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LOGÍSTICA DO TRANSPORTE

DE MATÉRIA PRIMA E
RESÍDUOS DA CANA-DE-
AÇÚCAR

2015
COLMOS
 O transporte envolve a condução dos colmos até a unidade
fabril.

 No Brasil esse transporte é feito predominantemente pelo


sistema rodoviário.

 Para Silva, o transporte se integra com as operações “Corte,


Carregamento e Transporte”.
LOGÍSTICA DA OPERAÇÃO

 CCT  Gestão dos equipamentos, recursos humanos e


informações necessárias para disponibilização do pátio da
indústria a matéria prima produzida no campo.

 CCT é manter a indústria em constante operação, em


condição que pode ser considerada just in time.
COLHEITA MANUAL
 Os trabalhadores colhem manualmente a cana e
agrupam-na em montes para posterior carregamento
(Garra hidráulica/ caminhões).

 Carregamento é uma operação que exige um tempo


significativo na operação.

 Atualmente o corte manual só é liberado em declividades


acima de 20%.
COLHEITA MECANIZADA
 A cana pode ser colhida por máquinas também

 Colhedoras de colmos inteiros e de cana picada

 Sistema de transporte interno, por meio de carretas de


transbordo, que recebem os rebolos da colhedora e os
transferem para os veículos de estrada local apropriado,
fora da área colhida.

 A colheita mecanizada mudou totalmente a logística de


transporte desde o início do planejamento.
ÁREA INDUSTRIAL
 CVC (combinação dos veículos de carga) é a principal
da fase industrial do transporte da cana-de-açúcar.

 Caminhões passam pela pesagem para determinação do


peso bruto na entrada.
ÁREA INDUSTRIAL
 A ociosidade dos caminhões no pátio pode ser
consequência do superdirecionamento da frota do
transporte.

 O excesso de caminhões no pátio implica falta dos


mesmos no campo, o que provoca ociosidade temporária
de máquinas e mão de obra, e futura falta de matéria
prima nas moendas, na medida em que as frentes de
colheita deixaram de produzir durante certo tempo.
EVOLUÇÃO DA OPERAÇÃO DE
TRANSPORTE
 Segundo CHIARINELLI (2008), alguns fatores como
baixa densidade de carga, severidade das condições de
operação e falta de carga de retorno tornam o custo de
transporte da cana mais elevado.

 Outro ponto desfavorável é a baixa distância (aprox. 20


Km) e a previsão para 2020 é de aproximadamente 30
km.

 Como a distância percorrida é pequena, é necessário


descarregar o caminhão várias vezes, ocasionando custos
maiores de descarga.
DENSIDADE DE CARGA
 Outro fator importante é a densidade de carga. Os
caminhões então ganhando em volume, aumentando a
quantidade que é carregada.
COMBINAÇÃO DE VEÍCULOS DE CARGA
(CVC)

 Romeu e Julieta: 30 toneladas


 Treminhão: 45 toneladas

 Rodotrem: 60 toneladas
COMBINAÇÃO DE VEÍCULOS DE CARGA
 Em trechos mais curtos os caminhões “romeu e julieta”
são mais utilizados.

 Uma vantagem do Treminhão é que onde há restrição


noturna para composições longas, ao se desengatar o
segundo reboque, 66% da carga ainda é transportada,
contra apenas 50% da carga, no caso do rodotrem, ao se
desengatar do segundo reboque.

 Em estradas internas, fora de rodovias, e com aclive e


declive pouco acentuado, alguns caminhões tracionam
até 10 reboques para ganho de tempo.
LOGÍSTICA DE OPERAÇÃO
 Em sistemas conhecidos como “bate e volta”, na mesma
área, tratores rebocam o transbordo das áreas de
carregamento para as ruas onde estão os caminhões,
evitando que caminhões entre em terrenos de plantio
ARMAZENAMENTO DA PALHA
 A palha é um recurso energético, portanto deve-se
atentar a esse subproduto.

 O armazenamento da palha destinada à queima deve


contemplar as condições de adensamento, teor de
umidade e teor de impurezas.

 Já a palha armazenada para hidrólise deve conservar as


características da composição química da fibra: lignina,
celulose e hemicelulose.
ARMAZENAMENTO DA PALHA
 As opções mais comuns são o empilhamento a céu
aberto, o silo bolsa, o silo trincheira e os galpões
infláveis.
RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS
 A industrialização da cana-de-açúcar gera alguns
resíduos como: vinhaça, torta de filtro e cinzas da
caldeira que estão associadas a operação de transporte
com importância variada, conforme as quantidades
produzidas.
VINHAÇA
 A vinhaça é umresíduo líquido proveniente da 1ª
destilação do vinho para obtenção do álcool.

 É produzida a uma razão de 1:12 (etanol:vinhaça)

 É usada como fertilizante nas próprias usinas, a chamada


fertirrigação, porém, em excesso prejudica e muito o
desenvolvimento da cana.

 São vários os tipos de transporte da vinhaça para o


campo:
 Transporte por meio de caminhões tanque:
 Transporte por tanques acoplados aos caminhões, foi a
primeira alternativa para a vinhaça.
 A logística empregada por esse tipo de transporte
apresenta restrições relacionadas aos custos operãcionais
que limitam a distância de aplicação e distribuição.
 Transporte dutoviário:

Os dutos podem ser fechados, subterrâneos ou aparentes.

 Dutos subterrâneos permitem que grande quantidade de


fluido seja enviado.

 Dutos fechados operam com o conjunto de motobombas


para deslocamento do mesmo.

 Dutos abertos ou canais requer redes adutoras para


elevar a vinhaça para reservatório em cotas superiores à
Usina. É o mais econômico dos três e o mais usado.
TORTA DE FILTRO

 Transporte realizado através de caminhões e


armazenadas em amontoados para posterior utilização
em fertilização.

 A torta de filtro é rica em nutrientes e diminui a


quantidade de fertilizantes usados no campo.

 É também incorporadas as leiras usadas nas curvas de


nível.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

 A logística de distribuição da vinhaça e torta de filtro


varia bastante de um caso para o outro, já que envolve
topografias diversas que determinam um conjunto de
operações e equipamentos diversos com desempenho,
custos operacionais e custos de investimento também
diversos que conduzem a um manejo bastante complexo.
OBRIGADO

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