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Ângelo
Departamento de Engenharia e Ciências da Computação
Curso de Engenharia Mecânica
Engenharia Ambiental Aplicada
Água bruta Água retirada do rio, lago ou lençol freático, possuindo uma determinada qualidade.
Água tratada Após a captação, a água sofre transformações durante o seu tratamento para se adequar aos usos
previstos.
Água usada (esgoto Com a utilização da água, esta sofre novas transformações na sua qualidade, vindo a constituir-se
bruto) em despejo líquido.
Esgoto tratado Visando remover poluentes, os despejos sofrem tratamento antes da emissão no corpo d’água
receptor. Mesmo tratado, altera a qualidade da água do receptor.
Água pluvial Escoa no solo, incorpora novos constituintes e, no meio urbano, é coletado em sistemas de
drenagem antes de chegar ao corpo d’água receptor.
Corpo receptor A água pluvial e o efluente da estação de tratamento de esgotos atingem o corpo receptor, onde,
face à diluição e mecanismos de autodepuração, a qualidade da água volta s sofrer alterações.
Reúso Os esgotos tratados podem ser usados, sob certas condições, na agricultura, indústria e no meio
urbano.
Tratamento de esgoto
Tratamento: remover as impurezas físicas, químicas , biológicas e organismos patogênicos do
efluentes.
Consiste em separar a parte líquida da parte sólida do esgoto, e tratar cada uma delas
separadamente, reduzindo ao máximo a carga poluidora, de forma que elas possam ser dispostas
adequadamente, sem prejuízo ao meio ambiente.
Imitando a natureza
Em relação à matéria orgânica, a ETE reproduz a capacidade que os cursos d’água têm
naturalmente de decompor a matéria orgânica, porém em menor espaço e tempo.
Estudos populacionais
Índice de atendimento
A população contribuinte à estação é aquela situada dentro da área do projeto, servida pela rede
coletora, e ligada à mesma. Portanto, a população de projeto é uma fração da população total da
cidade ou da bacia contribuinte à ETE
Aspectos:
a) Condicionantes físicas, geográficas ou topográficas da localidade: sem sempre é possível
atender todas as residências com rede coletora. Deve ser adotadas outras alternativas;
c) Etapas de implantação: Varia de acordo com o funcionamento da ETE, afetando a vazão inicial;
d) Implantação de interceptores: Nem toda vazão de esgotos coletada nas residências chega na
ETE. Pode haver necessidade de implantação de interceptação.
Partes do sistema
Rede coletora:
Sistema de esgoto predial liga diretamente na rede coletora por uma tubulação (coletor
predial);
Interceptor: Canalização que recebe coletores ao longo de seu comprimento, não recebendo
ligações prediais diretas;
Estação elevatória: Conjunto de instalações destinadas a transferir os esgotos de uma cota mais baixa para uma
cota mais alta;
Estação de tratamento: Conjunto de instalações destinadas à depuração dos esgotos, antes do lançamento.
Órgãos acessórios
Objetivos:
Identificação e quantificação de todos os fatores intervenientes com o sistema de esgotos;
Diagnóstico do sistema existente, considerando a situação atual e futura;
Estabelecimento de todos os parâmetros básicos de projeto;
Pré dimensionamento das unidades dos sistemas, para as alternativas selecionadas.
Escolha da alternativa mais adequada mediante a comparação técnica, econômica e ambiental, entre as alternativas;
Estabelecimento das diretrizes gerais de projeto e estimativa das quantidades de serviços que devem ser executados na fase
de projeto.
Indicadores de custos
Tipos de esgotamento sanitário
Sistema individual ou sistema estático (solução local, individual ou para poucas residências);
Sistema coletivo ou sistema dinâmico (solução com afastamento dos esgotos da área servida)
Sistema coletivo – indicado em locais com elevada densidade populacional.
Sistema que destina o esgoto até o destino final, apresentando duas variantes:
- Custos elevados;
- Grandes dimensões na canalização;
- Riscos com refluxo do esgoto unitário em ocasiões de cheias;
- ETEs mal dimensionadas, não levando em conta a vazão gerada no período de
chuvas;
- Tubulações ociosas em períodos de seca.
Sistema separador: os esgotos sanitários e as águas de chuva são conduzidos ao seu destino final, em
canalizações separadas.
Vantagens:
- Afastamento das águas pluviais;
- menores dimensões das canalizações de coleta;
- possibilidade do emprego de diversos materiais para tubulações de esgoto (tubos cerâmicos, PVC);
- redução de custos e prazos de construção;
- melhoria das condições de tratamento dos esgotos sanitários;
- não ocorrência de extravasão dos esgotos nos períodos de chuva intensa.
