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Versão: 2013/00

APRESENTAÇÃO
A empresa H.Bremer foi fundada pelo jovem descendente de alemão Hermann
Bremer, no ano de 1946, e desde então é símbolo de confiança.
Seus produtos têm grande tradição tecnológica, e oferece alto rendimento
econômico. Sua equipe de engenheiros, executivos e colaboradores possuem profundos
conhecimentos na área, assegurando projetos confiáveis e racionais.
Para os senhores que adquiriram um produto H.Bremer, foi desenvolvido este
manual de operação e instalação de caldeiras.
Além deste manual, que serve como orientação básica, oferecemos aos senhores
usuários nossa equipe de assistentes técnicos, que estarão sempre prontos a atendê-
los.

Dados Cadastrais:

Razão Social: H.Bremer & Filhos Ltda.


CNPJ: 85.783.272/0001-68
Inscrição Estadual: 250.170.469
Endereço: Rua Lilly Bremer, 322, Bairro Navegantes.
Rio do Sul – Santa Catarina
CEP 89.162-454

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ATENDIMENTO AO CLIENTE

A H.Bremer & Filhos Ltda. parabeniza a sua empresa por ter adquirido um produto
H.Bremer, e colocamos a disposição nossos serviços de atendimento ao cliente:
e-mail: bremer@bremer.com.br
Fone: 55 0**47 3531 9000
Assistência Técnica: e-mail: assistencia@bremer.com.br
Fone: 55 0**47 3531 9032
Vendas de Peças: e-mail: assistencia@bremer.com.br
Fone: 55 0**47 3531 9043
Vendas de Equipamentos: e-mail: vendas1@bremer.com.br
Fone: 55 0**47 3531 9020

Acompanhe também as novidades pela nossa pagina na web www.bremer.com.br

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SOBRE O MANUAL

A H.Bremer & Filhos Ltda. desenvolveu este manual com o intuito de orientar
quanto aos cuidados com o equipamento, procedimentos operacionais e de manutenção,
levando em consideração todos os equipamentos que podem equipar a caldeira, alguns
dos equipamentos citados não necessariamente fazem parte do escopo adquirido. A
caldeira pode também estar equipada com algum outro equipamento não descrito neste
manual, neste caso deve-se usar o manual do fornecedor anexo ao prontuário.
O planejamento de serviços no equipamento deve ser elaborado por pessoal
qualificado e com conhecimentos nas praticas internas do cliente.
Todos os serviços nos equipamento H.Bremer devem ser executados por
profissionais qualificados e com conhecimento do mesmo.
Este manual é complementar ao “Descritivo Operacional” da caldeira. No
descritivo Operacional estão descritas todas as Informações especificas do equipamento:
 Modelo do equipamento;
 Produção e Pressão de Trabalho;
 Número de Série e Ano de Fabricação;
 As recomendações de funcionamento;
 Intertravamentos de segurança;

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GARANTIA DO EQUIPAMENTO

A H.Bremer & Filhos Ltda., responde pela qualidade e perfeito funcionamento dos
seus equipamentos. Reclamações por garantia devem ser feitas dentro de dezoito (18)
meses a partir da data de emissão da nota fiscal do equipamento ou doze (12) meses a
partir do início de operação, prevalecendo aquele que vencer primeiro. Nenhuma
garantia será dada após este prazo.
Durante o período de garantia a H.Bremer & Filhos Ltda., garante os
equipamentos e componentes de seu fornecimento contra defeitos de material,
obrigando-se a substituir ou reparar em suas dependências, ou nas dependências do
cliente, ambos a critério da H.Bremer & Filhos Ltda., quaisquer peças ou partes do
mesmo, que com o uso e conservação normal apresentem defeitos.
A garantia só será válida se forem observadas as condições normais de operação
do equipamento, não abrangendo estragos oriundos de acidentes ou ocorrências
causadas por pessoas estranhas a H. & Filhos Ltda, uso impróprio do equipamento,
defeitos e danos consequentes de obra de engenharia civil defeituosa, montagem
inadequada de outros equipamentos acoplados não fornecidos pela H.Bremer & Filhos
Ltda, transporte negligente, alteração não aprovada pela H. BREMER & Filhos Ltda, ou
qualquer outro fato que comprovadamente, tenha servido para diminuir a vida útil do
produto, ou ainda por motivo de força maior.
As garantias oferecidas pela H. Bremer & Filhos Ltda, não compreendem os
reparos de defeitos, danos ou avarias originárias de:
 Utilização inadequada;
 Suprimento de energia elétrica, que por deficiência das instalações do cliente ou
fornecimento da concessionária;
 Suprimento de água de alimentação e refrigeração, que por deficiência das
instalações do cliente ou fornecimento da concessionária;
 Inobservância das normas de manutenção;
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 Prolongada falta de utilização;
 Assistência técnica, desmontagem ou alterações realizadas sem a autorização por
escrito da H.Bremer & Filhos Ltda;
 Desgastes normais de peças;
 Lubrificação em excesso;
 Queima de motores e componentes elétricos e eletrônicos.
 O sistema de controle e/ou intertravamento elétrico da caldeira é executado de
forma a garantir a operacionalidade e integridade do sistema, qualquer alteração nestes,
implica em perca da garantia do equipamento.

