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Resumo: A impermeabilização nas construções civis muitas vezes são negligenciadas, mas é de
suma importância para o bem estar das pessoas que ali habitam e para a durabilidade do imóvel,
evitando problemas patológicos no futuro. Os impermeabilizantes são substâncias que impedem
a penetração de água, fungos e bactérias em lugares que devem ser mantidos secos. Neste artigo
será demonstrado os tipos de umidades e suas origens, classificação do sistema de
impermeabilização, desempenho, bem como a caracterização, execução dos produtos trabalhados
em lajes e suas vantagens.
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Orientador. Engenheiro Civil e pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho pelas Faculdades
Integradas-FIAR de Araraquara–São Paulo. E-mail: gersondm@yahoo.com.br
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INTRODUÇÃO
Neste artigo, tem como objetivo mostrar a impermeabilização na construções civis para
os profissionais da área e aqueles que se interessa no assunto, demonstrando os problemas
associados a umidades e como evitar, fazendo um bom planejamento logo no início do projeto
ou sanar, fazendo uma nova impermeabilização e tendo como objetivo específico, a
demonstração da caracterização, execução, desempenho dos produtos impermeabilizante. Assim
possibilitando avaliar as vantagens.
Nos últimos anos o setor de construções civis vem crescendo gradativamente, essa
demanda faz com que as empresas realizam construções, até mesmo de grande porte com espaço
de tempo cada vez mais curto, ajudando para o aparecimento de grandes lapsos, resultando em
futuras patologias nos imóveis. A impermeabilização é necessário e deixa salutar a obra, trazendo
segurança e durabilidade na edificação, pois os agentes transportados pela água e os poluentes
integrados ao ar causam consequência enormes na estruturas das edificações.
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1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
As patologias nas construções civis são danos causados nas edificações e elas podem ser
manifestada através de vários tipos, como: trincas, fissuras, infiltrações e umidades excessivas.
A umidade age também como meio para que grande parte das patologias ocorra em
construções civis. É um fator para o aparecimento de eflorescências, ferrugens, mofo, bolores,
perdas de pinturas, de rebocos e até a causa de acidentes estruturais. Verçoza (1983).
a. Umidade de infiltração;
b. Umidade de ascensional;
d. Umidade de obra; e
e. Umidade acidental.
Origens Presente na
Confecção do concreto
Umidade proveniente da
Confecção de argamassas
execução da construção
Execução de pinturas
(Umidade de Obra)
Cobertura (telhados)
Umidade oriunda das chuvas Paredes
(Umidade por Infiltração) Lajes de terraços
Paredes
Umidade resultante de vazamento de redes Telhados
de água e esgotos (Umidade acidental) Pisos
Terraços
Paredes, forros e pisos
Umidade de condensação Peças com pouca ventilação
Banheiros, cozinha e garagens
A umidade de infiltração é muito comum nas edificações, ela é ocasionada pela presença
direta de água do exterior para interior da residência, entrando pela fachada ou cobertura,
através de pequenas fissuras nas paredes. Outras situações desse tipo de umidade são os
escapamento de encanamentos, ausência de impermeabilização e isolamento ineficaz de casas
adjacentes. As construções de ambientes enterrados, como os subsolos, também são muito
afetadas, devido estarem abaixo do nível do lençol freático.
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Segundo Righi (2009), a umidade de obra é uma umidade que ficou interior dos
materiais, devido sua execução e resultando em exteriorizar em decorrência do equilíbrio que
se estabelece entre os matérias e ambiente como no caso da umidade contida em uma argamassa
de reboco, passando para a parte interna da alvenaria, necessitando de um tempo superior do
que o da cura do próprio reboco para entrar em equilíbrio com o ambiente interno.
1.2. Impermeabilização
2. DESENVOLVIMENTO
É comum encontrar residências com falta de impermeabilização, muitas delas não teve
um planejamento de impermeabilização, devido ser uma gasto a mais ou por outros motivos. A
negligência para com a impermeabilização compromete a durabilidade de um imóvel, causando
prejuízo financeiros e até mesmo a saúde, pois deixa o lugar insalubre, por conta da umidade,
fungo e mofos.
f. Lista com os pontos críticos dos demais projetos que possam comprometer o sistema
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a. Argamassa polimérica;
c. Resina Epoxi.
com uma membrana de proteção. Os lugares indicados são: Terraços, lajes maciças, reservatórios
de água superior, varanda, entre outros.
