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Patologia das Construções

Umidade nas edificações

Profª Neusa Maria B. Mota, Dsc


Umidade nas edificações

• Difícil de ser evitada;

• Quando não controlada e em limites


inadequados:

degradação do edifício

problemas de saúde aos moradores.


Classificação dos problemas
de umidade

A manifestação dos problemas de umidade pode


ocorrer em todos os componentes e elementos
construtivos do edifício, mas ela nem sempre está
associada a uma única causa, sendo em
geral,resultante de um conjunto de fatores, com
predominância de um deles.
Classificação dos problemas
de umidade

 corrosão;
 manchas de umidade;
 bolor, fungos, algas liquens;
Classificação dos problemas
de umidade

 eflorescências;

 escorrimento e/ou
gotejamento de água líquida;

 água condensada;

 “esfriamento” da parede;

 descolamento de
revestimentos;
Classificação dos problemas
de umidade

 fissuras e trincas;
 empoçamento de água;

 odores desagradáveis;

 mudança de coloração de
revestimentos;

 aprodrecimento, etc;
Umidade nas edificações

Prejuízo estético e funcional


Degradação indevida do edifício
Podem afetar a saúde do usuário
 gripes;
 rinites alérgicas e asmas;
 choques eletrostáticos;
 desconforto térmico;
 artrites;
 doenças bronco pulmonares.
Umidade nas edificações
A umidade pode acarretar outros problemas, às
vezes mais sérios do que suas próprias
manifestações, tais como:
• perturbação do sistema de aquecimento ou
refrigeração;
• correntes de ar que incomodam os usuários;
• redução da isolação acústica e térmica;
• risco de fogo (curto circuito) e deslocamento
perigoso de fumaças em caso de incêndio;
• transporte eventual de materiais ou organismos
indesejáveis;
• formação de sujeiras difíceis de limpar, etc.
Umidade nas edificações

Quanto à origem a água ou vapor de água pode


advir:
do ar;
da chuva;
do solo;
de enchentes e
transbordamentos;
do próprio homem ( transpiração,
respiração,etc);
Umidade nas edificações

Quanto à origem a água ou vapor de água pode


advir:

de vazamento das instalações;


das atividades do homem na edificação
( banho, cozimento, lavagem de roupas, etc);
do processo de construção do edifício, etc.
Umidade nas edificações

A classificação dos problemas de umidade é


difícil devido à quantidade de fatores
envolvidos:
tipo de material;
geometria das juntas;
pressões atuantes;
quantidade de água;
condições de exposição;
mecanismos de transportes e fixação da
umidade, etc.
Umidade nas edificações

Uma classificação internacionalmente aceita


considera:
Umidade de obra:
É proveniente da etapa de construção e
mantém-se durante um certo período após
a construção; desaparece gradualmente,
podendo ser considerada eliminada quando o
componente atinge o equilíbrio higroscópio com
o meio.
Umidade nas edificações

Esta velocidade de secagem depende:


da quantidade utilizada para produção do
componente;
da característica intrínseca de secagem dos diversos
materiais;
das espessuras dos elementos construtivos;
das condições climáticas (UR, velocidade do vento, T,
e precipitações);
das possibilidades de secagem, em função dos
revestimentos aplicados.
Umidade nas edificações
Umidade de absorção e capilaridade:

Tem origem na absorção da água existente no solo pelas


fundações das vedações e pavimentos, migrando para as
paredes e piso, e concentrando-se próximos ao solo.
Umidade nas edificações
Umidade nas edificações

Umidade de infiltração

É proveniente da água de chuva que penetra


nos edifícios, através dos elementos
construtivos de fachada.
Umidade nas edificações
Umidade nas edificações
Umidade nas edificações

Umidade de condensação

É provocada pelo vapor d’ água que se condensa


nas superfícies, ou no interior dos elementos
construtivos.

