as caldeiras que não se
enquadram nas categorias anteriores.
A classificação proposta pela norma
regulamentadora é de acordo com a pressão de
operação. Porém, em uma classificação mais
genérica, é possível agrupar os diferentes tipos de
caldeiras existentes em relação aos conteúdos que
circulam em seus tubos.
Classificação quanto ao fluido que passa pelos tubos
A partir dos princípios termodinâmicos e dos conhecimentos já existentes, aliado ao avanço
tecnológico da indústria, construiu-se caldeiras com produção rápida, com mais rendimento, menor
consumo e geração de grande quantidade de vapor.
A classificação das caldeiras que produzem vapor a partir da queima de combustíveis é feita em
relação ao conteúdo dos tubos. São dois grupos: caldeiras flamotubulares e caldeiras aquatubulares.
Sistemas de aquecimento de água para geração de vapor.
a. Caldeiras flamotubulares – Nestes tipos de equipamentos, cujos tipos principais são
a vertical e a horizontal, os gases resultantes da combustão (gases quentes e/ou gases
de exaustão) circulam no interior de tubos que perpassam o reservatório de água,
aquecendo-a, para produzir vapor.
Como é possível perceber na ilustração, os gases
produzidos a partir da combustão passam pelos tubos e
aquecem a água que, ao final do processo, passa do
estado líquido para o gasoso (vapor). Este tipo de
equipamento apresenta vantagens e desvantagens. Entre
as principais vantagens, é possível citar algumas, como:
▪custo de aquisição mais baixo;
▪exigem pouca alvenaria;
▪atendem bem a aumentos instantâneos de demanda de
vapor.
As principais desvantagens das
caldeiras deste tipo são:
▪baixo rendimento térmico;
▪partida lenta devido ao grande volume interno de água;
▪limitação de pressão de operação (máx. 15kgf/cm²);
▪capacidade de produção limitada;
▪dificuldades para instalação de economizador,
superaquecedor e preaquecedor
b. Caldeiras aquatubulares – O avanço tecnológico da indústria fez com que fossem construídas
caldeiras com produção rápida, com mais rendimento, menor consumo e geração de grande
quantidade de vapor com níveis de pressão mais elevados. Além disso, as caldeiras flamotubulares
apresentam superfície de aquecimento muito reduzido, mesmo com um grande número de tubo. A
partir dessas constatações, surgiram as caldeiras aquatubulares, em cujos tubos, ao invés de cir-
cularem gases aquecidos como nas caldeiras flamotubulares, circula água. Essa mudança aumentou
em muito a superfície de aquecimento e, consequentemente, a capacidade de produção de vapor.
Vantagens:
Carvão mineral
▪Coque de carvão – Subproduto da hulha (carvão
betuminoso), resíduo sólido e poroso obtido através do
processo no qual o carvão mineral é submetido a altas
temperaturas sem a presença de oxigênio.
Coque de carvão
▪Coque de petróleo – Produto sólido, derivado do petróleo e
utilizado,
entre outras aplicações, na alimentação de fornos refratários e
caldeiras.
Coque de Petróleo
E, entre os principais combustíveis de origem biológica, estão: madeira;
carvão vegetal; serragem e bagaço de cana-de-açúcar.
O processo de produção de energia ocorre a partir da queima desses
materiais (combustíveis sólidos), que geram gases superaquecidos,
fornecendo energia para o aquecimento de fluidos. Dentre os combustíveis
mais usados encontra-se o carvão mineral, por ser encontrado com mais
facilidade na natureza.
Além disso, o uso do carvão mineral em equipamentos mais antigos era
geralmente feito em forma de pedra e introduzido nas caldeiras manual-
mente, o que tornava o processo de geração de calor bastante inconstante.
Posteriormente, começou-se a utilizar o carvão moído (britado), que é
lançado na parte inferior das caldeiras (fornalha) por grelhas móveis,
acrescido da injeção de ar para a combustão. As caldeiras modernas já
utilizam um processo de injeção de carvão pulverizado, tanto mineral
quanto vegetal.