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ÍNDICE:

APRESENTAÇÃO............................................................................................................................................2
ATENDIMENTO AO CLIENTE ........................................................................................................................3
SOBRE O MANUAL ........................................................................................................................................4
GARANTIA DO EQUIPAMENTO ....................................................................................................................5
A- CONSIDERAÇÕES SOBRE A CASA DA CALDEIRA ..............................................................................9
A.1- INSTALAÇÃO DA CALDEIRA ...............................................................................................................9
A.2- DESEMPENHO DA CALDEIRA ......................................................................................................... 11
B - INSTRUÇÕES DE SERVIÇO E DIRETRIZES DE OPERAÇÃO ............................................................ 12
B.1- DADOS BÁSICOS .............................................................................................................................. 12
B.1.1 – Generalidades ............................................................................................................................ 12
B.1.2 - Inicio de serviço da caldeira ....................................................................................................... 13
B.1.4 - Aquecimento da caldeira ............................................................................................................ 16
B.2 SERVIÇO DA INSTALAÇÃO DA CALDEIRA ...................................................................................... 18
B.2.1 Definições ..................................................................................................................................... 18
B.2.2 Atendimentos, manutenção e exames da instalação da caldeira (quando aplicável). ................. 18
B.2.3 Atendimentos, manutenção, testes das demais instalações da planta (quando aplicável). ........ 20
B.2.4 Serviço da fornalha e serviços de combustão de biomassa ........................................................ 20
B.3 PARADA DA INSTALAÇÃO EM CASO DE FALHAS .......................................................................... 21
B.3.1 Situações de emergência ............................................................................................................. 21
B.4 PARADA DA INSTALAÇÃO................................................................................................................. 21
B.5 COMPORTAMENTO EM CASO DE FALHAS ..................................................................................... 22
B.6 ROTINAS DE OPERAÇÃO .................................................................................................................. 22
B.7 PROCEDIMENTO ANTES DO PRIMEIRO FUNCIONAMENTO ......................................................... 23
B.8 OBRIGAÇÕES DE UM OPERADOR DE CALDEIRAS ........................................................................ 24
C - MANUTENÇÃO ....................................................................................................................................... 25
C.1 DADOS BÁSICOS ............................................................................................................................... 25
C.1.1 Generalidades .............................................................................................................................. 25
C.1.2 Rotinas de Manutenção ................................................................................................................ 25
C.2 SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO .......................................................................................................... 26
C.2.1 Exigências gerais .......................................................................................................................... 26
C.2.2 Trabalhos em Equipamentos Sob Pressão e Aquecidos da Instalação. ..................................... 26
C.2.3 Exames da caldeira ou outros corpos sob pressão da instalação. .............................................. 27
C.2.4 Limpeza da caldeira e peças portadoras de pressão ................................................................... 27
C.3 EQUIPAMENTOS ................................................................................................................................ 28
C.3.1 Gerador de Vapor (Caldeiras Flamotubulares) ............................................................................ 28
C.3.2 Balão de Vapor (Caldeiras Aquatubulares) .................................................................................. 34
C.3.3 Fornalha ........................................................................................................................................ 35
C.3.4 Grelha Rotativa (Caldeiras Lignodyn e HBFR) ............................................................................ 38
C.3.5 Grelha Inclinada (Caldeiras Lignodyn e HBFI) ............................................................................. 43
C.3.6 Superaquecedor de Vapor ........................................................................................................... 44
C.3.7 Ar de Combustão .......................................................................................................................... 45
C.3.8 Tiragem de Gases ........................................................................................................................ 48
C.3.9 Sistema de Alimentação de Água da Caldeira ............................................................................. 54
C.3.10 Drenos e Descargas da Caldeira. .............................................................................................. 65
C.3.11 Alimentação de Combustível Sólido. .......................................................................................... 66
C.3.12 Plataformas de acesso ............................................................................................................... 73
C.3.13 Isolamento .................................................................................................................................. 73
7
C.3.14 Centro de Controle de Motores (CCM) ....................................................................................... 74
D - LUBRIFICAÇÃO...................................................................................................................................... 74
D.1 – LISTA DE CHECAGEM DE LUBRIFICAÇÃO ................................................................................... 75
D.2 – SUBSTITUIÇÃO/COMPLEMENTO DE ÓLEO PARA SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO
HIDRÁULICA. ............................................................................................................................................ 76
D.3 - SUBSTITUIÇÃO/COMPLEMENTAÇÃO ÓLEO DOS REDUTORES. ............................................... 76
D.3.1 Re-Engraxamento dos Rolamentos dos Redutores ..................................................................... 78
D.4 - LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS. ............................................................................................... 79
D.4.1 Intervalo de Re-lubrificação: ......................................................................................................... 79
D.5 - LUBRIFICAÇÃO DE MOTORES. ...................................................................................................... 81
E–R OLAMENTOS ................................................................................................................................. 82
E.1 – SUBSTITUIÇÃO DE ROLAMENTOS ............................................................................................... 82
F – MOTORES ELÉTRICOS ......................................................................................................................... 83
F.1 CONSIDERAÇÕES DE OPERAÇÃO .................................................................................................. 83
F.2 MANUTENÇÃO ................................................................................................................................... 83
F.2.1 Movimentação e Armazenagem de Motores ................................................................................ 83
F.2.2 Limpeza ......................................................................................................................................... 84
F.2.3 Montagem ..................................................................................................................................... 84
F.2.4 Rolamentos por Carcaça do Motor ............................................................................................... 85
G – DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA: ...................................................................................................... 86
H – CONTROLE DE REVISÕES: ................................................................................................................. 86