Umidade acidental

É proveniente de vazamentos do sistema de


distribuição e/ou coleta de águas de edificação.
Incidência dos problemas
de umidade em edificações

A freqüência do aparecimento de problemas


de umidade está associada:

 à idade da construção
 ao clima
 aos materiais
 técnicas construtivas utilizadas
 à manutenção e
 ao uso do edifício
Porosidade

Em relação às patologias relacionadas com a


umidade interessa a forma como a porosidade
permite a interação dos materiais com o
ambiente, tanto da água em forma líquida como
em forma de vapor.
Porosidade

Os poros dos materiais podem ser :

abertos - quando permitem o acesso de


moléculas de água ou gases ou,

fechados - quando não são acessíveis a


substâncias em forma de líquido
ou vapor.
Porosidade

A forma de medir o volume dos vazios dos


materiais é através da medição da porosidade
aparente e da porosidade total.

Porosidade aparente (ou índice de vazios-NBR9778)


P % = Msat - Ms
Msat - Mi

Onde: Msat = massa úmida saturada


Ms = massa seca
Mi = massa do corpo saturado imerso em água
Porosidade

A porosidade total tem pouca aplicação


no estudo da umidade dos materiais;
A porosimetria por intrusão de mercúrio
determinar a distribuição do tamanho de
poros.
Mecanismos de fixação de
umidade nos materiais porosos

Estes mecanismos são bastante complexos


e além dos fenômenos físicos influem
também os fenômenos químicos.

Adsorção;
Capilaridade;
Condensação.
Mecanismos de fixação de
umidade nos materiais porosos

a) Adsorção física

É o fenômeno que ocorre quando


uma certa quantidade de água é fixada
nas paredes dos poros de um material
devido às forças de Van Der Waals.

Estas forças agem sobre as moléculas


de vapor na vizinhança da interface
sólido-fluido dentro dos poros.
Mecanismos de fixação de
umidade nos materiais porosos

Pode ser comprovada pelo aumento de massa de uma


amostra de material colocada em um ambiente com
temperatura constante, à medida em que se aumenta a
umidade relativa.
Mecanismos de fixação de
umidade nos materiais porosos

b) Capilaridade

Capilaridade é a propriedade dos materiais


porosos de absorverem e transportarem água
em forma líquida através de sua rede de
capilares.

O mecanismo de fixação de umidade por


capilaridade é conseqüência direta das forças
de sucção capilar, exercidas dentro de um
material hidrófilo.
Mecanismos de fixação de
umidade nos materiais porosos

b) Capilaridade
Mecanismos de fixação de
umidade nos materiais porosos

b) Capilaridade

Esta força se deve à


ação combinada da
tensão superficial da
água e das forças de
absorção das
moléculas pelos
poros.
Mecanismos de fixação de
umidade nos materiais porosos

A tensão superficial () é o resultado de um fenômeno


físico segundo o qual a superfície da água sob o efeito
do desequilíbrio das interações moleculares age como
uma membrana submetida à tração. Este fenômeno
ocorre em todos os líquidos e gases.
Mecanismos de fixação de
umidade nos materiais porosos

c) Condensação

Os fenômenos de condensação devem-se ao aumento


do teor de umidade do ar e à existência de partes frias
no interior do edifício, podendo ocorrer no interior dos
materiais ou em sua superfície.

A condensação superficial no interior de edifícios ocorre


quando existem em qualquer uma de suas partes
temperaturas iguais ou menores do que a de
condensação ou de orvalho.
Fatores climáticos e
meteorológicos
O estudo dos problemas de umidade nas
edificações tem dois objetivos principais:
Conhecimento dos mecanismos migração da água
para o interior do edifício e a condensação;

Conhecimento das condições de exposição a que


está sujeito um edifício ao longo de sua vida em
serviço.
 macroclima
 clima local
 microclima
Fatores climáticos e
meteorológicos
a) Precipitações

Precipitação é a chuva que cai no plano


horizontal, medida por um coletor de águas
pluviais.
O controle da quantidade de chuva e sua
freqüência é importante para vários setores da
atividade humana.
Sem o vento, além de cair verticalmente, a
chuva teria a velocidade que dependeria do
tamanho das gotas.
Fatores climáticos e
meteorológicos
a) Precipitações

Quando existe a ação do vento, as gotas


podem ser arrastadas horizontalmente
com a velocidade próxima à do vento,
alterando-se assim a o ângulo de
incidência.

