Você está na página 1de 32

O Tempo Vivido no CTI

AUTORA: PAULA SAMPAIO PARREIRAS

COAUTORA: VANESSA ROSA PEREIRA

PAULATPO@HOTMAIL.COM
INTRODUÇÃO

Humanização nos CTIs

Risco elevado de quadros de Delirium – 80%

Fatores que dificultam percepção temporal no CTI


 Privações
 Ambiente fechado e frio
 Limitações
 Autonomia reduzida

Experiências de tédio e ansiedade

Como se dá a experiência temporal para o paciente lúcido?

Fontes: Pessoa & Nácul, 2006;


TEMPO VIVIDO

HUSSERL – intencionalidade

HEIDEGGER – Ser e Tempo / ser-para-a-morte

BINSWANGER – semiologia e psicopatologia fenomenológica


TEMPO VIVIDO

A vivência do tempo e o sentido atribuído à sua duração estão


ligados à forma de ser-no-mundo da pessoa

Percepção temporal  ato intencional

Passado (lembranças), presente (vivência), futuro (expectativas)  continuum

Tempo como um Todo Gestáltico  momentos como figuras diante do


Fundo

Dimensões do tempo são vividas no Agora

Fontes: Müller, 2013; Pereira Junior, 1990; Moreira & Bloc, 2012; Strauss, 2000; Martins, 1998;
TEMPO VIVIDO

A “duração”  interpretação da “extensão” do eu-no-tempo

Espera X Recordação

Eventos marcadores da orientação temporal

Tempo coletivo  ser-aí X significação individual

Fontes: Heidegger, 2005; Ades, 1990; Augras, 2012;


TEMPO VIVIDO

Tempo vivencial = “tempo qualidade”

Atribuição de sentidos:
 Projetos
 Desejos
 Traumas
 Tempo finito e morte
 responsabilização

Características da internação e a influência na experiência temporal

Fontes: Dichtchekenian, 2010; Müller, 2013;


CONTEXTO

Residência Multiprofissional em Intensivismo

Hospital Santa Casa de Belo Horizonte

 1080 leitos exclusivamente SUS

 3 CTIs adulto = 115 leitos

 Cardiológico
 Pós Operatório
 Clínico
JUSTIFICATIVA

Por que o interesse no • contato com pacientes em atendimento


tema? psicológico

• Ambiente que não favorece a percepção


Por que no CTI? do tempo

Por que no CTI • internações prolongadas


clínico?

Por que estudar a • aumentado risco de ocorrência de


vivência do tempo? estados confusionais agudos

Por que desenvolver • Escassez de estudos que busquem


estudos sobre o tema? compreender a vivência temporal no
CTI com pacientes lúcidos
OBJETIVOS

Geral:
 Analisar a percepção da passagem do tempo em pacientes internados
no CTI Clínico da Santa Casa de Belo Horizonte

Específicos:
 Descrever os mais frequentes marcadores da passagem do tempo
utilizados pelos pacientes internados nesse CTI;
 Analisar a vivência dos pacientes do decorrer do tempo dentro do CTI.
METODOLOGIA

Estudo de campo qualitativo, exploratório e transversal

Seleção: por conveniência


 pacientes internados no CTI Clínico da Santa Casa de Belo Horizonte

Critérios de inclusão:
 ambos os sexos,
 idade mínima de 18 anos,
 Internados na unidade e/ou apresentando Escala de Coma de Glasgow (ECG) 15 há pelo menos 3 dias
consecutivos
 linguagem e cognição preservadas.

Período da coleta: 21 de julho a 20 de outubro de 2017

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)


INSTRUMENTO

Questionário sociodemográfico:
descrever o perfil dos pacientes

O questionário semiestruturado
(Gonzales et al, 2012; Santos et al, 2016)
ANÁLISE DOS DADOS

Análise de conteúdo
(Bardin, 1977; Gomes, 2002)

Quatro etapas:
 pré-análise  definição de
objetivos e instrumento

 exploração do material 
aplicação das entrevistas

 tratamento dos resultados 


categorização de unidades de
sentido

 Interpretação  análise à luz da


fenomenologia
RESULTADOS

374 321 33
pacientes pacientes
pacientes 20
pacientes
internados X critérios de
no setor no VM, TQT inclusão participaram
período de
coleta ou óbito ou recusa (6)
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO

50% homens, 50% mulheres

21 a 88 anos

45% fundamental incompleto; 40% médio incompleto

55% empregados, ativos

95% recebendo visitas regularmente


DURAÇÃO DA INTERNAÇÃO

Distorções na
percepção dos dias em
pacientes lúcidos
MARCADORES TEMPORAIS

Recursos tecnológicos
 Presença de relógio no box
 Presença de televisão no box

Contato e relação com equipe


 Perguntar às enfermeiras sobre tempo
 Perceber troca de plantões das equipes
ANÁLISE DE CONTEÚDO

Duração

Fatores de ajuda

Fatores que dificultam

Resignação
DURAÇÃO

Tempo lentificado  resultado similar em Nicolás et al (2008)

Sentidos atrelados ao tempo lentificado: tédio, prisão, saudade

 PACIENTE 20: “Um dia aqui vale por... Como se fossem dez dias de prisão (risos). Acho que
exagerei, né? Mas a gente se sente assim.”

 PACIENTE 03: “Parece que não vou sair daqui nunca! Tem poucos dias que estou aqui, mas parece
que tem uns 15 dias.”

 Sentidos negativos para a espera, impotência, subjugação ao desejo do outro

Fontes: Martins, 1998; Nicolás et al, 2008;


Tempo acelerado  sentido negativo

 PACIENTE 16: “O tempo tá passando depressa, tá voando. Por causa dessa dificuldade que eu tenho
de ficar aqui. Tô perdendo muito tempo. Perde o tempo da saúde”

 Tempo é real à medida que passa (Martins, 1998)

 A internação que limita as possibilidades de ser-no-mundo

Fontes: Martins, 1998;


FATORES DE AJUDA

Relação com equipe

 PACIENTE 10: “Aqui eu ainda me sinto assim, num ambiente melhor do que se eu estivesse na minha
casa. Aqui entra uma enfermeira, entra um médico, entra um psicólogo, sabe? Assim, as pessoas
que vem até mim.”

 PACIENTE 11: “Você pega amizade com os enfermeiros e enfermeiras... Vai brincando com um, vai
brincando com outro. Aí o tempo passa.”

 Resultados similares em estudos de Rompaey et al (2016), Laitinen (1996) e Russel (1999).

 Homem = ser de relação  experiência estruturante e primordial

Fontes: Rompaey et al, 2016; Laitinen, 1996; Russel, 1999;


FATORES DE AJUDA

Esperança

 PACIENTE 05: “Para mim a passagem aqui é de esperança, né? Porque, assim... O tratamento tem só
aqui no CTI. É a única esperança que eu tenho pro meu transplante funcionar, é isso.”

 PACIENTE 01: “Eu tô esperando aqui pra ver se vale a pena o tratamento. É, com esperança.
Tomara que tenha uma vida ainda pela frente. Eu acho que não tem mais nada pra frente. Ruim
pensar isso, mas é o que tem pra pensar”

 Vivência da dimensão do futuro no presente: expectativas

 Ausência do futuro e medo da morte

 Heidegger e o ser-para-a-morte

Fontes: Heidegger, 2005;


FATORES DE AJUDA

Ressignificação

 PACIENTE 03: “Ficar aqui te dá muito tempo para você pensar: ou em muita coisa boa para você
poder refletir e fazer as coisa diferente, ou muita coisa ruim. Aí parte de cada um ter que determinar
o que quer de bem para si.”

 PACIENTE 09: “Você aprende a dar mais valor à vida. Você vê a situação que as pessoas estão
passando e você aprende até a não reclamar da sua situação.”

 PACIENTE 15: “Pelo que eu vivi, eu acho que eu ter sobrevivido ao que eu tive... Porque foi muito
grave, né? Grave demais. E agora eu tenho que ficar tranquila e agradecer a Deus.”