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A- CONSIDERAÇÕES SOBRE A CASA DA CALDEIRA

É entendido como casa da caldeira um local reservado do estabelecimento, delimitado por paredes
ou divisórias e devidamente coberto, onde estejam instaladas as caldeiras.
A casa da caldeira deve satisfazer os seguintes requisitos:
 Ser construída de material resistente ao fogo, podendo ter apenas uma parede adjacente a
outras instalações do estabelecimento, porém com as outras paredes afastadas de no mínimo três metros
de outras instalações, do limite de propriedade de terceiros, do limite com as vias públicas e de depósito
de combustível, excetuando-se reservatórios para a partida com até dois mil litros de capacidade.
 Dispor de pelo menos duas saídas amplas, em direções distintas e sempre desobstruídas,
ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas.
 Deve ser construída em dimensões que permitam o acesso para a limpeza do feixe tubular na
parte traseira. A altura mínima de pé-direito deve ser tal que se possa ficar de pé sobre a caldeira onde
estão instaladas as válvulas de segurança e saída de vapor.
 Também deve ser limpa, bem arejada, ampla e com boa iluminação. Deve possuir rede de
esgoto para a lavagem, descarga e uma rede de ar comprimido para a limpeza de seções, plataformas,
etc.
 A casa da caldeira não pode ser utilizada para qualquer outra finalidade.
 O projeto e execução da casa da caldeira devem ser executados por profissional da
Engenharia credenciado no CREA e possuir A.R.T.
 As considerações sobre a casa da caldeira são baseadas na norma regulamentadora NR 13,
sendo que a mesma deve ser consultada para maiores informações.
As caldeiras H.Bremer, dependendo do modelo e/ou pedido possuem um isolamento e
fechamentos projetados de forma que possam permanecer ao tempo sem a necessidade de cobertura.

A.1- INSTALAÇÃO DA CALDEIRA


Os projetos de instalação das caldeiras H.Bremer são feitos por profissionais habilitados,
obedecendo aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente fixados em normas regulamentadoras,
convenções e disposições legais aplicáveis.
Os equipamentos standard são devidamente projetados, dimensionados e fabricados
segundo as especificações das Normas ASME, NR-10, NR-12, NR-13, CONAMA 382-06; Podem ser
atendidos outras normas sob consulta prévia;

9
Cabe ao proprietário que adquirir a caldeira obedecer rigorosamente os projetos de Instalação.
Qualquer mudança, só poderá ser feita com a devida avaliação e aprovação do Departamento Técnico da
H. Bremer.
As bases da Caldeira deverão estar perfeitamente niveladas nos sentidos longitudinal e
transversal.
O depósito de água de alimentação deve ter capacidade e condições de ser alimentado na
proporção de 2,5 (duas vezes e meia) do consumo de água da Caldeira, e sua capacidade de
armazenagem mínima recomendada é de 50% do volume de vapor horário gerado pela Caldeira.
Ex.: Caldeira de 4.000 kg de vapor/h, o depósito de água deve ser no mínimo de 2.000
litros de água.
Quando houver aproveitamento de condensado, o depósito deverá ser instalado respeitando a
elevação mínima necessária para garantir o NPSH solicitado pelo fabricante das bombas levando-se em
consideração a temperatura da água de alimentação. Quando a temperatura for maior que 80°C o depósito
deverá ser mais elevado com orientação técnica do fornecedor da bomba e/ou da H.Bremer.
A rede elétrica deverá ser independente e dimensionada de acordo com a potência total instalada
no conjunto.
As Caldeiras H. Bremer são fornecidas com todo o sistema de drenos e descarga de fundo pré-
montado, cabendo ao cliente fazer a interligação geral até o sistema de esgoto.
Recomendamos a instalação de um tanque de descarga entre a Caldeira e o esgoto. Este tanque
tem por finalidade reduzir a pressão da água e vapor, atenuar o ruído para a atmosfera e evitar que estes
sejam jogados diretamente na rede, o que poderá danificá-la. O projeto padrão das caldeiras H.Bremer
incluem em seu escopo esse equipamento.
A interligação da linha de vapor deve ser feita em tubulação de diâmetro apropriado à vazão e
pressão de trabalho de acordo com o consumo de vapor da planta e a capacidade da caldeira. Deve ser
levado em consideração o comprimento e distribuição das redes.
A rede de distribuição após a válvula de saída de vapor deve ser dimensionada segundo critérios
técnicos de engenharia e é de responsabilidade do proprietário da caldeira. Sempre que houver mais de
um gerador de vapor/caldeira ligado a um mesmo coletor e ou rede de vapor, essas devem
obrigatoriamente estar separadas por válvulas de retenção independentes para cada caldeira para impedir
retorno de vapor de uma caldeira para outra.
As válvulas de segurança devem ter a saída direcionada para fora da casa da Caldeira, através de
tubulação de diâmetro igual ou maior que a saída das válvulas. Se houver necessidade de curvas, estas
devem ser suaves, a fim de dar livre expansão das descargas e corretamente dimensionadas para evitar a
retenção de vapor em caso de sobre pressão. O direcionamento das descargas das válvulas deve ser para
locais que não tenham acesso de pessoas ou unidades que possam ser atingidas pela precipitação do
vapor. As saídas das válvulas devem ser dimensionadas para não proporcionarem acúmulos de
condensados/sujeiras na saída das mesmas.

