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NR 13 - Treinamento de Segurança na Operação de

Caldeiras
Conteúdo
Formativo
Carga horária: 40 horas

Competência Geral

Realizar a operação de caldeiras com segurança e eficiência, de forma a evitar acidentes e


a preservar as boas condições do equipamento, controlando o funcionamento dos
equipamentos e a qualidade da água de acordo com a legislação vigente.

Competências

▪Distinguir os tipos de pressão, temperatura, calor e vapor com suas unidades de medidas e
transformações das mesmas.
▪Identificar e diferenciar os tipos de caldeiras e seus equipamentos.
▪Acompanhar a operação do equipamento, assim como seus procedimentos de
funcionamen- to e parada.
▪Controlar sistema de tratamento de água e verificar integridade do equipamento.
▪Agir de forma adequada em situações de emergência, tomando ações para minimizar sinis-
tros e proteger os trabalhadores envolvidos.
▪Interpretar e aplicar as normas de segurança e saúde do trabalho.
• Conhecimentos

Pressão:
▪pressão atmosférica;
▪pressão interna de um vaso;
▪pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta;
▪unidades de pressão;
▪calor e temperatura;
▪noções gerais: o que é calor, o que é temperatura;
▪modos de transferência de calor;
▪calor específico e calor sensível;
▪transferência de calor a temperatura constante;
▪vapor saturado e vapor superaquecido;
▪tabela de vapor saturado.
Tipos de caldeiras e suas utilizações.
Partes de uma caldeira.
Caldeiras flamotubulares.
 Caldeiras aquotubulares.
 Caldeiras elétricas.
 Caldeiras a combustíveis sólidos.
 Caldeiras a combustíveis líquidos.
 Caldeiras a gás.
 Queimadores.
 Instrumentos e dispositivos de controle de caldeiras:
▪dispositivo de alimentação;
▪visor de nível;
▪sistema de controle de nível;
▪indicadores de pressão;
▪dispositivos de segurança;
▪dispositivos auxiliares;
▪válvulas e tubulações;
▪tiragem de fumaça.
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 Partida e parada.
 Regulagem e controle:
▪de temperatura;
▪de pressão;
▪de fornecimento de energia;
▪do nível de água;
▪de poluentes;
▪falhas de operação, causas e providências;
▪roteiro de vistoria diária;
▪operação de um sistema de várias caldeiras;
▪procedimentos em situações de emergência.
 Impurezas da água e suas consequências:
▪tratamento de água;
▪manutenção de caldeiras;
▪visita técnica.
 Riscos gerais de acidentes e riscos à saúde:
▪riscos de explosão;
▪sinistros em caldeiras.
 Normas Regulamentadoras:
▪Norma Regulamentadora NR 13;
▪sinistros em vasos de pressão.
Habilidades

▪Identificar os diferentes tipos de pressão, temperatura, calor e vapor e suas


respectivas unidades.
▪Utilizar tabelas vapor x temperatura.
▪Dominar os conhecimentos teóricos relacionando-os com a prática.
▪Diferenciar os tipos de caldeiras de acordo com sua construção e combustível
utilizado, assim como realizar leituras de seus sistemas de controle, acessórios
utilizados e tiragem de seu sistema de exaus- tão.
▪Conhecer a operacionalização dos equipamentos utilizados.
▪Analisar e controlar os parâmetros de funcionamento do equipamento.
▪Proceder de forma adequada em casos de emergência.
▪Controlar sistema de tratamento de água.
▪Realizar vistorias no equipamento de acordo com check-list emitido pelo fabricante
do equipamen- to ou da empresa.
▪Operar os recursos disponíveis e logísticos aplicáveis da prevenção no combate a
sinistros.
▪Utilização de agentes extintores e equipamentos de combate a incêndios.
▪Identificar a utilização e aplicabilidade das normas regulamentadoras.
▪Executar as atividades de forma consciente zelando pela integridade física e dos
bens da empresa.
Atitudes

▪Manter concentração.
▪Ser criterioso.
▪Ser disciplinado.
▪Ser objetivo, ser organizado.
▪Ser paciente.
▪Solucionar problemas.
▪Argumentar tecnicamente.
▪Ser criterioso.
▪Ser observador.
Atitudes
▪Ser organizado.
▪Ser proativo.
▪Ser zeloso.
▪Ser ético.
▪Solucionar problemas.
▪Ter e manter concentração.
▪Ter consciência prevencionista em relação à saúde, à
segurança e ao meio ambiente.
▪Manter relacionamento interpessoal.
▪Ter senso de análise.
▪Ter senso investigativo.
Seções de
estudo
Seção 1 – Pressão
Seção 2 – Calor e
temperatura
Pressão
Você sabe o que é
pressão?
Antes de apresentar uma
definição de pressão,
é preciso refletir sobre Força e pressão

outro você
Claramente conceito, o deque o dedo pressiona ora a cabeça do prego, ora a sua ponta. Agora, o que
consegue perceber
acontecerá se você pressionar com a mesma potência o dedo sobre as duas extremidades do prego?
força.
Essa resposta envolve um conceito físico, pressão, que coloca em relação força e a área na qual essa força é
aplicada. Se a força aplicada sobre as extremidades for intensa, certamente você sentirá dor (ou mais dor) ao
tocar a ponta do prego, porque a pressão, neste caso, é maior sobre a superfície de área menor, a ponta do prego.
Assim, a força está relacionada à potência da ação de pressionar o dedo sobre as extremidades do prego.

Pressão é a relação entre uma força e a superfície sobre a qual ela se aplica.
▪ a pressão é diretamente proporcional à força;
▪ a pressão é inversamente proporcional à área.
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Quando você relaciona a força e a área em que essa força foi aplicada, deve considerar
pressão (p) como sendo a razão entre a intensidade da força (F) aplicada sobre uma
superfície (a cabeça ou a ponta do prego), e a área (A) dessa superfície.
Dessa forma, é possível descrevermatematicamente pressão como:

F (força)
P (pressão) =A (área)
No Sistema Internacional de Unidades – SI (2012), a unidade de força é o Newton (N) e a unidade de área é metro quadrado (m 2). Assim, ao
acrescentar as unidades de força e área na definição de pressão, que é o Newton por metro quadrado ( N/m2), também conhecida como Pascal ( Pa),
você terá:

1 N/m2 = 1 pascal = 1 Pa

No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de pres- são recebe


o nome de Pascal (Pa) e é dada pela relação N/m2.
Pressão
Se você acrescentar as unidades de força e área, a
fórmula de pressão é expressa da seguinte forma:

F (N)
P= =
A (m²)
(Pa)

Unidade de medida é uma quantidade específica de determinada grandeza


física e queservedepadrãoparaeventuais comparações, além de servir de
padrão para outras medidas.
Unidades de pressão
Você viu que pressão está relacionada à ideia de força, ou seja, um impulso que tem por finalidade mover
algo em determinada direção. Completando essa ideia, em Física, representa uma grandeza que é quantificada
a partir da razão entre a força (F) e a área (A) de uma superfície em que essa força é aplicada. Para
determinar a pressão, existem instrumentos, dentre os quais estão o barômetro, o piezômetro, o manômetro e
o vacuômetro.
Além disso, para compreender com mais clareza como as grandezas interferem nos diversos fenômenos, a Física lança mão de
medidas, ou seja, unidades de medida.

Na tabela a seguir, serão apresentadas algumas medidas de pressão.

UNIDADE DE PRESSÃO
NOME DA UNIDADE SÍMBOLO DA UNIDADE
Libras por polegada quadrada psi
Bar bar
Quilograma força por centímetro quadrado Kgf/cm²
Kilopascal kPa
Milímetro de mercúrio mmHg
Polegada de mercúrio inHg
Atmosfera atm

Fonte: Inmetro-SI (2012)


.
Converter de Para as unidades – multiplicar por
psi bar Kgf/cm² kPa atm mmHg inHg
psi 1 0,06894 0,0703 6,894 0,06804 51,714 2,03

bar 14,5 1 1,019 100 0,9869 750,10 29,52

Kgf/cm² 14,223 0,9806 1 98,0665 0,9678 735,55 28,95

kPa 0,1450 0,01 0,0101 1 0,00986 7,5006 0,2952


atm 14,69 1,01325 1,033 101,325 1 760,00 29,92
mmHg 0,0193 0,001333 0,00135 0,1333 0,00131 1 0,03937
inHg 2,03 29,52 28,95 0,2952 29,92 0,03937 1

O termo pressão é empregado nos diferentes campos de estudo da ciência como uma grandeza escalar
que mede a ação de uma ou mais forças sobre um determinado espaço, que pode ser líquido, gasoso ou
mesmo sólido.
A pressão (P) é a força exercida por unidade de área. A unidade no SI para medir a pressão é o pascal
(Pa), equivalente a uma força de 1 Newton por uma área de 1 metro quadrado. A pressão exercida pela
atmosfera ao nível do mar corresponde a 101 325 Pa, e esse valor é normalmente associado a uma
unidade chamada atmosfera padrão.
Pressão atmosférica

A pressão atmosférica tem ligação com a gravidade. Primeiro, é preciso entender que
pessoas, objetos, moléculas, tudo o que está sobre a superfície da Terra é impulsionado
em direção ao seu centro pela força gravitacional. Quando, por exemplo, uma fruta cai
da árvore, é a força atrativa gravitacional que a impulsiona em direção ao solo,
aumentando, inclusive, a sua velocidade pela conversão da energia potencial em
energia cinética.
Além disso, embora as substâncias gasosas tenham massa reduzida, também os átomos
e as moléculas na atmosfera estão sujeitos à aceleração gravitacional. Porém, devido à
característica de ter massa muito reduzida, o ar atmosférico, graças às energias
térmicas de movimento, supera a força gravitacional, de modo que a massa gasosa que
envolve a Terra não se acumule em uma camada fina.

Atmosfera - Esfera gasosa que envolve a Terra, que é retida pela força da gravidade. Constituída
essencialmente de oxigênio e nitrogênio, concentra maior massa próximo à superfície, isto é, quanto
mais afas- tado da superfície terrestre, mais rarefeita fica. A concentração maior de massa total, cerca
de três quartos, encontra-se nos primeiros 11km.
Menor pressão atmosférica Quanto
mais afastado da superfície
terrestre, menor será a intensidade
da força da gravidade e,
consequentemente, maior a
distância entre as moléculas do ar
(ar rarefeito).

Maior pressão atmosférica Quanto


mais perto da superfície, há maior
gravidade e maior concentração
dos gases da atmosfera.

ALTITUDE (m) PRESSÃO (Kgf/cm2) ALTITUDE (m) PRESSÃO (Kgf/cm2)

0 1,033 1000 0,915


100 1,021 2000 0,810
200 1,008 3000 0,715
300 0,996 4000 0,629

400 0,985 5000 0,552


500 0,973 6000 0,481

600 0,960 7000 0,419


700 0,948 8000 0,363
800 0,936 9000 0,313

900 0,925 10000 0,270


Medição da pressão atmosférica com tubo de mercúrio 14)

Vácuo
A partir da experiência de Torricelli, estabeleceu-se tos da parede interna do vaso ou reservatório. A
que, ao nível do mar, 1atm (uma atmosfera) é partir da pressão interna de um espaço, é possível
equivalente à pressão exercida por uma coluna (a determinar a pressão relativa e a pressão
pressão de líquido é dada por dgh – g = 9,8 m/s2) de absoluta.
h = 76cm mercúrio de 76cm. Assim, ▪A pressão relativa, ou manométrica, tem como
Ar
zero o valor da pressão atmosférica: 1bar. Ou
1 atm = 76 cmHg = 760 mmHg
seja, ela é medida em relação à pressão do
= 1,01.105 Pa
ambiente (em relação à atmosfera). Ainda, é a
Hg
Torricelli ainda inventou um aparelho para medir a diferença entre a pressão absoluta medida em
pressão atmosférica, o barômetro. um ponto qualquer e a pressão atmosférica.
Barômetro é um aparelho Você aqui pôde explorar as carac- terísticas da ▪A pressão absoluta é definida com relação ao
que serve para determinar pressão atmosférica. A seguir, conheça a pressão vácuo absoluto, ou seja, é a diferença da pressão
a pressão atmosférica, interna de um vaso. em um determinado ponto de medição pela
altitudes e prever prováveis pressão do vácuo (zero absoluto).
variações do tempo. Os Pressão interna de um vaso Para medir a pressão interna de um vaso ou
barômetros medem a Em relação aos vasos ou reservató- rios, a reservatório, que indica a pressão relativa ou
pressão atmosférica pressão, quando se encontra em equilíbrio, é a manométrica, é usado o manômetro. Já a pressão
mesma em todas as direções. Em outras palavras, absoluta, também conhecida como total, é
utilizando o bar (unidade de
a pressão é igual em todos os pon- definida através da soma da pressão relativa
pressão). (manométrica) com a pressão atmosférica.
Pressão Manométrica
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Temperatura
Calor de
Antes de diferenciar temperatura e calor, é preciso destacar que
as pessoas, à primeira vista, tendem a confundir esses dois conceitos.
Afinal, ao sair à rua em uma plena tarde ensolarada de verão, você
sente a temperatura ou o calor?
Primeiramente, temperatura e calor são conceitos estudados pela Ter-
mologia, área da Física que investiga fenômenos ligados ao calor, tais
como, temperatura, propagação do calor, dilatação, entre outros. Além
disso, temperatura é uma grandeza física, ou seja, são propriedades de
um fenômeno que podem ser medidas (descritas qualitativamente e
quantitativamente).
Temperatura
Essa grandeza física é utilizada para medir o grau de agitação das
moléculas, também chamada de energia cinética, de determinada matéria.
Assim, quanto maior a energia cinética (agitação das moléculas) de um
corpo (matéria), maior será a sua temperatura. Em outras palavras, quando
há transferência de calor de um objeto mais aquecido a outro menos
aquecido, a energia cinética deste aumenta, ou seja, a temperatura
aumenta.

Você sabia que a temperatura mínima a que um corpo pode chegar se denomina de Zero Absoluto? Ou seja, é
correspondente ao ponto em que a agitação das moléculas é zero, em completo repouso. Foi o cientista inglês
Willian Thompson, conhecido como Lord Kelvin (símbolo K), que, no século XIX, definiu essa temperatura, com os
seguintes valores:

0K = -273,15ºC
O Kelvin (K) é uma das sete grandezas de base do Sistema Internacio- nal de Unidades (SI). Além disso, a escala de
temperaturas Celsius é definida a partir do Kelvin.
Escalas de temperatura

O termômetro é o aparelho utilizado para fazer medidas de temperatura e as escalas mais


utilizadas são: a escala Kelvin (K), a escala Celsius (°C) e a escala Fahrenheit (°F).
Cotidianamente, usa-se a escala Celsius (°C). Porém, a escala Fahrenheit (°F) é largamente
empregada nos países de língua inglesa, principalmente Estados Unidos e Inglaterra. Já a escala
Kelvin (K) é usada para fins científicos.
Calor
Calor, ou energia térmica, nada mais é do que a energia em
trânsito que se transfere diretamente de um corpo a outro em
decorrência da diferença de temperatura entre eles. Simplificando,
pode-se dizer que é a transferência de energia de um corpo mais
aquecido a um corpo menos aquecido, até que atinjam,
naturalmente, o equilíbrio térmico.
Com frequência, no verão, ouvimos expressões, como, por exemplo: “Está
muito calor hoje!” Afinal, é o calor que está alto ou é a temperatura que
está elevada? Partindo da constatação de que corpos com temperaturas
baixas também possuem calor, porém em menos quantidade, o que está
muito alto, neste caso, é a temperatura. Apenas a agitação das moléculas
é reduzida nos corpos frios (ou mais frios). No entanto, a questão é
subjetiva, pois o que é calor para um, pode não ser para outro.
Unidades de Medida
De acordo com o Sistema Universal de Medidas (SI), a unidade de
quan- tidade de calor é o Joule (J), embora se use com frequência como
unidade de medida para o calor a caloria (cal). Neste caso, a caloria é
definida como a quantidade de energia precisa para elevar a
temperatura de 1g de água em um grau (°C, °F ou K).
Assim, a relação entre a caloria e o Joule é:

1 cal = 4,186 J
Tipos de calor
Um corpo contém uma determinada quantidade de calor, que pode existir
de formas diferentes:
▪Calor específico – É a quantidade de calor necessária para elevar em
um grau (K ou oC) a temperatura de um grama de determinada substância.
▪Calor sensível – Ocorre quando o calor é transferido ou extraído de um corpo sem que
haja mudança de estado físico. Neste caso, a temperatura é aumentada ou diminuída,
podendo ser medida por um termômetro. Como exemplo, pode-se citar determinada
quantidade de água que é aquecida de 40°C até 90°C. Essa mudança pode ser medida ou
sentida pelo tato.
▪Calor latente – Uma vez definida como calor sensível a adição ou extração de calor
em uma substância sem que haja mudança de estado, sendo, porém, possível medir ou
sentir essa mudança, temos como calor latente a transferência ou a extração de calor de
uma substância na qual ocorre mudança de estado. Remete ao calor existente em um
corpo, que, mesmo não alterando sua temperatura, apresenta modificação a nível
molecular. Como exemplo, pode-se citar a passagem de uma substância do estado sólido
para o líquido ou do estado líquido para o estado gasoso.
Modos de transferência de calor
A propagação do calor ocorre basicamente de três formas:
condução, convecção e radiação térmica.

Condução – A condução é caracterizada como a maneira principal de


transferência de calor nos sólidos entre zonas a temperaturas diferentes, ou
seja, é uma forma de transferência térmica que ocorre sempre que há
diferença de temperatura. Por meio dela, o calor viaja do ponto de maior
para o de menor temperatura. Esse processo de transferência de calor por
condu- ção acontece da seguinte forma: as partículas que constituem o
corpo, no ponto de maior tem- peratura, vibram intensamente, transmitindo
sua energia cinética às partículas vizinhas sem que a posição relativa das
partículas varie. Neste caso, somente o calor se movimenta através do
corpo.
Um exemplo desse tipo de transferência de calor é quando se coloca uma
das extremidades de uma barra de metal sobre uma chama. Por meio da
transferência de calor, o fogo irá aquecer essa extremidade. Assim, as
moléculas do metal começarão a ficar agitadas e se chocarão com as
outras que não estão em contato com o fogo. Essa agitação será transmitida
de molécula para molécula, até que toda a barra de metal estiver aquecida.
Convecção – Ocorre essencialmente nos líquidos e gases, é a transmissão do calor pelo
movimento ou circulação das partes aquecidas. Caracteriza-se pelo movimento
circulatório que ocorre em um fluido com uma temperatura não uniforme, devido à
variação de sua densidade e à ação da gravidade. Em outras palavras, a convecção é a
transferência de calor em um fluido em movimento, não ao nível molecular, como na
condução. Por exemplo, ao colocar água para ferver em uma panela, o fundo desta irá
aquecer primeiro (por condução, pois está em contato com o fogo). A água que estiver
em contato com o fundo quente ficará menos densa do que a água da superfície,
deslocando-se para cima. Depois que esse ciclo se repete por várias vezes, forma-se uma
corrente de convecção (ocasionada pela diferença entre as densidades) e o calor é
transferido para todo o líquido.
Radiação térmica – Todo corpo que esteja a uma temperatura acima de 0
Kelvin (a temperatura Zero Absoluto, equivalente a -273,15ºC) emite energia
eletromagnética, ou seja, a propagação é feita por meio de ondas
eletromagnéticas, que atravessam inclusive o vácuo. Dessa forma, para que a
irradiação (como também é denominada a radiação térmica) ocorra, não é
necessário o contato entre os corpos para que haja transferência de calor.
Assim, quanto maior o calor de um corpo, maior será o calor que ele irradia. A
Terra, por exemplo, não está em contato com o sol, mas mesmo assim é
aquecida por ele.
Você já deve ter percebido que há corpos que absorvem mais energia por
irradiação que outros. Por exemplo, a absorção de energia é maior em
superfícies escuras do que em superfícies claras. É por esse motivo que as
pessoas devem usar roupas claras no verão.
Vapor
Vapor, de forma geral, é a denominação atribuída à matéria no
estado gasoso proveniente de líquidos ou sólidos. Por exemplo, a
água, quando aquecida a 100ºC, entra em ebulição, ou seja, ela
passa do estado líquido para o gasoso. Isso acontece na medida em
que a água é aquecida e suas moléculas adquirem energia suficiente
para vencer as forças que as mantêm ligadas em forma líquida. A
velocidade da formação do vapor é diretamente proporcional à
intensidade do calor fornecido.
Assim, quando o calor é fornecido de forma suficiente à água,
algumas de suas moléculas conseguem vencer a força que as une
no estado líquido, ficando em um estado mais livre. O gás formado
por essas moléculas “livres” é o que se denomina de vapor, ou
especificamente de vapor seco.
Vapor úmido – quando certa quantidade de
moléculas de água já transferiram suas
energias (calor latente) e condensam para
formar pequenas gotículas de água.

