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Patologia das Construções

- Umidade nas Edificações -

Prof. Ana Paula A. Castanheira

Eng. Civil Ana Paula Abi-faiçal Castanheira


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Patologia das Construções
- Umidade nas Edificações -

A freqüência do aparecimento de problemas de


umidade está associada:

 À idade da construção;
 Ao clima;
 Aos materiais;
 Às técnicas construtivas utilizadas;
 À manutenção; e
 Ao uso do edifício.

O estudo dos problemas de umidade nas edificações tem


dois objetivos principais:
Conhecimento dos mecanismos migração da água para
o interior do edifício e a condensação;

Conhecimento das condições de exposição a que está


sujeito um edifício ao longo de sua vida em serviço.
 Macroclima
 Clima local
 Microclima

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a) Precipitações

Precipitação é a chuva que cai no plano horizontal,


medida por um coletor de águas pluviais.

O controle da quantidade de chuva e sua frequência é


importante para vários setores da atividade humana.

Sem o vento, além de cair verticalmente, a chuva teria


a velocidade que dependeria do tamanho das gotas.

a) Precipitações

Quando existe a ação do vento, as gotas podem ser


arrastadas horizontalmente com a velocidade próxima à
do vento, alterando-se assim o ângulo de incidência.

O ângulo de incidência dependerá do tamanho da gota e


da velocidade do vento.

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b) Vento

De forma grosseira pode-se definir o vento como o


movimento do ar na superfície da terra que tende a
equilibrar zonas com diferentes pressões na atmosfera.

Nas camadas baixas da atmosfera (até 300 m), anteparos


como a rugosidade do solo (vegetações, edifícios etc.)
provocam turbulências localizadas, reduzindo a
velocidade do vento e modificando a intensidade e
direção.

b) Vento

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b) Vento

b) Vento

A inclinação da cobertura tem grande influência na


distribuição de pressões sobre o telhado pois ela pode
estar sujeita a sobrepressão ou sucção.

A relação altura/comprimento da edificação influencia a


distribuição de pressões, o que é um parâmetro importante
para o cálculo estrutural e estudo de penetração de água
pelas fachadas.

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c) Chuva Incidente
A necessidade de quantificar as condições de
exposição a que um edifício está sujeito levou os
organismos internacionais (BRE, CIB) a estabelecer o
conceito de chuva incidente (Ri):

É o produto médio da precipitação anual (em


milímetros) pela velocidade anual média do vento
(em metros por segundo), divido por 1000 e expresso
em m2/s.

CIB (Comittee International Du Batiment)

c) Chuva Incidente
Tem a seguinte classificação, segundo do CIB:

Fraca – Chuva incidente ≤ a 3 m2/s, excluindo


regiões próximas da costa (na costa, ela deve ser
considerada média);
Média - Chuva incidente maior do que 7 m2/s,
excluindo as regiões próximas da costa (deve ser
considerada forte para Ri maior que 5 m2/s);

Forte - chuva incidente maior que 7 m2/s;

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c) Chuva Incidente

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d) Umidade do Ar

A umidade do ar pode ser expressa de diversas


formas. Com relação ao edifício, interessa focalizá-la
enquanto à pressão de vapor.
A umidade relativa varia durante o ano em função das
precipitações e da temperatura.

O clima no interior do edifício depende do tipo de


atividades e da quantidade de pessoas que o utilizam.

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A umidade de equilíbrio dos ambientes depende de


diversos fatores. Entre eles:

Os hábitos culturais;
As condições meteorológicas da região;
As atividades exercidas; e
Outras características.

Temperatura e umidade relativa do ar recomendada para


alguns ambientes na Bélgica.

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Difícil de ser evitada;

Quando não controlada e em limites


inadequados:

Degradação do edifício

Problemas de saúde aos moradores.

A manifestação dos problemas de umidade pode


ocorrer em todos os componentes e elementos
construtivos do edifício, mas ela nem sempre está
associada a uma única causa, sendo em geral,
resultante de um conjunto de fatores, com
predominância de um deles.