O ângulo de incidência dependerá do


tamanho da gota e da velocidade do
vento.
Fatores climáticos e
meteorológicos
b) Vento

De forma grosseira pode-se definir o vento como o


movimento do ar na superfície da terra que tende a
equilibrar zonas com diferentes pressões na atmosfera.

Nas camadas baixas da atmosfera (até 300m),


anteparos como a rugosidade do solo (vegetações,
edifícios, etc) provocam turbulências localizadas,
reduzindo a velocidade do vento e modificando a
intensidade e direção.
Fatores climáticos e
meteorológicos
b) Vento
Fatores climáticos e
meteorológicos
b) Vento
Fatores climáticos e
meteorológicos
b) Vento
A inclinação da cobertura tem grande influência na
distribuição de pressões sobre o telhado pois ela
pode estar sujeita a sobrepressão ou sucção.

A relação altura/comprimento da edificação


influencia a distribuição de pressões, o que é um
parâmetro importante para o cálculo estrutural e
estudo de penetração de água pelas fachadas.
Fatores climáticos e
meteorológicos

c) Chuva incidente

A necessidade de quantificar as condições de


exposição a que um edifício está sujeito levou os
organismos internacionais (BRE, CIB) a
estabelecer o conceito de chuva incidente (Ri):

É o produto médio da precipitação anual em


milímetros pela velocidade anual média do vento
em metros por segundo, divido por 1000 e
expresso em m2/ s.
CIB (Comittee International Du Batiment)
Fatores climáticos e
meteorológicos

c) Chuva incidente
Tem a seguinte classificação, segundo do CIB:

 Fraca- menor ou igual a 3 m2/s, excluindo


regiões próximas da costa (deve ser considerada
média);
 Média- chuva incidente maior do que 7 m2/s,
excluindo as regiões próximas da costa (deve
ser considerada forte para Ri maior que 5 m2/s);
 Forte- chuva incidente maior que 7 m2/s;
Fatores climáticos e
meteorológicos
Fatores climáticos e
meteorológicos
d) Umidade do ar

A umidade do ar pode ser expressa de diversas


formas e com relação ao edifício interessa focaliza-
la enquanto à pressão de vapor.

A umidade relativa varia durante o ano em função


das precipitações e da temperatura.

O clima no interior do edifício depende do tipo de


atividades e da quantidade de pessoas que o
utilizam.
Fatores climáticos e
meteorológicos
Fatores climáticos e
meteorológicos

A umidade de equilíbrio dos ambientes


depende de diversos fatores entre eles
os hábitos culturais, as condições
meteorológicas da região, as atividades
exercidas e outras características.
Fatores climáticos e
meteorológicos
- Temperatura e umidade relativa do ar recomendada
para alguns ambientes na Bélgica.
Fatores que reduzem problemas
de condensação

Um dos principais fatores que ajudam a


controlar problemas de umidade
provenientes de condensação, é a
ventilação adequada.
Fatores que reduzem problemas
de condensação

Além dos problemas de condensação a


ventilação pode renovar o ar inadequado às
exigências humanas:

 de higiene (O2, CO2, N, NH4, e outros)


 de conforto higrotérmico (excesso de
calor dificulta as trocas térmicas entre o
corpo humano e o meio.

A ventilação pode ser feita por ventilação


natural ou mecânica.
Fatores que reduzem problemas
de condensação

a) Ventilação natural

A ventilação natural pode ser feita através


de janelas ou ventilação vertical (dutos ,
com ou sem tiragem mecânica) ou grelhas
de ventilação.
Fatores que reduzem problemas
de condensação
a) Ventilação natural
Fatores que reduzem problemas
de condensação
a) Ventilação natural
Fatores que reduzem problemas
de condensação
a) Ventilação natural

As grelhas de ventilação podem ser alternativas


satisfatórias em casos onde a ação do vento for
precária, forçando a circulação do ar através da
tiragem térmica.

