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UNIDADE CURRICULAR:
Edificações
Curso Técnico Superior Construção
Civil DOCENTE:
José Manuel Martins Neto dos Santos
Ana Rita Vasconcelos Quintas de Almeida
DATA:
29 de Março de 2023
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Índice
1 Introdução ................................................................................................................................. 3
5 Conclusão ................................................................................................................................ 19
6 Bibliografia.............................................................................................................................. 20
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1 Introdução
A humidade é um dos piores fatores que pode existir numa habitação, não só provoca
estragos, como ainda reduz o conforto de quem vive nestas. A humidade é considerada umas das
principais causas de degradação das edificações. Por esse motivo, é cada vez mais importante
compreender a ação deste fenómeno, para poder garantir um melhor diagnóstico, prevenção e o
tratamento/ resolução da mesma. (Pereira, 2021)
*
Higroscopicidade é a propriedade que os materiais porosos têm para, quando colocados no
estado seco num determinado ambiente a uma determinada humidade relativa, reterem nos seus
poros uma certa quantidade de humidade existente no ambiente até atingir uma situação de equilíbrio
(equilíbrio higroscópico) com esse mesmo ambiente. (Desconhecido, s.d.)
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encontra-se no seu limite de saturação, a humidade relativa é 100%. Varia consoante a temperatura
do ar, enquanto a humidade absoluta permanece constante durante uma mudança de temperatura do
ar. A humidade relativa diminui quando a temperatura aumenta, pois o limite de saturação aumenta.
Humidade absoluta é a massa de vapor de água contida em cada m3 de ar húmido ou, o que é
equivalente, a massa específica de vapor de água contida no ar húmido.
A pretensão deste trabalho passa por considerar as temperaturas médias para a RAM no
Verão e no Inverno, bem como o valor médio da humidade para as diferentes estações, analisar a
inexistência de condensações nas paredes recorrendo à análise dos diagramas psicométricos e
apresentar possíveis medidas para evitar a condensação ascensional e de infiltração.
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2 Medidas para evitar a condensação ascensional e de infiltração
A humidade por precipitação/infiltração é caracterizada pela envolvente de um edifício
habitacional ou comercial, estar sujeita a uma ação de molhagem através da chuva e do vento, e
reduz significativamente a resistência térmica dos materiais que constituem a envolvente (parede).
Isto é provocado pela penetração da água através de fissuras estruturais ou através de juntas mal
vedadas, como por exemplo, na junção da parede com o caixilho.
Quanto maior a espessura da parede, maior será a altura atingida pela humidade;
Devido à incorreta impermeabilização duma parede, as condições de evaporação são
reduzidas, e facilita a progressão da água por ascensão capilar;
A insolação, por termo migração, conduz a humidade para o lado interior duma parede;
Na presença de humidade relativa elevada, a ação de evaporação da parede é prejudicada
acentuadamente;
O grau de porosidade de uma parede aumenta a percentagem de humidade de uma
parede por ascensão capilar;
Existência de ventilação na base de uma parede reduz a ascensão capilar;
Os sais presentes nos materiais e na água, reduzem a permeabilidade ao vapor, por
cristalização, e origina um aumento da ascensão capilar e degradação do material.
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Impedir a ascensão da água nas paredes (redução da seção absorvente, barreiras físicas,
barreiras químicas (injeção, difusão ou pistola de aplicação), ventilação da base das
paredes.)
Ocultar as anomalias (aplicação de forra interior separada por um espaço de ar,
revestimento de paredes).
Das medidas corretivas apresentadas, é selecionado um método para impedir a ascensão capilar
nas paredes através de barreiras físicas. Este método é evitado na maior parte das vezes pelos
empreiteiros ou pelos próprios proprietários da habitação, devido ao seu método de execução e
aplicação e também por ter custos elevados.
