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SECAGEM DE MATERIAIS CERÂMICOS

O que é a secagem???

A secagem é a etapa do processo de manufatura de produtos cerâmicos que precede a


queima e utiliza uma quantidade apreciável de energia térmica para evaporar a água que
foi adicionada durante a fase de moldagem (da Silva Almeida et al., 2013; Teixeira de
Brito et al., 2016).
SECAGEM DE MATERIAIS CERÂMICOS
SECAGEM DE MATERIAIS CERÂMICOS
Ao ar livre
SECAGEM DE MATERIAIS CERÂMICOS
Em estufas
SECAGEM DE MATERIAIS CERÂMICOS

Até o final do século XIX, o sistema produtivo de peças cerâmicas passou, apenas por
pequenas mudanças.
Até esse período as peças eram confeccionadas manualmente, e se utilizava da
secagem solar para desumidificar as peças.
Após essa etapa, as peças eram submetidas a queima, em fornos denominados de
caieira, que é, basicamente, um tipo de forno intermitente aquecido pela queima de
biomassa, e de alto consumo de energia, o que conduz a um baixo desempenho
energético.
Somente a partir da Revolução Industrial e da introdução da primeira máquina a vapor, o
sistema de produção começou a evoluir significativamente, mecanizando a operação de
preparação e extrusão da argila, e aumentando a eficiência e capacidade de produção .
SECAGEM DE MATERIAIS CERÂMICOS
Secador rápido
.
SECAGEM DE MATERIAIS CERÂMICOS

Na fabricação de peças cerâmicos de argila, água é adicionada à essa matéria prima


com o objetivo de aumentar a sua plasticidade, permitindo e facilitando que peças sejam
moldadas em diferentes formas sem rachar.
Após a etapa de moldagem, a peça passa pela etapa de secagem, que consiste em um
processo termodinâmico de transferência de calor e remoção da água livre da peça
cerâmica.
Nessa etapa, dependendo da quantidade de água contida nas peças, estas passam por
profundas variações dimensionais, o que pode provocar defeitos no produto.
Sendo assim, a água contida na peça deve ser removida cuidadosamente
e de forma homogênea para minimizar a formação de trincas, deformações e outros tipos
de defeitos .
SECAGEM DE MATERIAIS CERÂMICOS
Tipos de Água
.
Tipos de Água:
- Água de Conformação
- Higroscópica
- Cristalográfica
SECAGEM DE MATERIAIS CERÂMICOS
Tipos de Água
.

Água de Conformação:
- Água Intersticial: água que preenche os poros
- Água livre: a que se localiza entre as partículas argilosas

Água Higroscópica: a que é ligada a minerais por troca iônica

Água Cristalográfica: a que é ligada aos cristais dos minerais do corpo


da argila.
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De forma geral, as peças cerâmicas podem ter seu teor de água reduzido de maneira
natural ou artificial.
Na secagem natural as peças são secadas em galpões cobertos, sendo dispostas em
prateleiras ou simplesmente empilhadas no chão;
A duração da secagem depende de fatores como temperatura e umidade
relativa do ar de secagem, geometria da peça e ventilação do local, podendo levar
períodos de até seis semanas.
Com o objetivo de reduzir o tempo de secagem para valores entre 12 e 40 horas, a
secagem artificial é largamente empregada na produção de produtos cerâmicos.
A mesma é realizada em estufas ou câmaras de secagem, geralmente utilizando o
calor residual proveniente dos fornos na etapa de queima para obtenção de uma maior
eficiência energética do processo . Na secagem artificial, a temperatura do ar varia entre
50 e 100°C e a umidade relativa geralmente excede 80%.
SECAGEM DE MATERIAIS CERÂMICOS
SECAGEM DE MATERIAIS CERÂMICOS

É importante que as peças cerâmicas sejam submetidas ao processo de secagem


para conferi-las resistência e consistência necessárias durante a etapa de queima;

Se a umidade do material não for removida na etapa de secagem, a temperatura


extrema no forno irá forçar a saída da água durante o processo de queima, aumentando
osriscos de formação de defeitos e poderá levar até a explosão do produto.
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A etapa de secagem requer maior tempo e cuidado quando comparado com outras
etapas do processo de produção de produtos cerâmicos (Itaya et al., 2005).