Outra possibilidade é a utilização de dutos


verticais com saídas para o teto. O ar é retirado
também por tiragem térmica ou efeito chaminé
por aspiração.
Fatores que reduzem problemas
de condensação
a) Ventilação natural
Problemas de estanqueidade

A água somente penetra pela fachada dos


edifícios se existirem três condições:

• água sobre a superfície

• abertura

• forças empurrando a água pelas


aberturas
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade

a) Barreira estanque

• a escolha correta dos materiais: vidro, fórmica,


cerâmica vitrificada, pastilhas, quando corretamente
aplicados podem cumprir esta função.

• tratamento das superfícies: produtos


impermeabilizantes

• disposições construtivas
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade

b) Controle do fluxo de água de chuva nas


superfícies dos edifícios

• Beirais e detalhes ornamentais: evitar a


concentração de água e descolar lâminas de
água que se formam sobre a superfície das
paredes;

• Pouco utilizado atualmente.


Problemas de estanqueidade

Para se evitar a deterioração das superfícies do edifício


expostas à chuva e diminuir os riscos de infiltração de
água são necessários três procedimentos:

• controlar efetivamente os fluxos de água


que se acumulam na superfície;
• dissipar os fluxos de maiores
concentrações;
• proteger as partes vulneráveis do
edifício (aberturas, juntas, etc).
Problemas de estanqueidade

Incidência de chuvas sobre o edifício

Como já comentado anteriormente, é a chuva


incidente que causa a penetração da água em
fachadas.
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade

Acúmulo de água sobre as superfícies verticais


dos edifícios

A capacidade de acúmulo de água pelo


impacto de gotas de chuvas nas superfícies
depende dos materiais e das características de
acabamento.
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade

O problema gerado pelos fluxos de água nas


fachadas é devido:

à água de chuva que é contaminada por:


• poluentes atmosféricos;
• poeiras em suspensão no ar;
• materiais de fachada dissolvidos e
carreados no fluxo;
• materiais de fachada erodidos pelo
fluxo;
• demais sujeiras da fachada;
Problemas de estanqueidade

O problema gerado pelos fluxos de água nas


fachadas é devido:
partes ou regiões da fachada que absorvem ou
reagem com a água contaminada porque ela
escorre (mesmo os vidros e outros materiais
lisos necessitam de limpeza periódica).

O desenho inadequado de pingadeiras pode


contribuir para o acúmulo de sujeiras na
fachada.
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade

c) Juntas

As juntas são os pontos mais vulneráveis do


edifício do ponto de vista de estanqueidade, já
que do ponto de vista estrutural seu
comportamento é perfeitamente dominado, com
método de dimensionamento e espaçamento.
Problemas de estanqueidade

O desempenho da junta quanto à estanqueidade


depende, dentre outros, dos seguintes fatores:

 desenho da junta;
 material que constitui a junta;
 localização da junta na fachada do edifício;
 das força externas que atuam sobre as juntas;
Problemas de estanqueidade

Tipos de juntas quanto à estanqueidade

a) Juntas cheias: objetivo principal assegurar


simultaneamente a estanqueidade à água e ao ar.

Material de vedação: selantes de base butílica,


acrílica, silicone, poliuretano, etc, que são
normalmente flexíveis; ou gaxetas normalmente
de neoprene, polietileno, cloreto de polivinila,
borrachas epóxi polisulfídica e outros.
Problemas de estanqueidade

Selante

Gaxeta
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade

b) Juntas abertas

São também conhecidas como drenadas e


funcionam com o principio de barreira dupla.
O espaçamento entre as barreiras deve ser de,
no mínimo de 10 mm para evitar a ascensão
de água por capilaridade.

Este principio de barreira dupla é utilizado


em paredes de blocos de concreto com um
duplo cordão de argamassa de assentamento.
Problemas de estanqueidade

b) Juntas abertas
Problemas de estanqueidade

Construções de paredes duplas e


drenagem superficial
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade
Problemas de estanqueidade
Problemas de umidade em
fundações e pisos

A umidade existente no solo pode subir para o


nível superior da cota do terreno por capilaridade.