Caldeiras a combustíveis líquidos
Para entender melhor o funcionamento das caldeiras que utilizam combustíveis líquidos, primeiramente é pre- ciso
relembrar o conceito de combustão. A queima é uma reação química, em determinada temperatura, entre um combustível
(substância – gasolina, carvão, madeira, óleo) e um comburente (gás – geralmente o oxigênio), que libera calor ou luz.
Portanto, estes equipamentos precisam apresentar características específicas, pois, apesar de o combustível se apresentar
na forma líquida, este precisa ser inicialmente transformado em gás, para que a combustão ocorra. Essa transformação
geralmente acontece na saída dos chamados queimadores, posteriormente à pulverização, ao aquecimento e ao contato
com o ar do líquido combustível.
Neste tipo de caldeiras, os principais combustíveis líquidos utilizados são:
▪Óleo combustível – É um derivado de petróleo, também chamado de óleo combustível residual ou óleo combustível
pesado, utilizado amplamente na indústria atual para aquecimento de fornos e caldeiras.
▪Óleo diesel – Frequentemente usado como combustível em caldeiras domiciliares e em queimadores com sistema
automático para aquecer produtos que exigem um combustível com baixo teor de enxofre.
▪Resíduo de vácuo – Produto obtido a partir de um dos processos de refino do petróleo, a destilação a
vácuo. Ou seja, é a fração mais pesada da destilação a vácuo.
estocagem, além de não requerer qual- quer aquecimento para ser queimado.
Os combustíveis utilizados nessas caldeiras são:
▪Gás combustível de refinaria – Mistura gasosa composta de hidrogênio, metano, etano e eteno.
▪Gás natural – Combustível fóssil, formado a partir da decomposição de animais e vegetais
soterrados durante milhares de anos, expostos a calor e pressão intensos. Essa mistura de
hidrocarbonetos leves que, à temperatura ambiente e pressão atmosférica, permanece no estado
gasoso, é uma fonte de energia limpa usada nas indústrias em substituição a outros combustíveis
mais poluentes como óleos combustíveis, lenha e carvão.
Partes de uma caldeira
Agora que você já estudou os diferentes tipos de caldeiras e
sua classificação, acompanhe a seguir, de forma detalhada,
as principais partes que compõem estes equipamentos.
Observe a ilustração a seguir.
Como você pôde observar, trata-se de um modelo clássico de uma caldeira, mais
especificamente de uma caldeira que utiliza combustível sólido, do tipo
aquatubular.
Em geral, as caldeiras apresentam as seguintes partes:
c.Grelhas: são utilizadas para amparar o material dentro da fornalha, podendo ser
fixas, rotativas ou inclinadas.
h. Reaquecedor: tem função equivalente a dos superaquecedores. A sua presença é necessária quando se deseja
elevar a temperatura do vapor proveniente de estágios intermediários de uma turbina.
i. Quadro de comando: é o componente da caldeira onde estão os dispositivos eletroeletrônicos que permitem todas as
operações necessárias ao seu funcionamento.
Instrumentos e dispositivos de controle de caldeiras
Todos os projetos de fabricação de equipamentos relacionados à produção de vapor
devem seguir as recomendações explicitadas nas normas técni- cas. Além disso, outros
detalhes precisam ser levados em consideração quanto a conservação dos equipamentos,
tais como vida útil, alterações na estrutura do material provocadas por corrosão ou
simplesmente pela exposição prolongada ao superaquecimento.
Dessa forma, as preocupações com a conservação dos equipamentos estão relacionadas
aos riscos de acidentes, que aumentam à medida que a resistência do material (tensão
admissível e espessura) diminui. Con- sequentemente, como medida de segurança
preventiva, é preciso que o equipamento receba atenção permanente, como, por exemplo,
correção ou modificação da pressão de trabalho do equipamento.
A seguir, estão descritos alguns equipamentos e dispositivos de controle de caldeiras,
sempre destacando sua função no processo de produção de vapor. Os dispositivos de
alimentação são os seguintes:
a.Alimentação de água nas caldeiras:
▪ injetores;
▪ bomba d’água;
▪ bomba alternativa;
▪ bomba centrífuga.