O principal parâmetro para se obter um processo de secagem otimizado é a taxa de


secagem .

Taxas de secagem mais elevadas encurtam o tempo de processo, aumentando a


produtividade, porém provocam maiores variações de volume nas peças que podem
resultar no aparecimento de defeitos.

A correta determinação e o controle deste parâmetro em cada


instante de tempo do processo podem prevenir rachaduras, fissuras, deformações
excessivas e empenamentos .
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Defeitos durante a secagem
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O processo de secagem envolve vários fenômenos físicos que são responsáveis pela
redução de umidade no material, como transferências de calor, massa e momento linear
(Araújo et al., 2016) e variações dimensionais.

Os três modos de transferência de calor são:

• Condução (transferência de calor em um meio estacionário, que pode ser sólido ou


líquido, devido a um gradiente de temperatura);

• Convecção (transferência de calor entre a superfície de um sólido e um fluido em


movimento que estão em temperaturas distintas);

• Radiação (transferência de calor entre um corpo e outro por ondas eletromagnéticas)


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A secagem é um processo acompanhado do deslocamento da umidade do interior do


material em direção a superfície, evaporação da umidade e contrações no objeto
(Kowalski,2012).

Tais contrações devem ser minimizadas durante o processo para evitar o surgimento de
defeitos no produto.

Desta forma, a secagem é influenciada por condições externas, comotemperatura,


umidade relativa e velocidade do ar de secagem.

Além disto, propriedades do material, como as difusividades térmica e de massa e os


coeficientes de expansão térmica e de difusão umidade também influenciam no
processo.
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O teor de umidade no final do processo de secagem, ou teor de umidade de


equilíbrio, praticamente nunca é igual a zero, sendo fortemente dependente da umidade
relativa do meio ambiente e da temperatura de processo.

Experimentalmente, processos de secagem de amostras de argila variam as condições


operacionais observando que o aumento na umidade relativa do ar de secagem implica
em um aumento no teor de umidade de equilíbrio médio.
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Tipos de Água:

Uma amostra de argila pode ser classificada como meio poroso, ou seja, contém poros
em seu interior, onde esses poros são tipicamente preenchidos por um fluido líquido ou
gasoso (Kowalski, 2012).

O líquido mais comum é a água, que pode ser classificada em água


livre ou água ligada (Araújo et al., 2016).

A água livre é composta de moléculas de água presentes nos poros do material e são
facilmente extraídas durante o processo de secagem.

As moléculas de água que não podem ser extraídas facilmente, mesmo pelo processo
de secagem,são denominadas de água ligada ou água de constituição.
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De acordo com Kowalski (2012), a secagem pode ser realizada termicamente,


mecanicamente e físico-quimicamente.
A secagem mecânica permite reduzir apenas uma parte da umidade (água livre) e
o método de secagem físico-químico é realizado utilizando agentes químicos para
absorver a água do produto.
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A secagem térmica é comumente entendida como um processo que utiliza algum tipo de
energia térmica com a finalidade de reduzir o teor de umidade de um corpo.
Tal energia térmica pode ser fornecida para o produto por uma corrente de ar quente
(secagem por convecção),
radiação solar (secagem solar),
por micro-ondas,
por infravermelho,
por contato entre as partículas,
como também por uma combinação entre elas.
Além disso, os parâmetros do processo como:
velocidade, temperatura e umidade relativa do ar de secagem, podem variar ao longo do
tempo, caracterizando-se, assim, uma secagem intermitente.
Na secagem por convecção, método mais empregado nas indústrias cerâmicas, o ar
quente transfere calor para o material e absorve o vapor de água do mesmo, fazendo
com que ocorra uma transferência simultânea de calor e massa (Kowalski, 2012).
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No início do processo de secagem, as partículas de argila estão separadas umas das
outras por uma fina película de água.