É um problema antigo e os códigos de obra da


Inglaterra e França do início do século passado,
já obrigavam a inserção de uma barreira
estanque entre as fundações e as paredes dos
edifícios.
Problemas de umidade em
fundações e pisos
Problemas de umidade em
fundações e pisos

Este fenômeno tem a sua intensidade determinada,


entre outros fatores:

 pelas características do lençol freático;


 pela porosidade do material do elemento
construtivo;
 pela permeabilidade ao vapor do
elemento;
 pelo tipo de solo.
Problemas de umidade em
fundações e pisos

a) Presença da água no solo

Comumente o solo apresenta-se úmido devido à


fixação da água proveniente do lençol e das
chuvas que fixam-se entre os grãos e espaços
vazios existentes.

O conhecimento do nível do lençol freático é de


fundamental importância no projeto do edifício
para se prever a ação da água na edificação.
Problemas de umidade em
fundações e pisos
Problemas de umidade em
fundações e pisos

O nível do lençol freático pode variar por:

Razões naturais:

 precipitações;

 evaporação;

 marés;
Problemas de umidade em
fundações e pisos
O nível do lençol freático pode variar por:
Razões Artificiais:
 modificação do nível da água dos rios (barragens,
reservatórios, etc)
 captação intensa de água no subsolo
diminuição da alimentação de cursos de água (desvio,
irrigação intensa, etc)
 modificação do ciclo natural da água (construção, fossas,
drenagens, etc)
 vazamento em dutos de água e esgotos;
 inundações e enchentes.
Problemas de umidade em
fundações e pisos

Conhecer
CHUVA SECA
Nível Nível
máximo mínimo

Prever

Sub-pressões Ascensão da água


por capilaridade.
Problemas de umidade em
fundações e pisos
b) Situações mais freqüentes de umedecimento das
paredes
Problemas de umidade em
fundações e pisos
b) Situações mais freqüentes de umedecimento das
paredes
Problemas de umidade em
fundações e pisos
b) Situações mais freqüentes de umedecimento das
paredes
Problemas de umidade em
fundações e pisos

c) Limitação do teor de umidade no solo em


torno do edifício

Drenagem do solo
em torno do edifício
Problemas de umidade em
fundações e pisos

c) Limitação do teor de umidade no solo em


torno do edifício
Problemas de umidade em
fundações e pisos

A drenagem superficial:
deve considerar todas as áreas sujeitas à
incidência de precipitações e lavagem
depende das diferenças de cota e inclinações
superficiais
Problemas de umidade em
fundações e pisos

Fluxos de águas subterrâneas:

são mais lentos e podem ocorrer em períodos de


chuvas;
seu sentido não varia e tende a um sentido
perpendicular às linhas de cota;
a drenagem subterrânea deve ser perpendicularmente
ao fluxo e estar espaçada de forma que o nível da água
obtido seja satisfatório;
os limites do terreno podem ser limitações a estas
necessidades.
Problemas de umidade em
fundações e pisos

d) Barreias de estanqueidade mecânica

Durante o processo construção executar


barreiras com materiais impermeabilizantes.

Depois da construção as soluções são


geralmente lentas e caras.
Problemas de umidade em
fundações e pisos

d) Barreias de estanqueidade mecânica


Problemas de umidade em
fundações e pisos

e) Barreira físico-química de estanqueidade

A alternativa tradicionalmente mais aplicada nos


edifícios já construídos, e que apresentam
problemas de umidade, consiste em executar
uma seqüência de furos em uma ou duas
camadas, onde se deseja criar a barreira
estanque, e injetar material hidrófugo ou selador
de poros.
Problemas de umidade em
fundações e pisos

Materiais:
• Selam os poros: a resina epóxi, silicatos e
produtos betuminosos
• Hidrofugantes: silicones, siliconatos e ésteres
de silicone.
A eficácia destes sistemas dependem, entre
outros fatores de penetração do produto no
material poroso.
Problemas de umidade em
fundações e pisos
Eflorescência

Definição: formação de depósito salino na


superfície de qualquer elemento da edificação
como o resultado da exposição a intempéries.