Vapor seco (saturado) – quando todas as


moléculas de água se mantêm em estado
gasoso, ou seja, o vapor não contém gotículas
de água líquida em suspensão.
É um gás transparente.
Vapor superaquecido – Ocorre quando se aplica aquecimento adicional
sobre o vapor úmido, acima do ponto de vapor saturado, ou seja, é todo
vapor que esteja a uma temperatura superior a sua temperatura de
vaporização.
Importante destacar que a pureza da água e a pressão absoluta exercida
sobre ela são fatores determinantes da temperatura de ebulição. Assim,
quanto maior a pressão, maior será a temperatura de ebulição da água.
Tabela de Vapor Saturado

Informar pressão requerida


Obter dados

P Pressão manométrica psi 64,0035 kg/cm2 4,5

P’ Pressão absoluta psia 78,2265 kg/cm2a 5,5


t Temperatura do vapor ºF 310,59 ºC 154,8
v’ Volume específico líquido ft3/lb 0,02 m3/kg 0,0011

v’’ Volume específico vapor m3/kg 0,3502


1 a 200 psia ft3/lb 5,61
200 a 1500 psia ft3/lb 5,70

i’ Entalpia do líquido Btu/lb 280,5 kcal/kg 155,9

r Entalpia de vaporização Btu/lb 902,2 kcal/kg 501,3

i’’ Entalpia do vapor Btu/lb 1182,7 kcal/kg 657,2


TABELA DE VAPOR SATURADO

Entalpia
Pressão Temperatura Volume específico Calor
Manométrica de vaporização saturado (m³/kg) líquido (kcal/kg) vapor latente
de evaporação
(kg/cm²) (°C) (kcal/kg) (kcal/kg)
0 99,09 1,725 99,1 638,5 539,4
0,5 110,79 1,18 110,9 642,8 531,9
1 119,62 0,9016 119,8 645,8 525,9
1,5 126,79 0,7316 127,2 648,3 521,1
2 132,88 0,6166 133,4 650,3 516,9
2,5 138,19 0,5335 138,8 651,9 513,1
3 142,92 0,4706 143,6 653,4 509,8
3,5 147,2 0,4213 148 654,7 506,7
4 151,11 0,3816 152,1 655,8 503,7
4,5 154,71 0,3489 155,8 656,9 501,1
5 158,08 0,3213 159,3 657,8 498,5
5,5 161,15 0,298 162,6 658,7 496,2
6 164,17 0,2778 165,6 659,4 493,8
6,5 166,96 0,2602 168,5 660,2 491,7
7 169,61 0,2448 171,3 660,8 489,5
7,5 172,11 0,2311 173,9 661,4 487,5
8 174,53 0,2189 176,4 662 485,6
8,5 176,82 0,208 178,9 662,5 483,6
9 179,04 0,1981 181,2 663 481,8
10 183,2 0,1808 185,6 663,9 478,3
11 187,08 0,1664 189,7 664,7 475
12 190,71 0,1541 193,5 665,4 471,9
13 194,13 0,1435 197,1 666 468,9
14 197,36 0,1343 200,6 666,6 466
15 200,43 0,1262 203,9 667,1 463,2
16 203,35 0,119 207,1 667,5 460,4
17 206,14 0,1126 210,1 667,9 457,8
18 208,81 0,1068 213 668,2 455,2
19 211,38 0,1016 215,8 668,5 452,7
20 213,85 0,0968 218,5 668,7 450,2
21 216,23 0,0925 221,2 668,9 447,7
22 218,53 0,08856 223,6 669,1 445,5
23 220,75 0,08492 226,1 669,3 443,2
24 222,9 0,08157 228,5 669,4 440,9
Fonte: Adaptado de GMF Montagens (2014)
Portanto, agora que você estudou os conceitos de pressão, força, temperatura e calor,
chegou o momento de se aprofundar no assunto caldeiras.
Seções de estudo
Seção 1 – Tipos de
caldeiras e suas utili-
zações
Seção 2 – Partes de uma
caldeira
Seção 3 – Instrumentos
e dispositivos de
controle de caldeiras
Caldeiras
Tipos de caldeiras e suas utilizações
Caldeira é a designação dada aos equipamentos metálicos de qualquer tamanho para
aquecer água, produzir vapor, produzir energia, cozinhar alimentos etc. Além
disso, o uso desses equipamentos pela indústria é considerável, inclusive na geração
de energia elétrica por Centrais Termoelétricas.
De forma geral, as caldeiras têm por finalidade fornecer calor para utilizações
diversas, ou seja, é a produção de calor a partir da ação de uma energia exterior
(combustão, energia elétrica, energia nuclear, radiação solar, energia geotérmica)
transferida a um fluido térmico. Quanto ao tamanho, este varia de acordo com a
aplicação a que se destina, sendo frequente o uso de vários equipamentos
paralelamente em instalações de grande porte em que existem cargas de vapor
variáveis.
Antes de iniciar uma descrição mais detalhada da classificação das caldeiras, é
necessário especi ficar estes equipamentos quanto aos fluidos térmicos. São fluidos
térmicos usados industrialmente para transportar energia térmica e mecânica: água
quente, ar quente, água superaquecida, vapor saturado, vapor superaquecido e óleos
térmicos.
Classificação
Há várias formas para classificar as caldeiras, dentre os quais é
possível destacar: classe, conteúdo dos tubos, fonte de
aquecimento, princípios de funcionamento, finalidade, entre
outros. A seguir, serão apresenta- das as características das
caldeiras, sempre observando as definições das Normas
Regulamentares (NR) e das recomendações técnicas.
Classificação quanto à classe de pressão
De acordo com a Norma Regulamentadora NR 13 – Caldeiras, Vasos
de Pressão e Tubulações (Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de
1978 e suas atualizações):
Para os propósitos desta NR, as caldeiras são classificadas em 3
(três) categorias, conforme segue:
a) caldeiras da categoria A são aquelas cuja pressão de operação é
igual ou superior a 1960kPa (19,98kgf/ cm2);
b)caldeiras da categoria C são aquelas cuja pressão de operação é
igual ou inferior a 588kPa (5,99kgf/cm2) e o volume interno é igual
ou inferior a 100L (cem litros);
c)caldeiras da categoria B são todas as caldeiras que não se
enquadram nas categorias anteriores.
A classificação proposta pela norma
regulamentadora é de acordo com a pressão de
operação. Porém, em uma classificação mais
genérica, é possível agrupar os diferentes tipos de
caldeiras existentes em relação aos conteúdos que
circulam em seus tubos.
Classificação quanto ao fluido que passa pelos tubos
A partir dos princípios termodinâmicos e dos conhecimentos já existentes, aliado ao avanço
tecnológico da indústria, construiu-se caldeiras com produção rápida, com mais rendimento, menor
consumo e geração de grande quantidade de vapor.
A classificação das caldeiras que produzem vapor a partir da queima de combustíveis é feita em
relação ao conteúdo dos tubos. São dois grupos: caldeiras flamotubulares e caldeiras aquatubulares.
Sistemas de aquecimento de água para geração de vapor.
a. Caldeiras flamotubulares – Nestes tipos de equipamentos, cujos tipos principais são
a vertical e a horizontal, os gases resultantes da combustão (gases quentes e/ou gases
de exaustão) circulam no interior de tubos que perpassam o reservatório de água,
aquecendo-a, para produzir vapor.
Como é possível perceber na ilustração, os gases
produzidos a partir da combustão passam pelos tubos e
aquecem a água que, ao final do processo, passa do
estado líquido para o gasoso (vapor). Este tipo de
equipamento apresenta vantagens e desvantagens. Entre
as principais vantagens, é possível citar algumas, como:
▪custo de aquisição mais baixo;
▪exigem pouca alvenaria;
▪atendem bem a aumentos instantâneos de demanda de
vapor.
As principais desvantagens das
caldeiras deste tipo são:
▪baixo rendimento térmico;
▪partida lenta devido ao grande volume interno de água;
▪limitação de pressão de operação (máx. 15kgf/cm²);
▪capacidade de produção limitada;
▪dificuldades para instalação de economizador,
superaquecedor e preaquecedor
b. Caldeiras aquatubulares – O avanço tecnológico da indústria fez com que fossem construídas
caldeiras com produção rápida, com mais rendimento, menor consumo e geração de grande
quantidade de vapor com níveis de pressão mais elevados. Além disso, as caldeiras flamotubulares
apresentam superfície de aquecimento muito reduzido, mesmo com um grande número de tubo. A
partir dessas constatações, surgiram as caldeiras aquatubulares, em cujos tubos, ao invés de cir-
cularem gases aquecidos como nas caldeiras flamotubulares, circula água. Essa mudança aumentou
em muito a superfície de aquecimento e, consequentemente, a capacidade de produção de vapor.
Vantagens:

▪tubos que são de fácil limpeza e substituição;


▪permite trabalho a grandes pressões - 50 -165bar;
▪produção elevada;
▪rapidez de arranque;
▪grande durabilidade (até 30 anos);
▪fácil adaptação a diferentes tipos de combustível
Desvantagens:
▪grandes dimensões;
▪sensíveis às variações bruscas de carga;
▪grandes exigências na qualidade da água de alimentação devido à
elevada pressão de funcionamento;
▪custo elevado;
▪grande complexidade de montagem.

Dentre as caldeiras a vapor, a aquatubular é amplamente usada em


usinas termoelétricas, em função da alta produção de vapor
(aproximadamente 800 toneladas de vapor/hora) e grande pressão
de trabalho (200kgf/cm2), tendo como resultado maior rendimento
na produção de energia, acrescido de excelente controle
operacional e alimentação de combustível. Além de variada
aplicação na indústria, também é usada para caldeiras de
Classificação quanto ao tipo de fonte energética
Como você já estudou anterior- mente, caldeira é um equipamento de
troca de calor, que produz vapor a partir da energia térmica (calor)
proveniente de uma fonte qualquer. Genericamente, este conceito
representa todos os tipos de caldeira, desde as que vaporizam água,
mercúrio e outros tipos de fluidos, incluindo também a sua forma de
alimentação, ou seja, as que utilizam diferentes tipos de energia, inclusive
a elétrica.
Caldeiras elétricas
Este tipo de equipamento possui a função principal de transformar energia
elétrica em energia térmi- ca, para, assim, transmiti-la a um fluido
apropriado, que geralmente é água. As caldeiras elétricas são compostas,
fundamentalmente, por um vaso de pressão, no qual o fluido é aquecido, e
de eletrodos ou resistências.

Basicamente, existem três tipos de caldeiras elétricas: de resistência, de


eletrodo submerso e de jato de água.
▪Resistência - Em sua grande maioria, são do tipo horizontal e utilizam
resistências de pressão. Além disso, destinam-se à produção de vapor em
pequena escala.
▪Eletrodo submerso - Estes equipamentos apresentam duas configurações:
de baixa tensão (entre 220 e 440V) e de alta tensão (entre 3800 e 13800V).
Normalmente esse tipo de caldeira trabalha com pressão não muito elevada –
em torno de 15Kgf/cm2.
Caldeira elétrica tipo eletrodo submerso de baixa tensão
▪Jato de água (cascata) – Estes
equipamentos apenas estão disponíveis
para alta tensão (entre 3800 e 13800V) e
são utilizados em demandas de pressão
elevadas e grandes quantidades de vapor.
Esse tipo de caldeira tem o casco construído
na posição vertical. Internamente, possui
um elemento denominado corpo da
cascata, que tem como função criar jatos de
água que incidem sobre os eletrodos e
destes aos contra eletrodos. • A caldeira
elétrica tipo jato de água possui uma
bomba de circulação que coleta água no
fundo da caldeira e alimenta o corpo da
cascata. O controle de pressão é feito pelo
volume de água introduzido no corpo da
Caldeira.
Caldeiras a combustíveis sólidos
Os combustíveis sólidos utilizados em caldeiras têm duas origens: fóssil (provenientes
da decomposição de
matéria orgânica) e biológica.
Entre os principais combustíveis de origem fóssil estão:
▪Carvão mineral (rocha sedimentar combustível) – São quatro os tipos de carvão
mineral: antracite, hulha, lenhite e turfa. São diferentes entre si na sua composição
química, umidade e teor em cinzas, o que influencia o seu valor energético.

Carvão mineral
▪Coque de carvão – Subproduto da hulha (carvão
betuminoso), resíduo sólido e poroso obtido através do
processo no qual o carvão mineral é submetido a altas
temperaturas sem a presença de oxigênio.

Coque de carvão
▪Coque de petróleo – Produto sólido, derivado do petróleo e
utilizado,
entre outras aplicações, na alimentação de fornos refratários e
caldeiras.

Coque de Petróleo
E, entre os principais combustíveis de origem biológica, estão: madeira;
carvão vegetal; serragem e bagaço de cana-de-açúcar.
O processo de produção de energia ocorre a partir da queima desses
materiais (combustíveis sólidos), que geram gases superaquecidos,
fornecendo energia para o aquecimento de fluidos. Dentre os combustíveis
mais usados encontra-se o carvão mineral, por ser encontrado com mais
facilidade na natureza.
Além disso, o uso do carvão mineral em equipamentos mais antigos era
geralmente feito em forma de pedra e introduzido nas caldeiras manual-
mente, o que tornava o processo de geração de calor bastante inconstante.
Posteriormente, começou-se a utilizar o carvão moído (britado), que é
lançado na parte inferior das caldeiras (fornalha) por grelhas móveis,
acrescido da injeção de ar para a combustão. As caldeiras modernas já
utilizam um processo de injeção de carvão pulverizado, tanto mineral
quanto vegetal.
Caldeiras a combustíveis líquidos
Para entender melhor o funcionamento das caldeiras que utilizam combustíveis líquidos, primeiramente é pre- ciso
relembrar o conceito de combustão. A queima é uma reação química, em determinada temperatura, entre um combustível
(substância – gasolina, carvão, madeira, óleo) e um comburente (gás – geralmente o oxigênio), que libera calor ou luz.
Portanto, estes equipamentos precisam apresentar características específicas, pois, apesar de o combustível se apresentar
na forma líquida, este precisa ser inicialmente transformado em gás, para que a combustão ocorra. Essa transformação
geralmente acontece na saída dos chamados queimadores, posteriormente à pulverização, ao aquecimento e ao contato
com o ar do líquido combustível.
Neste tipo de caldeiras, os principais combustíveis líquidos utilizados são:

▪Óleo combustível – É um derivado de petróleo, também chamado de óleo combustível residual ou óleo combustível
pesado, utilizado amplamente na indústria atual para aquecimento de fornos e caldeiras.
▪Óleo diesel – Frequentemente usado como combustível em caldeiras domiciliares e em queimadores com sistema
automático para aquecer produtos que exigem um combustível com baixo teor de enxofre.
▪Resíduo de vácuo – Produto obtido a partir de um dos processos de refino do petróleo, a destilação a
vácuo. Ou seja, é a fração mais pesada da destilação a vácuo.

Caldeira a combustível líquido


Caldeiras a gás
As caldeiras projetadas para a utilização do gás como combustível, em comparação com outros
equipamentos que usam combustíveis sólidos ou líquidos, são mais simples, uma vez que este
combustível (o gás) apresenta alto rendimento (com pouca impureza), exige pouco reservatório para
Diego Fernandes (2014)

estocagem, além de não requerer qual- quer aquecimento para ser queimado.
Os combustíveis utilizados nessas caldeiras são:
▪Gás combustível de refinaria – Mistura gasosa composta de hidrogênio, metano, etano e eteno.
▪Gás natural – Combustível fóssil, formado a partir da decomposição de animais e vegetais
soterrados durante milhares de anos, expostos a calor e pressão intensos. Essa mistura de
hidrocarbonetos leves que, à temperatura ambiente e pressão atmosférica, permanece no estado
gasoso, é uma fonte de energia limpa usada nas indústrias em substituição a outros combustíveis
mais poluentes como óleos combustíveis, lenha e carvão.
Partes de uma caldeira
Agora que você já estudou os diferentes tipos de caldeiras e
sua classificação, acompanhe a seguir, de forma detalhada,
as principais partes que compõem estes equipamentos.
Observe a ilustração a seguir.
Como você pôde observar, trata-se de um modelo clássico de uma caldeira, mais
especificamente de uma caldeira que utiliza combustível sólido, do tipo
aquatubular.
Em geral, as caldeiras apresentam as seguintes partes:

a.Fornalha ou câmara de combustão: é neste compartimento que ocorre a


queima do combustível. Depen- dendo do tipo de caldeira, a câmara de
combustão e a fornalha se confundem, uma vez que se encontram em um mesmo
espaço. Em outros tipos, são totalmente independentes. Estas podem ser:
fornalhas para queima de combustível sólido (possuem suportes e grelhas),
fornalha com grelhas basculantes, fornalha com grelha rotativa, fornalhas para
queima de combustível em suspensão.

b.Cinzeiro: depósito das cinzas e de restos de combustível que caem da fornalha.

c.Grelhas: são utilizadas para amparar o material dentro da fornalha, podendo ser
fixas, rotativas ou inclinadas.

d.Chaminé: tem a função de retirar os gases do equipamento, fazendo com que


estes acelerem o processo de descarga e, consequentemente, promovem a entrada
e. Condutos de fumo: são canais que conduzem os gases da combustão até a chaminé.

f. Queimadores: são equipamentos que promovem a queima dos combustíveis em


suspensão.
g. Superaquecedor: consiste em um ou mais feixes tubulares destinados a aumentar a temperatura do vapor
gerado na caldeira.

h. Reaquecedor: tem função equivalente a dos superaquecedores. A sua presença é necessária quando se deseja
elevar a temperatura do vapor proveniente de estágios intermediários de uma turbina.

i. Quadro de comando: é o componente da caldeira onde estão os dispositivos eletroeletrônicos que permitem todas as
operações necessárias ao seu funcionamento.
Instrumentos e dispositivos de controle de caldeiras
Todos os projetos de fabricação de equipamentos relacionados à produção de vapor
devem seguir as recomendações explicitadas nas normas técni- cas. Além disso, outros
detalhes precisam ser levados em consideração quanto a conservação dos equipamentos,
tais como vida útil, alterações na estrutura do material provocadas por corrosão ou
simplesmente pela exposição prolongada ao superaquecimento.
Dessa forma, as preocupações com a conservação dos equipamentos estão relacionadas
aos riscos de acidentes, que aumentam à medida que a resistência do material (tensão
admissível e espessura) diminui. Con- sequentemente, como medida de segurança
preventiva, é preciso que o equipamento receba atenção permanente, como, por exemplo,
correção ou modificação da pressão de trabalho do equipamento.
A seguir, estão descritos alguns equipamentos e dispositivos de controle de caldeiras,
sempre destacando sua função no processo de produção de vapor. Os dispositivos de
alimentação são os seguintes:
a.Alimentação de água nas caldeiras:
▪ injetores;
▪ bomba d’água;
▪ bomba alternativa;
▪ bomba centrífuga.
Este conjunto de peças (dispositivos) é responsável pelo fornecimento de
uma descarga de água igual ou maior que 1,25 vezes a capacidade de
produção de vapor da caldeira, estando ela sob pressão de trabalho.
b.Alimentação de combustível:
A alimentação de combustível é ajustada por dispositivos ligados à leitura de
pressão da caldeira, tais como sensores de pressão, pressostatos e
manômetros. Os pressostatos, que atuam em conjunto com os alimentadores
de combustível, são responsáveis por manter a pressão em uma faixa
admissível de operação.

c.Alimentação de ar:
▪ventiladores; ▪economizador;
▪preaquecedores de ar; ▪ventiladores (responsáveis pela
▪fornalhas; exaustão);
▪zona de convecção; ▪dutos de gases;
▪chaminé.
A combustão consiste na reação química entre um combustível e um gás (geralmente
o oxigênio). No caso das caldeiras, após a queima do combustível na fornalha, os
gases quentes percorrem os dutos (no caso das caldeiras flamotubulares) ou a
câmara de combustão, para serem lançados na atmosfera pela chaminé. A
movimentação dos gases quentes ocorre pela diferença de pressão ou pela entrada
de nova entrada de ar (combustível). A retirada dos gases (tiragem) pode ocorrer por
dois processos: tiragem natural (por meio da chaminé) ou tiragem forçada (uso de
ventiladores).

d. Injetor de água:
Em caso de pane ou falha nas bombas de alimentação de água, os equi- pamentos de
injeção de água funcionam como alternativa, cujo funciona- mento é baseado no uso
do próprio vapor da caldeira que é injetado por meio de uma série de tubos,
transformando a energia do vapor em energia cinética. Assim, quando o ar ou vapor
passa pelos cônicos divergentes, forma vácuo, faz com que a válvula de admissão seja
aberta e arrasta, por sucção, a água do reservatório para dentro da caldeira. Se a
água entra em excesso, sai através de uma válvula de sobrecarga.
e. Bombas de alimentação:
É o equipamento responsável pela injeção/reposição de água para
que a caldeira possa produzir vapor suficiente para a sua demanda.
Neste caso, a pressão da bomba deve ser superior à pressão de
trabalho da caldeira. Essas bombas de alimentação podem ser
movidas por diferentes fontes de energia, ou seja, bombas
centrífugas, um conjunto de êmbolos, motor elétrico ou turbina a
vapor.

Bomba de alimentação centrífuga


f. Visor de nível:
Este equipamento, um tubo
trans- parente inserido no
reservatório, é que permite a
verificação do nível de água no
tubulão de vapor. Além de
indicar o correto funcionamen-
to da caldeira, é indispensável
na segurança de operação de
caldeira.
Visor de nível de água
g. Sistema de controle de nível:
Além do visor de nível de água, existe um sistema de
controle de nível constituído por equipamentos (sensores)
que controlam o nível de água na caldeira, capazes de
captar variações de pressão e temperatura e emitir sinais
elétricos, transmitindo-os para o sistema de controle
automático ou para um regulador. Podem ser constituídos
de várias formas e os mais usados são os de eletrodos e o
sistema de boia.
O sensor de nível com eletrodos é constituído de três eletrodos de aço inoxidável de
dimensões diferentes. Cada um corresponde a um determinado nível de água: nível
mínimo (eletrodo maior), nível médio (eletrodo inter- mediário) e nível máximo
(eletrodo menor). Ligados a um relé de nível de água, que transmite para o sistema de
controle automático ou para um regulador (que comanda a bomba de alimentação de
água) sinais diferentes de níveis de água: quando a água atingir a ponta do eletrodo
médio (central), a bomba de alimentação é acionada e para quando a água atingir a
ponta do eletrodo menor (nível máximo). Caso o nível de água atingir a ponta do
eletrodo maior (nível mínimo), em alguns sistemas, o relé emite um sinal sonoro,
alertando o operador sobre defeito no sistema de bombeamento de água.
Já o sistema de sensor de nível com boia é constituído, principalmente, de uma câmara
ligada ao tambor de vapor e a uma boia (que flutua no interior da caldeira). A boia, por sua
vez, registra a flutuação do nível interno da água e a transmite a uma chave que comanda o
acionamento da bomba de alimentação de água.
Indicadores de pressão:
Estes instrumentos, como a própria denominação denuncia, são utilizados
para medir a pressão de vapores, gases e fluidos (líquidos). Como os
diferentes tipos e modelos de caldeira possuem capacidade de pressão de-
terminada, os instrumentos de medição da pressão devem estar em local
visível, com escala de fácil leitura pelo operador da caldeira.
O aparelho utilizado para medir a pressão de vapores, gases e fluidos é o
manômetro. Além disso, neste apa- relho deve constar a pressão máxima de
funcionamento da caldeira, e, para servir de alerta ao operador, deve ser
assinalada em vermelho. De acordo com Inmetro – NR 13 (2014), “os sistemas
de controle e segurança das caldeiras e dos vasos de pressão devem ser
submetidos à manutenção preventiva ou preditiva”.
Dispositivos de segurança:
Todo equipamento é passível de falhas durante seu
funcionamento. Dessa forma, qualquer caldeira deve conter
dispositivos de segurança, para a segurança dos usuários e
evitar a perda/dano do próprio equipamento. Esses
dispositivos devem alertar sobre vazamentos de
combustível, falta de água, superaquecimento, entre outros.
A seguir, serão apresentados os principais dispositivos de
segurança para caldeiras.
▪Alarme de falta de água: este dispositivo emite sinal
sonoro e/ou luminoso que é acionado quando o nível de
água na caldeira está muito baixo.
▪Fusível térmico (tampão): parafuso com um orifício no centro
preenchido com liga metálica de baixo ponto de fusão. Este
tampão é acoplado em um ponto abaixo do nível mínimo de
água, para que, caso ocorrer algum problema, a temperatura do
material de preenchimento do parafuso aumenta, derretendo-o.
Sem a liga metálica do preenchimento, o parafuso dá passagem
à agua, apagando o fogo da fornalha.
▪Pressostatos: são dispositivos de segurança que atuam em
conjunto com os alimentadores de combustível e
comandam o regime de trabalho das caldeiras de acordo
com a pressão do vapor, ou seja, são responsáveis por
manter a pressão em uma faixa admissível de operação.
▪Válvulas de segurança: promove a vazão (escape) do excesso de vapor caso
a pressão da caldeira venha a ser ultrapassada e os outros dispositivos de
segurança não são acionados.
. Dispositivos auxiliares:
▪Economizador: sua finalidade é aquecer a água de alimentação
utilizando o calor residual dos gases resultantes da combustão. Está
localizado na parte alta da caldeira, entre o tambor e os tubos geradores
de vapor, e os gases são obrigados a circular através dele antes de saírem
pela chaminé. Além disso, melhora o rendimento da caldeira e sua
instalação minimiza o choque térmico entre a água de alimentação e a já
existente na caldeira.
▪Preaquecedor de ar: sua função é preaquecer o ar utilizado na queima de
combustível, aproveitando o calor residual dos gases de combustão. Chega
a aquecer o ar entre 120°C e 300°C, dependendo do tipo de instalação e do
tipo de combustível queimado.
▪Sopradores de fuligem: esses dispositivos destinam-se à limpeza das
paredes externas dos tubos a partir de uma distribuição rotativa de um
jato de vapor ou ar no interior da caldeira. Dessa forma, a fuligem removida
pelo processo é eliminada juntamente com os gases pela chaminé.
▪Chaminé: é uma parte importante da caldeira, que tem a função
de retirar os gases do equipamento, fazendo com que estes
acelerem o processo de descarga e, consequentemente,
promovem a entrada de mais oxigênio na fornalha, intensificando
o processo de combustão.
▪Purificadores de vapor: esses dispositivos auxiliares têm a
finalidade de minimizar a condução de umidade, sais e
sólidos em suspensão.
Válvulas e tubulações
As válvulas, em geral, têm a função de obstruir ou regular a passagem de um líquido.
▪Válvula de retenção: nas caldeiras, é colocada nas linhas de vapor e óleo para evitar
o refluxo.
▪Válvula de extração de fundo (dreno): tem como função auxiliar na retirada de
impurezas da água depositadasno fundo do tambor de vapor.
▪Válvula de descarga lenta: assegura a vedação no sistema.
▪Válvula solenoide: em caso de falha do sistema, é responsável pela interrupção do
fornecimento de combustível para o queimador.
▪Válvula de alívio: sua função nas caldeiras é retirar o excesso de pressão no
aquecedor de óleo.
▪Válvula de escape de ar: serve para controlar, no início e no final da operação, a
saída ou a entrada de ar na
caldeira.
▪Válvula de serviço: sua principal função é garantir o acionamento de órgãos da
caldeira (injetor, aquecimento
de óleo, água etc.).