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Corrosão;
Manchas de umidade;
Bolor, fungos, algas liquens;

Eflorescências;

Escorrimento e/ou
gotejamento de água líquida;

Água condensada;

“Esfriamento” da parede;

Descolamento de
revestimentos;

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Fissuras e trincas;
Empoçamento de água;

Odores desagradáveis;

Mudança de coloração de
revestimentos;

Aprodrecimento etc.

Prejuízo estético e funcional


Degradação indevida do edifício
Podem afetar a saúde do usuário:

Gripes;
Rinites alérgicas e asmas;
Choques eletrostáticos;
Desconforto térmico;
Artrites;
Doenças bronco pulmonares.

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A umidade pode acarretar outros problemas, às vezes


mais sérios do que suas próprias manifestações, tais
como:

Perturbação do sistema de aquecimento ou refrigeração;


Correntes de ar que incomodam os usuários;
Redução da isolação acústica e térmica;
Risco de fogo (curto circuito) e deslocamento perigoso de
fumaças em caso de incêndio;
Transporte eventual de materiais ou organismos indesejáveis;
Formação de sujeiras difíceis de limpar, etc.

Quanto à origem, a água ou vapor de água pode advir:


Do ar;
Da chuva;
Do solo;
De enchentes e transbordamentos;
Do próprio homem ( transpiração,
respiração etc).

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Quanto à origem, a água ou


vapor de água também pode
advir:

De vazamento das instalações;

Das atividades do homem na


edificação (banho, cozimento,
lavagem de roupas etc);

Do processo de construção do
edifício, etc.

A classificação dos problemas de umidade é


difícil devido à quantidade de fatores envolvidos:

Tipo de material;
Geometria das juntas;
Pressões atuantes;
Quantidade de água;
Condições de exposição;
Mecanismos de transportes e fixação da umidade
etc.

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Uma classificação internacionalmente aceita


considera que a:

Umidade de Obra:
É proveniente da etapa de construção e mantém-
se durante um certo período após a
construção; desaparece gradualmente, podendo ser
considerada eliminada quando o componente
atinge o equilíbrio higroscópio com o meio.

Esta velocidade de secagem depende:

Da quantidade utilizada para produção do componente;


Da característica intrínseca de secagem dos diversos
materiais;
Das espessuras dos elementos construtivos;
das condições climáticas (UR, velocidade do vento, T, e
precipitações);
Das possibilidades de secagem, em função dos
revestimentos aplicados.

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Umidade de Absorção e Capilaridade:

Tem origem na absorção da água existente no solo pelas


fundações, vedações e pavimentos, migrando para as paredes e
pisos e concentrando-se próxima ao solo.

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Este fenômeno tem a sua intensidade determinada,


entre outros fatores:

Pelas características do lençol freático;

Pela porosidade do material do elemento


construtivo;

Pela permeabilidade ao vapor do elemento;

Pelo tipo de solo.

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O nível do lençol freático pode variar por:

Razões naturais:

Precipitações;

Evaporação; e

Marés.

O nível do lençol freático pode variar por:


Razões Artificiais:

Modificação do nível da água dos rios (barragens, reservatórios


etc);
Captação intensa de água no subsolo;
Diminuição da alimentação de cursos de água (desvio, irrigação
intensa etc);
Modificação do ciclo natural da água (construção, fossas,
drenagens etc);
Vazamento em dutos de água e esgotos;
Inundações e enchentes.

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Conhecer
CHUVA SECA
Nível Nível
máximo mínimo

Prever

Sub-pressões Ascensão da água


por capilaridade.

A drenagem superficial:

Deve considerar todas as áreas sujeitas à


incidência de precipitações e lavagem; e

Depende das diferenças de cotas e inclinações


superficiais.

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Limitação do teor de umidade no solo em torno do edifício

Limitação do teor de umidade no solo em torno do edifício

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Capilaridade

Capilaridade é a propriedade dos materiais porosos de


absorverem e transportarem água em forma líquida
através de sua rede de capilares.

O mecanismo de fixação de umidade por capilaridade


é consequência direta das forças de sucção capilar,
exercidas dentro de um material hidrófilo.

material a umidade
poroso pode subir por
capilaridade até
70 a 80 cm

subpressão
capilar
água ou
umidade
solo úmido
passada por
capilaridade

solo

Capilaridade

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Capilaridade
Mecanismos de fixação de umidade nos materiais porosos

Esta força se deve à ação combinada da tensão superficial


da água e das forças de absorção das moléculas pelos poros.

