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O SINTOMA COLETIVO-

MARCUS ANDRÉ VIEIRA


O Sintoma Coletivo
◻ O autor articula questões coletivas e psicanálise

◻ Utiliza relatos de experiências ao longo do texto


O Sintoma Coletivo
◻ Relato do medo no ônibus pela entrada de dois meninos
negros
"Os neguinhos começaram a olhar na cara de todo
mundo. Tornando mais do que evidente que iriam
aprontar alguma coisa [...]. Eles quase que entravam
pelas carteiras, bolsos e bolsas das pessoas com os
olhos. Pareciam que não tinham a menor intenção de
esconder que algo estava para acontecer. Todos no
ônibus ficaram em pânico. Ninguém dizia nada, nem
eles [...]. Os neguinhos eram sinistros. Um desespero,
porque todo mundo olhava pra eles e, quando eles
respondiam ao olhar, era um tal de [...] abaixar a cabeça
e disfarçar.”
O Sintoma Coletivo
◻ Angústia é o termo Freudiano para a situação
coletiva no ônibus

◻ A medicina esvaziou a angústia nomeando como


“ansiedade” e a cultura passou a chamar de
“estresse”

◻ Angústia ≠  Medo
O Sintoma Coletivo
◻ A angústia se difere do medo, por não precisar de
algo que literalmente esteja acontecendo, diferente
do medo

◻ O autor questiona o que exatamente causava medo


no coletivo, o que tornava os meninos diferentes,
comparando caso um turista americano entrasse no
ônibus
O Sintoma Coletivo
◻ Objeto da angústia e Objeto a

◻ Não há como fugir do perigo interno

◻ A cena angustia porque os meninos aparecem como


algo imprevisível, a quem se empresta a
possibilidade de tudo fazer e não sabe se precisa
fugir
O Sintoma Coletivo
◻ Nomear a angústia pela insegurança no plano
social, cotidiano na cidade

◻ “Ele é especialmente aterrorizante porque sem


objetivo claro.”

◻ Simbolismo dos objetos que utilizam


O Sintoma Coletivo
◻ Indefinida a ação de quem se teme

◻ Um Outro que se empresta todo poder

◻ Descobre-se o perigo constante

◻ Eleger alguém como objeto de ódio


O Sintoma Coletivo
◻ Sintoma médico e sintoma coletivo

◻ “sintomatização” da angústia”

◻ Caso do ônibus 174


O Sintoma Coletivo
◻ Singularizar

◻ Lidar com o sintoma não quer dizer tentar encaixá-


lo no universal

◻ Novo lugar no coletivo

◻ Associação livre e presença do analista


O Sintoma Coletivo
◻ Cartel

◻ “As trocas diante do mais-um, tendem a se


singularizar”

◻ Fracassos

◻ O cartel como pequeno ônibus lacaniano


O Sintoma Coletivo
◻ Não se acabará o sintoma, mas ele já pode ser um
modo próprio de nomear o que não se tem nome
◻  Vieira, M.A. O sintoma no coletivo em Psicanálise
na favela: Projeto Digaí-Maré a clínica dos
grupos, Rio de Janeiro, Contra Capa, 2008 -
Almeida, F. O cartel e a lógica do coletivo em
Psicanálise na favela: Projeto Digaí-Maré a
clínica dos grupos, Rio de Janeiro, Contra Capa,
2008

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