Sistema simplificado – condominal, empregado como solução econômica de coleta de esgotos em vários
projetos.
Vazão média de esgotos
Variações de vazão
O consumo de água e a geração de esgotos em uma localidade variam ao longo do dia (variações
horárias),ao longo da semana (variações diárias) e ao longo do ano (variações sazonais).
O hidrograma abaixo típico da vazão afluente a uma ETE, ao longo do dia. Pode-se observar os dois
picos principais: o pico do inicio da manhã (mais pronunciado) e o pico do inicio da noite (mais
distribuído). A vazão média diária é aquela na qual as áreas acima e abaixo do valor médio se igualam.
Tem sido prática correspondente a adoção dos seguintes
coeficientes de variação da vazão média de água (CETESB,
1978; Azevedo Neto e Alvarez O, 1977).
K1 = 1,2 (coeficiente do dia de maior consumo)
K2 = 1,5 (coeficiente da hora de maior consumo)
K3 = 0,5 (coeficiente da hora de menor consumo).
Remoção de
organismos
patogênicos
Níveis de tratamento
Os estudos de concepção para seleção do processo de tratamento de esgotos a ser empregado, deve definir
com clareza os seguintes aspectos:
- Método físico
- Método biológico
- Método químico
MÉTODO FÍSICO
- utiliza forças físicas:
- decantação (usa a força gravitacional)
- floculação (agrupamento das partículas por colisão)
- flotação (usa o arraste dos partículados por pequenas partículas de ar formadas no volume do reator
Tratamento preliminar
Mecanismo básico – remoção física.
A retirada do excesso de sólidos grosseiros pode ser realizada de forma manual ou mecanizada.
A remoção da areia ocorre quando este atinge o fundo do tanque, pois sedimenta mais rápido que a matéria
orgânica que fica suspensa e vai a jusante.
Tratamento Primário
Objetivo: remoção de sólidos em suspensão sedimentáveis, materiais
flutuantes (óleos e graxas) e parte da matéria orgânica em suspensão
lodo primário
Os processos de tratamento são:
- Decantação primária ou simples;
- Precipitação química com baixa eficiência;
- Flotação;
- Neutralização.
Eficiência de remoção:
- Sólidos suspensos = 60 – 70%
- DBO = 25 – 30%
Finalidade: reter parte dos sólidos sedimentáveis, bem como o material que tende a flotar.
Reduz a carga orgânica, minimizando os custos de implantação e operação no tratamento biológico.
Classificação:
– Quanto a geometria;
–Dispositivo remoção de lodo;
–Fundo;
–Sentido do Fluxo.
Flotador
Finalidade: remoção de óleos e graxas e sólidos em suspensão. •Dispositivo: separação dos sólidos com
aplicação de ar.
Eficiência:
– DBO: 40 a 50%;
– SS: 50 a 70%
Filtração
Dispositivo: passagem do efluente por camada de meio filtrante, que pode ser simples ou dupla (gravidade).
Filtros de Areia – partículas>20µm
Necessidade de retrolavagem
Coagulação
Coagulantes:
–Sulfato de alumínio (sólido ou líquido)
–Cloreto férrico (líquido)
–Sulfato férrico (líquido)
–Cloreto de polialumínio (sólido ou líquido)
–Sulfato ferroso (sólido ou líquido)
–Coagulantes orgânicos catiônicos (sólido ou líquido).
Floculação
As partículas coloidais são colocadas em contato umas com as outras de modo a permitir o aumento do seu
tamanho físico, alterando, desta forma, a sua distribuição.
Finalidade:
Remoção de compostos orgânicos naturais ou sintéticos dissolvidos, incluindo COV’s, pesticidas, PCB’s e
metais pesados.
Dispositivo:
Filtro de Carvão Ativado Granular ou Adição de Carvão Ativado em pó, onde os contaminantes são adsorvidos,
isto é, o contaminante é transferido para micro-poros da superfície das partículas de carvão ativado.
Outros materiais: Argila Organofílica Granular, Zeólitas Naturais e Sintéticas, Resinas de Troca Iônica
Eficiência:
– DBO – entre 2 e 7 mg/L
– DQO –10 e 20 mg/L
Caso haja mais de uma etapa ou unidade em série ao longo do tratamento, as eficiências não são aditivas. O
cálculo da eficiência global de remoção é feito de forma multiplicativa, com base nas frações remanescentes,
sendo dado por:
Ex.: remoção de coliformes ao longo de
lagoas em séries.
E = 1 – [(1-0,80) x (1 -0,90)] =
1 – 0,2 x 0,1 = 1 – 0,02 = 0,98 = 98 %
Exercício – revisão