Situações mais freqüentes de umedecimento das paredes

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Situações mais freqüentes de umedecimento das paredes

Estudo de Caso

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Estudo de Caso

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Estudo de Caso

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Umidade de Condensação passagem da


água por
capilaridade para
a parte superior
da laje

água acumulada por condensação em


ambientes saturados de umidade
Condensação (banheiros – cozinhas) ou por
resfriamento (baixas temperaturas no
ambiente – ar condicionado)

É provocada pelo vapor d’ água que se condensa nas


superfícies, ou no interior dos elementos
construtivos.

Condensação
Mecanismos de Fixação de Umidade nos Materiais Porosos
Os fenômenos de condensação devem-se ao aumento do
teor de umidade do ar e à existência de partes frias no
interior do edifício, podendo ocorrer no interior dos
materiais ou em sua superfície.

A condensação superficial no interior de edifícios ocorre


quando existem, em qualquer uma de suas partes,
temperaturas iguais ou menores do que a de condensação
ou de orvalho.

Um dos principais fatores que ajudam a controlar problemas


de umidade provenientes de condensação é a ventilação
adequada.

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a) Ventilação Natural

A ventilação natural pode ser feita através de janelas ou


ventilação vertical (dutos , com ou sem tiragem
mecânica) ou grelhas de ventilação.

a) Ventilação Natural

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a) Ventilação Natural

a) Ventilação Natural

As grelhas de ventilação podem ser alternativas


satisfatórias em casos onde a ação do vento for
precária, forçando a circulação do ar através da
tiragem térmica.

Outra possibilidade é a utilização de dutos


verticais com saídas para o teto. O ar é retirado
também por tiragem térmica ou efeito chaminé
por aspiração.

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a) Ventilação Natural

Umidade de Infiltração

É proveniente da água de chuva que penetra nos


edifícios, através dos elementos construtivos de
fachada.

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esquadria

água ou umidade
água sob pressão acumulada sobre o
maior ou igual a parapeito
pressão menor que
0,1 m c.d.a. 0,1 m c.d.a

água ou
umidade
percolada

parede de
alvenaria

Pressão Hidrostática
Percolação

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Umidade acidental

É proveniente de vazamentos do sistema de


distribuição e/ou coleta de águas da edificação.

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Juntas

As juntas são os pontos mais vulneráveis do


edifício do ponto de vista de estanqueidade, já que
do ponto de vista estrutural seu comportamento é
perfeitamente dominado, com método de
dimensionamento e espaçamento.

O desempenho da junta quanto à estanqueidade depende,


dentre outros, dos seguintes fatores:

 Desenho da junta;
 Material que constitui a junta;
 Localização da junta na fachada do edifício; e
 Das forças externas que atuam sobre as juntas.

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A água somente penetra pela fachada dos edifícios se


existirem três condições:

Água sobre a superfície

Abertura

Forças empurrando a água pelas aberturas

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Controle do Fluxo de Água de Chuva nas Superfícies


dos Edifícios

Beirais e detalhes ornamentais: evitam a concentração


de água e descolam lâminas de água que se formam
sobre a superfície das paredes.

Atualmente são pouco utilizados.

Para evitar a deterioração das superfícies do edifício


expostas à chuva e diminuir os riscos de infiltração de
água são necessários três procedimentos:

Controlar efetivamente os fluxos de água que


se acumulam na superfície;

Dissipar os fluxos de maiores concentrações; e

Proteger as partes vulneráveis do edifício


(aberturas, juntas etc.).

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Acúmulo de água sobre as superfícies verticais dos


edifícios:

A capacidade de acúmulo de água pelo impacto de gotas


de chuvas nas superfícies depende dos materiais e das
características de acabamento.

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O problema gerado pelos fluxos de água nas fachadas


é devido:

À água da chuva, que é contaminada por:


Poluentes atmosféricos;
Poeiras em suspensão no ar;
Materiais de fachada dissolvidos e carreados no
fluxo;
Materiais de fachada erodidos pelo fluxo; e
Demais sujeiras da fachada.