As tubulações podem ser classificadas em quatro categorias: linha de alimentação de


água, linha de óleo combustível, linha de vapor e linha de drenagem.
Tiragem de fumaça
Este é um processo que pode ser obtido por métodos mecânicos ou naturais, pelo qual
se injeta ar na fornalha e garante a circulação dos gases de combustão através de todo
o sistema até a saída para a atmosfera. Os tipos de tiragem são:

▪Tiragem mecânica: (induzida, forçada e mista): é utilizada para aumentar a velocidade


dos gases, que irá causar maiores coeficientes de troca térmica, gerando
consequentemente maiores rendimentos.
▪Tiragem induzida: é conseguida de duas maneiras: aspiração com ejetor; aspiração
com exaustor. O sistema mais usado nas caldeiras é a aspiração por exaustores. O
ventilador é dimensionado para a vazão total dos gases da combustão à temperatura
de saída.
▪Tiragem forçada: é realizada por ventiladores tipo centrífugo ou axial, geralmente
empregada em caldeiraspressurizadas.
▪Sistema misto: utiliza dois ventiladores: um ventilador soprador responsável pela
alimentação do ar de combustão, e um ventilador exaustor, que vence as perdas de
carga no circuito dos gases de combustão, desde a câmara de combustão até a
chaminé.

Uma vez estudado o assunto caldeiras, com destaque para os aspectos gerais,
identificação dos tipos de caldeiras e suas partes, além dos instrumentos e dispositivos
41
de controle de caldeiras, chegou o momento de estudar o assunto operação de
NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS

caldeiras, que será apresentado na próxima unidade.


Unidade de estu

Seções de
estudo
Seção 1 – Normas para
operação de
caldeiras
Seção 2 – Regulagem e
controle de cal- deiras
Seção 3 – Falhas de
operação: causas e
providências
Seção 4 – Roteiro de
vistoria diária
OPeRAçãO De CALDeIRAS

SeçãO 1 ▪o nível de água no tanque de c. Operação normal


abastecimento da caldeira;
Normas para Quando a caldeira está em
▪as válvulas e os instrumentos operação
operação de caldeiras da caldeira em geral; normal, o operador deve
observar:
Os fabricantes de caldeiras esta- ▪as condições operacionais das
belecem, nos manuais, normas bombas de alimentação, dos ▪o nível de água da caldeira e
de operação e de segurança que ven- tiladores e exaustores; fazer os ajustes necessários;
devem ser observadas, além de ▪a temperatura do economizador
▪as condições de alimentação
atitudes em sequência a serem e do preaquecedor;
elétrica do painel de controle;
praticadas nas fases de pré-
partida, partida, operação e ▪ o suprimento de combustível; ▪as indicações dos dispositivos
parada do equipamen- to. Além de controle de temperatura e
disso, considera-se que o
▪ o funcionamento do sistema pressão, fazendo os ajustes
equipamento, ao ser entregue alimentação
de de combustível e necessários;
das grelhas (rotativa e
pelo fabricante ou pela equipe
basculante). ▪o nível nos tanques de
técnica de manutenção e
abasteci- mento de água;
instalação, esteja em condições Além disso, também deve ser
adequadas para que seja dada a feita a drenagem dos ▪se a reposição de combustível
partida do processo de indicadores e dos controladores é suficiente;
produção. de nível.
▪os equipamentos auxiliares,
A seguir, serão apresentadas as ventiladores e exaustores;
normas para a operação de b. Partida
Além de realizar essas
caldeiras a partir dos tipos de Na fase da partida, é importante ▪a combustão através dos
observações, o operador deve
combustíveis utilizados, uma atentar-se às seguintes visores.
fazer:
vez que cada grupo de orientações:
equipamentos apresenta caracte- ▪a regulagem dos dampers,
rísticas particulares. ▪colocar lenha seca e fina e um quando necessário;
Normas para operação pouco de combustível líquido; ▪a sopragem de fuligem
de caldeiras de ▪iniciar o fogo com estopa ume- periódica, conforme rotina;
combustíveis sólidos decida com diesel;
▪descargas de fundo, conforme
O operador de caldeira ▪alimentar a fornalha de recomendação do fabricante;
deverá veri- ficar, além das maneira a garantir aquecimento
indicações constantes no gradual (lento) dos refratários e ▪as anotações exigidas pelos
grelhas da caldeira; superiores;
manual de operação, os
seguintes procedimentos:
▪quando for atingida a pressão ▪os testes de rotina;
de trabalho, abrir lentamente a ▪averificaçãodosgases
a. Pré-partida
válvula principal de saída de dachaminé.
Nesta fase, o operador deverá vapor, evitando golpe de aríete Além disso, é importante que o
observar: e liberando o vapor para operador nunca se ausente dela
consumo; sem notificar seus colegas de
trabalho e mantenha as
▪nas caldeiras sem instalações da caldeira
superaquecedor, após garantir a organizada e limpa.
eliminação total do ar, fechar o
respiro do tubulão superior e
fechar o NRrespiro do DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS
13 - TREINAMENTO 43
superaquecedor nas caldeiras
que o possuem.
d. Parada da caldeira ▪ o posicionamento e as ▪ fazer aquecimento gradual
condições para
Na etapa de parada da caldeira,
dos eletrodos de ignição; não danificar o refratário e os
o
tubos;
operador da caldeira deve: ▪ limpar os sistemas de filtros,
▪realizar sopragem de fuligem; se ▪ verificar qualquer
necessário; anormalidade
▪interromper a alimentação de durante a fase de aquecimento;
▪ iniciar o aquecimento do óleo
combustível;
combustível para circulação; ▪ passar para controle
▪manter o nível de água automático quando o
▪ ligar a instrumentação da
ajustado; aquecimento estiver no
caldeira;
ponto ideal;
▪garantir que o combustível re-
▪ fazer a verificação geral das
manescente não gere mais ▪ atingida a pressão de
vál- vulas e a instrumentação
vapor; trabalho, abrir lentamente a
da caldeira;
▪▪ fechar a válvula de saída de válvula de saída de vapor;
abafar a caldeira, fechando os
vapor; ▪ inspecionar indicadores e
dampers; ▪ nas caldeiras com superaque-
con- troladores de nível e
▪ abrir o respiro da caldeira; cedor, fechar seu respiro; nas
sistema de segurança;
c. Operação
que não normal
possuem, fechar o
▪bilitar
bascular
sua as grelhas para
▪ ajustar o nível de água ou a respiro do tubulão
Quando a caldeira estásuperior.
em
possi-
limpeza;
▪tomar providências necessárias posição operacional; operação
dependendo do objetivo da normal, o operador deve
▪ abrir drenos e respiros na
parada. observar:
caldeira;
▪ parar caldeiras que possuem ▪o nível de água da caldeira e,
Normas para operação superaquecedores, abrir seus se necessário, fazer ajustes;
decaldeiras drenos; ▪a temperatura do
decombustíveis líquidos b. Partida economizador;
▪ limpar fotocélula;
e/ou gasosos Na fase da partida, é importante ▪as indicações dos dispositivos
▪atentar-se
outros às seguintes
instrumentos
O operador de caldeira específicos de controle;
orientações:
movida a combustíveis líquidos da caldeira. ▪o nível do tanque de
e/ou gasosos deverá verificar, ▪verificarafornalhaparaeliminaç suprimento de água;
além das indicações constantes ão E deve realizar:
no manual de operação, os dos gases remanescentes; ▪a combustão através dos
seguintes procedimentos: ▪visores.
todos os testes de rotina;
a. Pré-partida ▪acionar o compressor de ar
para automatização; ▪vistoria nos equipamentos,
Nesta fase, o operador deverá buscando qualquer
observar: ▪verificar a temperatura ea anormalidade;
▪ acender o queimador piloto;
pressão
▪o nível dos tanques de água e ▪do alinhar
combustível para a válvula
lentamente ▪regulagem dos dampers, caso
de combustível; acendimento;
manual de necessário;
▪as condições operacionais das combustível; ▪sopragem de fuligem,
▪em caldeiras com mais de um
bombas de alimentação de água; queimador, obedecer a conforme
▪a alimentação elétrica dos sequência de acendimento; especificado;
painéis de comando; ▪ajustar as condições de queima, ▪descarga de fundo, conforme
▪ventiladores e exaustores; de forma a garantir a recomendado.
Ainda, é necessário seguir
estabilidade da chama; algumas indicações, como:
▪as condições operacionais dos
compressores de ar (se for o ▪desligar o queimador piloto e verificar a tempe- ratura dos
caso); verificar se a chama está gases da chaminé, fazer as
estável; anotações exigidas pelos
superiores e retomar o processo
inicial se a caldeira apagar
subitamente.
44 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI
Assim como nas caldeiras de condições de funcionamento/ da temperatura e da quantidade
com- bustíveis sólidos, é utilização a partir das instruções de fuligem.
importante que o operador de fornecidas pelo fabricante. Outro fator importante é o con-
caldeira nunca se ausente do Em uma caldeira, é necessário trole da temperatura dos gases
local de trabalho sem notificar re- alizar a regulagem e o de combustão, que deve ser de
seus colegas de trabalho, além controle da temperatura, da apro- ximadamente 200oC na
de manter as instalações da pressão e de outros itens. saída, o que em equipamentos
caldeira sempre limpas e Observe a seguir. industriais nem sempre é
organizadas. possível. Recomenda-se, nestes
d. Parada da caldeira casos, a instalação de prea-
Na etapa de parada da caldeira, Controle de quecedor de ar e economizador.
o ra temperatu- Superfícies de troca de calor
operador da caldeira deve: com acúmulo de sujeira ou com
▪ fazer sopragem de fuligem; Em uma caldeira, existem os se- dimen- sões inadequadas,
guintes controles de queimador com capacidade
▪ interromper a alimentação de temperatura:
combustível, fazendo purga na ▪ controle de temperatura do muito elevada, tamanho
linha;apagar os queimadores, ar; inadequado da fornalha, entre
obede- cendo arecomendação outros fatores, podem indicar
▪ controle de temperatura do temperatura muito elevada na
do fabricante;
vapor; chaminé.
gases de
▪desligar a bomba de
▪combustão;
controle de temperatura dos O controle de pressão, por sua
alimentação de óleo ▪controle de temperatura do
vez, é feito por um aparelho
combustível; óleo combustível;
chamado de pressostato (de
▪verificar a fornalha para ▪controle de temperatura da pressão mínima), cuja função é
exaustão água de alimentação. desligar o circuito automático
completa dos gases quando detecta falha de
remanescentes; funcionamento da ventoinha,
Acombustão está estreitamente
defeito na fornalha e queda de
▪drenar os visores de nível e rela- cionada à mistura de ar e
pressão.
fazer os ajustes necessários; combustível, que deve ser
homogênea. No caso de uma Quanto ao controle do nível de
▪após a exaustão da fornalha, água (mínimo e máximo), este é
caldeira, a temperatura da
▪ interromperaalimentaçãodeág
parar o ventilador e abafar a
câmara de combustão deve ser feito por sensores ou sistema de
caldeira;
ua; boia, que comanda o início ou a
muito elevada, para que a
combustão se mantenha
SeçãO
interrupção 3do fornecimento de
▪fechar
abrir ao válvula
respiro;de saída de
constante. Além disso, o água
Falhas pela bomba
de operação: de
vapor e bloquear os pontos de
▪dependendo
tomar as providências
drenagem; do objetivo da alimentação.
fornecimento de ar precisa ser causas e providências
necessárias,
parada. em quantidade equivalente
Agora que você já conhece (suficiente) em relação ao A seguir, serão apresentados os
asnormas para operação de combustível, para que a principais defeitos em uma cal-
caldeiras, veja, na sequência, o combustão seja completa. deira, suas prováveis causas e as
processo de regulagem e A qualidade de uma combustão providências a serem tomadas
controle de caldeiras. é considerada boa pelo cheiro e para sanar essas falhas.
por ser livre de fuligem, gerado
SeçãO 2 Regulagem nos gases de escape. É
e controle de chamada de combustão perfeita
aquela que produz elevado teor
caldeiras de CO2 não venenoso.
Para que um equipamento apre- Quanto ao controle de
sente o desempenho desejado e combustão, é importante
funcione corretamente, este ressaltar que esta atividade
deve, primeiramente, ser serve para evitar redução
colocado em (perda) de calor e de
combustível. Esse controle
pode ser feito por aparelho
específico, que
NR 13determina
- TREINAMENTO os
DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 45

percentuais de CO2, O2 e de
CO nos gases eliminados, além
a. Alimentação de óleo
combustível

Quadro 2: Defeitos na alimentação de combustível

DEFEITOS CAUSAS PROVÁVEIS PROVIDÊNCIAS

Apresenta defeito no circuito de óleo


A bomba não gera pressão suficien- Verificar instruções no manual do
combustível e/ou mecânico da
te ou não gera pressão. fabricante.
bomba.

•Verificar instruções de manuten-


• O motor não gira.
A bomba do óleo diesel não fun- ção.
• A bomba não funciona por avaria
ciona. •Desmontar a bomba e verificar as
ou obstrução (girá-la com a mão).
engrenagens.
• Regulagem inadequada. • Regular a circulação do óleo na
A temperatura demasiadamente • A válvula automática de vapor rede.
alta. não fecha. • Verificar e seguir as instruções de
manutenção.

• Abrir a válvula.
•A válvula manual de vapor está
• Examinar e trocar o purgador, se
A temperatura está demasiada- fechada.
•O purgador não funciona. for o caso.
mente baixa.
• Regular a circulação do óleo na
•A regulagem está malfeita.
rede.

• Os fusíveis estão queimados.


•Examinar e trocar os fusíveis.
• O termostato está desregulado ou
•Examinar o termostato, regulan- do-
danificado.
o, ou trocando-o.
O aquecimento elétrico não fun- • A bobina da chave está queima-
•Trocar a bobina.
ciona. da.

• A corrente não chega à bobina da Examinar o circuito elétrico e
conferir seu funcionamento.
chave eletromagnética.
•Trocar a resistência.
• A resistência está queimada.

•A válvula de vapor está fechada. •Abrir a válvula.


•O purgador não funciona. •Examinar o purgador.
O aquecimento a vapor não fun-
•O termostato ou a válvula sole- •Examinar o termostato ou a vál-
ciona.
noide do aquecedor está desregu- vula, regulando-a ou substituindo-
lada ou danificada. -a, conforme o caso.

Fonte: Adaptado de Manual técnico de caldeiras e vasos de pressão (2006)

Em caso de defeito na alimentação de combustível, é sempre importante que o operador da caldeira


esteja
atento às recomendações do fabricante do equipamento.

46 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI


b. Alimentação da
água

Quadro 3: Defeitos na alimentação da água

DEFEITOS CAUSAS PROVÁVEIS PROVIDÊNCIAS

•Tirar o ar da bomba e verificar se


não há entrada de ar pelas cone-
xões da rede.
•Limpar o filtro.
•Verificar se há alguma válvula
•Existência de ar na sucção. fechada na rede de água.
•Filtro de água sujo. •Verificar se a instalação está in-
•Válvula da sucção ou do recalque correta para água quente, causan- do
fechada. vaporização na sucção.
•Válvula de retenção dando •Verificar se a válvula está mal
passagem. ajustada e corrigi-la.
A bomba não fornece água ou, se •Bomba com capacitação inferior à •Reexaminar o projeto da caldeira e
fornece, é insuficiente. exigida pela caldeira. atualizar o procedimento.
•Rotação invertida da bomba. •Verificar, com a manutenção, a
•Válvula de descarga de fundo instalação elétrica do motor da
aberta. bomba.
•Instalação incorreta. •Verificar se as válvulas de descar- ga
de fundo estão fechadas.
•Defeito mecânico da bomba.
•Verificar se foram seguidas
corretamente as instruções de
instalação.
•Verificar as instruções de manu-
tenção e segui-las.

•Verificar, com a manutenção, o


•Defeito no sistema de comando regulador de nível automático, ou
A bomba de água não funciona.
elétrico. chave eletromagnética, e promover
seu reparo.

•Drenar o regulador de nível por


•Eletrodos do controle de nível com alguns segundos e repetir a opera-
óleo, lama etc. ção quantas vezes forem necessá-
A bomba enche a caldeira de água e •Fio do eletrodo do nível máximo rias.
não para automaticamente. com defeito ou partido. •Contatar manutenção para troca de
•Eletrodo danificado. fio e/ou de eletrodos.
•Defeito no sistema elétrico. •Contatar o departamento de
manutenção especializado.

Fonte: Adaptado de Manual técnico de caldeiras e vasos de pressão (2006)

Em relação aos defeitos na alimentação de água, é muito importante que o operador da caldeira não tente
repor
a água sem antes verificar todas as recomendações apresentadas no anterior.

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 47


c. Controle de
nível
Quadro 4: Defeitos no controle de nível

DEFEITOS CAUSAS PROVÁVEIS PROVIDÊNCIAS

•Imantação permanente na
A bomba só liga quando toca o bobina de caixa. Blindar essa caixa.
alarme.
•Alta tensão nas vizinhanças.

•Abrir totalmente a válvula de


dreno reguladora de nível
durante um minuto, fechá-la em
•Impurezas nos eletrodos.
seguida e verificar se o defeito
•A chave magnética da bomba estápersiste. Se persistir, chamar a
A bomba não funciona, o nível desarmada.
baixa e o alarme soa. manutenção.
•Há umidade na caixa dos ele- •Verificar no manual de manu-
trodos. tenção – chaves magnéticas e
seguir as observações a respeito.
•Examinar e eliminar a umidade.

•Apagar a caldeira imediatamen-


te. Se o nível estiver abaixo do
visor, deixá-la esfriar sozinha. Se
ainda houver água no visor de
•Há lama (ou incrustação) no nível, acionar a bomba de água
A bomba não funciona, o nível regulador de nível por falta de manualmente para restabelecer o
baixa e o alarme não soa, porém a limpeza. nível.
caldeira continua funcionando
•Há umidade na entrada de •Descarregar a válvula de dreno
(situação de possível explosão). reguladora de nível até eliminar a
corrente nos eletrodos.
lama, fazendo uma limpeza
completa.
•Secar o topo superior do corpo de
nível.

•Descarregar o regulador de
nível, abrindo a válvula até o fim.
•Defeito no regulador de nível
Repetir a operação quantas vezes
devido à presença de lama ou óleo
forem necessárias.
na água.
•Examinar a bobina na caixa de
•A bobina do regulador de nível
controle e verificar se ela está
está queimada (dentro do armá-
queimada. Se necessário, efetuar
rio de controle).
sua troca.
O nível está normal no visor de •Fio de eletrodo.
•Trocar o fio.
nível, porém, o sistema de •Transformador da caixa de
•Trocar o transformador.
combustão não funciona e o controle queimado.
alarme soa. •Lixar os platinados dos contatos
•Mau contato.
elétricos do relé à esquerda do
•Sistema automático de com- regulador de nível.
bustão com defeito. •Ver no manual os defeitos do
•Registros do visor de nível sistema automático da combus-
fechados. tão.
•Alarme queimado. •Abrir os registros.
•Trocar o alarme.

Fonte: Adaptado de Manual técnico de caldeiras e vasos de pressão (2006)

48 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI


Caso ocorra algum defeito no controle de nível, o operador da caldeira deve consultar o departamento de
manutenção e de instalação, para se certificar da posição correta do nível da caldeira.

d. Controle de combustão

Quadro 5: Defeitos no controle de pressã

DEFEITOS CAUSAS PROVÁVEIS PROVIDÊNCIAS

•Encher o tanque, com o cui-


•Falta óleo no depósito de com- dado de purgar o ar da sucção da
O queimador piloto não acende bustível para ignição. bomba (ver instruções de
ou falha, às vezes, e o manôme- •A válvula de saída do combustí- manutenção).
tro de óleo não registra pressão. vel para ignição está fechada. •Abrir a válvula.
•Há ar na tubulação de sucção. •Seguir as instruções a esse
respeito.

•Inicialmente, consultar as
instruções de manutenção a esse
respeito.
•Verificar se as válvulas entre o
•A tubulação está fechada. depósito e a bomba estão fecha-
•Os filtros estão sujos. das e abri-las, se for o caso.
O sistema automático de com-
bustão opera, o piloto ascende, •Há ar na sucção da bomba. •Fazer limpeza nos filtros (essa
mas o combustor principal não, e •A válvula de retorno está aber- ta limpeza deve ser realizada de
a pressão de óleo indicada no acordo com as instruções de
pela ação de partículas sólidas na
manômetro é muito baixa ou nula. rede. manutenção).
•Verificar se há, na canalização
•A falta de óleo impede o fun-
de sucção, uma entrada de ar e
cionamento da bomba.
vedá-la, se for o caso.
•Verificar se o depósito de servi-
ço está cheio e completá-lo, caso
necessário.

• Abrir a válvula.
• Verificar se o atomizador está
obstruído. Se estiver, limpá-lo
•O óleo não chega normalmente usando querosene, solvente
apropriado ou ar comprimido.
O sistema automático de com- ao combustor.
• Observar se a junta colocada no
bustão opera, o piloto acende mas •A válvula de entrada de óleo está acento da culatra da parte
o combustor principal não, apesar aberta, porém não chega óleo ao interna da sede do combustor
de o manômetro indicar que a combustor.
está mal ajustada e ajustá-la, se
pressão do óleo está boa. •A válvula de entrada de óleo no for o caso.
combustor está fechada. • Verificar se há alguma obstru-
ção na tubulação de óleo desde
o manômetro até o combustor e
eliminar esse impedimento.

