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As relações entre professores e

alunos em sala de aula: algo


mudou, muito permaneceu...
Texto 5

Prof. Amanda Paiva


Disciplina: Psicologia da
Aprendizagem e Educação
• Tema clássico de estudo da Psicologia Escolar;
• A relação professor-aluno produz efeitos
importantes no processo de escolarização;
• Segundo Patto (1990), por décadas, as
explicações para as dificuldades estabelecidas na
relação professor-aluno centraram-se,
principalmente, no aluno;
• 1980: a Psicologia Escolar lança mão da
perspectiva etnográfica para entender a esfera
das relações sociais estabelecidas no contexto
escolar;
• No âmbito da Psicologia Escolar, tiramos nosso
olhar da criança e seus comportamentos, e
passamos a olhar para o processo de escolarização;
• Segundo Ezpeleta (1991): Duas perspectivas
hegemônicas escola idealizada e escola que
reproduz a ideologia de classes;
• Então a relação professor-aluno se constroem
levando em consideração: a prática pedagógica, a
veiculação dos conhecimentos, dos valores, a
concretização das políticas educacionais, as relações
afetivas, a transmissão do conhecimento, os saberes
docentes, as ações dos gestores, etc.
O conhecimento e o disciplinamento na
relação professor-aluno na escola:
permanências e inovações
• A escola, desde suas origens jesuíticas, assume
papel histórico de disciplinamento dos estudante;
• A estrutura de autoritarismo na relação professor-
aluno permanece praticamente intocada na escola;
• Segundo Patto (1984), a escola tem participação
ativa no “processo de cassação da palavra do
oprimido”;
• Práticas disciplinadoras, na escola, remetem à
constituição de atitudes de submissão ou de
rebeldia;
• Para a Psicologia: o sentimento de humilhação no
processo de disciplinamento (Gonçalves Filho,
1998; 2003; 2007);
• Toda humilhação é humilhação social, e
corresponde à “ação pela qual alguém põe um
outro como inferior, abordando-o soberbamente”
representa o impedimento da palavra ou
da ação do outro;
• Gonçalves Filho (2007), ressalta que há de se
esperar que o professor seja uma autoridade
diante do aluno;
• Hannah Arendt (1988/2000), pensa a diferença
entre autoridade e autoritarismo. Para essa
filósofa, autoridade é o oposto de violência e
coerção;
• “Educar para a cidadania é condição mesma para
que educação seja educação, incremento e não
violação de aptidões e saberes.” (Gonçalves
Filho, 2007);
• Crescente número de crianças fazendo uso de
psicotrópicos, tendo como motivação o fato de
que elas não aprendem ou não se comportam
como deveriam;
• Segundo Souza e Viégas (2012), educadores
deveriam pensar claramente sobre o papel da
autoridade na relação com os educandos: que de
um lado não assuma uma feição autoritária, e de
outro, aceite mostrar o mundo como alguém que
tem responsabilidade por ele.
Referência Bibliográfica do texto 9
• Souza, M.P.R. & Viégas, L.S. (2012). As relações
entre professores e alunos em sala de aula: algo
mudou, muito permaneceu... Em Libâneo, J.C. &
Alves, N. (Orgs.), Temas de pedagogia: diálogos
entre didádica e currículo (pp. 379-394). São
Paulo: Cortez.

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