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Quando a Caldeira não for operar imediatamente após sua entrega ou instalação, deverá
permanecer em local coberto e adequadamente hibernada, para evitar que a corrosão ataque chapas e
tubos.
As informações sobre a instalação da caldeira foram baseadas na norma regulamentadora NR-13,
sendo que a mesma deve ser consultada para maiores informações.
Importante: Para que nossos técnicos possam iniciar a montagem da Caldeira, é imprescindível
que a casa da caldeira esteja pronta, a base civil concluída, os equipamentos estejam nivelados sobre as
bases, tenha rede de energia elétrica no local da casa da caldeira e rede de água instalada.

A.2- DESEMPENHO DA CALDEIRA


 Devido à inércia térmica da caldeira na queima de biomassa, a velocidade de resposta da
caldeira depende da umidade da biomassa. Assim como regra geral temos:
 A aceleração e desaceleração da caldeira (em operação) devem estar programadas no
sistema de controle ou operadas quando a caldeira for on-off de forma a obedecer a seguinte regra geral:
o Combustível com 50% de umidade -30 a 50% da carga - 4% por minuto.
o Combustível com 50% de umidade -51 a 100% da carga - 6% por minuto.
o Combustível com 10% de umidade -30 a 50% da carga - 6% por minuto.
o Combustível com 10% de umidade -51 a 100% da carga - 10% por minuto.

Também representado esquematicamente pelo gráfico:

Curva de Aceleração e Desaceleração

120,0%

100,0%

80,0%
Carga

60,0%

40,0%

20,0%

0,0%
0 10 20 30 40 50 60
Tempo [min]

Úmido Seco

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B - INSTRUÇÕES DE SERVIÇO E DIRETRIZES DE OPERAÇÃO

B.1- DADOS BÁSICOS


B.1.1 – Generalidades
 Ao operador da caldeira cabe o atendimento, o controle e a manutenção da planta, bem como
a escrituração de um livro de serviço. Ele deve cuidar da manutenção e inspeção dos componentes da
instalação, se outras pessoas não forem encarregadas. Sempre deve ser supervisionado por profissional
habilitado e que domine a operação do sistema. Dependendo do tamanho da instalação, os trabalhos
podem ser distribuídos para mais pessoas, desde que seja nomeado um responsável.
 O operador da caldeira deve cumprir as determinações e diretrizes de serviços a seguir
relacionados, junto com a lista de checagem e as indicações internas de serviço. Falhas no serviço e
danos, bem como ocorrências especiais, devem, após execução das medidas de serviço apropriadas,
serem informadas ao superior e servir para evitar uma situação de perigo.
 O operador da caldeira deve apresentar ao perito da Organização de Supervisão Técnica e
outras repartições autorizadas, quando solicitado, os seus conhecimentos para execução dos serviços
necessários da instalação.
 O operador da caldeira não deve permitir a entrada de pessoas estranhas ao serviço.
 A instalação deve ficar, durante o serviço, sob supervisão de pessoa experiente. A instalação
é considerada em serviço enquanto ela for aquecida. A influencia do calor acumulado deve ser levado em
consideração uma vez que a inércia térmica do conjunto é grande.
 O controle permanente da instalação pode, também, ser feito a partir de um posto de controle,
se neste posto de controle forem recebidos, à distância, todos os dados de controle necessários e se deste
posto for possível acionar todos os componentes necessários para o serviço da instalação. É obrigatório
acompanhamentos periódicos no local da instalação por pessoal de apoio.
 O operador da caldeira só pode deixar a instalação que esteja em serviço após transmissão
correta a outra pessoa. Ele deve comunicar ao substituto todas as ocorrências especiais e deve ter certeza
que fora bem entendido. O substituto deve proceder conscientemente e imediatamente a um controle
visual de todos os componentes, principalmente a alimentação, indicadores de nível de água e purga,
segurança contra falta de água, combustão e controle de chamas e deve anotar os resultados no livro de
serviço.
 A instalação deve ser mantida desimpedida e limpa. Objetos que não pertencem ao serviço e
que não sejam necessários para o controle e manutenção da caldeira, não devem ser guardados na sala
da caldeira. As instalações de segurança e proteção, entradas e saídas de emergência, devem ser
suficientemente iluminadas. As portas para a sala da caldeira não devem ser chaveadas durante o serviço.