Este conjunto de peças (dispositivos) é responsável pelo fornecimento de
uma descarga de água igual ou maior que 1,25 vezes a capacidade de
produção de vapor da caldeira, estando ela sob pressão de trabalho.
b.Alimentação de combustível:
A alimentação de combustível é ajustada por dispositivos ligados à leitura de
pressão da caldeira, tais como sensores de pressão, pressostatos e
manômetros. Os pressostatos, que atuam em conjunto com os alimentadores
de combustível, são responsáveis por manter a pressão em uma faixa
admissível de operação.
c.Alimentação de ar:
▪ventiladores; ▪economizador;
▪preaquecedores de ar; ▪ventiladores (responsáveis pela
▪fornalhas; exaustão);
▪zona de convecção; ▪dutos de gases;
▪chaminé.
A combustão consiste na reação química entre um combustível e um gás (geralmente
o oxigênio). No caso das caldeiras, após a queima do combustível na fornalha, os
gases quentes percorrem os dutos (no caso das caldeiras flamotubulares) ou a
câmara de combustão, para serem lançados na atmosfera pela chaminé. A
movimentação dos gases quentes ocorre pela diferença de pressão ou pela entrada
de nova entrada de ar (combustível). A retirada dos gases (tiragem) pode ocorrer por
dois processos: tiragem natural (por meio da chaminé) ou tiragem forçada (uso de
ventiladores).
d. Injetor de água:
Em caso de pane ou falha nas bombas de alimentação de água, os equi- pamentos de
injeção de água funcionam como alternativa, cujo funciona- mento é baseado no uso
do próprio vapor da caldeira que é injetado por meio de uma série de tubos,
transformando a energia do vapor em energia cinética. Assim, quando o ar ou vapor
passa pelos cônicos divergentes, forma vácuo, faz com que a válvula de admissão seja
aberta e arrasta, por sucção, a água do reservatório para dentro da caldeira. Se a
água entra em excesso, sai através de uma válvula de sobrecarga.
e. Bombas de alimentação:
É o equipamento responsável pela injeção/reposição de água para
que a caldeira possa produzir vapor suficiente para a sua demanda.
Neste caso, a pressão da bomba deve ser superior à pressão de
trabalho da caldeira. Essas bombas de alimentação podem ser
movidas por diferentes fontes de energia, ou seja, bombas
centrífugas, um conjunto de êmbolos, motor elétrico ou turbina a
vapor.
Uma vez estudado o assunto caldeiras, com destaque para os aspectos gerais,
identificação dos tipos de caldeiras e suas partes, além dos instrumentos e dispositivos
41
de controle de caldeiras, chegou o momento de estudar o assunto operação de
NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS
Seções de
estudo
Seção 1 – Normas para
operação de
caldeiras
Seção 2 – Regulagem e
controle de cal- deiras
Seção 3 – Falhas de
operação: causas e
providências
Seção 4 – Roteiro de
vistoria diária
OPeRAçãO De CALDeIRAS
percentuais de CO2, O2 e de
CO nos gases eliminados, além
a. Alimentação de óleo
combustível
• Abrir a válvula.
•A válvula manual de vapor está
• Examinar e trocar o purgador, se
A temperatura está demasiada- fechada.
•O purgador não funciona. for o caso.
mente baixa.
• Regular a circulação do óleo na
•A regulagem está malfeita.
rede.
Em relação aos defeitos na alimentação de água, é muito importante que o operador da caldeira não tente
repor
a água sem antes verificar todas as recomendações apresentadas no anterior.
•Imantação permanente na
A bomba só liga quando toca o bobina de caixa. Blindar essa caixa.
alarme.
•Alta tensão nas vizinhanças.
•Descarregar o regulador de
nível, abrindo a válvula até o fim.
•Defeito no regulador de nível
Repetir a operação quantas vezes
devido à presença de lama ou óleo
forem necessárias.
na água.
•Examinar a bobina na caixa de
•A bobina do regulador de nível
controle e verificar se ela está
está queimada (dentro do armá-
queimada. Se necessário, efetuar
rio de controle).
sua troca.
O nível está normal no visor de •Fio de eletrodo.