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 49


•Fazer limpeza na tubulação.
A temperatura de saída dos gases • •Retirar a tampa e verificar o
A tubulação da caldeira está suja estado dos refratários.
da caldeira é superior à normal.
de fuligem.
•Fazer os reparos seguindo as
instruções de manutenção.

•Verificar se a válvula de retorno


está colada. Se estiver, descolá-
-la.
•Verificar se a válvula no tubo de
retorno para o depósito está
fechada. Se estiver, abri-la.
•Há falta de ar secundário mo-
•Fechar a válvula de entrada de
tivada pela falta de limpeza das
óleo no combustor e fazer a
correias do ventilador, que estão
circulação do óleo, acionando a
bambas.
chave de comando manual até que
•A pressão de óleo está eleva- dao ponteiro do manômetro de
ou oscila por causa de ar na pressão do óleo estabilize.
canalização. •Verificar se existe conexão solta
•O registro da borboleta de ar estána linha de sucção da bomba e
fora do lugar. reapertá-la, caso seja necessário.
A fumaça na saída de gases está •O servo motor não abre a •Providenciar sua limpeza.
mais escura do que o normal. borboleta, porque a alavanca do •
Trocar as correias ou esticá-las.
comando está solta.
•Colocar o registro no lugar certo.
•Ventilador sujo.
•Prender a alavanca de coman- do.
•Caixa de ar suja.
•Limpar o rotor e a tela de ma-
•Alta ou baixa temperatura no
nutenção, seguindo as instruções
óleo.
•Desmontar e lavar o atomiza- dor
•Baixa pressão no ar de atomi-
de óleo combustível pesado.
zação.
•Consultar o manual de instru-
•Atomizador entupido.
ções a respeito do aquecedor de
óleo e sobre os defeitos do
compressor e seguir as instru- ções
dadas.

• Correias partidas. • Substituir as correias.


O ventilador não funciona.
• Defeito no ventilador. • Providenciar seu conserto.

•Trocar ou esticar as correias.


•Correias bambas. •Regular da seguinte forma: para
•Borboleta de regulagem fora do fogo alto, borboleta total- mente
O ventilador funciona, mas sua lugar. aberta; para fogo baixo, borboleta
atuação não é normal. meio fechada.
•Ventilador sujo.
•Defeito mecânico no ventilador. •Limpar ventilador.
•Providenciar o seu conserto.

50 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI


•Aproximar os terminais um do
outro e observar se saltam
centelhas. Se isso não ocorrer,
percorrer todo o circuito elétrico
•Não chega corrente aos eletro- para detectar o defeito e corrigi-
dos. -lo.
•Há ar na tubulação. •Verificar se o defeito está
O combustor piloto não acende ou também no circuito elétrico do
falha, às vezes, e a pressão de óleo •O filtro está sujo. transformador por interrupção
registrada no manôme- tro é •Atomizador de óleo diesel sujo.
nos fios e cabos.
inferior a 100lb/pol2. •Eletrodos de ignição desajus- •Efetuar a limpeza do filtro.
tados.
•Assoprar o gligê com ar compri-
•Porcelanas partidas.
mido, evitando estopa e arame.
•Trocar as porcelanas.
•Consultar as instruções de ma-
nutenção a esse respeito.

Fonte: Adaptado de Manual técnico de caldeiras e vasos de pressão (2006)

Quando ocorrer determinado defeito no controle de combustão, o operador deve, antes de mais nada,
verificar
se os dispositivos de segurança estão acionados.

e. Controle de pressão

Quadro 6: Defeitos no controle de pressão


DEFEITOS CAUSAS PROVÁVEIS PROVIDÊNCIAS

•Verificar se não foram ligadas, ao


•Chave de comando manual de
mesmo tempo, as chaves de
ignição ligada.
comando manual e as de coman-
•Platinado de pressostato colado. do automático de ignição. Se isso
A pressão está acima da permi- tida •Pressostato com o diafragma ocorrer, desligar o automático.
e as válvulas de segurança e o furado. •Lixar o platinado.
automático de parada não
•Capilar do diafragma defeitu- •Trocar o pressostato.
funcionam.
oso. •Tirar o pressostato e substituir o
•Pressostato desregulado. diafragma.
•Regular o pressostato.

O gerador de vapor para de fun-


cionar e a pressão registrada no
• •Trocar o manômetro.
manômetro de vapor está abaixo Defeito no manômetro.
do nível máximo normal.

•Consultar, no manual de instru-


ções, sobre o compressor de ar e
•Defeito no compressor, no seguir as recomendações.
O manômetro de ar não registra •Trocar o manômetro.
manômetro e/ou no circuito de
pressão ou registra pressão baixa.
óleo. •Consultar o manual sobre o sis-
tema automático de combustão e
seguir as instruções.

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 51


O manômetro de óleo não regis- • Trocar o manômetro.
•Defeito no circuito de óleo e/ ou
tra pressão ou registra pressão • Verificar as instruções no ma-
defeito no manômetro.
muito baixa. nual e segui-las.

O manômetro de vapor não


registra pressão inferior quando o
• •Trocar o manômetro.
gerador de vapor desliga automa- Defeito no manômetro.
ticamente.

O manômetro de óleo oscila mui- • •Purgar o ar na tubulação.


Ar na tubulação de óleo.
to e não dá a pressão exata.

Fonte: Adaptado de Manual técnico de caldeiras e vasos de pressão (2006)

Por fim, caso haja defeito no controle de pressão, é importante que a válvula de segurança esteja
funcionando
perfeitamente, uma vez que esta deve ser testada periodicamente e ajustada, caso seja necessário.

SeçãO 4
Roteiro de vistoria diária
Para garantir o funcionamento adequado de uma caldeira, o operador deve seguir um rigoroso roteiro de
vis- toria, uma vez que esse profissional possui os conhecimentos técnicos necessários para operar o
equipamento com pleno domínio sobre suas características.
Neste caso, seguir uma rotina de trabalho sistematicamente proporciona à empresa segurança para os
funcio- nários, economia de energia, agilidade no processo de produção e, além disso, maior vida útil
do equipamento.

52 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI


A seguir, será apresentada uma série de procedimentos que devem constar em um roteiro de
vistoria.

Quadro 7: Roteiro de vistoria


ROTEIRO

•Averiguar o abastecimento do tanque de água de alimentação da caldeira.

• Testar o regulador e o visor de nível frequentemente.

•Observar a combustão da fornalha, através dos visores e da cor da fumaça na chaminé.

• Examinar manômetros e termômetros de ar, água e gases de combustão.

• Controlar o nível de água por meio dos indicadores existentes na caldeira.


• Verificar, no caso de caldeira a óleo, o nível e a temperatura do óleo nos seus depósitos, e o
termômetro e manômetro da linha de óleo próximo ao queimador.

• Executar as descargas de fundo, conforme exigido pelo laboratório de qualidade da água.

• Verificar se a lubrificação dos equipamentos está adequada.

• Testar a fotocélula, para verificar se há corte de chama quando ela é escurecida com um
tampão.

• Examinar o correto funcionamento das bombas existentes.

• Verificar o funcionamento dos ventiladores.

• Fazer as descargas de fundo conforme exigido pelo laboratório de qualidade da água.

• Movimentar periodicamente o funcionamento de todas as válvulas.

•Verificar se os pressostatos e o sistema de acendimento estão funcionando corretamente.

• Preencher o relatório de vistoria diária fornecido pelos supervisores.

Fonte: Do autor (2014)

Uma vez apresentadas as diferentes situações em que podem ocorrer defeitos em caldeiras, destaca-se a
impor- tância da observação das normas de segurança estabelecidas nos manuais fornecidos pelos
fabricantes.

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 53


Unidade de estu

Seções de
estudo
Seção 1 – Impurezas
da água e suas con-
sequências
Seção 2 – Tratamento
de água
Seção 3 – Manutenção
de caldeiras
TRATAMeNTO De ÁGUA e
MANUTeNçãO De CALDeIRAS

SeçãO 1 Assim, as impurezas da água, de forma geral, estão relacionadas à


matéria orgânica, aos compostos minerais em suspensão ou
Impurezas da água dissolvidos e gases.
e suas Quanto à água a ser utilizada como alimentação de caldeiras, suas
consequências carac- terísticas são determinadas nos manuais de operação
Antes de apontar as fornecidos pelos fabricantes dos equipamentos.
características da água para
alimentação de uma caldeira, é Fontes de água para caldeiras
importante destacar as
diferentes características de As principais fontes de água para caldeiras são: a rede pública,
fluido, para depois estudar as lençóis subterrâneos e lençóis superficiais (rios, lagos etc.).
formas ade- quadas de Importante destacar que, independentemente da fonte, a água possui
tratamento. A água, de forma elementos e características próprias que normalmente afetam as
geral, apresenta características caldeiras, diminuindo sua eficiência e comprometendo sua
químicas, físicas e biológicas. segurança.
Em relação às características Dessa forma, há a necessidade de realizar um tratamento adequado
físicas, estas estão associadas na água de alimentação da caldeira, para evitar problemas
aos sólidos presentes na água, provenientes de impurezas em seus componentes. Em consequência
que podem ser em suspensão, do tratamento da água que é usada em caldeiras, percebeu-se o
coloidais ou dissolvi- dos, aumento de sua eficiência, a redução dos custos de combustível, a
dependendo do seu tamanho. diminuição da necessidade de manutenção, além do prolongamento
Quanto às características da vida útil operacional e o aumento do grau de pureza do vapor
químicas, estas podem ser produzido pelo equipamento.
classificadas em matéria A seguir, serão apresentadas as principais impurezas encontradas na
orgânica ou inorgânica. Já as água e os problemas por eles provocados.
características biológicas
referem-
-se aos seres presentes na água,
que podem ser vivos
(pertencentes aos reinos animal
e vegetal, além dos protistas)
ou mortos.

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 55


Quadro 1: Principais impurezas encontradas na água e danos causados às caldeiras

IMPUREZA DANOS CAUSADOS AO EQUIPAMENTO

• pH muito baixo ou alto provoca corrosão (fragilidade do ferro).


• Alcalinidade em excesso provoca espuma e arraste de sólidos com o
pH/alcalinidade (bicarbonatos, carbo-
vapor.
natos e hidróxidos)
• O bicarbonato e o carbonato produzem gás carbônico, causador de
corrosão nas linhas de vapor e de condensado.

Dureza (sais de cálcio e magnésio) • Incrustação.

Dióxido de carbono •Corrosão em dutos de água e linhas de vapor e de condensado.

Cloretos •Concentram-se abaixo de depósitos porosos, provocando corrosão.

Oxigênio • Corrosão.

•Volatiza-se a altas pressões, causando depósitos (cumulativos) em


Sílica
tubos do superaquecedor e turbinas.

Óleos e graxas •Depósitos internos sujeitos à carbonização (superaquecimento).

Sólidos totais • Em excesso, causam espuma, sedimentos e arraste.

Fonte: Adaptado de Gentil (2011)

O fato de a composição da água variar muito, não é possível fazer um tratamento de água que seja
satisfatório para todas as condições. De toda forma, é preciso levar em consideração o tratamento
quanto às impurezas da água, deve ser assumido por profissionais ou empresas especializadas.

SeçãO 2
Tratamento de água
Nos processos industriais, o que se considera ideal é ter equipamentos que possam operar no limite da
capaci- dade normal de produção, durante as 24 horas do dia. Por mais eficiente que esse processo
possa ser, algumas paralisações estão previstas: para sanar problemas operacionais ou para manutenção.
Neste sentido, para que essas paralisações não se tornem frequentes, é preciso muita atenção e constante
monitoramento.
Como há a necessidade de realizar um tratamento adequado da água de alimentação para as diferentes
caldeiras, destacam-se três principais finalidades do tratamento de água: impedir a formação de
incrustações, controlar e reduzir a corrosão e impedir o arraste de água.
Os tratamentos convencionais de água das caldeiras estão direcionados à eliminação da dureza, ao ajuste
do pH, à remoção de oxigênio e à prevenção do arraste. Além destes, existem outros tratamentos de
água empre- gados para o mesmo fim: prevenção da corrosão nas linhas de condensado, abrandamento,
desmineralização e desaeração. Diante dos detalhes mencionados, considera-se ideal uma água para
geração de vapor com as seguintes características
▪baixa quantidade de sais e óxidos dissolvidos;
▪inexistência de oxigênio e outros gases dissolvidos;
▪ausência de materiais em suspensão;

56 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI


▪ inexistência de materiais orgânicos;
▪ temperatura elevada;
▪ pH adequado (faixa alcalina).

A seguir, será apresentado um quadro com os possíveis problemas nas caldeiras causados pelo
tratamento ina-
dequado da água e suas respectivas descrições.

Quadro 2: Possíveis problemas nas caldeiras causados pelo tratamento inadequado da água e suas respectivas descrições
CONSEQUÊNCIA DESCRIÇÃO CAUSAS

•Inexistência de abrandadores ou
operações deficientes destes.
Carbonatos diversos ou sílica no interior •Falha na adição de produtos quími- cos
Incrustação da caldeira ou na superfície de e descargas.
aquecimento. •Deficiência no controle de qualida- de
da água da caldeira no que tange à
dureza.

•Tratamento deficiente de remoção de


oxigênio e do controle do Ph.
Desgaste nas linhas de condensado e •Reutilização de condensado conta-
Corrosão superfície de aquecimento devido aos minado.
gases dissolvidos. •Longos períodos de tempo sem
operação dos equipamentos com os
cuidados necessários.

•Deterioração da pureza do vapor. •Controle deficiente do índice de


•Depósito de sedimentos nas tubula- cloretos na água da caldeira.
Arraste •Problema no separador de vapor ou
ções e nos equipamentos utilizados no
vapor. controle de água de alimentação.

Fonte: Adaptado de Gentil (2011)

Em virtude da importância das caldeiras para as operações industriais que precisam de vapor, uma das
pre- ocupações é com a conservação dos equipamentos. Mais especificamente, é preciso evitar a
possibilidade de corrosão e incrustações no sistema de vapor. Neste sentido, o tratamento de água é
muito importante, uma vez que, evitando corrosões e incrustações, os riscos de explosão dos tubos
diminuem.

Proteção de caldeiras paradas


Em caldeiras usadas de forma não contínua, podem aparecer problemas de corrosão interna de tubos e
tubulões e corrosão das partes pressurizadas em contato com as cinzas e os refratários. Assim, faz-se
necessário alguns cuidados.
Nas caldeiras apagadas, que devem retornar a operação em horas, é necessário conservar as partes
molhadas com solução de sulfito de sódio 200 – 300 ppm e pH entre 11,2 e 11,5. Também é necessário
manter a caldeira pressurizada a 50% da pressão de operação.

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 57


Nos casos de caldeiras Manutenção preventiva Manutenção preditiva –
desativadas e sem previsão de Intervenções baseadas no
Define-se como processo de
retorno à operação, deve-se acompanhamento da evolução
manu- tenção de parâmetros ligados ao
remover a instrumentação e os
preventiva/preditiva aquela que sistema (temperatura,
equipamentos auxiliares, lavar
diz respeito à realização de ati- vibração, viscosi-
e secar o interior dos tubos e
vidades de assistência dade de óleo).
tubu- lões, remover todos os
previamente planejada para
depósitos e colocar material Manutenção preventiva –
serem executadas em pontos
absorvedor de umidade (cal Intervenções baseadas no
específicos de equipamentos,
virgem ou sílica gel) no interior histórico de vida útil dos
obedecendo à determinada
dos tubulões. Fecham- compo-
periodi- cidade e executada por
-se todas as entradas de ar para nentes ligados ao sistema.
profissionais com competência
o interior da caldeira e
legal. Em outras palavras e se
controla-se a umidade relativa
tratando de caldeiras, a
em valor inferior a 30%.
manutenção preventiva consiste
basicamente em providências
SeçãO 3 aserem tomadas a determinados
Manutenção intervalos de tempo, visando
de caldeiras não só manter o equipamento
funcionando como aumentar
Qualquer equipamento sua vida útil e melhorar seu
industrial, para funcionar rendimento. Compreende,
corretamente e por muito assim, atividades periódicas,
tempo, necessita de uma que são cumpridas conforme
manutenção constante e bem recursos disponíveis (tempo de
feita, a fim de prevenir ou sanar campanha e regime de trabalho
avarias. Neste sentido, é do equipamento).
preciso observar que todos os É de responsabilidade do depar-
cuidados com a ma- nutenção, tamento de manutenção de cada
reparos ou alterações em empresa determinar essas ativi-
caldeiras devem obedecer ao dades, bem como a
respectivo código de projeto de periodicidade das inspeções,
construção e às prescrições do sempre baseadas nas
▪ materiais; determinações estabelecidas nos
fabricante no que se refere a:
▪ procedimentos de execução; manuais de manutenção.
Manutenção preventiva
A seguir, serão apresentadas
▪ procedimentos de controle de diária
algumas atividades de
qualidade A manutençãopreventiva
preventiva
manutenção
; requer algumas medidas diárias
▪ qualificaçãoecertificaçãodepe aplicáveis a caldeiras.
ssoal. a serem tomadas, como:
No caso de caldeiras que ▪efetuar a descarga de fundo
trabalham a altas temperaturas, para eliminação de lama que se
utilizando água que muitas deposita no tubulão inferior
vezes contém impurezas e (caldeiras tipo aquatubular);
óleos combustíveis com muita
viscosidade e impuros, avarias
▪executar teste geral de alarmes
(água, óleo, nível etc.);
aparecem com muita frequência
e acarretam sérios problemas às ▪proceder à limpeza dos filtros
empresas. de óleo combustível;
A seguir, serão apresentados ▪efetuar a revisão geral dos
alguns tipos de manutenção e quei- madores (coqueamento,
suas aplica- ções às caldeiras. obstrução etc.);

58 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI


▪realizar a avaliação da chama e Manutenção preventiva ▪examinar todas as válvulas e
da fumaça na chaminé; mensal registros com a caldeira parada;
▪efetuar a sopragem da fuligem Agora, acompanhe as medidas ▪ligar a caldeira, enchê-la de
dos tubos; pre- água até o devido nível,
ventivas mensais a serem aquecendo-a vagarosamente;
▪executar teste nas válvulas de
tomadas:
segurança; ▪inspecionar a linha do coletor
▪efetuar a remoção do pó dos dos instrumentos, executando a
▪manter a casa da caldeira
controles elétricos e verificação sua aferição, principalmente do
limpa.
dos contatos das chaves manômetro de vapor, dos
Alémdessesprocedimentos,tamb magnéticas, com a chave geral refratários e dos
ém faz parte da manutenção de forca desligada; superaquecedores;
preventiva diária verificar os
▪limpar os filtros de água da tela ▪limpar os tubos de fogo e do
controladores de nível da
de entrada de ar do ventilador, sistema de controle de nível da
caldeira e todos os seus ins-
do tubo de ventilação da caldeira;
trumentos, verificar os
fotocélula e do sistema
ventiladores e oacionamento ▪proteger os motores e o painel
dos dampers, verificar as combustor piloto;
de controle;
bombas de alimentação de água ▪lubrificar os motores do
e as bombas dosadoras. Ainda,
▪drenar o tanque de condensado.
sistema
cabe à manutenção preventiva combustor piloto;
verificar o óleo combustível e o Manutenção preventiva
sistema de ignição da caldeira e ▪desmontar o conjunto do bico anual
dos sistemas de lubrificação atomizador, abrindo as
conexões dos tubos de óleo e ar Quanto à manutenção periódica
dos equipamentos auxiliares. anual, esta deverá ser a mais
e removendo os parafusos que
Manutenção preventiva fixam o conjunto no flange ampla possível, englobando
semanal frontal do queimador; todas as de- mais manutenções
Na manutenção preventiva periódicas. Na manutenção
▪retirar do filtro de compressor anual, deve-se executar a
semanal,
de ar (se houver) e limpá-lo inspeção da caldeira, atendendo
as medidas a serem tomadas
com solvente (secar bem antes à Norma Regulamentadora n. 13
são:
de recolocá-lo); (NR 13).
▪efetuar a limpeza do(s) bico(s) Manutenção preventiva
▪trimestral/semestral
verificar o alinhamento de
atomizador(es) com solvente; Manutenção corretiva
todos os equipamentos
▪verificar os equipamentos auxi- A seguir,(daserão
rotativos gaxetaapresentados
da bomba Este tipo de manutenção está
liares (dampers, correias, telas proce- dimentos de manutenção
d’água, dos eletrodos de relacionado à ocorrência de
de proteção etc.) do ventilador, trimestrais
ignição). e/ou semestrais a
falhas no processo de produção
e dos filtros dos purgadores; serem adotados:
(no caso, vapor) e tem como
▪efetuar arevisão geral das ▪verificar a parte interna da cal- objetivo corrigir ou restaurar a
válvulas, procurando identificar deira, esvaziando-a capacidade produtiva do
vazamentos, e das gaxetas e completamente; equipamento seja por
selos mecânicos das bombas substituição ou por reparo.
▪remover os sedimentos e as
d’água.Não é recomendável a incrustações com jato de água Dentre as vantagens da
utilização de ferramentas que de alta pressão; manutenção corretiva, destaca-
possam danificar os orifícios se os custos mais baixos em
dos pulverizadores e de foto- ▪recolocar as tampas da abertura comparação aos custos de
célula. de inspeção e da porta de visita, acompanhamento por inspeção
com juntas novas; ou manutenção preventiva.
▪realizar a limpeza de todos os Neste caso, a manutenção
corretiva pode ser adotada
resíduos das juntas e aplicar
como melhor estratégia de
grafite em pó nas juntas que
manutenção.
estiverem sobre os assentos do
casco e nas tampas; Por outro lado, esse tipo de ma-
nutenção pode ser desvantajoso
NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 59
quando não é adotada como estratégia, além de não haver também
ati- vidade preventiva. Dentre os fatores de desvantagem, destaca-
se a perda de produção, tempo de equipamento sem operação, alto
custo da mão de obra e, principalmente, pode ser causa de
acidentes.
Uma caldeira deve sofrer intervenções para recuperar suas
condições de funcionamento normal após a ocorrência de desgaste
prematuro, ruptu- ras, envelhecimento, explosões, danificações
localizadas ou generalizadas das partes ou dos acessórios. As
intervenções constam de operações de desmontagem, execução de
serviços, montagem e verificações finais.
Neste caso, é muito importante para a segurança da caldeira que
sejam observadas as mesmas exigências seguidas na fabricação,
utilizando o mesmo material. Além disso, a manutenção corretiva
adequada é fun- ção de profissionais qualificados, de
procedimentos normalizados e de materiais especificados, não
sendo, portanto, atribuição dos operadores de caldeiras. Qualquer
reparo que modifique as condições originais do projeto da caldeira
deverá ser incluído no prontuário da mesma e deverá ser executado
com aprovação de um profissional habilitado.