Neste método coloca-se uma barreira física contínua, na base das paredes de alvenaria, de modo
a impedir a ascensão da água. As barreiras físicas contínuas podem ser constituídas por diferentes
materiais como barreiras metálicas, betuminosas ou plásticas. Passa por executar um rasgo na parede,
através de um corte mecânico em troços de 1 metro de comprimento ou mais, que vão sendo
preenchidos com materiais estanques, efetuada a limpeza das aberturas para assegurar a aderência do
novo produto. É fundamental assegurar não só a aderência do material de enchimento como também
evitar assentamentos, pelo que é necessário preencher os espaços eventualmente livres entre a parede
e o material colocado para garantir a continuidade do material.
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Com base na experiência no ramo da construção civil, o Penetron Standard + Pentron Mortar tem
uma aplicação rápida e eficaz e é o único aditivo cimentício certificado pela UE. O Penetron
Standard é um material de impermeabilização por cristalização integral, aplicado superficialmente,
que impermeabiliza e protege o betão em profundidade (penetra no betão até 1 metro). Quando o
Penetron Standard é aplicado na superfície do betão, os componentes químicos ativos reagem com os
compostos da pasta de cimento e com a humidade presente nos capilares do betão para formar uma
estrutura cristalina insolúvel. Esses cristais preenchem os poros e fissuras de retração do betão para
prevenir qualquer ingresso de água, mesmo sob pressão. E quando necessário para enchimento da
parede, aplicar por cima do Penetron Standard, o Penetron Mortar, é uma argamassa cimentícia
utilizada para a reparação e a selagem do betão. Contudo ainda permitirá a passagem do vapor de
água através da estrutura, ou seja, o betão será capaz de respirar. (Penetron, 2018)
Ilustração 2 - Humidade por infiltração e ascensão (antes) Ilustração 3 - Humidade por infiltração e ascensão (depois)
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3 Resolução da ficha de exercícios n.º2
3.1 Alínea A)
3.2 Alínea B)
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3.3 Alínea C)
3.4 Alínea D)
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3.5 Alínea E)
𝐷𝑎𝑑𝑜𝑠: 𝑇𝑖 , 18℃ , 𝜃 = 87% (𝑍 = 0): 𝑃 = 101325 𝑃𝑎
3.6 Alínea F)
Zona maciça:
𝐷𝑎𝑑𝑜𝑠: 𝑇𝑖 = 14,92 ℃
Zona vazada:
𝐷𝑎𝑑𝑜𝑠: 𝑇𝑖 = 15.90 ℃
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3.7 Alínea G)
3.8 Alínea H)
Zona maciça cobertura (ascendente):
𝜃𝑝 = 𝜃𝑖 −∪. 𝑅𝑠𝑖. ( 𝜃𝑖 − 𝜃𝑒 )
𝜽𝒑 = 𝟏𝟒, 𝟑𝟓𝟔 ℃
𝜃𝑝 = 𝜃𝑖 −∪. 𝑅𝑠𝑖. ( 𝜃𝑖 − 𝜃𝑒 )
𝜽𝒑 = 𝟏𝟒, 𝟐𝟗𝟕 ℃
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Zona vazada cobertura (ascendente):
𝜃𝑝 = 𝜃𝑖 −∪. 𝑅𝑠𝑖. ( 𝜃𝑖 − 𝜃𝑒 )
𝜽𝒑 = 𝟏𝟒, 𝟕𝟑𝟕 ℃
𝜃𝑝 = 𝜃𝑖 −∪. 𝑅𝑠𝑖. ( 𝜃𝑖 − 𝜃𝑒 )
𝜽𝒑 = 𝟏𝟒, 𝟔𝟏𝟒 ℃
𝑃𝑤 1806,25
237,3 × ln(610,5 ) 237,3 × ln( 610,5 )
𝜃𝑑 = ↔ 𝜃𝑑 = ↔ 𝜽𝒅 = 𝟏𝟓, 𝟖𝟖 ℃
𝑃𝑤 1806,25
17,269 − ln(610,5 ) 17,269 − ln( 610,5 )
Logo verifica-se que ocorrerão condensações superficiais nas duas zonas porque,
𝜽𝒑 ≤ 𝜽𝒅 , sendo que a zona maciça possuirá uma condensação maior que a superfície vazada.