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 A retirada de água quente da caldeira só é permitida se for mencionado em documento de
autorização, forem cumpridos os requisitos necessários e a caldeira estiver preparada para essa
finalidade.
 Qualquer área que houver possibilidade de saída de cinzas quentes, escórias, gases, vapores
ou água da instalação devem ser devidamente marcados como áreas perigosas. Estas áreas só podem
ser adentradas com suficientes proteções pessoais.
 Trabalhos de qualquer natureza somente devem ser realizados na área da caldeira após
autorização e certificação de que nenhuma pessoa corra qualquer perigo.
 Todas as válvulas que possam bloquear parcial ou totalmente o fluxo entre pressostatos,
transmissores de pressão, manômetros, visores, etc., devem ter seus volantes retirados ou bloqueados por
cadeado para evitar operações indevidas, cabendo apenas ao responsável pela área a operação dessas.
 A determinação das áreas de risco deve ser feita por pessoal especializado, sendo do
proprietário do equipamento a responsabilidade pela determinação e identificação.
 Informações de temperaturas, vazões, pressões e fluxos, consultar o Fluxograma Operacional
incluso no Prontuário do Equipamento.

B.1.2 - Inicio de serviço da caldeira


 Observância quanto ao tratamento de água utilizado, mantendo a água de acordo com as
instruções do item C.3.9;
 Antes do enchimento com água, deve-se providenciar a retirada, de dentro da caldeira, de
todos os corpos estranhos, certificar-se de que as instalações de esvaziamento estejam fechadas e que
todas as peças soltas estejam fixadas sem nenhum flange cego (raqueteamento) eventualmente montado.
 Em caldeiras que ficaram algum tempo paradas, devem-se examinar as paredes a eventuais
danos resultantes da parada. A temperatura da água a ser colocada na caldeira, deve corresponder
aproximadamente à temperatura da própria caldeira.
 Em diferenças de temperatura maiores que 50ºC a caldeira só deve ser cheia muito
lentamente.
 Antes do inicio da combustão deve-se examinar se as vias dos gases de combustão estão
abertas (perigo de explosão), todos os componentes de seguranças estejam operáveis, ajustados
corretamente e prontos para o serviço além de certificar-se que a caldeira esteja com o nível de água
suficientemente cheio.
 É proibido adicionar à combustíveis sólidos materiais de fácil inflamação.
 Antes do inicio do serviço de combustão as fornalhas e vias dos gases de combustão, devem
ser suficientemente arejados.
 Durante o inicio do serviço da instalação, todos os componentes e acessórios da caldeira,
principalmente os indicadores de nível, as instalações de alimentação e esvaziamento, reguladores de
nível de água e os limitadores de nível de água, além de válvulas de segurança, devem ser examinados.
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 Nos indicadores de nível de água a distância, deve se atentar que as indicações sejam
coincidentes com os indicadores da caldeira. Observar vedações e fechamentos e em caso da
necessidade de reaperto deve ser baixada a pressão para execução do trabalho.
 Vazamentos devem ser eliminados. Só devem ser empregadas ferramentas apropriadas.
Aparelhos de medição de temperatura e pressão devem ser observados. A caldeira deve ser arejada
durante o aquecimento até que apareça vapor. Se a caldeira estiver em vácuo, os componentes de
arejamento devem ficar fechados até que dentro da caldeira haja pressão atmosférica suficiente, para
evitar que entre ar adicional (falso). Tanto a caldeira, como as peças portadoras de pressão da caldeira
devem ser examinadas, após consertos e durante o serviço posterior, no que diz respeito à vedação.
 Válvulas e dispositivos de fechamento devem ser abertos lentamente. As tubulações, quando
necessário, devem ser desaguadas e arejadas a fim de evitar golpes de água, choques térmicos, etc.

B.1.2.1 – Regulagem da Pressão de Trabalho

Nas caldeiras automáticas, esta regulagem é feita através de um pressostato, localizado na garrafa
de nível para caldeiras Flamotubulares e na parte superior do balão de vapor para caldeiras
Aquatubulares, o qual irá comandar o fechamento ou abertura dos dampers de ar de combustão e
alimentação de combustível quando se atingir a pressão ajustada no pressostato.
Como exemplo, se quisermos que a caldeira trabalhe com 10 Kgf/cm², a caldeira chegando a esta
pressão atuará o pressostato e o sistema de combustão irá cortar combustível e entradas de ar, bem como
na sequência a caldeira será abafada pelo fechamento da tiragem parando assim a produção de vapor. Se
a regulagem de pressão mínima for 9,5 Kgf/cm², ao se atingir esta marca, o damper de exaustão irá
novamente se abrir e o fogo, logo em seguida o sistema de ar de combustão e alimentação de combustível
e a caldeira se ativará novamente.
Durante este processo, o exaustor sempre ficará ligado para pequena tiragem dos gases formados
pela combustão, e evitar possíveis explosões de gases ao retomar a tiragem.
Somente em equipamentos que possuam alimentação automática de combustível, o pressostato
ao atingir a pressão limite desligará todos os equipamentos de alimentação, menos os equipamentos de
segurança, bomba d’água, alarmes e exaustor.