60 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI


Unidade de estu

Seções de
estudo
Seção 1 – Riscos de
explosões e procedi-
mentos em situações
de emergências Seção
2 – Outros cuidados e
precauções Seção 3 –
Riscos gerais de
acidentes e riscos à
saúde
PReVeNçãO CONTRA eX-
PLOSãO e OUTROS RISCOS

SeçãO 1 Os riscos de explosão estão pre- integral), direcionando-o para a


sentes em todo o momento de at- mosfera ou para a rede de
Riscos de explosões e funcionamento dacaldeira, descarga das instalações, antes
procedimentos em exigindo constante controle. de acender o primeiro
Além disso, uma explosão, em queimador;
situações de virtude da violência com que
emergências ▪abrir a admissão de vapor para
acontece, gera consequência
o superaquecedor;
geralmente catastrófica.
Ao retomar a ideia básica de ▪nas caldeiras com
caldei- ra, destaca-se que essa superaquecedor controlado, não
concepção envolve o Medidas de prevenção acender nenhum
aquecimento da água até sua antes da operação queimadoraoladodosuperaquece
transformação em vapor, que é dor até estabelecer um fluxo de
acumulado em uma câmara. A seguir, serão vapor suficiente para garantir a
Como o vapor se encontra sob apresentadas as principais proteção;
pressão altíssima, todo o medidas de prevenção
sistema exige métodos de contra explosões, divididas ▪não trabalhar no interior da
funcionamento precisos, para em antes, durante e após a caldeira sem que a ventilação
evitar explosões. operação. tenha sido providenciada;
Se o processo de produção de Como principais medidas ▪cuidar com os gases tóxicos,
vapor for utilizado em preven- tivas contra que podem se formar inclusive
consonância com o explosões antes da dentro da tubulação de vapor.
projetodefabricaçãodoequipame operação, são: Durante a operação
nto, geralmente este irá ▪conferir os testes das Já durante a operação de
proporcionar um período longo válvulas de segurança; uma cal-
de serviços de forma confiável.
▪certificar-se de que os deira, é preciso observar:
Por outro lado, como emtodo
sistema pressurizado, os riscos sistemas automáticos de ▪jamais exceder a pressão
e problemas surgem no operação e segurança máxima suportada pelo
momento em que operadores tenham sido testados e equipamento;
não seguem protocolos de estejam em boas condições
de funcionamento; ▪nunca deixar maçaricos
manutenção. A explosão de
parados dentro dos
uma caldeira pode ser fatal para ▪baixar o nível de água até queimadores;
seus operadores e pessoas que que ela desapareça dos
estiverem próximas. indicadores de nível ao ▪testar a drenagem dos
Em caso de utilização adequada acender a caldeira, e, em aquece- dores de óleo pelo
de uma caldeira, associado à seguida, restabelecer o menos de hora em hora;
ma- nutenção periódica, os nível correto com a bomba ▪drenar toda a água dos
riscos de explosão diminuem, de alimentação; tanques de óleo antes de
uma vez que grande parcela dos utilizá-lo para alimentar a
equipamentos possui uma ▪fazer circular ar pelas
fornalhas das caldeiras caldeira;
válvula de alívio de pressão que
controla a pressão in- terna. quequeimam óleo antes de ▪não usar óleo de um
Outro fator a ser destacado é a acender e antes de tanque que contenha muita
ação da água que, aquecida, reacender; água misturada;
gera acúmulos e corrosões no ▪ficar em
NR 13posição segura
- TREINAMENTO ▪caso
DE SEGURANÇA a DEpressão
NA OPERAÇÃO CALDEIRAS de
63
interior das caldeiras, sendo a para acender as caldeiras aspiração da bomba de
explosão o risco maior. quando estas permitirem o óleo seja perdida, fechar a
uso de tocha para descarga de vapor antes que
acendimento; a
pressão da caldeira caia a 85% Após a operação A seguir, serão relacionados
em relação à pressão de outros cuidados e preocupações
trabalho; As principais medidas que o operador de caldeira deve
contra ex- plosões a serem observar, para que a resistência
▪ao parar a caldeira, fechar a tomadas após a operação de uma cal- deira não seja
válvula mestre de óleo; de uma caldeira são: superada pela pressão interna
▪jamaisinterromperoforneciment ▪remover os maçaricos dos do vapor.
o de água enquanto a caldeira quei- madores logo que
estiver gerando vapor. Queda forem apagados;
na pressão do vapor poderá ser Cuidadosepreocupaçõ
motivada pelo baixo nível de ▪fechar todas as aberturas es gerais
água; da fornalha assim que os
queimadores estiverem De forma genérica, para
▪drenar os indicadores de nível apagados; que a segurança seja
a cada quatro horas e sempre preservada, tanto das pessoas
que houver alguma dúvida ▪elevar o nível de água a que operam a caldeira quanto
quanto ao nível; três quar- tos do indicador da integridade dos equipa-
quando a caldeira estiver mentos e das instalações,
▪se o nível de água descer, apagada; algumas medidas são
cortar o óleo, aliviar as válvulas
▪assegurar-se de que não há necessárias:
de segurança e fechar a
alimentação, a descarga de mais pressão dentro da ▪Verificar diariamente o
vapor e todas as aberturas da caldeira antes de remover corpo de nível, promovendo a
caldeira; qualquer acessório ou porta descarga do indicador. Essa
Os principais motivos de
de visita sujeita à pressão, operação permite constatar se
▪observar as precauções para acidentes (explosões,
abrindo os drenos e as partes responsáveis pela
evitar retrocessos; incêndios, descarga de vapor)
suspiros, inclusive os dos indicação do nível interno não
estão geralmente ligados a
▪jamais permitir acúmulo de superaquecedores. Em entupidas.
estão alguns casos, o tubo de
falhas de equipamentos de comunicação entre o cor- po
óleo na fornalha. As válvulas segurança, à negligência dos de nível e a caldeira fica
dos queimadores devem estar procedimentos de segurança, obstruído por excesso de in-
vedando corretamente; além da deficiente for- mação crustação, impedindo que se
▪cortar o óleo e ventilar a dos operadores de caldeiras. constate o nível real no inte-
fornalha antes de tentar rior da unidade. Neste caso, o
reacender quando os SeçãO 2 Outros operador prossegue na ope-
ração, sem perceber que falta
queimadores se apagarem cuidados e água na caldeira.
aciden- talmente. É importante
não tentar reacender a caldeira precauções
enquanto a
fornalhaestivercomcaloracumul Conforme foi apresentado an-
ado; teriormente, os fatores a serem ▪Testar diariamente as válvulas
considerados quanto a de segurança, verificando se
▪se estiver usando a tocha, sair explosões em caldeiras está elas abrem e fecham
da frente do registro para não se associado à gran- de quantidade automaticamente sem
queimar em caso de retrocesso; de calor gerado no processo de desprender vapor caso a pressão
vaporização. Os danos seja inferior a da operação.
▪evitar a fumaça branca ou
provocados por uma explosão
preta; ▪Fazer descarga de fundo, con-
são geralmente grandes, porque
▪jamais esvaziar uma caldeira parte da energia liberada na forme prescrito.
dando extração de fundo; forma de calor provoca o ▪Manter limpos os vidros dos
aquecimento do ambiente. indicadores de nível e de
▪abrir a drenagem do
superaquece- dor antes de aparelhos em geral.
cortar o vapor para ele quando ▪Não exceder apressão de
estiver apagando a caldeira de trabalho da caldeira, para evitar
superaquecedor integral; disparo da válvula de
▪ao apagar uma caldeira de su- segurança.
peraquecedor controlado, apagar
64 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI
primeiro os queimadores ao
lado do superaquecedor;
▪não delegar a operação da
▪Não aproveitar a ▪em nenhuma parte do sistema, Ponto de fulgor refere-se à
incandescência da fornalha exceder a pressão máxima reco- menor temperatura na
para reacendê-la, emcaso de mendada; qual
operar com óleo combustível. um combustível libera
▪medir frequentemente, com vapor em quantidade
▪Recolher diariamente amostra uma régua, as partes dos tubos suficiente para formar
de água da alimentação e da geradores, para verificar se uma mistura inflamável
descarga para controle. houve alguma deflexão; por uma fonte externa de
calor. O ponto de fulgor
▪Deixar limpos periodicamente ▪examinar os manômetros a não é suficiente para que
os eletrodos de nível de intervalos regulares; a combustão seja mantida.
segurança. No caso do óleo diesel, o
▪remover o óleo das partes infe- ponto de fulgor é de
Precauções durante a riores e externas das caldeiras 38,0ºC .
de tiragem natural de invólucro
limpeza simples;
Em relação às precauções ▪manter todas as juntas das
durante a limpeza de uma redes de óleo em perfeitas
caldeira, é preciso: condições de vedação;
▪travar todas as válvulas ▪manter os extintores de
com alarme, para impedir a incêndio
abertura acidental de carregados e em boas
algumas delas; condições;
▪impedir o uso de lâmpadas ▪manter a casa da caldeira
desprotegidas dentro da sempre bem ventilada;
caldeira;
▪examinar a instalação elétrica
▪proibir o fumo durante a quanto a existência de terra nos
aplicação de produtos espaços que possam conter
químicos de limpeza; vapores inflamáveis;
▪não aplicar grande ▪não tolerar o uso de chamas
quantidade de produto de desprotegidas (maçaricos, velas,
limpeza; fósforos etc.);
▪evitar aentrada de pessoas ▪certificar-se de que não há
no local depois que a pessoa ou ferramenta no
caldeira for borrifada com Uma vez vistos os fatores a
interior da caldeira antes de
produto de limpeza; serem considerados quanto a
fechá-la.
explosões em caldeiras, que
▪certificar-se de que não há
Preocupaçõesecuidado está associado à grande
mate- a rial
s durante estranho no
manutenção quantidade de calor gerado no
interior da caldeira antes processo de vaporização, serão
Há, ainda, outros riscos de
de fechá-la.
aciden- tes durante a apresentados, a seguir, os riscos
manutenção em uma casa de gerais de acidente e os riscos à
caldeiras. Para evitar esses saúde.
acidentes, é necessário tomar as
seguintes providências:
▪remover cuidadosamente
óleo e outros materiais de todo
o espaço em torno da caldeira;
▪a temperatura do óleo
combus- tível nunca poderá
ficar acima do ponto de fulgor;

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 65


SeçãO 3 de uma atividade, tendo como b. Condições inseguras ou
consequência perda de tempo
Riscos gerais de perigosas Condições inseguras,
útil, danos materiais e/ou lesões
acidentes e riscos à nos trabalhadores. também
Como já está consagrado na conhecidas como riscos profis-
saúde sionais, são as causas que
filosofia trabalhista, tem-se
como princípio básico que o provêm especificamente das
Genericamente, considera-se
estudo de doenças e acidentes condições do local/ambiente de
riscos de acidentes um conjunto trabalho. São consideradas
de fatores que põem em perigo do trabalho deve indicar as
situações que, combinadas, condições inseguras as
o trabalhador ou comprometem
levam à ocorrência indesejada e irregularidades técnicas, os
sua integridade física ou moral. defeitos, as falhas, as ausências
Geralmente esses riscos são que, se eliminadas a tempo,
podem impedir acidentes ou de dispositivos de segurança e
agrupados em: armaze-
minimizado seus efei- tos. A outros, que põem em risco a
namento inadequado, disposição
identificação e a eliminação de integridade física e/ou a saúde
física deficiente, máquinas e
tais situações são fundamentais do trabalhador e a segurança
equipa- mentos sem proteção,
para evitar acidentes das instalações ou dos
ferramentas inadequadas e/ou
semelhantes. equipamen- tos.
defeituosas, eletricidade,
Resumidamente, são as falhas
incêndio ou explosão e animais Em princípio, destaca-se a
físicas que afetam a segurança
peçonhentos. existên- cia de duas categorias
do trabalhador.
a. Ato
de inseguro
riscos ou perigoso
de acidentes:
Acidente do trabalho Como exemplo de condições
São considerados atos inseguros inse- guras, pode-se citar:
De forma geral, caracteriza- aqueles que resultam do
se como acidente do desenvol- vimento de tarefas de ▪equipamentos defeituosos
trabalho (lesão corporal ou uma forma contrária às normas (cortante, escorregadio,
perturbação funcional) de segurança. É a forma pela corroído, trincado) ou sem as
aquele que acontece no qual o trabalhador se expõe, proteções adequadas;
exercício de uma atividade consciente ou inconscien- ▪projetos ou construções
a serviço de uma empresa. temente, a riscos de acidentes. inseguras (condições/qualidade
Esta ocorrência pode causar Em outras palavras, é o tipo de de pisos e/ ou tubulações);
ao indivíduo morte, perda com- portamento que leva ao
ou redução (temporária ou acidente. ▪instalações elétricas
permanente) da capacidade Os atos inseguros estão, por impróprias;
A seguir, você irá conhecer os
de exercer sua profissão. exem- plo, relacionados a ▪riscos
iluminação/ventilaçãoinadequa
à saúde do operador de
Além disso, também é vários fatores, dentre os quais é da ou incorreta para o ambiente
caldeira.
considerada doença possível destacar: de trabalho.
profissional ou acidente do
trabalho aquela ▪utilização/manuseio incorreto
desencadeada ou produzida de ferramentas manuais;
a partir do exercício do ▪não utilização/recusa (uso obri-
trabalho característico a gatório por lei) de
determinada atividade. Equipamentos de Proteção
Sob a visão da prevenção Individual (EPIs), que devem
de aciden- tes, considera- ser fornecidos pela empresa;
se como acidente do
▪uso de equipamentos
trabalho umevento não
impróprios, incompatíveis ou
programado, inesperado ou
defeituosos;
provocado, que cessa ou
interfere no processo ▪não observar orientações nem
normal sinais de segurança.

66 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI


Riscos à saúde do ope- Uma vez respeitadas as normas
de fabricação de máquinas e
rador de caldeira equipa- mentos estabelecidas
No caso das caldeiras, pelos órgãos técnicos e de
definidas pela NR-13 manutenção, destaca-
(Portaria 3.214/78 e suas -se que, no conjunto de
atualizações) como atividades desenvolvidas pelo
“equipa- mentos operador de caldeiras, existem
destinados a produzir e tarefas que apre- sentam riscos
acumular vapor sob pressão de acidentes inerentes à
superior à atmosférica, profissão, dado às
utilizando qualquer fonte características dos
de energia, excetuando-se equipamentos com os quais
os refervedores e trabalham.
equipamentos similares Esses riscos podem ainda ser
utilizados em unidades de agra- vados se intensificados
processo”, são construídas por situações provocadas por
e supervisionadas por falhas de operação ou
diversos órgãos técnicos, manutenção deficiente. Dentre
devendo ser adequadas às os riscos à saúde do operador de
condições de caldeira, destaca-se:
funcionamento con- queimaduras, choques elétricos,
siderando o tipo de quedas, expo- sição à radiação,
combustível e ao intoxicação por gases
condicionamento da água a resultantes da combustão, entre
ser transformada em outros.
energia através do vapor.
Além disso, esses
equipamentos não devem
exceder suas limitações
técnicas referentes às
condições operacionais:
vazão de vapor, pressão e
temperatura. A energia
transferida dos
combustíveis para a água
precisa ser calculada de
ma- neira a evitar
desperdícios e danos à
estrutura da caldeira.

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 67


Unidade de estu

Seções de
estudo
Seção 1 – Normas
Regulamentadoras
Seção 2 – Norma
Regulamentadora 13
(NR 13)
LeGISLAçãO e
NORMALIZAçãO
SeçãO 1
Normas Regulamentadoras
As Normas Regulamentadoras - NRs, relativas à segurança e medicina do trabalho, devem ser
obrigatoriamente seguidas pelas empresas públicas e privadas e pelos órgãos públicos da administração
direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
A seguir, será apresentada a lista das NRs e o assunto principal de cada uma delas. Nesta lista, estão
assinaladas, além da NR 13, as principais normas relacionadas ao operador de caldeiras.

Quadro 1: Normas Regulamentadoras - NR


NR 01 – Disposições Gerais.
NR 02 – Inspeção Prévia.
NR 03 – Embargo e Interdição.
NR 04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SEESMT.
NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA.
NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI.
NR 07 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO.
NR 08 – Edificações.
NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade.
NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenamento e Manuseio de Materiais.
NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos.
NR 13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações.
NR 14 – Fornos.
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres.
NR 16 – Atividades e Operações Perigosas.
NR 17 – Ergonomia.
NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.
NR 19 – Explosivos.
NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis.
NR 21 – Trabalho a Céu Aberto.
NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração.
NR 23 – Proteção Contra Incêndio.
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho.
NR 25 – Resíduos Industriais.
NR 26 – Sinalização de Segurança.
NR 27 – Registros Profissionais do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB. (Revogada)
NR 28 – Fiscalização e Penalidades.
NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário.
NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário.
Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aqui-
NR 31 – cultura.
NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde.
NR 33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados.
NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval.
NR 35 – Trabalho em Altura.
NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados.
Fonte: Adaptado de Portal do Trabalho e Emprego (2014)

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 69


Agora que você já conhece as listas das NRs, confira, na próxima 1. Introdução
seção, 1. Esta Norma
a Norma Regulamentadora 13 na íntegra. Regulamentadora
- NR estabelece requisitos
SeçãO 2 mínimos para gestão da
Norma Regulamentadora 13 (NR integridade estrutural de
13) 1 caldeiras avapor, vasos de
A seguir, será apresentada a Norma Regulamentadora (NR 13) na pressão e suas tubulações de
íntegra, que é a mais importante para o operador de caldeira. interligação nos aspectos
relacionados à instalação,
inspeção, operação e
NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E
manutenção, visando à
TUBULAÇÕES
segurança e à saúde dos
Publicação D.O.U. trabalhadores.
Portaria GM n. 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78 2. Oempregador éo
responsável pela adoção
das medidas determi-
Alterações/Atualizações D.O.U. nadas nesta NR.
2. Abrangência
Portaria SSMT n. 12, de 06 de junho de 1983 14/06/83
1. Esta NR deve ser aplicada
aos seguintes equipamentos:
Portaria SSMT n. 02, de 08 de maio de 1984 07/06/84 b. vasos de pressão cujo produto
P.V sejaos superior
a. todos a 8 enqua-
equipamentos (oito),
Rep.:
Portaria SSST n. 23, de 27 de dezembro de 1994
26/04/95
ondedrados
P é a pressão
como máxima de
caldeiras
opera-
conformeçãoitemem13.4.1.1;
kPa e V o seu
Portaria SIT n. 57, de 19 de junho de 2008 24/06/08 volume interno em m3;
Portaria MTE n. 594, de 28 de abril de 2014 02/05/14
c. vasos de pressão que
(Redação dada pela Portaria MTE n. 594, de 28 de abril contenham fluido da classe
de 2014) A, especificados no item
13.5.1.2, alínea “a)”,
independente das dimensões
SUMÁRIO: e do produto P.V;
1. Introdução d. recipientes móveis com P.V
su- perior a 8 (oito) ou com
2. Abrangência
fluido da classe A,
3. Disposições Gerais especificados no item
4. Caldeiras 13.5.1.2, alínea “a)”;
5. Vasos de Pressão e. tubulações ou sistemas de tu-
bulação interligados a
6. Tubulações
caldeiras ou vasos de
7. Glossário pressão, que conte- nham
Anexo I - Capacitação de Pessoal fluidos de classe A ou B
Anexo II - Requisitos para Certificação de Serviço Próprio de conforme item 13.5.1.2,
Inspeção alínea “a)” desta NR.
de Equipamentos
13.2.2 Os equipamentos abaixo
referenciados devem ser
submetidos às inspeções
¹Essa seção foi desenvolvida na íntegra com base na NR13. previstas em códigos e normas
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 13 – Caldeiras e Vasos de nacionais ou internacio- nais a
Pressão. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2008. Disponível em: <
eles relacionados, ficando
http://portal.mte.
gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEF2695817E43/nr_13.pdf>. Acesso dispensados do cumprimento
em: 03 dez. 2014. dos demais requisitos desta
NR:
70 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI
a. recipientes transportáveis, 3. Disposições Gerais NR, ou que não esteja sob
vasos de pressão destinados 1.Constitui condição de risco su- pervisão,
ao trans- porte de produtos, grave e iminente - RGI o não acompanhamento ou
reservatórios portáteis de cum- primento de qualquer assistência específica de
fluido comprimido e item previsto nesta NR que operador qualificado.
extintores de incêndio; possa causar acidente ou
b. vasos de pressão destinados à 1.Por motivo de força maior e
doença relacionada ao trabalho,
ocupação humana; com justificativa formal do em-
com lesão grave à integridade
pregador, acompanhada por
física do trabalhador,
c. vasos de pressão que façam análise técnica e respectivas
especialmente:
parte integrante de pacote de medidas de contingência para
máquinas de fluido rotativas a. operação de equipamentos mitigação dos riscos, elaborada
ou alternativas; abrangidos por esta NR sem por Profissional Habilitado -
dis- positivos de segurança PH ou por grupo
d. dutos; ajustados com pressão de multidisciplinar por ele
abertura igual ou inferior à coordenado, pode ocorrer
e. fornos e serpentinas para pressão máxima de trabalho postergação de até 6 (seis)
troca térmica; admissível - PMTA, meses do prazo previsto para a
instalado diretamente no inspeção de segurança periódica
f. tanques e recipientes para vaso ou no sistema que o da caldeira.
armaze- namento e inclui, consi- derados os 1.O empregador deve
estocagem de fluidos não requisitos do código de comunicar ao sindicato dos
enquadrados em normas e b. atraso na inspeção de
projeto relativos a aberturas traba- lhadores da categoria
códigos de projeto relativos a segurança periódica
escalonadas de de
e tolerâncias predominante no
vasos de pressão; caldeiras;
calibração; estabelecimento a justificativa
g. vasos de pressão com c. bloqueio inadvertido de formal parapostergação da
diâmetro interno inferior a dispo- sitivos de segurança inspeção de segurança
150mm (cento e cinquenta de caldeiras e vasos de periódica da caldeira.
milímetros) para fluidos das pressão, ou seu blo- queio
classes B, C e D, conforme 1. Para efeito desta NR,
intencional sem a devida con-
especificado no item justificativa técnica baseada
13.5.1.2, alínea “a)”; sidera-se Profissional
em códigos, normas ou Habilitado
h. trocadores de calor por placas procedi- mentos formais de
corrugadas gaxetadas; - PH aquele que tem
operação do equipamento; competência legal para o
d. ausência de dispositivo
i. geradores de vapor não exercício da profissão de
opera- cional de controle do
enqua- drados em códigos engenheiro nas atividades re-
nível de água de caldeira;
de vasos de pressão; ferentes a projeto de construção,
acompanhamento da operação e
e. operação de equipamento en-
j. tubos de sistemas de da manutenção, inspeção e
quadrado nesta NR com dete-
instrumen- tação com supervisão de inspeção de
rioração atestada por meio
diâmetro nominal ≤ 12,7mm caldeiras, vasos de pressão e
de recomendação de sua
(doze milímetros e sete tubulações, em confor- midade
retirada de operação
décimos); com a regulamentação
constante de parecer
k. tubulações de redes públicas profissional vigente no país.
conclusivo em relatório de
de tratamento e distribuição 13.3.3 Todos os reparos ou as
ins- peção de segurança, de
de água e gás e de coleta de b. procedimentos
alte- rações em de equipamentos
acordo com seu respectivo
esgoto. execução;
abrangidos por esta NR devem
código de projeto ou de c. procedimentos de controle de
f. adequação
operação aodeuso;
caldeira por respeitar os respectivos códigos
qualidade;
trabalha- dor que não atenda de projeto e pós-construção e as
aos requisitos estabelecidos prescrições do fabricante no
d. qualificação e certificação de
no Anexo I desta que se refere a:
pessoal.
a. materiais;