Produtos impermeabilizantes flexível:
a. Manta asfáltica;
b. Poliureia;
2.3.1. VEDAPREN
É uma manta líquida, de base asfalto elastomérico e aplicação a frio sem emendas,
preparada para o uso e moldada no local. Cobre a estrutura com uma proteção impenetrável e
apresenta características de elasticidade, flexibilidade e aderência, com grande durabilidade
(Manual Técnico Vedapren, 2019).
d. Validade: 24 meses
b. Lajes;
c. Jardineiras e floreiras; e
d. Calhas de concreto.
A base deve estar limpa e seca, sem impregnação de produtos que prejudiquem a
aderência, como desmoldantes, graxa, agentes de cura química, óleo, tintas, entre outros. (Manual
Técnico Vedapren, 2019).
Produto pronto para uso. Misturar o produto antes da aplicação, utilizando ferramenta
limpa a fim de evitar a sua contaminação (Manual Técnico Vedapren, 2019).
2.3.1.5. Aplicação
2.3.1.7. Vantagens
a. Fácil aplicação;
c. Ótima aderência;
Segundo o Manual Técnico V-Pro Poliéster II 2019, é uma manta asfáltica, sistema pré-
fabricado de impermeabilização, aplicação com maçarico. Disponível nas espessuras de 3,0 mm
e 4,0 mm.
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a. Densidade: g/cm³
b. Aparência: Preto(a)
d. Validade: 60 meses.
O concreto deve estar limpo, íntegro, seco e sem impregnação de desmoldantes, agentes
de cura, ou qualquer outro material que prejudique a aderência da manta. (Manual Técnico V-
Pro Poliéster II, 2019).
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2.3.2.4 Aplicação
Conforme o manual técnico V-Pro Poliéster II (2019), Iniciar a aplicação da manta pelos
coletores, tubulações passantes, e outras interferências, executando os arremates, posicionar e
alinhar os rolos de manta asfáltica no sentido oposto ao fluxo de água na área de aplicação a
partir da parte mais baixa para as partes mais altas, fazendo que as emendas obedeçam ao sentido
do fluxo da água. Com maçarico, realizar a colagem da manta asfáltica, aquecendo o lado inferior
da manta e, ao mesmo tempo, a superfície imprimada, pressionando-a do centro para as bordas a
fim de evitar a formação de bolhas de ar.
A proteção mecânica deve ser devidamente dimensionada para aguantar os esforços que
estará sujeita e deve ser prevista execução de juntas de dilatação e dessolidarização, conforme
projeto.
2.3.2.6 Vantagens
b. Flexível;
c. Resistente a fissurações;
2.4. DESEMPENHO
A impermeabilização é fundamental, pois ela garante uma vida útil e condições de uso
para as edificações sendo importante para proteção de ações nocivas da água e da umidade.
Segundo o IPI (2017), atender às exigências da NBR 15.575 demanda novas práticas nas
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
trazendo também os prejuízos que podem causar, demostrando ainda que essas patologias traz
grandes problemas de difíceis soluções.
Demonstrou-se que para cada lugar a ser impermeabilizado existe uma classificação de
sistema de impermeabilização, fazendo uma correta impermeabilização a vida útil da edificação
pode prolongar até 100 anos e sem ela não chegaria a 30 anos.
Foram exemplificado dois produtos impermeabilizante, o Vedapren e o V-Pro Poliéster
II, ambos para lajes e com suas vantagens e durabilidade. A manta asfáltica é um produto com
durabilidade maior, porém o valor financeiramente é mais caro, é aplicado em lajes transitável,
devendo ser operada por pessoas especializada devido ao uso de maçarico. Já a Manta líquida
tem uma aplicação fácil e não exige de mão de obra especializada, é destinado para lajes não
transitável. Cada produto tem suas vantagens, cabe ao responsável da obra analisar o custo-
benefício.
Portanto, conclui que uma impermeabilização correta é resultado de vários elementos
relacionados entre si. Recomenda-se que haja uma integração entre a qualidade na execução do
serviço de impermeabilização, materiais corretos e de qualidade, fiscalização, projeto de
impermeabilização e entre outros que pode contribuir para o desempenho, durabilidade da
impermeabilização, bem estar e segurança das pessoas.
REFERÊNCIAS
SOUZA, M. F. Patologias ocasionadas pelas umidades nas edificações. 2008. 64f. Monografia
(Especialização em Construção Civil) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,
2008.
KLEIN, D. L. Apostila do Curso de Patologia das Construções. Porto Alegre, 1999 - 10°
Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias.