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HISTÓRIA DA

EDUCAÇÃO
SEMANA 15
Professora Esp Gisele Pancote Boing
Email: gisele.boing@uniandrade.edu.br
O que é o Fascismo?

O fascismo é um
movimento político,
econômico e social. Ele se
desenvolveu em alguns países
europeus no período após a 
Primeira Guerra Mundial.
Principalmente naqueles que
enfrentavam graves 
crises econômicas, como
EDUCAÇÃO NA ITÁLIA NO MOMENTO DO a Itália e a Alemanha.
FASCISMO.
GIOVANNI GENTILE X LOMBARDO RADICE.
REFORMA DE 1923 NA ITÁLIA.
CONTRIBUIÇÕES DE ANTONIO GRAMSCI.
•A escolha de
Sofia
FASCISMO •Prelúdio de
uma guerra
•A onda
Entre as principais
características desse sistema
estão a concentração do poder
nas mãos de um único líder, o
uso da violência e o
imperialismo*. •A vida é bela
Mas não é só isso! •O menino do pijama
listrado
Veja dicas de filmes desse •A lista de Schindler
período •O leitor
*sistema de governo que preconiza uma monarquia chefiada por
imperador ou imperatriz; governo ou autoridade imperial.
Benito
Mussolini foi o
COMO SURGIU O líder do
FASCISMO fascismo
Um profundo sentimento de frustração
italiano e
dominou a Itália após a Primeira Guerra governante da
Mundial (1914-1918). O país saiu Itália de 1922 a
decepcionado por não ter suas 1943
reivindicações atendidas e a situação
econômica era mais difícil que antes da
guerra.
Assim, a crise social ganhava aspectos
revolucionários com o crescimento da
esquerda e dos movimentos de direita.
Em março de 1919, em Milão, o
jornalista Benito Mussolini cria os "Fasci di
Combatimento" e os "Squadri" (grupos de
combate e esquadrão respectivamente).
Esses tinham como objetivo combater os
adversários políticos, em especial os
comunistas, por meios violentos. Benito Mussolini saudando a multidão em Roma
Este Aula tem por objetivo analisar a Reforma
realizada pelo filósofo idealista Giovanni Gentile,
primeiro Ministro da Educação do regime fascista. A reforma do ensino
Entre 1922 e 1923, Gentile realiza uma ampla primário, realizada em
reforma do sistema educacional italiano, tanto sob o 1923, teve em
ponto de vista administrativo como sob o ponto de Lombardo-Radice o
vista didático-pedagógico.
A reforma da administração escolar traz as marcas
seu principal
da aparente dualidade do pensamento idealista que, idealizador.
no caso, traduz-se pela afirmação da liberdade O decreto de
didática do professor, acompanhada de um aumento Reforma do Ensino
acentuado de centralização e de controle autoritário. Médio foi promulgado
em maio de 1923 e o
ensino superior italiano
foi reformado por
INTRODUÇÃO Gentile em setembro
de 1923.
PRECISAMOS NOS
SITUAR no campo da
história política da educação.
COMPREENDENDER
educação e política.
V Bem como, analisar a
educação na Itália no período
1922-1945, identificando os
mecanismos postos em
prática pelo regime fascista
para colocar a escola a seu
serviço.
Ao assumir o poder, na Itália,
em outubro de 1922, o
fascismo não trazia um
projeto educacional bem
definido. O Programa do
Partido Nacional Fascista
(PNF), aprovado em
Florença, definia os objetivos
da escola de forma bastante
vaga, declarando:

“A ESCOLA DEVE TER POR OBJETIVO FORMAR PESSOAS CAPAZES DE


GARANTIR O PROGRESSO ECONÔMICO E HISTÓRICO DA NAÇÃO;
ELEVAR O NÍVEL MORAL E CULTURAL DA MASSA E PROMOVER OS
MELHORES ELEMENTOS DE TODAS AS CLASSES PARA GARANTIR A
RENOVAÇÃO CONTÍNUA DAS CAMADAS DIRIGENTES.”
A REFORMA GENTILE,
ESTUDA O PROCESSO DE
FASCISTIZAÇÃO DA
ESCOLA EM SEUS
GIOVANNI GENTILE (1875-1944) DIFERENTES NÍVEIS.
MINISTRO DA INSTRUÇÃO PÚBLICA, NO PRIMEIRO GOVERNO MUSSOLINI,
EM OUTUBRO DE 1922 ESSE PROCESSO, QUE
SE INICIA COM A
FASCISTIZAÇÃO DAS
ASSOCIAÇÕES DE
PROFESSORES, ACENTUA-
SE A PARTIR DE 1935, COM
A MILITARIZAÇÃO DA
ESCOLA E A
IMPLANTAÇÃO DAS LEIS
RACISTAS NO SISTEMA
DE ENSINO, EM 1938, E
ALCANÇA SEU AUGE COM
A IDENTIFICAÇÃO ENTRE
ESCOLA E PARTIDO NA
CARTA DELLA SCUOLA,
CONTROLE
RÍGIDO SOBRE
GIOVANNI GENTILE OS
PROGRAMAS, A
ESCOLHA E A
AÇÃO DOS
PROFESSORES
DA ESCOLA
ELEMENTAR, DE
MODO QUE ESTA
PREPARASSE
“TAMBÉM
FÍSICA E
DEVERIA LIMITAR-SE AO
CONTROLE SOBRE OS
PROGRAMAS E SOBRE O
GIOVANNI GENTILE “ESPÍRITO DO ENSINO” E À
PROMOÇÃO DA INSTRUÇÃO
PRÉ-MILITAR, DESTINADA A
FACILITAR A FORMAÇÃO DE
OFICIAIS.

COM RELAÇÃO À
FORMAÇÃO PROFISSIONAL,
PARA QUE ESTA CUMPRISSE
A SUA FNALIDADE DE
“ELEVAR A CAPACIDADE
PRODUTIVA DA NAÇÃO E
CRIAR A CLASSE MÉDIA DE
TÉCNICOS ENTRE OS
EXECUTORES E OS
DIRIGENTES DA PRODUÇÃO”,
LEGISLATIVO, MEDIANTE A
UMA SÉRIE DE LEIS
SEPARADAS, MAS ORIUNDAS
GIOVANNI GENTILE DO ESTADO IDEALMENTE
UNIDAS EM UMA VISÃO
INTEGRAL DOS PROBLEMAS DA
ESCOLA E DA CULTURA. ESSAS
LEIS FORAM ACOMPANHADAS
POR UMA ABUNDÂNCIA DE
CIRCULARES CONTENDO
INSTRUÇÕES PARA DIRIGIR A
CONDUTA DOS ÓRGÃOS
DEPENDENTES DO MINISTÉRIO
DA EDUCAÇÃO, NO QUE SE
REFERE A INTERPRETAÇÃO E A
APLICAÇÃO DA REFORMA.
*** “AUTORIDADE NA ESCOLA”,
*** TINHA POR OBJETIVO, A
ORDEM, A DISCIPLINA, E A
OBEDIÊNCIA DA ESCOLA PARA
COM O ESTADO, POR MEIO, DE
A ESCOLA DEVERIA SER
A FORMA DE
GIOVANNI GENTILE ADESTRAMENTO, A
CANALIZAÇÃO MORAL DOS
JOVENS OS FUTUROS
CIMENTOS DA VIDA FUTURA
DO POVO ITALIANO.
GENTILE (1908) SUSTENTA
QUE NESSA RELAÇÃO ENTRE
O ESTADO E O SISTEMA
ESCOLAR, O PRIMEIRO É
ÁRBITRO ABSOLUTO DA
ORGANIZAÇÃO
EDUCACIONAL É ELE QUE
VAI DIRECIONAR OS
PROGRAMAS DA ESCOLA
VISANDO REFLETIR OS SEUS
PRÓPRIOS INTERESSES,
LOMBARDO-RADICE Guiseppe Lombardo-Radice foi
GIUSEPPE LOMBARDO-RADICE (1879- indicado para o cargo de Diretor Geral
1938) da Escola Elementar, sua contribuição
foi definir os programas para a escola
elementar.