B.1.3.1 Partida a frio

B.1.3.1.1 Enchimento da instalação.


 A caldeira deve ser cheia com água de caldeira preparada de acordo com as especificações.
Isso é feito mediante bomba de alimentação da caldeira através do gerador de vapor.

14
 As válvulas de descarga são fechadas. No caso de válvulas duplas, fecha-se a segunda
válvula, a que está junta à caldeira fica constante e totalmente aberta.
 Todas as válvulas de desaeração (venting) são abertas.
 Assim que sair água por válvulas inferiores de desaeração, as mesmas devem ser fechadas.
 O procedimento de enchimento está terminado quando o nível de água atingir a marca de
nível operacional no visor e respectivamente no transmissor de nível do balão.

B.1.3.1.2 Aquecimento da instalação.


 O aquecimento é iniciado com a menor carga possível da combustão.
 Dutos de ar de combustão estão fechados.
 A capacidade da fornalha pode ser aumentada para 25%, devendo-se observar que a caldeira
se aqueça de maneira uniforme. Neste estágio mal há uma circulação de água, já que ainda não se formou
vapor.
 Assim que sair vapor do arejamento da caldeira e for constatada a formação de pressão na
caldeira, deve-se fechar as válvulas de desaeração da caldeira.
 O aquecimento deve ser ajustado de modo que o aumento da pressão não ultrapasse 1,0
kgf/cm² /min. Devem ser observadas as curvas de aquecimento da caldeira de acordo com a situação em
que a mesma se encontra. Observar curvas no item A.2.
 Durante o aquecimento, devido à dilatação térmica, aumenta o nível de água no gerador de
vapor. Com o acionamento da válvula de purga da caldeira deve-se mantê-lo dentro do nível normal.
 Assim que ocorrer uma saída de vapor pela válvula de partida, pode-se acionar o serviço
automático da caldeira.

B.1.3.2 Partida depois de aquecida


 Se a caldeira se encontrar aquecida e se houver uma pressão na caldeira maior que 5 kgf/cm²,
procede-se da mesma maneira como acima descrito.

B.1.3.3 Desligamento da instalação


 Reduzir o aquecimento através da diminuição da carga da combustão.
 Somente após a caldeira estar fria podem ser desligadas as bombas de alimentação e
fechadas as entradas de água.
 Os dutos de gases devem ficar parcialmente abertos para a saída lenta dos gases de
combustão, até que não se espere mais geração de gases, isto é, até que o fogo apagou completamente.
Isto ocorre pela regulagem e vazamento dos dampers de exaustão.
 Sob qualquer hipótese deve permanecer combustível sobre a grelha seja esse aceso ou
apagado. Isso porque além do risco de continuidade de combustão sem supervisão, quando queimando

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com formação de gases somente, causa condensações de gases pelo circuito de tiragem o que
compromete a vida útil do equipamento, bem como causa risco de explosões de gases na fornalha;

B.1.4 - Aquecimento da caldeira


Para a caldeira manter um bom rendimento e ter uma durabilidade maior, a operação da caldeira
deve seguir as curvas de aquecimento recomendadas conforme segue abaixo:

B.1.4.1 Curva de aquecimento para primeira partida

Curva de aquecimento refratário (Primeira partida)

1200

1000

800
Temperatura (ºC)

600

400

200

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
Tempo (h)

16
B.1.4.2 Curva de aquecimento para caldeira fria

Curva de Aquecimento e Pressurização


(Caldeira Fria)

16

14

12

10
Pressão [kgf/cm²]

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Tempo [h]

B.1.4.3 Curva de pressurização para caldeira quente (parada de 30 a 40hs)

Curva de Pressurização com caldeira quente


(Caldeira parada de 30h a 40h)

16

14

12
Pressão (kgf/cm²)

10

0
0 0,5 1 1,5 2 2,5
Tempo (horas)

17
B.1.4.4 Curva de pressurização para caldeira quente (parada até 10hs)

Curva Pressurização
(Caldeira parada até 10h)

16

14

12
Pressão (Kgf/cm²)

10

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Tempo (minutos)

B.2 SERVIÇO DA INSTALAÇÃO DA CALDEIRA


B.2.1 Definições
B.2.1.1 Exame visual (S)
 Exame visual da instalação da caldeira, respectivo a partes dela (por exemplo vedações).
B.2.1.2 Exame das funções (F)
 Comportamento funcional dos componentes e intertravamentos.

B.2.2 Atendimentos, manutenção e exames da instalação da caldeira (quando


aplicável).
B.2.2.1 Válvulas de segurança (S + F)
 As válvulas devem ser verificadas em sua funcionalidade (por exemplo através de
acionamento) e, caso existirem componentes auxiliares, este devem ser testados em sua resposta a ação
de pressão. Aqui, qualquer modificação arbitrária nos componentes de segurança ou em suas cargas,
principalmente qualquer sobrecarga ou anulação, são proibidas. Uma modificação nos ajustes só pode ser
feita na presença de um perito. A pressão não deve ultrapassar a PMTA, marcada por um traço vermelho
no manômetro e disponível no prontuário da caldeira. Se a pressão subir acima de PMTA, deve-se
18
estrangular a alimentação térmica (de calor), ou deve-se alimentar nos limites permitidos. Se as válvulas
de seguranças não reagirem, o aquecimento deve ser interrompido imediatamente e o superior deve ser
informado. O gerente da instalação de máquinas deve usar, no ajuste das válvulas de segurança, um
manômetro aferido de controle.