•Trocar o fio.
nível, porém, o sistema de •Transformador da caixa de
•Trocar o transformador.
combustão não funciona e o controle queimado.
alarme soa. •Lixar os platinados dos contatos
•Mau contato.
elétricos do relé à esquerda do
•Sistema automático de com- regulador de nível.
bustão com defeito. •Ver no manual os defeitos do
•Registros do visor de nível sistema automático da combus-
fechados. tão.
•Alarme queimado. •Abrir os registros.
•Trocar o alarme.
d. Controle de combustão
•Inicialmente, consultar as
instruções de manutenção a esse
respeito.
•Verificar se as válvulas entre o
•A tubulação está fechada. depósito e a bomba estão fecha-
•Os filtros estão sujos. das e abri-las, se for o caso.
O sistema automático de com-
bustão opera, o piloto ascende, •Há ar na sucção da bomba. •Fazer limpeza nos filtros (essa
mas o combustor principal não, e •A válvula de retorno está aber- ta limpeza deve ser realizada de
a pressão de óleo indicada no acordo com as instruções de
pela ação de partículas sólidas na
manômetro é muito baixa ou nula. rede. manutenção).
•Verificar se há, na canalização
•A falta de óleo impede o fun-
de sucção, uma entrada de ar e
cionamento da bomba.
vedá-la, se for o caso.
•Verificar se o depósito de servi-
ço está cheio e completá-lo, caso
necessário.
• Abrir a válvula.
• Verificar se o atomizador está
obstruído. Se estiver, limpá-lo
•O óleo não chega normalmente usando querosene, solvente
apropriado ou ar comprimido.
O sistema automático de com- ao combustor.
• Observar se a junta colocada no
bustão opera, o piloto acende mas •A válvula de entrada de óleo está acento da culatra da parte
o combustor principal não, apesar aberta, porém não chega óleo ao interna da sede do combustor
de o manômetro indicar que a combustor.
está mal ajustada e ajustá-la, se
pressão do óleo está boa. •A válvula de entrada de óleo no for o caso.
combustor está fechada. • Verificar se há alguma obstru-
ção na tubulação de óleo desde
o manômetro até o combustor e
eliminar esse impedimento.
Quando ocorrer determinado defeito no controle de combustão, o operador deve, antes de mais nada,
verificar
se os dispositivos de segurança estão acionados.
e. Controle de pressão
Por fim, caso haja defeito no controle de pressão, é importante que a válvula de segurança esteja
funcionando
perfeitamente, uma vez que esta deve ser testada periodicamente e ajustada, caso seja necessário.
SeçãO 4
Roteiro de vistoria diária
Para garantir o funcionamento adequado de uma caldeira, o operador deve seguir um rigoroso roteiro de
vis- toria, uma vez que esse profissional possui os conhecimentos técnicos necessários para operar o
equipamento com pleno domínio sobre suas características.
Neste caso, seguir uma rotina de trabalho sistematicamente proporciona à empresa segurança para os
funcio- nários, economia de energia, agilidade no processo de produção e, além disso, maior vida útil
do equipamento.
• Testar a fotocélula, para verificar se há corte de chama quando ela é escurecida com um
tampão.
Uma vez apresentadas as diferentes situações em que podem ocorrer defeitos em caldeiras, destaca-se a
impor- tância da observação das normas de segurança estabelecidas nos manuais fornecidos pelos
fabricantes.
Seções de
estudo
Seção 1 – Impurezas
da água e suas con-
sequências
Seção 2 – Tratamento
de água
Seção 3 – Manutenção
de caldeiras
TRATAMeNTO De ÁGUA e
MANUTeNçãO De CALDeIRAS
Oxigênio • Corrosão.
O fato de a composição da água variar muito, não é possível fazer um tratamento de água que seja
satisfatório para todas as condições. De toda forma, é preciso levar em consideração o tratamento
quanto às impurezas da água, deve ser assumido por profissionais ou empresas especializadas.
SeçãO 2
Tratamento de água
Nos processos industriais, o que se considera ideal é ter equipamentos que possam operar no limite da
capaci- dade normal de produção, durante as 24 horas do dia. Por mais eficiente que esse processo
possa ser, algumas paralisações estão previstas: para sanar problemas operacionais ou para manutenção.
