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OBJETIVOS
• Acompanhar as etapas de construção de corpo de prova;
• Estudar as propriedades intrínsecas do material.
1. INTRODUÇÃO
Umas das matérias primas cerâmicas mais largamente empregadas é a argila. Este
ingrediente barato, encontrado na natureza em grande abundância, às vezes é usado na
forma como minerado sem nenhuma melhoria de qualidade. Outra razão para sua
popularidade reside na facilidade com que produtos de argila podem ser conformados;
quando misturados nas apropriadas proporções, argila e água formam uma massa plástica
que é muito susceptível à conformação. A peça formada é seca para remover alguma
umidade, após o que é queimada numa temperatura elevada para melhorar sua resistência
mecânica.
A maioria dos produtos baseados na argila cai em duas largas classificações: os
produtos estruturais de argila e as louças brancas. Os produtos estruturais de argila
incluem tijolos de construção, telhas e tubos de esgoto (manilhas) - aplicações nas quais a
integridade estrutural é importante. As cerâmicas de louças brancas se tornam brancas
após queima em alta temperatura.
Incluídas neste grupo estão a porcelana, olaria (cerâmica de barro), louças de mesa,
porcelana chinesa e instalações de encanamento (louças sanitárias). Em adição à argila,
muito destes produtos também contém ingredientes não-plásticos, que influenciam as
mudanças que ocorrem durante os processos de secagem e de queima e as
características da peça acabada.
AS CARACTERÍSTICAS DA ARGILA
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
PRENSAGEM DE PÓ
figura 2
- Representação esquemática das etapas na prensagem uniaxial de pó.
(a) A cavidade da matriz é enchida com o pó.
(b) O pó é compactado por meio de pressão aplicada ao topo da matriz.
(c) A peça compactada é ejetada por ação elevante do punção da base. (d) o sapato
de enchimento empurra para longe da matriz a peça compactada e a etapa de enchimento
é repetida.
Para prensagem isostática, o material em pó é contido num envoltório de borracha e
a pressão é aplicada por um fluido, isostaticamente (isto é, ela tem a mesma magnitude
em todas as direções). São possíveis formas mais complicada do que com a prensagem
uniaxial; entretanto, a técnica isostática consome mais tempo e é mais cara.
Para os procedimentos tanto uniaxial quanto isostático, uma operação de queima é
requerida após a operação de prensagem. Durante a queima a peça conformada se
contraí e experimenta uma redução de porosidade e uma melhoria da integridade
mecânica. Estas mudanças ocorrem pela coalescência das partículas de pó numa massa
mais densa num processo denominado sinterização.
Após a prensagem, muitas das partículas do pó se tocam entre si (Figura 1c).
Durante o estágio inicial de sinterização, pescoços se formam ao longo da região de
contato entre partículas adjacentes; em adição, um contorno de grão se forma dentro de
cada pescoço, e todo o interstício entre partículas se torna um poro (Figura 1b). À medida
que a sinterização progride, os poros se tornam menores e mais esféricos, ou seja, com o
aumento do tempo de sinterização existe um decréscimo na porosidade total e um
aumento do tamanho de grão.
Com prensagem à quente, a prensagem de pó e o tratamento térmico são
executados simultaneamente - o agregado de pó é compactado numa temperatura
elevada. Este procedimento é usado para materiais que não formam uma fase líquida
exceto numa temperatura muito alta e impraticável; em adição, ela é utilizada quando altas
densidades sem apreciável crescimento de grão são desejadas. Esta é uma técnica de
fabricação cara que tem algumas limitações. Ela é custosa em termos de tempo, de vez
que tanto o molde quanto a matriz devem ser aquecidos e resfriados durante cada ciclo.
Em adição, o molde é usualmente caro para fabricar e ordinariamente tem uma curta vida.
A Queima do produto cerâmico é uma das mais importantes etapas no seu processo
de produção. É durante a queima que o produto à “verde” se “matura”- ou seja, que as
suas propriedades e utilidades finais são desenvolvidas. São complexas as mudanças
físicas, químicas e mineralógicas que ocorrem enquanto o material está sendo queimado.
Uma grande variedade de fornos (geralmente chamados de Kilns) são usados para
efetuar a queima dos produtos cerâmicos e para a fusão de vidros. Métodos como
lixamento, esmaltagem e soldagem a outros materiais são usadas no acabamento de
produtos cerâmicos.