B.2.2.2 Instalações indicadoras do nível de água (S + F)


 O nível de água não pode baixar, durante o serviço, abaixo da marcação do nível mínimo. Se
o nível de água não possa ser considerado, com segurança, como sendo suficiente, deve-se desligar
imediatamente o aquecimento e o superior ser informado imediatamente. Neste caso a alimentação de
água é proibida.
 Se o nível de água subir, sem motivos aparentes, acima do nível máximo permitido, o
aquecimento deve ser desligado imediatamente, se não houver possibilidade de por outros meios fazer o
nível voltar ao normal.

B.2.2.3 Indicação de nível de água à distância (S + F)


 As indicações devem ser comparadas com as instalações locais indicadoras do nível de água.
Deve-se assegurar uma indicação simultânea e serem comparadas periodicamente.

B.2.2.4 Manômetro / Indicador de pressão (S + F)


 O manômetro e seus encanamentos de conexões devem ser testados com cuidado. Aqui deve
ser verificado se a seta baixa sem travar, para o ponto zero, quando o manômetro for lentamente
descarregado, e, se na carga, ela voltar novamente ao ponto anterior sem interrupções fixas ou rápidas.
 Além disso, deve-se observar se o manômetro, na ativação de uma válvula de segurança,
indicar a pressão máxima permitida assinalada por um traço vermelho. Falhas devem ser comunicadas
imediatamente ao superior.
 Os manômetros devem ser aferidos periodicamente. Recomenda-se a manutenção de uma
peça em estoque para substituir àquele que está sendo utilizado em caso de defeito ou quando for
encaminhado para aferição.

B.2.2.5 Regulador e Limitador de pressão (S + F)


 Os pontos ajustados de liga e desliga devem ser controlados. Medições de comparações
devem ser executadas periodicamente.

B.2.2.6 Indicador de temperatura (S + F)


 As indicações importantes de temperatura, para a segurança da instalação devem ser
observadas e a exatidão da indicação deve ser testada periodicamente mediante um termômetro de
precisão.

19
B.2.2.7 Regulador/limitador de temperatura (S + F)
 Os pontos de liga / desliga ajustados devem ser controlados. Medições comparativas devem
ser executadas periodicamente.

B.2.2.8 Instalações de esvaziamento e dessalinização (S + F)


 Os controles devem ser examinados nas suas vedações. Isso é feito mediante observação do
encanamento de descarga e onde isso for possível mediante tato da instalação de descarga ou de outro
modo qualquer. Da caldeira deve ser retirada, dependo do estado da caldeira, a lama e sais, e durante o
processo deve-se observar o nível de água.

B.2.2.9 Válvulas da caldeira (S + F)


 Outras válvulas importantes para a segurança, que são acionadas raramente, devem ser
examinadas em sua operabilidade.

B.2.3 Atendimentos, manutenção, testes das demais instalações da planta (quando


aplicável).
B.2.3.1 Instalações de alimentação e circulação (revolução) (S + F)
 Deve-se alimentar uniformemente, de acordo com a retirada/extração de vapor.

B.2.3.2 Água de alimentação e água da caldeira (S + F)


 A água de alimentação e a água da caldeira devem ser examinadas conforme as exigências e
todos os resultados devem ser registrados. A instalação de preparação da água de alimentação deve ser
operada convenientemente. Deve haver reserva suficiente de água de alimentação disponível para prever
possíveis manutenções.

B.2.3.3 Arejamento de silos (depósitos)


 A área de perigo em torno das aberturas, só pode ser adentrada se forem adotadas medidas
de proteção contra o acionamento bem como proteção contra quedas.

B.2.4 Serviço da fornalha e serviços de combustão de biomassa


B.2.4.1 Damper dos gases de combustão /sensores de fim de curso (F)
 O funcionamento deve ser testado antes do acionamento do ventilador do ar de combustão
mediante fechamento e reabertura do damper dos gases de combustão.

20
B.2.4.2 Ventilador do ar de combustão (S)
 Os ventiladores devem ser examinados no que diz respeito à sua rotação sem vibrações, e
deve-se verificar que nenhuma proteção tenha sido retirada. Principalmente as transmissões de força, por
exemplo as correias em “V”, acoplamentos devem ser observadas.

B.2.4.3 Avaliação das fornalhas e tiragem dos gases de combustão (S)


 O estado de paredes da caldeira e da tiragem deve ser controlado em todas as oportunidades.
Baseando-se nas diretrizes de serviço, fuligem e cinzas voláteis bem como ajuntamento de escórias nos
tubos dos pré-aquecedores, economizadores bem como nos dutos da caldeira devem ser removidos.