Com o progresso da secagem e a remoção da água, a separação interpartículas diminui,


gerando contrações no material e, consequentemente, surgem tensões induzidas pelo
processo de secagem .

Quando a taxa de eliminação da água pela superfície do material for maior que a taxa
de difusão de água no interior do sólido, tem-se que a superfície secará mais rapidamente
que o interior, bem como encolherá de forma mais intensa.
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Esse fato, aliado com a baixa resistência da argila antes do processo de queima,
pode levar a formação de rachaduras no material, caso a tensão no seu interior supere a
tensão de resistência do material.

O encolhimento diferencial entre partes do corpo também pode ocorrer devido a fatores
operacionais, como o fluxo de ar irregular durante o processo de secagem.

Além disso, foi observado em diversas pesquisas que os maiores gradientes de


temperatura e umidade ocorreram nos cantos (vértices) dos produtos cerâmicos
de tal forma que tais regiões estão mais propensas a
formação de rachaduras e fissuras.
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O principal objetivo na produção de cerâmica é minimizar a contração durante o
processo de secagem, de modo a reduzir a intensidade das tensões mecânica e térmica
no interior da peça, minimizando os defeitos (Brosnan & Robinson, 2003) e maximizando a
qualidade do produto.

Desta forma, o controle da formação de tensões torna-se fundamental para as indústrias


de produtos cerâmicos que desejam se manterem competitivas no mercado
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A forma com que cada variável operacional
influencia na secagem de produtos cerâmicos foi objeto de estudo de diversas pesquisas,
como segue:

• Os mecanismos de transferência de massa, calor e o fenômeno do encolhimento


(shrinkage) são mais intensos em peças com umidade inicial alta e, principalmente, em
materiais cerâmicos de granulação fina;

• Maior temperatura do ar de secagem implica em uma maior taxa de secagem e,


consequentemente, menor tempo total de processo;

• Menor umidade relativa do ar de secagem resulta em uma secagem mais rápida do


material;

• Quanto maior a velocidade do ar de secagem, maior é o gradiente de temperatura no


material cerâmico;
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Quanto maior o tempo de secagem menor será o teor médio de umidade, em qualquer
ponto dentro do sólido;

• A forma do corpo interfere na cinética de secagem. Quanto maior a relação


área/volume, mais rápida será a secagem ;

• Maiores níveis do teor de umidade inicial implicam em maiores índices de retração


volumétrica;
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As difusividades térmica e de massa influenciam fortemente nas transferências de
calor e massa, durante a secagem, sendo responsáveis pela velocidade com que cada
processo ocorre ;

• As áreas próximas aos vértices (cantos) do produto cerâmico apresentam as maiores


taxas de transferência de calor e massa . Tais regiões estão mais susceptíveis a formação
de defeitos;

• Como mencionado anteriormente, elevadas temperaturas do ar de secagem e baixas


umidades relativas são condições operacionais que influenciam numa secagem mais
rápida do material. Estes efeitos são, por sua vez, mais acentuados que os gerados pela
relação área/volume e pelo teor de umidade inicial. É válido ressaltar que, quando a
temperatura e a umidade relativa do ar na secagem são aplicadas para diferentes peças
cerâmicas, o teor de umidade inicial e arelação área/volume dominam a cinética de
secagem .
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Para aperfeiçoar o processo de secagem de materiais cerâmicos, algumas técnicas têm
sido usadas, como secagem intermitente, secagem por aquecimento volumétrico, e por
microondas.