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 71


4.Quando não for conhecido o ras, vasos de pressão e 3.Os trabalhadores, com base
código de projeto, deve ser tubulações sejam executados em sua capacitação e
respei- tada a concepção em condições de segurança experiência, devem interromper
original do vaso de pressão, para seus executantes e demais suas tarefas, exercendo o
caldeira ou tubulação, trabalhadores envolvidos. direito de recusa, sempre que
empregando-se os 13.3.11 O empregador deve constatarem evidências de
procedimentos de controle comu- nicar ao órgão regional riscos graves e iminentes para
prescritos pelos códigos do Minis- tério do Trabalho e sua segurança e saúde ou de
pertinentes. Emprego e ao sindicato da outras
5.A critério do PH podem ser categoria profissional pessoas,comunicandoimediatam
utilizadas tecnologias de cálculo predominante no ente o fato a seu superior
ou procedimentos mais estabelecimento a ocorrência hierárquico.
avançados, em substituição aos de vazamento, incêndio ou 1. É dever do
previstos pelos códigos de explosão envolvendo equipa- empregador:
projeto. mentos abrangidos nesta NR
que tenha como consequência a. assegurar aos trabalhadores o
6.Projetos de alteração ou re-
uma das situações a seguir: direito de interromper suas
paro - PAR devem ser b. acidentes que implicaram ati- vidades, exercendo o
concebidos previamente nas neces-de sidade de internação
a. morte trabalhador(es); direito de recusa nas
seguintes situações: hospitalar de b. situações
diligenciarprevistas
de imediato as
b. sempre que forem realizados no item
re-
a. sempre paros
que que possam
as condições de trabalhador(es); me- didase cabíveis
13.3.11.3, para o
em consonân-
comprometer a segurança.
projeto forem modificadas; c. eventos de grande controle
cia com doso riscos.
item 9.6.3 da
proporção. Norma Regulamentadora 09;

13.3.7 O PAR deve: 13.3.11.1 A comunicação deve 13.3.11.4 O empregador deverá


ser encaminhada até o segundo apresentar, quando exigida pela
c. ser concebido ou aprovado dia útil após a ocorrência e autoridade competente do órgão
por PH; deve conter: regional do Ministério do
Trabalho e Emprego, a
d. determinar materiais, a. razão social do empregador, documentação men- cionada
procedi- mentos de endereço, local, data e hora da nos itens 13.4.1.6, 13.5.1.6 e
execução, controle de ocorrência; 13.6.1.4.
qualidade e qualificação de b. descrição da
ocorrência; 4. Caldeiras
pessoal;
e. ser divulgado para os c. nome e função da(s) 1. Caldeiras a vapor -
empregados do vítima(s); disposi-
estabelecimento que estão d. procedimentos de ções gerais
envolvidos com o investigação adotados; 1.Caldeiras a vapor são equi-
equipamento. pamentos destinados a produzir
8.Todas as intervenções que e. cópia do último relatório de
e acumular vapor sob pressão
exijam mandrilamento ou inspeção de segurança do
superior à atmosférica,
soldagem em partes que equi- pamento envolvido;
utilizando qualquer
operem sob pressão devem ser fontedeenergia,projetadosconfor
objeto de exames ou testes para f. cópia da comunicação de
me códigos pertinentes,
controle da qualidade com acidente de trabalho (CAT).
excetuando-se refervedores e
parâmetros definidos pelo PH, similares.
de acordo com normas ou
13.3.11.2 Na ocorrência de 2.Para os propósitos desta NR,
códigos aplicáveis.
acidentes previstos no item as caldeiras são classificadas em
9.Os sistemas de controle e 13.3.11, o em- pregador deve 3 (três) categorias, conforme
segurança das caldeiras e dos comunicar a repre- sentação segue:
vasos de pressão devem ser sindical dos trabalhadores
submetidos à manutenção predominante do b. caldeirasda categoria
a. caldeiras dacategoriaCsão
A são
preventiva ou preditiva. estabelecimento para compor aquelas cujacuja pressão
aquelas pressão de
10.O empregador deve garantir uma comissão de investigação. operaçãoé éigual
operação igualou ou inferiora
superior
que os exames e testes em a 588kPa
1960kPa (5,99kgf/
(19,98kgf/cm2);
caldei-
72 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI
cm2) e o volume interno é d. pressão máxima de trabalho b. Registro de Segurança, em
igual ou inferior a 100l (cem admissível; con- formidade com o item
litros); 13.4.1.9;
c. caldeiras da categoria B são e. pressão de teste hidrostático c. Projeto de Instalação, em
todas as caldeiras que não se de fabricação; (Vide con- formidade com o item
enquadram nas categorias condições na Portaria MTE 13.4.2.1;
anteriores. n. 594, de 28 de abril de d. PAR, em conformidade com
2014); os itens 13.3.6 e 13.3.7;
13.4.1.3 As caldeiras devem ser f. capacidade de produção
dotadas dos seguintes itens: devapor; e. Relatórios de inspeção, em
g. área desuperfície de con- formidade com o item
a. válvula de segurança com aquecimento; 13.4.4.14;
pressão de abertura ajustada em h. código de projeto e ano de f. Certificados de calibração dos
valor igual ou inferior a PMTA, edição. dispositivos de segurança.
consi- derados os requisitos do
código de projeto relativos a 5.Além da placa de identifi-
aberturas escalonadas e cação, deve constar, em local 7.Quando inexistente ou
tolerâncias de calibração; visível, a categoria da caldeira, extraviado, o prontuário da
conforme definida no item caldeira deve ser reconstituído
b. instrumento que indique a 13.4.1.2 desta NR, e seu pelo empre- gador, com
pressão do vapor número ou código de responsabilidade técnica do
acumulado; identificação. fabricante ou de PH, sendo
c. injetor ou sistema de 6.Toda caldeira deve possuir, imprescindível a reconstituição
alimentação de água no estabelecimento onde estiver das características funcionais,
independente do principal instalada, a seguinte dos dados dos dispositivos de
que evite o documentação devidamente segurança e memória de
superaquecimento atualizada: cálculo da PMTA.
poralimentação deficiente, 8.Quandoacaldeiraforvendida
acima das temperaturas de a. Prontuário da caldeira, ou transferida de
projeto, de caldeiras de fornecido por seu fabricante, estabelecimento, os
combustível sólido não contendo as seguintes documentos mencionados nas
d. atomizado
sistema ou dedicado
com queimade informações: alíneas “a”, “d”, e “e” do item
drenagem rápida de água em
em suspensão; ▪ especificação dos
▪ código 13.4.1.6 devem acompanhá-la.
caldeiras de recuperação de de projeto e ano de
materiais; 13.4.1.9 O Registro de
álcalis, com ações edição;
automáticas após ▪na fabricação,
procedimentosmontagem e Segurança deve ser constituído
acionamento pelo operador; inspeção
utilizados
final; por livro de páginas numeradas,
e. sistema automático de pastas ou sistema
controle do nível de água
▪metodologia para estabe- informatizado com
com intertravamento que lecimento da PMTA; confiabilidade equivalente onde
evite o superaquecimento ▪registros da execução do serão registradas:
b. as ocorrências de inspeções
por alimentação deficiente. teste hidrostático de a. de todas segurança
as inicial,
ocorrências
13.4.1.4 Toda caldeira deve ter fabricação; periódica ecapazes
importantes extraordinária,
de influir
afixada em seu corpo, em ▪conjunto de desenhos e nasdevendo
condições constar a condição
de segurança da
local de fácil acesso e bem demais dados necessários operacional
caldeira; da caldeira, o
visível, placa de para o monitoramento da nome legível e a assinatura
identificação indelével com, vida útil da caldeira; de PH e do operador de
no mínimo, as seguintes caldeira presente na ocasião
informações: ▪características funcionais; da inspeção.
b. número de ordem dado pelo 13.4.1.10 Caso a caldeira venha
fabricante
a. nome da caldeira;
do fabricante;
▪dados dos dispositivos de a ser considerada inadequada
segurança; para uso, o Registro de
c. ano de ▪ano de fabricação; Segurança deve conter tal
fabricação; informação e receber
▪categoria da caldeira. encerramento formal.

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 73


13.4.1.11 A documentação nutenção da caldeira, sendo e. não ser utilizada para
referida no item 13.4.1.6 deve que, para guarda-corpos qualquer
estar sempre à disposição para vazados, os vãos devem ter outra finalidade;
consulta dos ope- radores, do dimensões que impeçam a f. dispor de acesso fácil e
pessoal de manutenção, de queda de pessoas; seguro, necessário à
inspeção e das representações d. ter sistema de captação e lan- operação e à ma- nutenção
dos trabalhadores e do çamento dos gases e material da caldeira, sendo que, para
empregador na Comissão particulado, provenientes da guarda-corpos vazados, os
Interna de Prevenção de combustão, para fora da área vãos devem ter dimensões
Acidentes - CIPA, devendo o de operação atendendo às que impeçam a queda de
empregador assegurar pleno normas ambientais vigentes; g. ter sistema de captação e lan-
pessoas;
acesso a essa documentação. çamento dos gases e material
2. Instalação de caldeiras e. dispor de iluminação particulado, provenientes da
avapor conforme combustão, para fora da área
normas oficiais vigentes; de operação, atendendo às
1.A autoria do projeto de f. ter sistema de iluminação de normas ambientais vigentes;
instalação de caldeiras a vapor, emergência caso opere à
no que concerne ao noite. h. dispor de iluminação confor-
atendimento desta NR, é de me normas oficiais vigentes
responsabilidade de PH, e deve 13.4.2.4 Quando a caldeira e ter sistema de iluminação
obedecer aos aspectos de estiver instalada em ambiente de emergência.
segurança, saúde e meio fechado, a casa de caldeiras
ambiente previstos nas Normas deve satisfazer os seguintes
Regulamen- tadoras, requisitos: 5.Quando o estabelecimento
convenções e disposições legais não puder atender ao disposto
aplicáveis. a. constituir prédio separado, nos itens 13.4.2.3 e 13.4.2.4,
cons- truído de material deve ser elaborado projeto
2.As caldeiras de qualquer
resistente ao fogo, podendo ter alternativo de instalação,com
estabelecimento devem ser
apenas uma parede adjacente a medidascomplemen- tares de
instaladas em casa de caldeiras
outras instala- ções do segurança, que permitam a
ou em local específico para tal
estabelecimento, porém com as atenuação dos riscos,
fim, denominado área de
outras paredes afastadas de, no comunicando previamente a
caldeiras.
mínimo, 3,0m (três metros) de representação sindical dos
3.Quando a caldeira for outras instalações, do limite de trabalhadores predominante no
instalada em ambiente aberto, a propriedade de terceiros, do estabelecimento.
área de caldeiras deve satisfazer limite com as vias públicas e de
aos seguintes requisitos: 6.As caldeiras classificadas na
depósitos de combustíveis,
categoria A devem possuir
excetuando-se reservatórios
a. estar afastada de, no mínimo, painel de instrumentos
para partida com até 2000l
3,0m (três metros) de: instalados em sala de controle,
b. dispor
(dois mil de pelo de
litros) menos 2 (duas)
capacidade;
saídas amplas, construído segundo o que
▪outras instalações do estabele- estabelecem as Normas Regu-
cimento; permanentemente
desobstruídas, sinalizadas e lamentadoras aplicáveis.
▪de depósitos de combustíveis, dispostas em direções 3.Segurança na operação de
excetuando-se reservatórios c. distintas;
dispor de ventilação caldeiras
para partida com até 2000l permanente com entradas de 1.Toda caldeira deve possuir
(dois mil litros) de capacidade; ar que não possam ser manual de operação atualizado,
b. dispor de pelo menos 2 (duas) bloqueadas; em língua portuguesa, em local
▪do limite de propriedade de
saídas amplas, d. dispor de sensor para de fácil acesso aos operadores,
terceiros;
permanentemente detecção de vazamento de contendo no mínimo:
▪dodesobstruídas, sinalizadas
limite com as vias e
públicas; gás quando se tratar de
dispostas em direções caldeira a combustível b. e parâmetros
a. procedimentos de partidas e
c. dispor de acesso fácil e
distintas; gasoso; operacionais
paradas; de rotina;
seguro, necessário à
operação e à ma-

74 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI


c. procedimentos para situações seguido de teste de a. 24 (vinte e quatro) meses para
de emergência; estanqueidade e exame externo. as caldeiras de recuperação
3.As caldeiras devem obriga- de álcalis;
d. procedimentos gerais de toriamente ser submetidas a
segu- rança, saúde e de Teste Hidrostático - TH em sua b. 24 (vinte e quatro) meses
preservação do meio fase de fabricação, com para as caldeiras das
ambiente. comprovação por meio de categorias B e C;
laudo assinado por PH, e ter o c. 30 (trinta) meses para
2.Os instrumentos e controles caldeiras da categoria A;
de caldeiras devem ser mantidos valor da pressão de teste afixado
calibrados e em boas condições em sua placa de identificação.
d. 40 (quarenta) meses para
operacionais. 1.Na falta de comprovação caldeiras especiais,
1.Poderá ocorrer a neutrali- documental de que o Teste conforme definição no item
zação provisória nos Hidros- tático - TH tenha sido 13.4.4.6.
instrumentos e controles, desde realizado na fase de fabricação,
que não seja redu- zida a se aplicará o disposto a seguir: 13.4.4.6 As caldeiras que
segurança operacional, e que operam de forma contínua e
a. para equipamentos fabricados que utilizam gases ou resíduos
esteja prevista nos ou importados a partir da
procedimentos formais de das unidades de processo como
vigência desta NR, o TH deve combustível prin- cipal para
operação e manutenção, ou ser feito durante a inspeção de
com justificativa formalmente aproveitamento de calor ou
segurança inicial; para fins de controle ambiental
documentada, com prévia b. para equipamentos em
análise técnica e respectivas podem ser consideradas
operação antes da vigência especiais quando todas as
medidas de contingência para desta NR, a critério do PH, o
mitigação dos riscos elaborada condições seguintes forem
TH deve ser realizado na satisfeitas:
pelo responsável técnico do próxima inspeção de
processo, com anuência do PH. segurança periódica. a. estiverem instaladas em
3.A qualidade da água deve ser estabe- lecimentos que
controlada e tratamentos de- 13.4.4.4 A inspeção de b. tenhamSPIE
possuam testados
citadoa nocada 12
Anexo
vem ser implementados, quando segurança periódica, II; (doze) meses o sistema de
necessários, para constituída por exames interno intertrava- mento e a pressão
compatibilizar suas e externo, deve ser execu- tada de abertura de cada válvula
propriedades físico-químicas nos seguintes prazos máximos: de segurança;
com os parâmetros de operação c. não apresentem variações
a. 12 (doze) meses para
da caldeira, sendo estes ines- peradas na temperatura
caldeiras das categorias A, B e
tratamentos obrigatórios em b. 15 (quinze) meses para de saída dos gases e do
C;
caldeiras classifi- cadas como caldeiras de recuperação de vapor durante a operação;
categoria A, conforme item álcalis de qualquer
13.4.1.2 desta NR. d. existam análise e controle
categoria;
4.Toda caldeira a vapor deve c. 24 (vinte e quatro) meses para perió- dico da qualidade da
estar obrigatoriamente sob caldeiras da categoria A, água;
e. exista controle de
operação e controle de desde que aos 12 (doze)
deterioração dos materiais
operador de caldeira. meses sejam testadas as
que compõem as principais
5.Será considerado operador de pressões de abertura das
partes da caldeira;
caldeira aquele que satisfizer o válvulas de segurança.
f. exista parecer técnico de PH
disposto no item A do Anexo I fundamentando a decisão.
13.4.4.5 Estabelecimentos que
desta NR.
pos- suam Serviço Próprio de
4.Inspeção de segurança de Inspeção de Equipamentos -
caldeiras 13.4.4.6.1 O empregador deve
SPIE, conforme estabelecido comunicar ao Órgão Regional
1.As caldeiras devem ser no Anexo II, podem estender do Ministério do Trabalho e
submetidas a inspeções de seus períodos entre inspe- ções Emprego e ao sindicato dos
segurança inicial, periódica e de segurança, respeitando os trabalhadores
extraordinária. seguintes prazos máximos:
2.A inspeção de segurança
inicial deve ser feita em NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 75
caldeiras novas, antes da
entrada em fun- cionamento, no
local de operação,
devendocompreenderexameinter
da categoria predominante no a. sempre que a caldeira for da- da caldeira em prazo de 30
estabelecimento, previamente, o nificada por acidente ou (trinta) dias após a sua
enquadramento da caldeira outra elaboração, ficando o
como especial. ocorrênciacapazdecomprome empregador desobrigado a
7.No máximo, ao completar 25 ter sua segurança; atender os itens 13.4.4.13 e
(vinte e cinco) anos de uso, na b. quando a caldeira for 13.4.4.13.1.
sua inspeção subsequente, as submetida à alteração ou 13.4.4.14 O relatório de
cal- deiras devem ser reparo importante capaz de inspeção, mencionado no item
submetidas a uma avaliação de alterar suas condições de 13.4.1.6, alínea “e”, deve ser
integridade com maior segurança; elaborado em páginas
abrangência para determinar a c. antes de a caldeira ser numeradas contendo no
sua vida remanescente e novos recoloca- da em mínimo:
prazos máximos para inspeção, funcionamento, quando b. categoria da
caso ainda estejam em permanecer inativa por mais caldeira;
a. dados constantes na placa
de 6 (seis) meses; c.
detipo da
condições de uso.
d. quando houver mudança de caldeira;
identificação da caldeira;
8.As válvulas de segurança local de instalação da d. tipo de inspeção
instaladas em caldeiras devem caldeira. executada;
ser inspecionadas e. data de início e término da
periodicamente conforme 11.A inspeção de segurança inspeção;
segue: deve ser realizada sob a
responsa- bilidade técnica de f. descrição das inspeções,
a. pelo menos 1 (uma) vez por PH. exames
mês, mediante acionamento e testes executados;
12.Imediatamente após a ins-
manual da alavanca, em g. registros fotográficos do
peção da caldeira, deve ser
operação, para caldeiras das exame
anotada no seu Registro de
categorias B e C, excluídas as interno da caldeira;
Segurança a sua condição
caldeiras que vaporizem fluido h. resultado das inspeções e pro-
operacional, e, em até 60
térmico e as que trabalhem com vidências;
(sessenta) dias, deve ser emitido
b.
águaas trata-
válvulas flangeadas
da conforme ou
o relatório, que passa a fazer
roscadas
previsto devem
no item 13.4.3.3; ser i. relação dos itens desta NR
parte da sua documentação,
desmontadas, inspe- que não estão sendo
cionadas e testadas em podendo
este prazo ser
atendidos;
estendido para 90 (noventa)
bancada, e, no caso de j. recomendações e providências
dias em caso de parada geral de
válvulas soldadas, feito o necessárias;
manutenção.
mesmo no campo, com uma
frequência compatível com o 13.O empregador deve in- k. parecer conclusivo quanto à
histórico operacional das formar à representação sindical integridade da caldeira até a
mesmas, sendo estabelecidos da categoria profissional próxima inspeção;
como limites máximos para predominante no
essas atividades os períodos estabelecimento, num prazo l. data prevista para a nova
de inspeção estabelecidos máximo de 30 (trinta) dias após inspeção de segurança da
nos itens o término da inspeção de caldeira;
13.4.4.4 e 13.4.4.5, se aplicável, segurança, a condição m. nome legível, assinatura e
para caldeiras de categorias operacional da caldeira. nú- mero do registro no
A e B. 1.Mediante o recebimento de conselho profissional do PH
requisição formal, o empregador e nome legível e assinatura
9.Adicionalmente aos testes de técnicos que participaram
deve encaminhar à
prescritos no item 13.4.4.8, as da inspeção.
representação sindical
válvulas de segurança
predominante no estabele-
instaladas em caldeiras podem 13.4.4.15 As recomendações de-
cimento, no prazo máximo de
ser submetidas a testes de correntes da inspeção devem
10 (dez) dias após a sua
acumulação, a critério do PH. ser registradas e implementadas
elaboração, a cópia do relatório
10.A inspeção de segurança pelo empregador, com a
de inspeção.
extraordinária deve ser feita nas determinação de prazos e
2.A representação sindical da responsáveis pela execução.
seguintes oportunidades:
categoria profissional predomi-
nante
76 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI no estabelecimento
poderá solicitar ao empregador
que seja enviada de maneira
regular cópia do relatório de
inspeção de segurança
13.4.4.16 Sempre que os Classe B:
resultados da inspeção
▪fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200ºC (duzentos
determinarem alterações dos
graus Celsius);
dados de projeto, a placa de
identificação e a documentação ▪fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 (vinte) partes
do prontuário devem ser por milhão (ppm).
atualizadas.
5. Vasos de Pressão Classe C:
1. Vasos de pressão -
disposi- ▪vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar
ções gerais. comprimido.
1.Vasos de pressão são Classe D:
equipamentos que contêm ▪outro fluido não enquadrado acima.
fluidos sob pressão interna ou
externa, diferente da b. Quando se tratar de mistura deverá ser considerado para fins de
atmosférica. classi- ficação o fluido que apresentar maior risco aos trabalhadores
2.Para efeito desta NR, os e instala- ções, considerando-se sua toxicidade, inflamabilidade e
vasos de pressão são concentração.
classificados em categorias c. Os vasos de pressão são classificados em grupos de potencial de
segundo a classe de fluido e o risco em função do produto P.V, onde P é a pressão máxima de
potencial de risco. operação em MPa e V o seu volume em m3, conforme segue:
Grupo 1 – P.V ≥ 100
a. Os fluidos contidos nos vasos
de pressão são classificados Grupo 2 – P.V < 100 e P.V ≥ 30
conforme descrito a seguir: Grupo 3 – P.V < 30 e P.V ≥ 2,5
Classe A: Grupo 4 – P.V < 2,5 e P.V ≥ 1
Grupo 5 – P.V < 1
▪fluidos inflamáveis;
▪fluidos combustíveis com tem- d. Vasos de pressão que operem sob a condição de vácuo devem se
enquadrar nas seguintes categorias:
peratura superior ou igual a
▪200ºC
hidrogênio (duzentos graus ▪ categoria I: para fluidos inflamáveis ou
Celsius);
; combustíveis;
▪fluidos tóxicos com limite de
acetileno. ▪ categoria V: para outros fluidos.
tolerância igual ou inferior a 20
(vinte) partes por milhão (ppm);

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 77


e. A tabela a seguir classifica os vasos de pressão em categorias de acordo com os grupos de potencial
de risco e a classe de fluido contido.

CATEGORIAS DE VASOS DE PRESSÃO

Classe de Fluido
Grupo de Potencial de Risco
1 2 3 4
5
P.V P.V P.V < 30 P.V <
<100 P.V 2,5 P.V < 1
100 P.V P.V
2,5
30 1
Categorias

A
-Fluido inflamável, combustível
com temperatura igual ou supe-
rior a 200°C
-Tóxico com limite de tolerância I I II III III
≤ 20ppm
-Hidrogênio
-Acetileno

B
-Combustível com temperatura
menor que 200°C I II III IV IV
-Tóxico com limite de tolerância
> 20ppm
C
-Vapor de água
-Gases asfixiantes simples I II III IV V
-Ar comprimido
D
II III IV V V
- Outro fluido

Notas:

a.Considerar volume em m³ e pressão em MPa.

b.Considerar 1MPa correspondente a 10,197kgf/cm².