Neste sentido, para que essas paralisações não se tornem frequentes, é preciso muita atenção e constante
monitoramento.
Como há a necessidade de realizar um tratamento adequado da água de alimentação para as diferentes
caldeiras, destacam-se três principais finalidades do tratamento de água: impedir a formação de
incrustações, controlar e reduzir a corrosão e impedir o arraste de água.
Os tratamentos convencionais de água das caldeiras estão direcionados à eliminação da dureza, ao ajuste
do pH, à remoção de oxigênio e à prevenção do arraste. Além destes, existem outros tratamentos de
água empre- gados para o mesmo fim: prevenção da corrosão nas linhas de condensado, abrandamento,
desmineralização e desaeração. Diante dos detalhes mencionados, considera-se ideal uma água para
geração de vapor com as seguintes características
▪baixa quantidade de sais e óxidos dissolvidos;
▪inexistência de oxigênio e outros gases dissolvidos;
▪ausência de materiais em suspensão;
A seguir, será apresentado um quadro com os possíveis problemas nas caldeiras causados pelo
tratamento ina-
dequado da água e suas respectivas descrições.
Quadro 2: Possíveis problemas nas caldeiras causados pelo tratamento inadequado da água e suas respectivas descrições
CONSEQUÊNCIA DESCRIÇÃO CAUSAS
•Inexistência de abrandadores ou
operações deficientes destes.
Carbonatos diversos ou sílica no interior •Falha na adição de produtos quími- cos
Incrustação da caldeira ou na superfície de e descargas.
aquecimento. •Deficiência no controle de qualida- de
da água da caldeira no que tange à
dureza.
Em virtude da importância das caldeiras para as operações industriais que precisam de vapor, uma das
pre- ocupações é com a conservação dos equipamentos. Mais especificamente, é preciso evitar a
possibilidade de corrosão e incrustações no sistema de vapor. Neste sentido, o tratamento de água é
muito importante, uma vez que, evitando corrosões e incrustações, os riscos de explosão dos tubos
diminuem.
Seções de
estudo
Seção 1 – Riscos de
explosões e procedi-
mentos em situações
de emergências Seção
2 – Outros cuidados e
precauções Seção 3 –
Riscos gerais de
acidentes e riscos à
saúde
PReVeNçãO CONTRA eX-
PLOSãO e OUTROS RISCOS
Seções de
estudo
Seção 1 – Normas
Regulamentadoras
Seção 2 – Norma
Regulamentadora 13
(NR 13)
LeGISLAçãO e
NORMALIZAçãO
SeçãO 1
Normas Regulamentadoras
As Normas Regulamentadoras - NRs, relativas à segurança e medicina do trabalho, devem ser
obrigatoriamente seguidas pelas empresas públicas e privadas e pelos órgãos públicos da administração
direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
A seguir, será apresentada a lista das NRs e o assunto principal de cada uma delas. Nesta lista, estão
assinaladas, além da NR 13, as principais normas relacionadas ao operador de caldeiras.
Classe de Fluido
Grupo de Potencial de Risco
1 2 3 4
5
P.V P.V P.V < 30 P.V <
<100 P.V 2,5 P.V < 1
100 P.V P.V
2,5
30 1
Categorias
A
-Fluido inflamável, combustível
com temperatura igual ou supe-
rior a 200°C
-Tóxico com limite de tolerância I I II III III
≤ 20ppm
-Hidrogênio
-Acetileno
B
-Combustível com temperatura
menor que 200°C I II III IV IV
-Tóxico com limite de tolerância
> 20ppm
C
-Vapor de água
-Gases asfixiantes simples I II III IV V
-Ar comprimido
D
II III IV V V
- Outro fluido
Notas:
a. válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior
à PMTA, instalado diretamente no vaso ou no sistema que o inclui, considerados os requisitos do
código de projeto relativos a aberturas escalonadas e tolerâncias de calibração;
Reparo - Intervenção realizada para correção de danos, defeitos ou avarias em equipamentos e seus
compo- nentes, visando restaurar a condição do projeto de construção.