O problema gerado pelos fluxos de água nas fachadas


é devido:

Partes ou regiões da fachada que absorvem ou


reagem com a água contaminada porque ela escorre
(mesmo os vidros e outros materiais lisos
necessitam de limpeza periódica).

O desenho inadequado de pingadeiras pode


contribuir para o acúmulo de sujeiras na fachada.

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Definição: formação de depósito salino na


superfície de qualquer elemento da edificação
como o resultado da exposição a intempéries.

Estético
DANO
Deterioração
profunda
(sais agressivos)

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Quimicamente: sais de metais alcalinos (sódio e


potássio) ou alcalino-terrosos (cálcio e
magnésio), solúveis ou parcialmente solúveis
em água.
Chuva/ Dissolução Depósitos
Água solo dos sais salinos

Levados para a
superfície por
difusão e
evaporação

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Fatores que contribuem para a formação da


eflorescência
Teor de sais solúveis presentes nos materiais ou
componentes;
A presença de água; e
A pressão hidrostática ou ascensão capilar para
propiciar a migração da solução para a superfície.

Todas as três condições devem existir, e se uma delas


for eliminada não ocorrerá o fenômeno.

Fatores externos que favorecem o fenômeno:


A quantidade de solução que aflora, principalmente
para os sais pouco solúveis;
Quanto maior a quantidade de água, maior é a
quantidade de sal solubilizado;
O aumento do tempo de contato, o qual favorece a
solubilização de maior teor de sal;
A elevação da temperatura (favorece a solubilização dos
sais e aumenta a velocidade de evaporação);
A porosidade dos componentes que permite a
movimentação da solução.

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CUIDADOS BÁSICOS CONTRA EFLORESCÊNCIAS


Teor de sais solúveis;

Tijolos ricos em sulfatos;

Diminuir a absorção da alvenaria com pintura adequada;

Reduzir penetração de água da chuva;

Impermeabilização adequada; e

Cimento com baixa liberação de hidróxido de cálcio.

O que é?

O emboloramento é uma alteração


observável macroscopicamente na superfície
de diferentes materiais, como consequência
do desenvolvimento de microorganismos
pertencentes ao grupo dos fungos.

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Laje de banheiro com presença de bolor

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Este grupo de microorganismos é chamado


de vegetal inferior devido à ausência de
clorofila (esporos).

Promovem a decomposição de diferentes


tipos de componentes, principalmente de
revestimentos.

Condições Ambientais Favoráveis ao Bolor

Umidade relativa:

Acima de 75 % já podem proporcionar


condições de reprodução.

Temperatura:

A faixa de temperatura mais comum em que


se desenvolvem é de 10 a 35 o C.

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Os fungos se desenvolvem em meio ácido e


algumas espécies em ambientes com um pH
um pouco superior a 7.

A presença de oxigênio é fundamental para


a sua sobrevivência.

A composição química do substrato sobre o


qual o esporo se deposita é muito importante
para a sua germinação e infecção da
superfície.

A presença de substâncias tóxicas, em


concentração adequada pode eliminar o fungo
e evitar a sua proliferação.

Devido a este fator é que se utiliza


fungicida em revestimentos e pinturas para
combater bolor nas edificações.

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Desenvolvimento do Bolor em Pinturas

Os fungos se desenvolvem sobre as pinturas


devido à grande variedade de substâncias
orgânicas presentes nelas.
Diferenças de espécies entre o ambiente
interno e externo.
No ambiente interno, as variedades são
maiores como consequência da diversidade
de partículas orgânicas depositadas na sua
superfície.

Os fungos são os principais agentes do


processo de deterioração devido à umidade,
porém, as bactérias e as algas também podem
estar presentes.

Principalmente em pinturas externas, pode


haver a presença de algas que têm o mesmo
aspecto do bolor, mas com um comportamento
bastante distinto no seu processo de
alimentação.

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MEDIDAS PREVENTIVAS:

Ventilação adequada (condensação);

Evitar materiais higroscópicos em regiões


de umidade;

Pinturas com fungicidas; e

Evitar pintura em paredes úmidas.

MEDIDAS CORRETIVAS:

Lavagem com escovação abundante;


Aplicação de solução;
Lavagem com água e secagem com pano
limpo;
Substituição do revestimento; e
Repintura com material adequado.

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