 Potencial de responsabilização

 “Diante da ambiguidade inerente ao tempo vivido, cabe ao individuo interpretar a sua situação como
crescimento e realização, ou como destruição e decadência” (Strauss, 2000, p. 123)
Fontes: Strauss, 2000; Heidegger, 2005;
FATORES DE AJUDA

Distração

 PACIENTE 20: “Quando você tem uma ocupação manual, sua cabeça fica mais tranquila. Um
movimento que você faz, você distrai, igual quando você trabalha, né? Conversar também ocupa o
tempo, igual eu converso com um ou outro. Você tenta ocupar o tempo, né? Porque ficar parado é pior.”

 PACIENTE 03: “O bom de ter uma televisão é que você pega, corre o olho, fica vendo, não fica pensando
em bobeira. Não fica com coisas negativas na cabeça.”

 Intensidade da experiência do adoecimento e angústia em relação à morte

 Ajustamentos criativos diante do contato com a doença e com o tédio

 Ocupar o tempo e a sensação de duração  potência X impotência


FATORES QUE DIFICULTAM

Enclausuramento e perda de autonomia

 PACIENTE 09: “O que a gente mais sente falta é, por exemplo... A gente tá aqui, a gente tá desligado
do mundo lá fora, né? Então você não tem informação de nada. Por exemplo, se tivesse uma
televisão, você já fica tranquilo, porque você assiste um jornal, assiste alguma coisa, aí ficar mais ou
menos ligado ajuda a passar o tempo.”

 PACIENTE 18: “Uma pessoa que em quatro meses não sai do quarto, não tem como tomar
iniciativas pra conseguir o aparelho, tudo depende dos outros. Dependo dos meus filhos, mas não é
gratificante. Filho não nasceu pra cuidar dos pais não. Eu que pus eles no mundo, eu que tenho que
cuidar deles.”

 Limitação/diminuição do campo vivencial

 Limitação das possibilidades de ser-no-mundo


FATORES QUE DIFICULTAM

Conflitos com a doença

 PACIENTE 20: “É que quando você tem problema de saúde, vai viver só de internações também, né?
Outro dia, outra coisa, outro dia, outra coisa. E o transplante tem diferença, né? Não pode qualquer
médico, qualquer hospital. Se o cara te dá uma injeção sem saber ele te mata lá no meio do caminho.
Mas o problema é que as coisas demora, né? Às vezes um exame tem que esperar internado”.

 PACIENTE 17: “Descobri que foi problema renal. Eu falo trauma, é trauma disso, da doença. E
tratando, fiquei internado, por conta do médico. Me assustou, mas não me abalou porque resisti. Só
que as coisas agravaram. Porque nesse vai e volta, eu não estava melhorando.”

 Doença proporciona um corte na projeção temporal (planos, desejos, expectativas)

 Aspecto integrante do mundo do paciente


FATORES QUE DIFICULTAM

Sensação de desorientação

 PACIENTE 08: “Aqui é muito confuso. Você fica sem noção do tempo! Tem hora que eu não entendo
a hora do relógio. Eu fico sem saber que horas são... e tem hora que fica tudo confuso assim. Eu não
sei onde eu tô. Não entendo direito as notícias do médico. Teve uma noite que eu passei muito mal e
não dormi (...) dormi assim confusa. Eu dormia e acordava, sonhava uns sonhos doidos, parecia uns
pesadelos.”

 Modo total de ser (confuso) no momento

 Estudos que mostram prevalência de sensação de confusão no CTI: Nicolás et al (2008), Bäckman at
al (2010) e Haraldsson et al (2015)

 Memórias sobre a experiência da internação no CTI

 Diários de internação

Fontes: Nicolás et al , 2008; Bäckman at al, 2010; Haraldsson et al, 2015; Jones et al, 2010); Bäckman & Whalher, 2001;
RESIGNAÇÃO

Aceitação

 PACIENTE 11: “A expectativa é de ficar o tempo que for necessário ficar. Vinte dias, um mês... tem
que acompanhar para, às vezes, ter uma segurança de sair do CTI. Aqui você tem o aparato todo.”

 Escolha ativa e consciente de permanecer internado

 Posicionamento responsabilizado diante da doença


RESIGNAÇÃO

Desresponsabilização

 PACIENTE 08: “Ah que seja da vontade de Deus, né? Se for da vontade de Deus eu sair rapidinho eu
saio, se não for, que seja feita a vontade de Deus. Não pode ser a minha, tem que ser a Dele. E a Dele
que é a certa. Então tá nas mãos de Deus, eu já entreguei nas mãos de Deus mesmo”.