Estético
DANO
Deterioração profunda
( sais agressivos)
Eflorescência

• Quimicamente: sais de metais alcalinos (sódio e


potássio) ou alcalino-terrosos (cálcio e
magnésio), solúveis ou parcialmente solúveis em
água.

Chuva/ Dissolução Depósitos


Água solo dos sais salinos

Levados para a
superfície por
difusão e
evaporação
Eflorescência
Eflorescência

Fatores que contribuem para a formação da


eflorescência
teor de sais solúveis presentes nos materiais
ou componentes
a presença de água
a pressão hidrostática ou ascensão capilar para
propiciar a migração da solução para a superfície.

Todas as três condições devem existir, e se uma


delas for eliminada não ocorrerá o fenômeno.
Eflorescência

Fatores externos que favorecem o fenômeno:


A quantidade de solução que aflora,
principalmente para os sais pouco solúveis;
Quanto maior a quantidade de água maior é a
quantidade de sal solubilizado;
O aumento do tempo de contato, o qual favorece a
solubilização de maior teor de sal;
A elevação da temperatura (favorece a solubilização
dos sais e aumenta a velocidade de evaporação);
A porosidade dos componentes que permite a
movimentação da solução.
Eflorescência
Eflorescência
Eflorescência
Eflorescência
Eflorescência

CUIDADOS BÁSICOS - EFLORESCÊNCIAS

• teor de sais solúveis;

• tijolos ricos em sulfatos;

• diminuir a absorção da alvenaria com pintura adequada;

• reduzir penetração de água da chuva;

• impermeabilização adequada;

• cimento com baixa liberação de hidróxido de cálcio


Bolor em edificações

O que é?

O emboloramento é uma alteração observável


macroscopicamente na superfície de
diferentes materiais, como conseqüência do
desenvolvimento de microorganismos
pertencentes ao grupo dos fungos.
Bolor em edificações
Bolor em edificações

Este grupo de microorganismos é chamado de


vegetal inferior devido à ausência de clorofila
(esporos);
Promovem a decomposição de diferentes tipos
de componentes, principalmente de
revestimentos.
Bolor em edificações

Condições ambientais

Umidade relativa: acima de 75 % já podem


proporcionar condições de reprodução.

A faixa de temperatura mais comum em que


se desenvolvem é de 10 a 35 o C.
Bolor em edificações

Os fungos se desenvolvem em meio ácido e


algumas espécies em ambientes com um pH um
pouco superior a 7.

A presença de oxigênio é fundamental para a


sua sobrevivência.

A composição química do substrato sobre o


qual o esporo se deposita é muito importante
para a sua germinação e infecção da superfície.
Bolor em edificações

A presença de substâncias tóxicas, em


concentração adequada pode eliminar o fungo e
evitar a sua proliferação.

Devido a este fator é que utiliza fungicida em


revestimentos e pinturas para combater bolor
nas edificações.
Bolor em edificações

Desenvolvimento do bolor em pinturas


Os fungos se desenvolvem sobre a pinturas
devido à grande variedade de substâncias
orgânicas nelas presentes.
Diferenças de espécies entre o ambiente
interno e externo.
No ambiente interno as variedades são
maiores como conseqüência da diversidade de
partículas orgânicas depositadas na sua
superfície.
Bolor em edificações

Os fungos são os principais agentes do


processo de deterioração devido à umidade,
porém, as bactérias e as algas também podem
estar presentes.

Principalmente em pinturas externas, pode


haver a presença de algas que tem o mesmo
aspecto do bolor, mas com um comportamento
bastante distinto no seu processo de
alimentação.
Bolor em edificações

MEDIDAS PREVENTIVAS:

• ventilação adequada (condensação);

• evitar materiais higroscópicos em regiões de


umidade

• pinturas com fungicidas

• evitar pintura em paredes úmidas


Bolor em edificações

MEDIDAS CORRETIVAS:

• lavagem com escovação abundante;


• aplicação solução;
• lavagem com água e secagem com pano
limpo;
• substituição revestimento;
• repintura com material adequado.

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