13.5.1.3 Os vasos de pressão devem ser dotados dos seguintes itens:

a. válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior
à PMTA, instalado diretamente no vaso ou no sistema que o inclui, considerados os requisitos do
código de projeto relativos a aberturas escalonadas e tolerâncias de calibração;

78 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI


b. meios utilizados contra o ▪conjunto de desenhos e demais a. todas as ocorrências
bloqueio inadvertido de dados necessários para o importantes capazes de
dispositivo de se- gurança monito- ramento da sua vida influir nas condições de
quando este não estiver útil; segurança dosvasos de
instalado diretamente no b. pressão;
as ocorrências de inspeções
c. vaso;
instrumento que indique a ▪pressão máxima de operação; de segurança periódicas e
pressão de operação, ▪registros documentais do teste extra- ordinárias, devendo
instalado direta- mente no hidrostático; constar a condição
vaso ou no sistema que o operacional do vaso.
contenha. ▪características funcionais, atu-
alizadas pelo empregador 13.5.1.9 A documentação
13.5.1.4 Todo vaso de pressão sempre que alteradas as referida no item 13.5.1.6
deve ter afixado em seu originais; deve estar sempre à
corpo, em local de fácil disposição para consulta dos
acesso e bem visível, placa ▪dados dos dispositivos de segu- ope- radores, do pessoal de
de identificação indelével rança, atualizados pelo manutenção, de inspeção e
com, no mínimo, as empregador sempre que das representações dos
seguintes informações: alterados os originais; trabalhadores e do
b. número de empregador na Comissão
identificação;
a. fabricante;
▪ano de fabricação;
Interna de Prevenção de
c. ano de ▪categoria do vaso, atualizada Acidentes - CIPA, devendo o
fabricação; pelo empregador sempre que empregador assegurar pleno
d. pressão máxima de trabalho alterada a original; acesso a essa documentação
admissível;
inclusive à representação
c.
b. Projeto
RegistrodedeInstalação
Segurançaememcon-
e. pressão de teste hidrostático sindical da categoria
con- formidade
formidade comcomo item
os itens
de fabricação; (Vide profissional predominante no
13.5.2.4 e 13.5.2.5;
13.5.1.8;
condições na Portaria MTE esta- belecimento, quando
n. 594, de 28 de abril de d. Projeto de alteração ou reparo formalmente solicitado.
2014); em conformidade com os 2. Instalação de vasos de
f. código de projeto e ano de itens 13.3.6 e 13.3.7; pressão.
edição. 1.Todo vaso de pressão deve
e. Relatórios de inspeção em ser instalado de modo que todos
13.5.1.5 Além da placa de con- formidade com o item os drenos, respiros, bocas de
identifi- cação, deve constar, 13.5.4.13; visita e indicadores de nível,
em local visível, a categoria do f. Certificados de calibração dos pressão e temperatura, quando
vaso, conforme item dispositivos de segurança, existentes, sejam facilmente
13.5.1.2, e seu número ou onde aplicável. acessíveis.
código
2.Quando os vasos de pres- são
de identificação.
7.Quando inexistente ou forem instalados em ambientes
13.5.1.6 Todo vaso de pressão fechados, a instalação deve
extraviado, o prontuário do vaso
deve possuir, no b. dispor de acesso
satisfazer os fácil e
seguintes
de pressão deve ser
estabelecimento onde estiver seguro
requisitos: para as atividades de
reconstituído pelo empregador,
instalado, a seguinte docu- manutenção, operação e
com responsabilidade técnica
mentação devidamente inspeção,
a. dispor sendo
de pelo que,2 (duas)
menos para
do fabricante ou de PH, sen- do
atualizada: guarda-corpos
saídas vazados, os
amplas,
imprescindível a reconstituição
vãos devem ter dimensões
permanentemente
▪a. Prontuário
código de projeto
do vasoeano de
de pressão das premissas de projeto, dos
que impeçamsinalizadas
desobstruídas, a queda de e
edição;
a ser fornecido pelo fabricante, dados dos dispositivos de c. pessoas;
dispor de
dispostas em ventilação
direções
contendoasseguintesinformaçõe segurança e da memória de permanente com entradas de
▪ especificação dos materiais; distintas;
s: cálculo da PMTA. ar que não possam ser
▪bricação,
procedimentos utilizados
montagem na
e inspeção 8.O Registro de Segurança bloqueadas;
fa-
final; deve ser constituído por livro de
▪metodologia
paraestabelecimento da PMTA; páginas numeradas, pastas ou
sistema informatizado com
confiabilidade equivalente onde
serão registradas:
NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 79
d. dispor de iluminação a. procedimentos de partidas e
conforme paradas;
normas oficiais vigentes; b. procedimentos e parâmetros operacionais de
e. possuir sistema de iluminação rotina;
de emergência. c. procedimentos para situações de
emergência;
3.Quando o vaso de pressão for d. procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do
instalado em ambiente aberto, a meio ambiente.
instalação deve satisfazer as
alíneas “a”, “b”, “d” e “e” do
item 13.5.2.2. 2. Os instrumentos e controles de vasos de pressão devem ser
4.A autoria do projeto de mantidos calibrados e em boas condições operacionais.
instalação de vasos de pressão 1.Poderá ocorrer a neutralização provisória nos instrumentos e
enquadrados nas categorias I, II controles, desde que não seja reduzida a segurança operacional, e
e III, conforme item 13.5.1.2, no que esteja prevista nos procedimentos formais de operação e
que concerne ao atendimento manutenção, ou com justificativa formalmente documentada, com
desta NR, é de responsabilidade prévia análise técnica e respectivas medidas de contingência para
de PH e deve obedecer aos mitigação dos riscos, elaborada por PH.
aspectos de segurança, saúde e 13.5.3.3 A operação de unidades que possuam vasos de pressão de
meio ambiente previstos nas ca- tegorias I ou II deve ser efetuada por profissional capacitado
Normas Regulamen- tadoras, conforme item “B” do Anexo I desta NR.
convenções e disposições legais
4. Inspeção de segurança de vasos de pressão.
aplicáveis.
1. Os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de
5.O projeto de instalação deve
segu- rança inicial, periódica e extraordinária.
conter pelo menos a planta
baixa do estabelecimento, com 2. A inspeção de segurança inicial deve ser feita em vasos de
o posicionamento ea categoria pressão novos, antes de sua entrada em funcionamento, no
de cada vaso e das instalações local definitivo de instalação, devendo compreender
de segurança. exames externo e interno.
6.Quando o estabelecimento 3. Os vasos de pressão devem obrigatoriamente ser
não puder atender ao disposto submetidos a Teste Hidrostático - TH em sua fase de
no item 13.5.2.2, deve ser fabricação, com comprovação por meio de laudo assinado
elaborado projeto alternativo de por PH, e ter o valor da pressão de teste afixado em sua
instalação com medidas placa de identificação.
complementares de segurança 1.Na falta de comprovação documental de que o Teste Hidrostá-
que permitam a atenuação dos tico-TH tenha sido realizado na fase de fabricação, se aplicará o
riscos. disposto a seguir:
3.Segurança na operação de
a. para equipamentos fabricados ou importados a partir da vigência
vasos de pressão. b. paraNR,
desta equipamentos emfeito
o TH deve ser operação
duranteantes da vigência
a inspeção desta NR, a
de segurança
1.Todo vaso de pressão critério do PH, o TH deve ser realizado na próxima inspeção de
inicial;
enquadrado nas categorias I ou segurança periódica.
II deve possuir manual de
operação próprio ou instruções 13.5.4.4 Os vasos de pressão categorias IV ou V de fabricação em
de operação contidas no série, certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia,
manual de operação de unidade Qualidade e Tecno- logia - Inmetro, que possuam válvula de
onde estiver instalado, em segurança calibrada de fábrica ficam dispensados da inspeção
língua portuguesa, em local de inicial e da documentação referida no item 13.5.1.6, alínea “c”,
fácil acesso aos operadores, desde que instalados de acordo com as recomenda- ções do
contendo no mínimo: fabricante.

80 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI


13.5.4.4.1 Deve ser anotada no Registro de Segurança a data da 13.5.4.10 A inspeção de
instalação do vaso de pressão a partir da qual se inicia a contagem segurança extraordinária deve
do prazo para a inspeção de segurança periódica. ser feita nas seguintes
13.5.4.5 A inspeção de segurança periódica, constituída por exames oportunidades:
externo e interno, deve obedecer aos seguintes prazos máximos
a. sempre que o vaso de pressão
estabelecidos a seguir:
for danificado por acidente ou
a. para estabelecimentos que não possuam SPIE, conforme citado no outra ocorrência que
Anexo II: comprometa sua segurança;
b. quando o vaso de pressão for
Categoria do Vaso Exame Externo Exame Interno submetido a reparo ou
alterações importantes,
I 1 ano 3 anos
capazes de alterar sua
II 2 anos 4 anos condição de segurança;
III 3 anos 6 anos c. antes do vaso de pressão ser
IV 4 anos 8 anos recolocado em
funcionamento, quando
V 5 anos 10 anos
permanecer inativo por mais
de 12 (doze) meses;
b. para estabelecimentos que possuam SPIE, conforme citado no d. quando houver alteração do
Anexo local de instalação do vaso
II, consideradas as tolerâncias nele previstas: de pressão, exceto para
vasos móveis.

Categoria do Vaso Exame Externo Exame Interno 11.A inspeção de segurança


deve ser realizada sob a
I 3 anos 6 anos
responsa- bilidade técnica de
II 4 anos 8 anos PH.
III 5 anos 10 anos 12.Imediatamente após a
inspeção do vaso de pressão,
IV 6 anos 12 anos
deve ser anotada no Registro de
V 7 anos a critério Segu- rança a sua condição
operacional, e, em até 60
6.Vasos de pressão que não permitam acesso visual para o exame (sessenta) dias, deve ser
interno ou externo por impossibilidade física devem ser submetidos emitido o relatório, que passa a
alter- nativamente a outros exames não destrutivos e metodologias fazer parte da sua
de avaliação da integridade, a critério do PH, baseados em normas e documentação, podendo este
códigos aplicáveis à identificação de mecanismos de deterioração. prazo ser estendido para 90
7.Vasos de pressão com enchimento interno ou com catalisador (noventa) dias em caso de
podem ter a periodicidade de exame interno ampliada, de forma a parada geral de manutenção.
coin- cidir com a época da substituição de enchimentos ou de 13.O relatório de inspeção,
catalisador, desde que esta ampliação seja precedida de estudos mencionado no item 13.5.1.6,
conduzidos por PH ou por grupo multidisciplinar por ele alínea “e”, deve ser elaborado
coordenado, baseados em normas e códigos aplicáveis, onde sejam em páginas numeradas,
b. fluidos no
contendo de mínimo:
serviço e categoria
implementadas tecnologias alternativas para a avaliação da sua
do
integridade estrutural.
vaso de pressão; do vaso de
a. identificação
8.Vasos de pressão com temperatura de operação inferior a 0ºC c. tipo
pressão;do vaso de
(zero grau Celsius) e que operem em condições nas quais a pressão;
experiência mostre que não ocorre deterioração devem ser d. data de início e término da
submetidos a exame interno a cada 20 (vinte) anos e exame externo inspeção;
a cada 2 (dois) anos.
9.As válvulas de segurança dos vasos de pressão devem ser desmon- e. tipo de inspeção
tadas, inspecionadas e calibradas com prazo adequado a sua executada;
manutenção, porém, não superior ao previsto para a inspeção de
segurança periódica interna dos vasos de pressão por elas
protegidos. NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 81
f. descrição dos exames e testes c. a temperatura de 13.6.1.6 A documentação
executados; trabalho; referida no item 13.6.1.4 deve
d. os mecanismos de danos pre- estar sempre à disposição para
g. resultado das inspeções e visíveis; fiscalização pela autoridade
inter- venções executadas; competente do Órgão Regional
e. as consequências para os tra- do Ministério do Trabalho e
h. parecer conclusivo quanto a balhadores, instalações e Emprego, e para consulta pelos
integridade do vaso de meio ambiente trazidas por operadores, pessoal de
pressão até a próxima possíveis falhas das manutenção, de inspeção edas
inspeção; tubulações. representações dos
i. recomendações e providências trabalhadores e do empregador
necessárias; 2.As tubulações ou os siste-
na Comissão Interna de
mas de tubulação devem possuir
Prevenção de Acidentes -
j. data prevista para a próxima dispositivos de segurança
CIPA, devendo, ainda, o
inspeção; conforme os critérios do código
empregador assegurar o acesso
de projeto utilizado, ou em
a essa documentação à
k. nome legível, assinatura e nú- atendimento às recomendações
representação sindical da
mero do registro no de estudo de análises de
categoria profissional
conselho profissional do PH cenários de falhas.
predominante no
e nome legível e assinatura 3.As tubulações ou sistemas de estabelecimento, quando
de técnicos que participaram tubulação devem possuir formalmente solicitado.
da inspeção. indicador de pressão de
2. Segurança na operação
operação, conforme definido no
14.Sempre que os resultados da de
projeto de processo e
inspeção determinarem tubulações
instrumentação.
alterações das condições de 1.Os dispositivos de indica- ção
projeto, a placa de identificação 4.Todo estabelecimento que
de pressão da tubulação devem
e a documentação do possua tubulações, sistemas de
ser mantidos em boas condições
prontuário devem ser tubulação ou linhas deve ter a
operacionais.
atualizadas. seguinte documentação
devidamente atualizada: 2.As tubulações de vapor e seus
15.As recomendações de- acessórios devem ser mantidos
correntes da inspeção devem ser a. especificações aplicáveis às em boas condições
implementadas pelo tubu- lações ou sistemas, operacionais, de acordo com
empregador, com a necessárias ao planejamento um plano de manutenção
determinação de prazos e e execução da sua inspeção; elaborado pelo estabelecimento.
responsáveis pela sua execução. (Vide prazo na Portaria 3.As tubulações e os sistemas
6. Tubulações b. MTE
fluxograma de 28engenharia
n. 594, de de abril de tubulação devem ser
1. Tubulações - Disposições com a identificação da linha
de 2014) identificáveis segundo
Gerais e seus acessórios; padronização formalmente
1.As empresas que possuem instituída pelo estabelecimento,
c. PAR em conformidade com e sinalizadas conforme a NR-
tubulações e sistemas de os itens 13.3.6 e 13.3.7;
tubulações enquadradas nesta 26. (Vide prazo na Portaria
NR devem possuir um MTE n. 594, de 28 de abril de
d. relatórios de inspeção em
programa e um plano de 2014)
con- formidade com o item
inspeção que considere, no 13.6.3.9. 3. Inspeção periódica de tu-
mínimo, as variáveis, condições bulações
e premissas descritas abaixo: 13.6.1.5 Os documentos 1.Deve ser realizada inspeção
(Vide prazo na Portaria MTE referidos no item 13.6.1.4, de segurança inicial nas
b. a pressão
n. 594, de 28dede abril de 2014) quando inexis- tentes ou tubulações. (Vide condições na
trabalho; extraviados, devem ser Portaria MTE n. 594, de 28 de
a. os fluidos transportados; reconstituídos pelo empregador, abril de 2014)
sob a responsabilidade técnica
2.As tubulações devem ser
de um PH.
submetidas à inspeção de
segurança periódica. (Vide
prazo na Portaria MTE n. 594,
82 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI
de 28 de abril de 2014)
3.Os intervalos de inspeção das
tubulações devem atender aos
prazos máximos da inspeção
tecnicamente com base em 8.A inspeção periódica de 13.6.3.9.1 O prazo para emissão
meca- nismo de danos e na tubulações deve ser executada desse relatório é de até 30
criticidade do sistema, sob a responsabilidade técnica (trinta) dias para linhas
contendo os intervalos entre de PH. individuais e de até 90
estas inspeções e os exames 9.Após a inspeção de cada (noventa) dias para sistemas de
que as compõem, desde que tubulação, sistema de tubulação tubulação.
essa ampliação não ultrapasse o ou linha, deve ser emitido um 13.6.3.10 As recomendações de-
intervalo máximo de 100% relatório de inspeção, com correntes da inspeção devem
(cem por cento) sobre o prazo páginas numera- das, que passa ser implementadas pelo
da inspeção interna, limitada a a fazer parte da sua empregador, com a
10 (dez) anos. documentação, e deve conter, determinação de prazos e
4.Os intervalos de inspeção no mínimo: responsáveis pela sua execução.
periódica da tubulação não Glossário
podem exceder os prazos a. identificação da(s) linha(s) ou
estabelecidos em seu programa b. fluidos
sistema de serviço da
de tubulação; Abertura escalonada de válvulas
de inspeção, consi- deradas as tubulação, e respectivas de segurança - Condição de
tolerâncias permitidas para as temperatura epressão de calibração diferenciada da
empresas com SPIE. operação; pressão de abertura de
c. data de início e término da múltiplas válvulas de segurança,
5.O programa de inspeção pode inspeção; prevista no código de projeto
ser elaborado por tubulação, do equipamento por elas
linha ou por sistema, a critério d. tipo de inspeção protegido, onde podem ser
de PH, e, no caso de executada; estabelecidos va- lores de
programação por sistema, o e. descrição dos exames abertura acima da PMTA,
intervalo a ser adotado deve ser executados; consideradas as vazões
correspondente ao da sua linha f. resultado das necessárias para o alívio da
mais crítica. inspeções; sobrepressão em cenários
6.As inspeções periódicas das g. parecer conclusivo quanto à Adequação ao uso - Estudo
distintos.
tubulações devem ser integridade da tubulação, do concei- tual multidisciplinar de
constituídas de exames e sistema de tubulação ou da engenharia, baseado em
análises definidas por PH, que linha até a próxima códigos ou normas, como o
permitam uma avaliação da sua inspeção; API 579- 1/ASME FFS-
integridade estrutural de acordo h. recomendações e 1 - Fitness - for - Service, usado
com normas e códigos providências para determinar se um
aplicáveis. necessárias; equipamento com desgaste
i. data prevista para a próxima conhecido estará apto a operar
1.No caso de risco à saúde e à inspeção; com segurança por determinado
integridade física dos trabalha-
tempo.
dores envolvidos na execução j. nome legível, assinatura e nú- Alteração - Mudança no projeto
da inspeção, a linha deve ser mero do registro no conselho original do fabricante que
retirada de operação. profissional do PH e nome promova alteração estrutural ou
13.6.3.7 Deve ser realizada legível e assinatura de de parâmetros operacionais
inspeção técnicos que participaram da significativos definidos por PH,
b. quando atubulação for
extraordinárianas inspeção. ou afete a capacidade de reter
seguintessituações: a
submetida reparo pressão ou possa comprometer
provisório ou alterações a segurança de caldeiras, vasos
a. significativas, capazes for
sempre que a tubulação de de pressão e tubulações.
da-alterar suapor
nificada capacidade
acidente oude
contenção
outra de fluido;
ocorrência que
c. antes daa tubulação
comprometa segurança dosser
recoloca-
trabalhadores; da em
funcionamento, quando
permanecer inativa por mais
de 24 (vinte e quatro) meses.

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 83


Avaliação ou inspeção de Dispositivo Contra Bloqueio determinados produtos,
integridade Inad- vertido - DCBI - Meio processos ou serviços estão em
- Conjunto de estratégias e utilizado para evitar que conformidade com critérios
técnicas utilizadas na avaliação bloqueios inadvertidos especificados.
detalhada da condição física de impeçam a atuação de
Exame externo - Exame da
um equipamento. dispositivos de segurança.
Caldeira de fluido térmico - superfície e de componentes
Caldeira utilizada para Dispositivos de segurança - externos de um equipamento,
aquecimento de um fluido no Disposi- tivos ou componentes podendo ser realizado em
estado líquido, chamado de que protegem operação, visando avaliar a sua
fluido térmico, sem vaporizá-lo. umequipamentocontrasobrepres integridade estrutural.
são manométrica, independente
Caldeiras de recuperação de Exame interno - Exame da
da ação do operador e de
álcalis - Caldeiras a vapor que superfície interna e de
acionamento por fonte externa
utilizam como combustível componentes internos de um
de energia.
principal o licor negro oriundo Duto - Tubulação projetada por equipamento, executado
do processo de fabricação de códigos específicos, destinada à visualmente, com o emprego de
celulose, realizando a transferência de fluidos entre ensaios e testes apropriados
recuperação de químicos e unidades industriais de estabele- para avaliar sua integridade
geração de energia. cimentos industriais distintos estrutural.
Código de projeto - Conjunto de Fabricante - Empresa
ou não, ocupando áreas de
normas e regras que estabelece responsável pela construção de
terceiros.
os requisitos para projeto, caldeiras, vasos de pressão ou
construção, montagem, Empregador - Empresa tubulações.
controle de qualidade da individual ou coletiva, que,
Fluxograma de engenharia
fabricação e inspeção de equi- assumindo os riscos da
(P&ID)
pamentos. atividade econômica, admite,
- Diagrama mostrando o fluxo
assalaria e dirige a prestação
Códigosdepós-construção- do processo com os
pessoal de serviços; equiparam-
Compõe- equipamentos, as tubulações e
se ao em- pregador os
-se de normas ou seus acessórios, e as
profissionais liberais, as
recomendações práticas de malhasdecontroledeinstrumenta
instituições de beneficência, as Fluxograma de processo -
avaliação da integridade ção.
associações recreativas ou Diagra- ma de representação
estrutural de equipamentos
outras instituições sem fins esquemática do processo de
durante a sua vida útil.
Construção - Processo que lucrativos, que admitem plantas industriais mostrando o
inclui projeto, especificação de trabalhadores como percurso ou caminho
Enchimento interno - Materiais
material, fabricação, inspeção, empregados. percorrido pelos fluidos.
inseridos no interior dos vasos
exame, teste e avaliação de
de pressão com finalidades Força maior - Todo
conformidade de caldei- ras,
específicas e período de vida acontecimento inevitável, em
vasos de pressão e tubulações.
útil determinado, tipo relação à vontade do
Controle da qualidade - catalisador, recheio, peneira empregador, e para a realização
Conjunto de ações destinadas a mo- lecular, e carvão ativado. do qual este não concorreu,
verificar e atestar a Bandejas e acessórios internos direta ou indiretamente. A
conformidade de caldeiras, não configuram enchimento imprevidência do empregador
vasos de pressão e suas interno. exclui a razão de força maior.
Especificação datubulação -
tubulações de interligação nas
Código alfanumérico que Gerador de vapor -
etapas de fabri- cação,
define a classe de pressão e os Equipamentos destinados a
montagem ou manutenção. As
materiais dos tubos e acessórios produzir vapor sob pressão
ações abrangem o acompanha-
das tubulações. superior à atmosférica, sem
mento da execução da
acumulação e não enquadrados
soldagem, materiais utilizados Exame - Atividade conduzida
em códigos de vasos de
e realização de exames e testes por PH ou técnicos qualificados
pressão.
tais como: líquido penetrante, ou certificados, quando exigido Inspeção de segurança
partículas magnéticas, por códigos ou normas, para extraordi- nária - Inspeção
ultrassom, visual, testes de avaliar se realizada devido
pressão, radiografia, emissão
acústica e cor- rentes parasitas.
84 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI
a ocorrências que possam afetar equipamento para prevenir a ser submetido continuamente,
a condição física do falha ou degradação do mesmo. de acordo com o código de
equipamento, tais como projeto, a resistência dos
hibernação prolongada, materiais utilizados, as
Manutenção preventiva - Manu-
mudança de locação, dimensões do equipamento e
tenção realizada a intervalos
surgimento de deformações seus parâmetros operacionais.
pre- determinados ou de acordo
inesperadas, choques
com critérios prescritos, e Programa de inspeção -
mecânicos de grande impacto
destinada a reduzir a Cronograma contendo, entre
ou vazamentos, entre outros,
probabilidade de falha ou a outros dados, as datas das
envol- vendo caldeiras, vasos
degradação do funcionamento inspeções de segurança
de pressão e tubulações, com
de um componente. periódicas a serem realizadas.
abrangência definida por PH.
Inspeção de segurança inicial -
Máquinas de fluido - Aquela Projetos de alteração ou reparo -
Ins- peção realizada no
que tem como função principal PAR - Projeto realizado por
equipamento novo, montado no
inter- cambiar energia com um ocasião de reparo ou alteração
local definitivo de instalação e
fluido que as atravessa. que implica intervenção
antes de sua entrada em
estrutural ou mudança de
operação.
processo significativa em
Mecanismos de danos -
Inspeção de segurança periódica caldei- ras, vasos de pressão e
Conjunto de fatores que
- Inspeções realizadas durante a tubulações.
causam degradação nos Projeto alternativo de instalação
vida útil de um equipamento,
equipamentos e componentes. - Projeto concebido para
com critérios e periodicidades
Pacote de máquina - Conjunto minimizar os impactos de
deter- minados por PH,
de equipamentos e dispositivos segurança para o trabalhador
respeitados os intervalos
integrantes de sistemas quando as instalações não
máximos estabelecidos nesta
auxiliares de máquinas de estiverem atendendo a deter-
Norma.
fluido para fins de minado item desta NR.
Instrumentos de monitoração ou arrefecimento, lubrificação ou Projeto de instalação - Projeto
de controle - Dispositivos selagem.
Pessoal qualificado - contendo o posicionamento dos
destinados à monitoração ou
Profissional com equipamentos e sistemas de se-
controle das variá- veis
conhecimentos e habilidades gurança dentro das instalações
operacionais dos equipamentos
que permitam exercer e, quando aplicável, os acessos
a partir da sala de controle ou
determinadas tarefas, e aos acessórios dos mesmos
do próprio equipamento.
certificado quando exigível por (vents, drenos, instrumentos).
Integridade estrutural - código ou norma. Integra o projeto de instalação
Conjunto de propriedades e Placadeidentificação- o inventário de válvulas de
características físicas Placacontendo dados do segurança com os respectivos
necessárias para que um equipamento de acordo com os DCBI e equipamentos
equipamento ou item requisitos estabelecidos nesta protegidos.
desempenhe com segurança NR, fixada em local visível.
Prontuário-
eeficiência as funções para as Plano de inspeção - Descrição Conjuntodedocumentos e
quais foi projetado. das atividades, incluindo os
Linha - Trecho de tubulação in- registros do projeto de
dividualizado entre dois pontos exames e testes a serem construção, fabricação,
definidos e que obedece a uma realizados, necessárias para montagem, inspeção e
única especificação de avaliar as condições físicas de manutenção dos equipamentos.
caldeiras, vasos de pressão e Recipientes móveis - Vasos de
materiais, produtos
tubula- ções, considerando o pressão que podem ser movidos
transportados, pressão e
histórico dos equipamentos e os dentro de uma instalação ou
temperatura de projeto.
mecanismos de danos entre instalações e que não
Manutenção preditiva - previsíveis. podem ser enquadrados como
Manutenção com ênfase na Pressão máxima de trabalho transportáveis.
predição da falha e em ações admis- sível (PMTA) - É o
baseadas na condição do maior valor de pressão a que
um equipamento pode