Sistema de tubulação - Conjunto integrado de linhas e tubulações que exerce uma função de processo,
ou que foram agrupadas para fins de inspeção, com características técnicas e de processo semelhantes.
Teste de estanqueidade - Tipo de teste de pressão realizado com a finalidade de atestar a capacidade de
retenção de fluido, sem vazamentos, em equipamentos, tubulações e suas conexões, antes de sua entrada
ou reentrada em operação.
Teste hidrostático - TH - Tipo de teste de pressão com fluido incompressível, executado com o objetivo
de avaliar a integridade estrutural dos equipamentos e o rearranjo de possíveis tensões residuais, de
acordo com o código de projeto.
Tubulações - Conjunto de linhas, incluindo seus acessórios, projetadas por códigos específicos,
destinadas ao transporte de fluidos entre equipamentos de uma mesma unidade de uma empresa dotada
de caldeiras ou vasos de pressão.
Vasos de pressão - São reservatórios projetados para resistir com segurança a pressões internas
diferentes da pressão atmosférica, ou submetidos à pressão externa, cumprindo assim a sua função
básica no processo no qual estão inseridos; para efeitos desta NR, estão incluídos:
b.vasos de pressão ou partes sujeitas à chama direta que não estejam dentro do escopo de outras NR,
nem dos itens 13.2.2 e 13.2.1, alínea “a)” desta NR;
CAPACITAÇÃO
PESSOAL
A. Caldeiras
A1 Condições Gerais
A1.1 Para efeito desta NR, será considerado operador de caldeira aquele que satisfizer uma das seguintes
condições:
A1.2 O pré-requisito mínimo para participação como aluno, no Treinamento de Segurança na Operação
de Caldeiras, é o atestado de conclusão do ensino fundamental.
A1.5 Todo operador de caldeira deve cumprir um estágio prático, na operação da própria caldeira que irá
operar,
o qual deverá ser supervisionado, documentado e ter duração mínima de:
A1.6 O estabelecimento onde for realizado estágio prático supervisionado previsto nesta NR deve
informar,
quando requerido pela representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento:
B1.2 Para efeito desta NR será considerado profissional com Treinamento de Segurança na Operação de
Uni- dades de Processo aquele que satisfizer uma das seguintes condições:
a) possuir certificado de Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo expedido por
ins- tituição competente para o treinamento;
b)possuir experiência comprovada na operação de vasos de pressão das categorias I ou II de pelo menos
2 (dois) anos antes da vigência da NR13 aprovada pela Portaria SSST n. 23, de 27 de dezembro de
1994.
B1.3 O pré-requisito mínimo para participação, como aluno, no Treinamento de Segurança na Operação
de Unidades de Processo é o atestado de conclusão do ensino fundamental.
Antes de colocar em prática os períodos especiais entre inspeções, estabelecidos nos itens 13.4.4.5 e
13.5.4.5, alínea “b)” desta NR, os “Serviços Próprios de Inspeção de Equipamentos” da empresa,
organizados na forma de setor, seção, departamento, divisão, ou equivalente, devem ser certificados por
Organismos de Certificação de Produto – OCP acreditados pelo Inmetro, que verificarão por meio de
auditorias programadas o atendimento aos seguintes requisitos mínimos expressos nas alíneas “a” a “h”.
a.existência de pessoal próprio da empresa onde estão instalados caldeiras ou vasos de pressão, com
dedicação exclusiva a atividades de inspeção, avaliação de integridade e vida residual, com formação,
qualificação e treinamento compatíveis com a atividade proposta de preservação da segurança;
b.mão de obra contratada para ensaios não destrutivos certificada segundo regulamentação vigente e,
para outros serviços de caráter eventual, selecionada e avaliada segundo critérios semelhantes ao
utilizado para a mão de obra própria;
Projeto Gráfico
Daniela de Oliveira Costa Jordana Paula Schulka Juliana Vieira de Lima
Elaboração
Jefferson Luiz Schelbauer Aírton Júlio Reiter
Design Educacional
Pâmella Rocha Flores da Silva
Ilustração
Diego Fernandes Paulo Lisboa Cordeiro
Diagramação
Felipe da Silva Machado
Design Gráfico
Davi Leon Dias
CONTEXTUAR