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PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES

INTRODUÇÃO E CONCEITOS
PATOLOGIAS CAUSADAS PELA UMIDADE
Diagnóstico e Terapia
Segundo alguns autores, é preciso seguir os procedimentos para iniciar os tratamentos:
➢ Inspeção para mapeamento dos sintomas;
➢ Recolhimento de dados e informações;
➢ Conhecer o histórico da estrutura;
➢ Realização de análises e ensaios.
Custos de Recuperação
Relativamente às condições da construção, pode-se ter duas situações distintas:
❑ A construção será reabilitada, recompondo-se as condições para as quais tinha sido
desenvolvida;
❑ A construção será reforçada, tendo sua condição de suporte aumentada em relação à
desenvolvida anteriormente.
Custos de Recuperação
Os custos de recuperação variam em função do tempo de manifestação e detecção da
patologia:
▪ Ainda na fase de projeto;
▪ Durante a execução da construção;
▪ Fase de utilização da construção (se houver manutenção preventiva);
▪ Fase de utilização da construção (se necessária manutenção corretiva).
ESTUDO DAS PATOLOGIAS
Patologias causadas pela umidade
A umidade não é apenas uma das causas de patologia, ela age também como um
intermédio para que grande parte de outras patologias em construções aconteçam.
➢ Eflorescências,
➢ ferrugens e corrosão de armadura,
➢ mofo e bolor,
➢ causa de acidentes estruturais.
Patologias causadas pela umidade
A umidade nas construções pode manifestar-se de diversas formas e tem as seguintes
origens:
➢ trazidas durante a construção,
➢ trazidas por capilaridade,
➢ trazidas por chuvas,
➢ condensação e
➢ resultante de vazamento em redes hidráulicas.
Bolor
➢ Emboloramento: alteração macroscópica na superfície de diferentes materiais, sendo
uma consequência do desenvolvimento de microorganismos pertencentes ao grupo dos
fungos.
➢ O aspecto macroscópico de uma superfície embolorada se deve à presença de
milhares de esporos coloridos.
Bolor
➢ As manchas que aparecem normalmente sobre a
superfície e, por se tratar de um grupo de seres vivos
(fungos, algas e bactérias) se proliferam em condições
de clima favoráveis, como em ambientes úmidos, mal
ventilados ou mal iluminados.

➢ Normalmente o mofo é identificado facilmente pelo


exame visual; muitas vezes é localizado perto ou na
fonte de infiltração de água.
Bolor
1) Ambientes com alta incidência de umidade como cozinhas e banheiros e com baixa
capacidade de exaustão;
2) Baixa capacidade de renovação de ar por causa das dimensões reduzidas de janelas.
3) Baixa insolação do ambiente devido à janela estar voltada para a face sul, que não
recebe a luz do sol, deixando a parede úmida.
4) Baixa insolação do ambiente devido à existência de edificação vizinha ou vegetação
altas obstruindo a passagem da luz do sol.
Bolor
5) Deficiência na aplicação da argamassa de revestimento como baixa carbonatação
pela aplicação prematura de tinta impermeabilizante obstruindo a passagem do CO2,
necessário ao processo de endurecimento da argamassa de revestimento.
6) Falha da impermeabilização que permite a ascensão capilar da umidade do solo por
dentro das paredes.
7) Falha na impermeabilização da cobertura que permite a infiltração de água da chuva
pela laje.
8) Vazamentos de rede de esgoto ou de águas, na rua ou no vizinho, que saem nas
paredes dos subsolos e garagens dos edifícios
Bolor
➢ RECOMENDAÇÕES PREVENTIVAS (utilizadas ainda na fase de projeto):
✓ ventilação, iluminação e insolação adequadas;
✓ diminuir os riscos de infiltração de água através de paredes, pisos e/ou tetos;
✓ reduzir os riscos de condensação (ex.: programar as obras para permitir a evaporação da
água usada, antes de iniciar a pintura e a utilização do prédio).
➢ RECOMENDAÇÕES CURATIVAS:
✓ podem abranger alterações de projeto (ex.: aumentar a ventilação);
✓ limpeza de superfícies contaminadas;
✓ emprego de soluções fungicidas nos materiais de revestimentos;
✓ substituição de materiais de construção por outros mais resistentes ao bolor (com
fungicidas).
Bolor
➢ A primeira providência a ser tomada no caso de incidência do bolor localizado ou
generalizado em uma edificação é a identificação das causas que propiciaram as
condições favoráveis para a ocorrência deste problema.
➢ No caso de infiltração de água ou vazamentos, deve-se inicialmente localizar a fonte
de umidade e eliminá-la.
➢ O tratamento recomendável é o seguinte: limpeza das superfícies com escova dura,
aplicando-se a solução de detergente, hipoclorito de sódio e água.
➢ Após a aplicação dessa solução, a superfície deve ser enxaguada com água limpa e
seca com pano limpo.
Bolor
➢ No caso de superfícies muito infectadas, deve-se remover o revestimento superficial
(papel de parede ou pintura), e, posteriormente, lavar com a solução recomendada
anteriormente.
➢ Para execução de um novo revestimento deve-se esperar a secagem completa da
superfície.
➢ É aconselhável o uso de tinta resistente ao desenvolvimento do bolor (no caso de
repintura), e, no caso de papel de parede, uso de cola que possua fungicida apropriada.
➢ A tinta pode ser analisada no laboratório para que se empregue o tipo adequado ao
fungo encontrado.
Bolor
➢ Condensação ocorre pois a janela, mesmo totalmente aberta, não consegue arejar
adequadamente o banheiro.
➢ A solução ideal é trocar a janela por outra de tamanho adequado e com dispositivo de
ventilação permanente.
Bolor
Bolor
Bolor
➢ Manchas escuras produzidas pela umidade que
sobe por dentro das paredes e se localizam, em geral,
nas partes baixas das paredes em contato com o solo,
são casos de falhas na impermeabilização na base da
parede.
➢ Todas as partes em contato com o solo devem
receber uma camada de impermeabilizante capaz de
bloquear o caminhar por capilaridade da umidade do
solo.
Bolor
➢ Apesar dos fungos serem os principais agentes no processo de deterioração dos
revestimentos, não são os únicos. Bactérias têm sido frequentemente encontradas em
ambientes interiores e exteriores.
➢ Apesar destes organismos serem bastantes diferentes dos fungos, a deterioração
provocada pelos mesmos é, na aparência, muito semelhante.
➢ Consequentemente, as medidas curativas indicadas para algas e bactérias são
diferentes daquelas indicadas contra fungos. Assim a identificação correta do agente
deteriorador pode, muitas vezes, representar a diferença entre o sucesso ou o fracasso
das medidas curativas.

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