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 85


Recipientes transportáveis - Recipientes projetados e construídos para serem transportados
pressurizados.

Registro de Segurança - Registro da ocorrência de inspeções ou de anormalidades durante a operação de


cal- deiras e vasos de pressão, executado por PH ou por pessoal de operação, inspeção ou manutenção
diretamente envolvido com o fato gerador da anotação.
Relatórios de inspeção - Registro formal dos resultados das inspeções realizadas nos equipamentos com
laudo
conclusivo.

Reparo - Intervenção realizada para correção de danos, defeitos ou avarias em equipamentos e seus
compo- nentes, visando restaurar a condição do projeto de construção.

Sistema de iluminação de emergência - Sistema destinado a prover a iluminação necessária ao acesso


seguro a
um equipamento ou instalação na inoperância dos sistemas principais destinados a tal fim.

Sistema de intertravamento de caldeira - Sistema de gerenciamento das atividades de dois ou mais


dispositivos ou instrumentos de proteção, monitorado por interface de segurança.

Sistema de tubulação - Conjunto integrado de linhas e tubulações que exerce uma função de processo,
ou que foram agrupadas para fins de inspeção, com características técnicas e de processo semelhantes.

SPIE - Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos.

Teste de estanqueidade - Tipo de teste de pressão realizado com a finalidade de atestar a capacidade de
retenção de fluido, sem vazamentos, em equipamentos, tubulações e suas conexões, antes de sua entrada
ou reentrada em operação.

Teste hidrostático - TH - Tipo de teste de pressão com fluido incompressível, executado com o objetivo
de avaliar a integridade estrutural dos equipamentos e o rearranjo de possíveis tensões residuais, de
acordo com o código de projeto.

Tubulações - Conjunto de linhas, incluindo seus acessórios, projetadas por códigos específicos,
destinadas ao transporte de fluidos entre equipamentos de uma mesma unidade de uma empresa dotada
de caldeiras ou vasos de pressão.

Unidades de processo - Conjunto de equipamentos e interligações de uma unidade fabril destinada a


transfor- mar matérias-primas em produtos.

Vasos de pressão - São reservatórios projetados para resistir com segurança a pressões internas
diferentes da pressão atmosférica, ou submetidos à pressão externa, cumprindo assim a sua função
básica no processo no qual estão inseridos; para efeitos desta NR, estão incluídos:

a.permutadores de calor, evaporadores e similares;

b.vasos de pressão ou partes sujeitas à chama direta que não estejam dentro do escopo de outras NR,
nem dos itens 13.2.2 e 13.2.1, alínea “a)” desta NR;

c.vasos de pressão encamisados, incluindo refervedores e reatores;

d.autoclaves e caldeiras de fluido térmico.

86 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI


ANEXO I

CAPACITAÇÃO
PESSOAL

A. Caldeiras
A1 Condições Gerais

A1.1 Para efeito desta NR, será considerado operador de caldeira aquele que satisfizer uma das seguintes
condições:

a.possuir certificado de Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras e comprovação de estágio


prático
conforme item A1.5 deste Anexo;

b.possuir certificado de Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras previsto na NR 13


aprovada
pela Portaria SSMT n. 02, de 08 de maio de 1984 ou na Portaria SSST n. 23, de 27 de dezembro de
1994.

A1.2 O pré-requisito mínimo para participação como aluno, no Treinamento de Segurança na Operação
de Caldeiras, é o atestado de conclusão do ensino fundamental.

A1.3 O Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras deve, obrigatoriamente:

a.ser supervisionado tecnicamente por PH;

b.ser ministrado por profissionais capacitados para esse fim;

c.obedecer, no mínimo, ao currículo proposto no item A2 deste Anexo.

A1.4 Os responsáveis pela promoção do Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras estarão


sujeitos ao impedimento de ministrar novos cursos, bem como a outras sanções legais cabíveis, no caso
de inobservância do disposto no item A1.3 deste Anexo.

A1.5 Todo operador de caldeira deve cumprir um estágio prático, na operação da própria caldeira que irá
operar,
o qual deverá ser supervisionado, documentado e ter duração mínima de:

a.caldeiras da categoria A: 80 (oitenta) horas;

b.caldeiras da categoria B: 60 (sessenta) horas;

c.caldeiras da categoria C: 40 (quarenta) horas.

A1.6 O estabelecimento onde for realizado estágio prático supervisionado previsto nesta NR deve
informar,
quando requerido pela representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento:

a.período de realização do estágio;

b.entidade, empregador ou profissional responsável pelo Treinamento de Segurança na Operação de


NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 87
Caldeira
ou Unidade de Processo;

c.relação dos participantes do estágio.


A1.7 Deve ser realizada capacitação para reciclagem dos trabalhadores envolvidos direta ou
indiretamente com a operação das instalações sempre que nelas ocorrerem modificações significativas
na operação de equipamentos pressurizados ou troca de métodos, processos e organização do trabalho.

A2 Currículo Mínimo para Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras.


1.Noções de grandezas físicas e unidades. Carga horária: 4 (quatro) horas
1. Pressão
1. Pressão atmosférica
2. Pressão interna de um vaso
3. Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta
4. Unidades de pressão
2. Calor e temperatura
1. Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura
2. Modos de transferência de calor
3. Calor específico e calor sensível
4. Transferência de calor a temperatura constante
5. Vapor saturado e vapor superaquecido
6. Tabela de vapor saturado
2.Caldeiras - considerações gerais. Carga horária: 8 (oito) horas
1. Tipos de caldeiras e suas utilizações
2. Partes de uma caldeira
1. Caldeiras flamotubulares
2. Caldeiras aquatubulares
3. Caldeiras elétricas
4. Caldeiras a combustíveis sólidos
5. Caldeiras a combustíveis líquidos
6. Caldeiras a gás
7. Queimadores
3. Instrumentos e dispositivos de controle de caldeiras
1. Dispositivo de alimentação
2. Visor de nível
3. Sistema de controle de nível
4. Indicadores de pressão
5. Dispositivos de segurança
6. Dispositivos auxiliares
7. Válvulas e tubulações
8. Tiragem de fumaça
3.Operação de caldeiras. Carga horária: 12 (doze) horas
1. Partida e parada
2. Regulagem e controle
1. de temperatura
2. de pressão
3. de fornecimento de energia

88 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI


4. do nível de água
5. de poluentes
3. Falhas de operação, causas e providências
4. Roteiro de vistoria diária
5. Operação de um sistema de várias caldeiras
6. Procedimentos em situações de emergência
4. Tratamento de água e manutenção de caldeiras. Carga horária: 8 (oito) horas
1. Impurezas da água e suas consequências
2. Tratamento de água
3. Manutenção de caldeiras
5. Prevenção contra explosões e outros riscos. Carga horária: 4 (quatro) horas
1. Riscos gerais de acidentes e riscos à saúde
2. Riscos de explosão
6. Legislação e normalização. Carga horária: 4 (quatro) horas
1. Normas Regulamentadoras
2. Norma Regulamentadora 13 - NR-13
B. Vasos de Pressão
B1 Condições Gerais
B1.1 A operação de unidades de processo que possuam vasos de pressão de categorias I ou II deve ser
efetuada
por profissional com Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processos.

B1.2 Para efeito desta NR será considerado profissional com Treinamento de Segurança na Operação de
Uni- dades de Processo aquele que satisfizer uma das seguintes condições:
a) possuir certificado de Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo expedido por
ins- tituição competente para o treinamento;
b)possuir experiência comprovada na operação de vasos de pressão das categorias I ou II de pelo menos
2 (dois) anos antes da vigência da NR13 aprovada pela Portaria SSST n. 23, de 27 de dezembro de
1994.

B1.3 O pré-requisito mínimo para participação, como aluno, no Treinamento de Segurança na Operação
de Unidades de Processo é o atestado de conclusão do ensino fundamental.

B1.4 O Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo deve obrigatoriamente:


a) ser supervisionado tecnicamente por PH;
b)ser ministrado por profissionais capacitados para esse fim;
c) obedecer, no mínimo, ao currículo proposto no item B2 deste Anexo.

B1.5 Os responsáveis pela promoção do Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de


Processo estarão sujeitos ao impedimento de ministrar novos cursos, bem como a outras sanções
legais cabíveis, no caso de inobservância do disposto no item B1.4.

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 89


B1.6 Todo profissional com Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo deve
cumprir estágio prático, supervisionado, na operação de vasos de pressão de 300 (trezentas) horas para
o conjunto de todos os vasos de pressão de categorias I ou II.
B2 Currículo Mínimo para Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo.
1.Noções de grandezas físicas e unidades. Carga horária: 4 (quatro) horas
1. Pressão
1. Pressão atmosférica
2. Pressão interna de um vaso
3. Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta
4. Unidades de pressão
2. Calor e temperatura
1. Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura
2. Modos de transferência de calor
3. Calor específico e calor sensível
4. Transferência de calor a temperatura constante
5. Vapor saturado e vapor superaquecido
2.Equipamentos de processo. Carga horária estabelecida de acordo com a complexidade da unidade,
mantendo um mínimo de 4 (quatro) horas por item, onde aplicável
1. Trocadores de calor
2. Tubulação, válvulas e acessórios
3. Bombas
4. Turbinas e ejetores
5. Compressores
6. Torres, vasos, tanques e reatores
7. Fornos
8. Caldeiras
3.Eletricidade. Carga horária: 4 (quatro) horas
4.Instrumentação. Carga horária: 8 (oito) horas
5.Operação da unidade. Carga horária: estabelecida de acordo com a complexidade da unidade
1. Descrição do processo
2. Partida e parada
3. Procedimentos de emergência
4. Descarte de produtos químicos e preservação do meio ambiente
5. Avaliação e controle de riscos inerentes ao processo
6. Prevenção contra deterioração, explosão e outros riscos
6.Primeiros socorros. Carga horária: 8 (oito) horas
7.Legislação e normalização. Carga horária: 4 (quatro) horas

90 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI


ANEXO II

REQUISITOS PARA CERTIFICAÇÃO DE SERVIÇO PRÓPRIO DE INSPEÇÃO DE EQUIPA-


MENTOS -
SPIE

Antes de colocar em prática os períodos especiais entre inspeções, estabelecidos nos itens 13.4.4.5 e
13.5.4.5, alínea “b)” desta NR, os “Serviços Próprios de Inspeção de Equipamentos” da empresa,
organizados na forma de setor, seção, departamento, divisão, ou equivalente, devem ser certificados por
Organismos de Certificação de Produto – OCP acreditados pelo Inmetro, que verificarão por meio de
auditorias programadas o atendimento aos seguintes requisitos mínimos expressos nas alíneas “a” a “h”.

a.existência de pessoal próprio da empresa onde estão instalados caldeiras ou vasos de pressão, com
dedicação exclusiva a atividades de inspeção, avaliação de integridade e vida residual, com formação,
qualificação e treinamento compatíveis com a atividade proposta de preservação da segurança;

b.mão de obra contratada para ensaios não destrutivos certificada segundo regulamentação vigente e,
para outros serviços de caráter eventual, selecionada e avaliada segundo critérios semelhantes ao
utilizado para a mão de obra própria;

c.serviço de inspeção de equipamentos proposto com um responsável pelo seu gerenciamento


formalmente designado para esta função;

d.existência de pelo menos 1 (um) PH;

e.existência de condições para manutenção de arquivo técnico atualizado, necessário ao atendimento


desta NR, assim como mecanismos para distribuição de informações quando requeridas;

f.existência de procedimentos escritos para as principais atividades executadas;

g.existência de aparelhagem condizente com a execução das atividades propostas;

h.cumprimento mínimo da programação de inspeção.

A certificação de SPIE e a sua manutenção estão sujeitas a Regulamento específico do Inmetro.

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 91


Finalizando
Com o objetivo de realizar a operação de caldeiras com segurança e eficiência, de forma a
evitar acidentes e a preservar as boas condições do equipamento, além de controlar o
funcionamento dos equipamentos e a qualidade da água de acordo com a legislação vigente,
esta Unidade Curricular apresentou inicialmente os conceitos de pressão, força, temperatura e
calor, fundamentais para realizar esta atividade com segurança e eficiência, de forma a evitar
acidentes e a preservar as boas condições do equipamento.
Na unidade de estudos seguinte, foi apresentado o assunto caldeiras, com destaque para os
aspectos gerais, identificação dos tipos caldeiras e suas partes. Além disso, foram estudados
os instrumentos e dispositivos de controle de caldeiras, que permitem a diferenciação dos
tipos de caldeiras de acordo com sua construção e combustível utilizado, assim como realizar
leituras de seus sistemas de controle, acessórios utilizados e tiragem de seu sistema de
exaustão.
Na terceira unidade, Operação de Caldeiras, destacaram-se as normas para a operação de
caldeiras, sua regulagem e controle, além da identificação das causas de falhas de operação e
as providências a serem tomadas nestes casos. A partir desses conteúdos, também foi
apresentado um roteiro de vistoria diária para caldeiras.
A quarta unidade desta Unidade Curricular abordou o assunto tratamento de água e
manutenção de caldeiras, com destaque para a água de alimentação da caldeira e suas
consequências. Além disso, foram apresentadas providências a serem tomadas em relação à
manutenção das caldeiras, que é um fator determinante para as empresas, uma vez que todo
equipamento, para funcionar adequadamente e apresentar rendimento desejado, precisa de
cuidados.
Esses assuntos permitem que o aluno consiga identificar a qualidade da água de alimentação
de uma caldeira, além de ser capaz de propor rotinas de manutenção, a fim de prevenir
problemas ou até mesmo corrigir eventuais danos.
Já na quinta unidade, o assunto estudado foi a prevenção contra explosão de caldeiras e outros
riscos, com destaque para os procedimentos em situações de emergência, além de outros
cuidados e precauções a serem adotados diante de situações críticas. Também, foram
apresentados os riscos gerais de acidentes com caldeiras e os riscos à saúde.
Esses assuntos permitem identificar os riscos de explosão de uma caldeira, além de capacitar o
aluno a propor procedimentos de emergência em caso de explosões, a fim de prevenir
problemas ou até mesmo corrigir eventuais modos de agir, principalmente aqueles que
envolvem riscos a pessoas.
Por fim, na última unidade, você teve a oportunidade de conhecer as leis e as normas
relacionadas à operação de caldeiras, em especial a Norma Regulamentadora n. 13 (NR 13),
que trata especifica- mente de caldeiras e vasos de pressão. O conhecimento da legislação em
vigor é fundamental, uma vez que o descumprimento dessas normas regulamentadoras poderá
provocar multa, processo nas áreas cível ou criminal e/ou interdição da empresa.

NR 13 - TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 93


Referências
▪ Advanced fire-tube boiler technology. 2014. Disponível em:
<www.wargaboiler.com/boiler- designsoftware/boilertypes.html>. Acesso em: 03 de
dezembro de 2014.

▪ BOTELHO, Manoel Henrique Campos; BIFANO, Hercules Marcello. Operação de


cal- deiras: gerenciamento, controle e manutenção. São Paulo: Blucher, 2011.

▪ BRASIL. INMETRO. Instituto Nacional de Metrologia. Portaria INMETRO n.º 232,


de 08 de maio de 2012. Sistema Internacional de Unidades SI. Disponível em:
<http://www. inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC001826.pdf>. Acesso em: 03
de dezembro de 2014.

▪ . Ministério do Trabalho e Emprego. NR 13 – Caldeiras e Vasos de


Pressão. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2008. Disponível em:
<http://portal.mte.gov.br/data/
files/FF8080812BE914E6012BEF2695817E43/nr_13.pdf>. Acesso em: 03 dez. 2014.

▪ BREMER. 2014. Disponível em: <http://www.bremer.com.br/site/?


pg=divisao&setor=4 &texto=8>. Acesso em: 02 dez. 2014.

▪ CARVALHO, Matheus. Operação em caldeiras. 2014. Disponível em:


<http://www.ebah. com.br/content/ABAAABrMsAD/operacao-caldeiras>. Acesso
em: 03 dez. 2014.

▪ CTA Máquinas e equipamentos. 2014. Disponível em:


<http://www.ctamaquinas.com.br/ index.php?p%C3%A1gina=caldeira-horizontal>.
Acesso em: 03 dez. 2014.

▪ Excell bombas. 2014. Disponível em:


<http://www.excellbombas.com.br/blog/index.php/ bombas-centrifugas-ksb>. Acesso
em: 02 dez. 2014.

▪ GENTIL, V. Corrosão. 4. ed. Rio de Janeiro. Livros Técnicos e Científicos, 2011.

▪ GMF Montagem. 2014. Disponível em: <http://www.gmfmontagens.com.br/>. Acesso


em: 03 dez. 2014.

▪ Infoescola. 2014. Disponível em: <http://www.infoescola.com/fisica/pressao-


atmosferica/>. Acesso em: 02 dez. 2014.

▪ . 2014. Disponível em: <http://www.infoescola.com/combustiveis/carvao-


mineral/>. Acesso em: 02 dez. 2014.

▪ . 2014. Disponível em: <http://www.infoescola.com/combustiveis/coque/>.


Acesso em: 02 dez. 2014.

▪ Inovação tecnológica. 2014. Disponível em: <http://www.inovacaotecnologica.com.br/


noticias/noticia.php?artigo=010115060628>. Acesso em: 02 dez. 2014.

▪ LIMA, Rudson de Souza. 3ª aula (Principais componentes). 2012. Disponível em:


<http:// dc250.4shared.com/doc/p_kHk0Qq/preview.html>. Acesso em: 02 dez. 2014.

▪ Manual técnico de caldeiras e vasos de pressão.


NR 13–- Edição comemorativa
TREINAMENTO 10NAanos
DE SEGURANÇA da DE CALDEIRAS
OPERAÇÃO 95
NR-13.
Brasília: MTE, SIT, DSST, 2006.
▪ PETROBRAS. Coque verde de petróleo. Disponível em: <http://www.br.com.br/wps/
portal/portalconteudo/produtos/paraindustriasetermeletricas/coqueverededepetroleo/>.
Acesso em: 02 dez. 2014.

▪ PINTO, Ricardo. Caldeira. 2009. Disponível em:


<http://http://www.wikienergia.pt/~edp/ index.php?title=Caldeira>. Acesso em: 02 dez.
2014.

▪ Portal do Trabalho e Emprego. 2008. Normas Regulamentadoras. Disponível em:


<http:// portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 02
dez. 2014.

▪ Revista TAE. 2014. Disponível em: <http://www.revistatae.com.br/noticiaInt.asp?


id=4493>. Acesso em: 03 dez. 2014

▪ Soluções industriais. 2014. Disponível em: <http://www.solucoesindustriais.com.br/>.


Acesso em: 03 dez. 2014.

▪ UNIMETAL. Sobre o Coque. Disponível em:


<http://grupounimetal.com.br/index.php@
option=com_content&view=article&id=57&Itemid=131.html>. Acesso em: 03 dez.
2014.

96 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL SENAI


EQUIPE DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS DIDÁTICOS

Coordenação Núcleo Técnico e Assessoria e Consultoria em Educação


Maycon Cim

Coordenação Assessoria e Consultoria em Educação


Gisele Umbelino

Técnico em Educação a Distância


Kácio Flores Jara

Coordenação Desenvolvimento de Recursos Didáticos


Michele Antunes Corrêa

Projeto Educacional Angela Maria Mendes Israel Braglia

Projeto Gráfico
Daniela de Oliveira Costa Jordana Paula Schulka Juliana Vieira de Lima

Elaboração
Jefferson Luiz Schelbauer Aírton Júlio Reiter

Design Educacional
Pâmella Rocha Flores da Silva

Ilustração
Diego Fernandes Paulo Lisboa Cordeiro

Diagramação
Felipe da Silva Machado

Design Gráfico
Davi Leon Dias

Ficha Catalográfica Luciana Effting Takiuchi CRB-14/937

CONTEXTUAR

Revisão Ortográfica, Gramatical e Normativa


Jaqueline Tartari

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