3.9 Alínea I)
A temperatura superficial mínima foi registada na zona maciça de cobertura descendente
na alínea H)
𝜃𝑠𝑖.𝑚𝑖𝑛 − 𝜃𝑒
𝐹𝑅𝑠𝑖.𝑚𝑖𝑛 =
𝜃𝑖 − 𝜃𝑒
14,297 − 10
𝐹𝑅𝑠𝑖.𝑚𝑖𝑛 = ↔ 𝐹𝑅𝑠𝑖.𝑚𝑖𝑛 = 𝟎, 𝟓𝟑𝟕
18 − 10
O fator de temperatura superficial mínima ocorre sobre a ponte térmica onde a temperatura
interior atinge o seu valor mínimo. Visto que 𝐹𝑅𝑠𝑖.𝑚𝑖𝑛 = 0,537, tendo em consideração os valores
mínimos recomendados, verifica-se um risco na ocorrência de condensações e de desenvolvimento
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de bolores para edifícios residenciais com elevada ocupação. Caso o valor obtido seja referenciado
para edifícios residenciais com ocupações menores, armazéns ou escritórios, no qual os valores
mínimos recomendados é que o 𝐹𝑅𝑠𝑖.𝑚𝑖𝑛 < 0,65 , é constatado uma fraca probabilidade no
surgimento condensações e na ocorrência de manchas ou bolores.
3.10 Alínea J)
Sendo que a temperatura superficial mínima foi registada na zona maciça de cobertura
descendente, e a temperatura superficial máxima ocorreu na zona vazada cobertura
ascendente.
𝜃𝑖 − 𝜃𝑠𝑖.𝑚𝑖𝑛 18 − 14,297
𝜇ℎ = ↔ 𝜇ℎ = ↔ 𝝁𝒉 = 𝟏, 𝟏𝟑𝟒
𝜃𝑖 − 𝜃𝑠𝑖.𝑚𝑎𝑥 18 − 14,737
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4 Inexistência de condensações e desenvolvimentos de resultados numa
parede simples
Com uma breve análise ao clima e às condições meteorológicas médias anuais na Região
Autónoma da Madeira, é possível verificar que as temperaturas médias estão entre os 18,1ºC e os
20,6ºC.
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Ao considerar 15,9ºC de temperatura média para o inverno e 77% de humidade relativa do ar,
e 22,2ºC de temperatura média para o verão e 72% de humidade relativa do ar, obtém-se os seguintes
resultados:
↔ 𝑃𝑠 = 2647,65 𝑃𝑎
𝑃𝑤 = 1890 𝑃𝑎
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Pressão de saturação para o inverno (15,9ºC):
↔ 𝑃𝑠 = 1822,97 𝑃𝑎
𝑃𝑤 = 1300 𝑃𝑎
Como solução que cumpra com o regulamento do desempenho térmico dos edifícios, e por
sua vez, satisfaça as necessidades biológicas e o bem-estar do Homem, optamos, na realização do
trabalho prático nº1, por uma parede simples com revestimento exterior independente em pedra
artificial com 0,02m de espessura (λ = 1,30 m℃/w), espaço de ar ventilado com 0,03m de
espessura, isolamento térmico em poliestireno expandido extrudido (XPS) com 0,05m de espessura
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(λ = 0,037 m℃/w), bloco de betão com 0,2m de espessura (λ = 0,30 m℃/w), e por fim como
acabamento interior, reboco tradicional 0,025m de espessura (λ = 1,80 m℃/w).
Com os valores referidos anteriormente, referentes à RAM e com base na parede apresentada, é
pedido para determinar a inexistência de condensações:
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No gráfico acima, está representado o ponto de orvalho dos 20,0ºC, 𝜃𝑑 = 15℃
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5 Conclusão
No seguimento deste trabalho, foram analisados diversos pontos fundamentais relacionados com
o tema da humidade, pontos esses que não devem ser postos de parte numa obra nova ou em obra de
reabilitação. Para a elaboração deste trabalho considerou-se uma cobertura inclinada junto ao mar e
uma parede exterior de uma habitação elaborada pelo grupo no trabalho prático nº1.
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6 Bibliografia
Desconhecido. (s.d.). Portal de Arquitetura e Construção Sustentável. Obtido de CSustentável:
https://www.csustentavel.com/glossary/higroscopicidade/
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