A preocupação defendida por


Lombardo Radice é introduzir na
escola média a preparação moral e
ideológica dos educandos. Entendiam
que essa escola deveria lançar as bases
da unidade nacional e da grandeza da
pátria. Sustentavam que o principal
dever do homem é atuar na sua
essência moral e superar os limites da
sua pessoa singular tendo no idealismo
o fundamento desse dever.
LOMBARDO-RADICE ... os fundamentados da
GIUSEPPE LOMBARDO-RADICE (1879-
1938)
Reforma deveriam ser
pautados no idealismo,
“[...] o homem é autor do
seu mundo e nada
precede e condiciona a
sua atividade criativa, e a
realidade é o produto do
espírito humano, e não
uma existência objetiva
que o espírito se limitou
a contemplar e a
descrever”
ANTONIO GRAMSCI
(1891-1937)
O PENSAMENTO EDUCACIONAL DE ANTONIO
GRAMSCI (1891-1937) SOBRE A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
ITALIANA ENTRE OS ANOS DE 1922 E 1932,
CONTEXTUALIZA HISTORICAMENTE AS ANÁLISES
GRAMSCIANAS E DEMARCA O AMADURECIMENTO DE
SUAS IDEIAS.

GRAMSCI ANALISOU A REFORMA EDUCACIONAL DO


ESTADO FASCISTA, CONHECIDA COMO REFORMA
GENTILE (1922-1923), E APONTOU QUE ELA SE VOLTAVA À
MANUTENÇÃO DOS PRIVILÉGIOS CULTURAIS DE UM
GRUPO SOBRE OS DEMAIS, IMPEDINDO O ACESSO DOS
SUBALTERNOS À UNIVERSIDADE E À CULTURA
HUMANISTA. PROMOVIDA POR GIOVANNI GENTILE
(1875-1944) E GIUSEPPE LOMBARDO-RADICE (1879-1938).
ANTONIO GRAMSCI A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
ITALIANA ERA TIDA COMO
DEMOCRÁTICA, POIS AMPLIAVA A
OFERTA DO ENSINO
PROFISSIONALIZANTE E PERMITIA O
INGRESSO DOS SUBALTERNOS NO
MERCADO DE TRABALHO.

GRAMSCI CRITICOU A ORGANIZAÇÃO


ESCOLAR ITALIANA E SEU CARÁTER
APARENTEMENTE DEMOCRÁTICO E
PROPÔS A CRIAÇÃO DE UMA ESCOLA
ÚNICA, FORMADORA DA CULTURA
GERAL, HUMANISTA, FILOSÓFICA E
DESINTERESSADA NA FORMAÇÃO
IMEDIATA DO TRABALHADOR.
O objetivo DA AULA foi identificar
no atualismo filosófico de Gentile e na
sua concepção de Estado o fundamento
de sua reforma educacional e como
esses elementos tornaram-se a base
para a doutrina fascista de educação.

A colaboração de Lombardo-Radice
ocorre por estar em conformidade com
os ideais da Reforma. À semelhança de
Gentile, entendia que depois da guerra
os italianos foram abatidos com a
situação de desagregação do Estado
liberal. Aponta a escola, como um
instrumento indispensável de
revitalização moral e política do país.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
HORTA, J. S. B. A educação na Itália fascista: a
Reforma Gentile (1922-1923). In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, 4., 2006,
Goiânia. Anais... S.l.: Congresso Brasileiro de História da
Educação: a educação e seus sujeitos na história. 2006.
v. 1. p. 1-10. 1. CD-ROM.
MANACORDA, M. A. O princípio educativo em
Gramsci: americanismo e conformismo. Trad. de
Willian Laços. 2. ed. Campinas: Alínea, 2008.

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