Secagem
A superfície e as partes mais finas de uma peça cerâmica vão sempre secar mais
rápido. Isso leva ao desenvolvimento de trincas na superfície da peça. Para se evitar essa
situação, costumasse aquecer inicialmente a peça em um ambiente fechado com uma
umidade relativa mantida alta na superfície e nas partes mais finas da peça. Quanto maior
for a umidade do ar circundante à peça, mais lenta vai ser a taxa de evaporação da água
na superfície da peça. A peça vai secar uniformemente se inicialmente a taxa de
evaporação na superfície for mantida praticamente igual à taxa de infiltração (ou difusão)
da água do interior da peça para a sua superfície. A temperatura de secagem pode ir
sendo gradualmente aumentada e a umidade gradualmente diminuída. O estágio final da
secagem vai ser feito sob umidade muita baixa e a temperaturas maiores que 100º C, a
temperatura de ebulição da água. Isso deve resultar em uma peça seca e isenta de trincas
de encolhimento. Utiliza- se algumas vezes envolver as peças, principalmente suas partes
mais finas em panos úmidos durante a parte inicial da secagem. Deve-se também usar
uma ventilação constante do ar em volta da peça de forma a não deixar desenvolver uma
camada saturada de água na sua superfície.
Produtos com seções transversais muito delgadas ou que tenham baixo conteúdo
de água podem ser secos simplesmente por uma circulação de ar em uma área
ligeiramente morna.
Secadores à túnel são secadores contínuos que são adequados para uma operação
contínua de queima. Eles consistem de longas câmaras através das quais o produto é
lentamente empurrado para dentro. Ao longo de toda a extensão do túnel, várias zonas de
temperatura e umidade constantes são mantidas.
Quando a temperatura vai sendo ainda mais aumentada, mais líquido vai se
formando que começa, por forças de tensões superficiais, a empurrar os grãos não
derretidos para junto um dos outros, provocando o encolhimento e o aumento de
densidade da peça. Se o processo de formação de fase vítrea (líquida) se estende por
muito tempo (ou porque a temperatura é muito alta ou porque o tempo de permanência
naquela temperatura é muito longo), a massa cerâmica vai se tornando muito líquida e não
mais conseguindo suportar seu próprio peso. Quando isso ocorre, a massa vai se deformar
e/ou empenar, e o artigo se torna sem utilidade. Algumas vezes pode-se eliminar esse
empenamento suportando a peça com formas refratárias especiais conhecidas como
mobília de fornos cerâmicos.
Uma microestrutura típica de uma cerâmica que tenha passado por vitrificação é
dada por amostras de porcelana. Nela, grandes grãos de quartzo podem ser vistos
circundados por fase vítrea. Vários cristais com aparência de agulhas são de mulita
(3Al2O3. 2SiO2) e alguns amontoados são de argilas não decompostas.
As cerâmicas que consistem de óxidos puros tais como as de Al2O3, MgO, BaTiO3
e as ferritas e que não contém qualquer constituinte de fase vítrea, não passam por
vitrificação. Ao invés disso sofrem sinterização que é um processo acompanhado por
vários tipos de mecanismos de movimentação atômica. Quando um artigo que consista de
grãos desses óxidos compactados é aquecido, os seus átomos se movem um a um a partir
de pontos de contato entre os grãos para as paredes dos poros, resultando numa união
dos grãos individuais até a obtenção de uma massa coerente. Usualmente são
necessárias temperaturas muito altas para conduzir, à uma taxa razoável, a densificação.
Se a atmosfera tem suficiente oxigênio para permitir que a cerâmica absorva algum
oxigênio, essa atmosfera é dita oxidante; se a atmosfera tende a roubar oxigênio da
cerâmica, é dito que a atmosfera é redutora. Quando uma cerâmica absorve oxigênio da
atmosfera, ela pode queimar carbono e converte todos os compostos instáveis presentes
para óxidos. Se ocorrer uma atmosfera redutora, íons de valência variáveis presentes na
cerâmica tenderão a mudar para seu estado menos positivo, resultando em mudanças nas
características óticas (especialmente cor), elétricas etc.
AS atmosferas dos fornos aquecidos por combustão terão uma mistura de gases como o
CO2, N2, CO, O2, H2O e usualmente algum SO2. Se presente em grandes quantidades o
SO2 é bem prejudicial para as cerâmicas. Nesse caso, a prática comum tem sido o uso de
muflas nos fornos. A mufla é um recinto no qual o produto pode ser colocado de forma que
os gases de combustão que passam pelo lado de fora da mufla nunca entrem em contato
com o produto. A mufla também protege o produto de ser inflamado o que pode provocar
encolhimentos diferenciados durante a queima. Se não se tem disponível uma mufla, ou se
proteção extra se faz necessária, "saggers" (caixas de argila refratárias em que se leva
louças de barro para cozer) são utilizadas.
Figura 4
Um kiln à túnel, por outro lado, mantém continuamente certas zonas de temperatura
e o produto é movido de uma zona para outra para atender o requerido ciclo de tempo-
temperatura. A figura abaixo mostra um tipo de forno à túnel e seu painel de controle.
Figura 5 a
eb
O forno periódico é mais flexível uma vez que se pode mudar os ciclos tempo-
temperatura para diferentes tipos de produtos. O forno à túnel é mais econômico em
termos de trabalho (para carregar e descarregar os produtos no forno) e combustível
(embora os revestimentos fibrosos e o isolamento nos carros fornos -kiln car - tenham
tornado os fornos periódicos eficientes) mas é relativamente inflexível, sendo limitado para
a queima de longas jornadas envolvendo somente um tipo de produto. Muitas fábricas
adotam ambos os tipos de fornos, sendo que os periódicos são usados para as linhas de
produtos especiais e os fornos à túnel para os produtos de linha padrão e alto volume de
produção. O investimento inicial para o forno à túnel é alto, e sistemas de controle mais
sofisticados que os dos fornos periódicos são requeridos.
possuem portinholas para entrada dos gases quentes (burner port) e saídas para os
produtos de combustão. A menos que seja construído com uma mufla, o forno aquece o
produto pela passagem de gases quentes de combustão através dos produtos.
Deve-se ter cuidado que gases de baixo ponto de orvalho não comecem a
condensar água nos produtos nas partes mais frias do forno durante os primeiros estágios
de aquecimento.
figura 7
3. MATERIAIS E METÓDOS
FABRICAÇÃO DA CERÂMICA
Extração do barro:
_ Escolha criteriosa, pois as propriedades da argila regulam as propriedades da cerâmica;
Preparo da matéria-prima:
_ Apodrecimento: argila é deixada ao ar livre, sendo revolvida, para descansar. Finalidade:
fermentação de partículas orgânicas;
_ Retirada de blocos grosseiros de argila para isso utilizamos um britador para a moagem;
_ Maceração: obtenção de partículas menores que se obtém através de um peneiramento
adequado, no caso em questão usou-se peneiras com mesh 60. Consiste em selecionar a
materia-prima um pó com predefinida distribuição granulométrica;
_Retirada de umidade ambiente, pois queremos controlar o teor de umidade para isso
colocamos nossa argila em uma estufa.
_Separamos 175g da argila para cada amostra (sete) com a utilização de uma balança
digital.
Moldagem:
_A Moldagem foi a seco e com um conteúdo predefinido de água (em torno de 8% de
umidade), equivalente 14g, utilizanmos a balança digital.
Prensagem:
_A prensagem consiste na compactação do pó sobre um molde, através da pressão de um
punção, onde alimentamos a fôrma da matriz com a argila preparada para reassentar e
colocar os grãos da massa em íntimo contato, mas antes definimos a força necessária
para a prensa hidraúlca através da fórmula:
_Alimentação da matriz:
.Matriz 7x 2 cm = 14 cm2
resultando assim, em um produto compactado e cru. Veja a relação do material prensado,
na estufa e depois de sinterizado, respectivamente.
figura 8
Prensado lo ao bo mo
I 71,00 20,30 8,30 24,54
II 71,20 20,50 8,70 24,80
III 71,30 20,50 8,20 24,52
IV 71,00 20,30 8,45 26,65
V 71,00 20,30 8,40 24,50
VI 71,10 20,50 8,45 24,66
VII 71,00 20,40 8,40 24,65
Tabela1
Na estufa ls as bs ms
I 70,80 20,25 8,20 22,86
II 71,00 20,35 8,50 23,10
III 71,00 20,25 8,35 22,87
IV 71,05 20,30 8,70 23,05
V 71,05 20,30 8,90 22,84
VI 70,90 20,25 8,10 23,00
VII 70,80 20,40 8,15 23,06
Tabela 2
sinterizado ls as bs ms
I 69,65 20,00 8,00 21,22
II 69,45 19,75 8,15 21,43
III 69,30 19,70 8,00 21,19
IV 69,10 19,70 8,55 21,34
V 69,15 19,65 7,90 21,14
VI 69,15 19,70 8,05 21,28
VII 69,10 19,75 8,10 21,32
Tabela 3
Obs. O corpo de prova I apresentou flambagem
Logo abaixo está o processo estatístico das amostras, resultado do ensaio de flexão
aplicado nas amostras 2,3,4,5 e 6:
Na máquina:
σ Força
I # #
II 1,50 241,30
III 1,51 237,24
IV 1,29 222,94
V 1,47 227,66 σ Força
VI 1,84 291,86 média 1,44 232,34
VII # # Desvio Padrão 0,10 8,42
Variança 6.94 3,62
Na teoria:
σ
I #
II 1,31
III 1,12
IV 0,92
V 1,11 σ
VI 1,37 média 1,11
VII # Desvio Padrão 0,15
Variança
4. RESULTADOS E DISCURSÕES
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
[1] Norton, F.H. Introdução à tecnologia cerâmica – Editora Edgard Blucher – 1973-São
Paulo.
[4] Callister Jr.,W. D. – “Ciência e Engenharia de Materiais: Uma introdução”, 5ª Ed. LTC
Editora, Rio de Janeiro, 2002.