 PACIENTE 13: “Porque os médicos sabem realmente o que precisa ser feito. Eu não. Aí é a forma que
tem que ser, entendeu? Eu tenho que adequar ao sistema, né? Eu tenho que me adequar de qualquer
forma, porque não depende de mim achar que o tempo passou da hora. Eles é que mandam, como se
diz, né? E se eu quiser uma melhora, e tudo, vai depender deles, não adianta”.

 Assujeitamento comum à hospitalização X

 Busca pela desejável responsabilização e pelo ser autêntico

 Compreensão da forma de ser do paciente e ajustamento criativo


CONCLUINDO

• Tempo vivido (estrutura fundamental da experiência humana), diz muito sobre


o processo de saúde existencial diante da internação em CTI

• Papel central das relações positivas com membros da equipe para experiência
temporal (e global) do paciente

• Importância para o paciente do lugar de sujeito de seu próprio processo

• Busca de medidas para promover e manter orientação temporal dos pacientes


 Manutenção dos recursos
 Conscientização das equipes sobre a experiência subjetiva

• Importância de dar atenção ao paciente considerado “tranquilo”

• Relevância diante do contexto hospitalar e da escassez de publicações científicas


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADES, César. A experiência psicológica da duração. In: MENNA-BARRETO, Luiz; ADES, César; PASAVENTO, Sandra Jatahi. Estudos sobre o tempo: os
tempos biológico, psicológico e social. Instituto de estudos Avançados da Universidade de São Paulo, São Paulo, p. 6-14. 1990.
ALASAD, Jafar A.; TABAR, Nazih Abu; AHMAD, Muayyad M. Patients’ experience of being in intensive care units. Journal of Critical Care, v. 30, p.
859.e7-859.e11, 2015.
 AUGRAS, Monique. O ser da compreensão: fenomenologia da situação de psicodiagnóstico. Petrópolis: Vozes. Ed. 15. 2012.
 BÄCKMAN, Carl G.; ORWELIUS, L.; SJÖBERG, F.; FREDRIKSON, M.; WALTHER, S. M. Long-term effect of the ICU-diary concept on quality of life
after critical illness. Acta Anaesthesiologica Scandinavica Foundation, v. 54, p. 736-743, 2010.
 BÄCKMAN, Carl. G. & WHALHER, Sten, M. Use of personal diary written on ICU during critical illness. Intensive Care. Med, v. 27, p. 426-429, 2001.
 BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
 COMASSETTO, Isabel; ENDERS, Bertha Cruz. Fenômeno Vivido por Familiares de Pacientes Internados em Unidade de Terapia Intensiva. Ver.
Gaúcha Enferm, Porto Alegre, v. 30, n. 1, p. 46-53, 2009.
 DICHTCHEKENIAN, Nichan. Instante: essência do tempo. Fenoegrupos: centro de formação e coordenação de grupos em fenomenologia. São Paulo, p. 1-7,
mar. 2010. Disponível em: <http://fenoegrupos.com.br/JPM-Article3/pdfs/nichan_Instante.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2017.
 GONZÁLEZ, Alberto Durán et al . Fenomenologia heideggeriana como referencial para estudos sobre formação em saúde. Interface (Botucatu), 
Botucatu ,  v. 16, n. 42, p. 809-817,  Sept.  2012 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
32832012000300017&lng=en&nrm=iso>.
 GOMES, Romeu. A análise de dados em pesquisa qualitativa. In: MINAYO, Maria Cecília de Souza (ORG). Pesquisa Social. Petrópolis: Vozes, 2002. P.
33-79.
 HARALDSSON, Lena; CHRISTENSSON, Lennart; CONLON, Lisa; HENRICSON, Maria. The experiences of ICU patients during follow-up sessions – a
qualitative study. Intensive and Critical Care Nursin, v. 31, p. 223-231, 2015.
 HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. Pt 2. 15ª ed. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2005.