a) Secagem intermitente

A secagem intermitente é um método alternativo de secagem em que as condições


operacionais variam ao longo do processo. Isto pode ser alcançado variando a umidade
relativa, a temperatura e a pressão do ar de secagem, ou o modo de fornecimento de
energia (ex. aquecimento por convecção, radiação, micro-ondas).
A secagem intermitente oferece algumas vantagens quando comparado com a secagem
contínua . A sua principal vantagem é o custo, sendo considerado um dos processos de
secagem mais eficientes em termos energéticos. Essa vantagem pode ser explicada pela
redução do uso de energia térmica, bem como da massa de ar usada quando comparado
com a secagem convectiva contínua.
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b) Secagem por aquecimento interno

Itaya et al., estudaram o comportamento da secagem de peças cerâmicas utilizando


diferentes modos de aquecimento, dentre eles convecção contínua, convecção
intermitente e aquecimento interno.

Os pesquisadores observaram que, na secagem por aquecimento interno, a


temperatura da superfície é menor quando comparada com a temperatura no interior
do corpo, diferentemente do que acontecem nos demais processos de secagem, em
que a temperatura decresce no sentido da superfície para o centro do corpo.

Esse fenômeno pode ser explicado pelo fato de que a superfície da peça perde
calor por evaporação e/ou convecção para o ambiente de menor temperatura,
reduzindo assim sua temperatura local.

Outro fato observado pelos pesquisadores é que o aquecimento interno apresenta


um aumento na taxa de secagem e na temperatura média do corpo quando
comparado com os outros modos de secagem, embora a taxa de aquecimento no
modelo seja considerada semelhante em todos os casos.

Quando a peça moldada é aquecida internamente, a pressão de vapor interna tende


a aumentar, sendo responsável por um aumento do movimento da umidade que
resulta em um aumento na taxa de secagem (Itaya et al., 2007)
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c) Secagem por micro-ondas

Aquecimento por micro-ondas é considerado como um candidato promissor na


secagem por aquecimento interno. Diversas aplicações de secagem por micro-
ondas são relatadas na literatura, tais como: cerâmicas, pós, grânulos,blocos, folhas,
alimentos, massas, madeira, plásticos, têxteis, produtos farmacêuticos, etc.
Tecnologias de radiação, como micro-ondas, são especialmente interessantes em
operações de secagem por permitir entrada de energia imediata e significativa para
o produto.
As secagens por convecção e por micro-ondas diferenciam-se uma da outra pelo
modo de transferência de calor. Na secagem por convecção, o calor é fornecido pelo
ar quente em contato com as superfícies do material a ser secado. Com isso, o calor
é transferido da superfície para o interior do corpo enquanto que a umidade é
transportada no sentido contrário.
Por outro lado, na secagem por micro-ondas o calor é produzido dentro da peça
como resultado da absorção de uma quantidade de energia de micro-ondas pelas
moléculas de água contidas nos poros.
Desta forma, na secagem por micro-ondas, a temperatura no interior do objeto é
maior que a temperatura na superfície fazendo com que a transferência de calor e
massa ocorram no mesmo sentido.
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d) Secagem convectiva e por micro-ondas combinadas

Kowalski e Mielniczuk (2007) estudaram a eficiência da secagem por micro-ondas e


por convecção com respeito à taxa de secagem e formação de tensões em uma
amostra de argila caulim na forma de uma placa fina. Foi observado que a
quantidade de energia absorvida no processo de secagem por micro-ondas diminui
ao longo do processo fazendo com que a taxa de secagem fique inferior do que a
secagem por convecção para elevados instantes de tempo.

Os autores concluíram que a secagem por micro-ondas é altamente eficiente apenas


no primeiro período de secagem, em que o teor de umidade é relativamente alto.

Por isso, o mesmo sugere o uso do aquecimento por micro-ondas no primeiro


período de secagem e, em seguida, continuar o processo utilizando secagem por
convecção ou ainda, aplicar imediatamente uma combinação de secagem por
convecção e micro-ondas.
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