 HOFHUIS, José G. M.; SPRONK, Peter E.; STEL, Henk F. van; SCHRIJVERS, Augustinus, J. P.; ROMMES, Johannes H.; BAKKER, Jan. Experiences of
critically ill patients in the ICU. Intensive and Critical Care Nursing, v. 24, p. 300-313, 2008.
 JONES, Christina et al. Intensive care diaries reduce new onset post traumatic stress disorder following critical illness: a randomized, controlled
trial. Critical Care, v. 14, R168, 2010.
• JONES, Colin & LYONS, Christina. Researching the experience of being critically ill: some methodological difficulties. Intensive and Critical Care Nursing,
v. 19, p. 365-369, 2003.
•  LAITINEN, Heleena. Patients’ experience of confusion in the intensive care unit following cardiac surgery. Intensive and Critical Care Nursing, v. 12,
p. 79-83, 1996.
•  MALDONATO, Mauro. Consciência da temporalidade e temporalidade da consciência. Rev. latinoam. psicopatol. fundam.,  São
Paulo ,  v. 11, n. 1, p. 39-54,  mar.  2008 .   Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
47142008000100005&lng=pt&nrm=iso>.
•  MARTINS, Joel. Não somos cronos, somos Kairós – In. Revista Kairós, Gerontologia, ano 1, Núcleo de Estudo e Pesquisa do
Envelhecimento - Programa de Estudos e Pós-Graduação em Gerontologia - PUC-SP, 1998.
•  MINAYO, Maria Cecília de Souza. Ciência, técnica e arte: o desafio da pesquisa social. In: MINAYO, Maria Cecília de Souza (ORG). Pesquisa
Social. Petrópolis: Vozes, 2002. P. 33-79.
•  MOREIRA, Virginia; BLOC, Lucas. Fenomenologia do tempo vivido no transtorno bipolar. Psic.: Teor. e Pesq.,  Brasília ,  v. 28, n. 4, p.
443-450,  Dec.  2012 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
37722012000400005&lng=en&nrm=iso>.
•  MÜLLER, Marcos José. Merleau-Ponty e a leitura gestáltica da teoria husserliana do tempo. Porto Alegre: Veritas. V. 58, n. 3, p. 499-
527, 2013.
•  NICOLÁS, Ana; AIZPITARTE, Eva; IRUARRIZAGA, Angélica; VÁSQUEZ, Mónica; MARGALL, Angeles; ASIAIN, Carmen. Perception of
night-time sleep by surgical patients in na intensive care unit. British Association of Critical Care. The Authors: Journal Compilation,
p. 25-33, 2008.
•  PEREIRA JÚNIOR, Alfredo. A percepção do tempo em Husserl. São Paulo: Trans/Form/Ação, v13. P. 73-83. 1990.
•  PESSOA, Renata Fittipaldi; NÁCUL, Flávio Eduardo. Delirium em Pacientes Críticos. Rev. bras. ter. intensiva,  São Paulo ,  v. 18, n. 2, p.
190-195, 2006. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2006000200013&lng=pt&nrm=iso>.
•  ROMPAEY, Bart Van; HOOF, Na Van; BOGAERT, Peter Van; TIMMERMANS, Olaf; DILLES, Tinne. The patients’ perception of a
delirium: a qualitative research in a Belgian intensive care unit. Intensive and Critical Care Nursing, v. 32, p. 66-74, 2016.
•  RUSSEL, Sarah. An exploratory study of patients’ perceptions, memories and experiences of na intensive care unit. Journal of
Advanced Nursing, v. 29, n. 4, p. 783-791, 1999.
•  SANTOS, Raíssa Passos; NEVES, Eliane Tatsch; CARNEVALE, Franco. Metodologias qualitativas em pesquisa na saúde: referencial
interpretativo de Patricia Brenner. Rev Bras Enferm. V. 69, n. 1, p. 178-82. 2016.
•  STRAUSS, Erwin W.. Uma perspectiva existencial do tempo. Rev. latinoam. psicopatol. fundam.,  São Paulo ,  v. 3, n. 3, p. 115-123,  Sept. 
2000 .  Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-47142000000300115&lng=en&nrm=iso>. Access on 
08  Nov.  2017. 
OBRIGADA!

paulatpo@hotmail.com
(31) 997418492

Você também pode gostar