B.2.4.4 Instalações de extinção de incêndio


 Instalações de extinção de incêndios devem ser examinadas em suas funções e mantidas
prontas para uso.

B.3 PARADA DA INSTALAÇÃO EM CASO DE FALHAS


B.3.1 Situações de emergência
 A instalação da caldeira deve ser desligada imediatamente e o superior avisado se houver
suspeita de ocorrências perigosas na caldeira. Isso vale especialmente quando:
o Se verificar um sobre aquecimento ou deformação em qualquer lugar da caldeira.
o Verificar-se repentinamente grande perda de água.
o Na falha de instalações de alimentação de água, as instalações ainda operáveis não
mais estiverem em condições de fornecer a quantidade de água necessária.
o Não se conseguir fazer funcionar normalmente a válvula de segurança.
o Aparecerem na alvenaria, nos tetos ou em qualquer lugar da proteção térmica do lado
de combustão, repentinamente, fendas ou danos maiores ou se verificar saída de vapor, gases ou
umidade da parede. Isso pode ocorrer também se houver quaisquer danos em tubulações de vapor, partes
pressurizadas ou dutos de gases.
o Ao parar a instalação, a alimentação de combustíveis deve ser suspensa
imediatamente e o calor acumulado na fornalha diminuído o mais rápido possível. Caldeiras ligadas
paralelamente devem separadas/isoladas imediatamente.

B.4 PARADA DA INSTALAÇÃO


 As instruções de serviços e as diretrizes de serviços, por exemplo, para as instalações de
combustão, instalações de alimentação, devem ser observadas.
21
 Antes do esvaziamento a caldeira deve ser resfriada o mais lentamente possível. O
esvaziamento da caldeira só se deve começar depois de retirar totalmente o combustível da fornalha, a
pressão ter baixado totalmente, e as cinzas voláteis depositadas nas alvenarias e nos dutos da caldeira
tenham resfriado totalmente.
 Colocação de água fria na caldeira ainda quente e vazia é terminantemente proibido.
 Jamais a caldeira deve permanecer parada com combustível ainda sobre a grelha
independente do período.
 Para o resfriamento em caso de parada da caldeira, obedecer a “curva de aceleração e
desaceleração” indicada no item A2.

B.5 COMPORTAMENTO EM CASO DE FALHAS


 Se ocorrerem vazamentos nos encanamentos de vapor e água quente, válvulas ou outros
equipamentos de serviço da instalação da caldeira, que não podem ser sanados imediatamente, ou outros
casos provocados por falhas que possam ser perigosas, as áreas que apresentam perigo devem ser
isoladas, marcadas e controladas (supervisionadas).
 Quaisquer imperfeições verificadas, aparecimento de falhas, bem como ocorrências especiais
devem ser comunicadas imediatamente ao superior.
 Ambientes que apresentem perigo conforme mencionado no item 1, só podem ser adentrados
se for autorizado pela pessoa responsável e forem tomadas as providências de proteção necessária para
os serviços.
 Partes da caldeira com danos que, devido ao seu tamanho, deem possibilidade de aumentar o
dano e oferecer perigo para o homem, devem ser desligadas imediatamente da instalação e
desenergizadas. Caso for necessário, toda a instalação deve ser parada (desligada).
 Componentes que foram desligados pela instalação de comando de emergência, só podem
ser religados mediante autorização da pessoa responsável e somente depois que o motivo para o
desligamento for regularizado e os componentes forem examinados no local.

B.6 ROTINAS DE OPERAÇÃO


 Sempre que acionar seu gerador de vapor, observe atentamente se ele encontra-se em
perfeitas condições de operação.
 Faça as descargas da Caldeira, conforme indicado pelo responsável do tratamento químico.
 Nunca descarregue totalmente a água da Caldeira enquanto ela estiver aquecida.
 Mantenha sempre em observação a altura do nível de água. Não permita que a água
desapareça totalmente do vidro indicador de nível. Caso isto acontecer, tome as seguintes providências:
o Desligue a chave geral de energia elétrica;
22
o Não alimente a Caldeira;
o Feche o registro de saída de vapor;
o Observe se a pressão da Caldeira se mantém dentro dos limites de operação.
o Não faça mais nada, aguarde a Caldeira esfriar e verifique a causa de falta de água.
 Verifique se os tubos do corpo não apresentam vazamento. Caso estejam vazando, poderá
ser necessário o remandrilhamento dos tubos de chama do gerador.
 Durante o funcionamento da Caldeira, observe regularmente a fumaça, a temperatura dos
gases de escape, a pressão do manômetro de vapor e se possível, medir a percentagem de CO2 nos
gases. A boa observação destes índices garantirá o bom funcionamento e rendimento do conjunto.
 No momento em que o equipamento for desligado, propositalmente por algum motivo todo o
combustível no interior da fornalha deverá ser queimado com ventiladores e exaustor ligados, pois caso
contrário ocorrerá a condensação dos gases nos dutos e por sua vez a saída de líquidos e a corrosão dos
mesmos.
 Observe que a tensão muito alta ou muito baixa na rede de energia elétrica é altamente
prejudicial. Caso estas variações ocorram, é aconselhável sua correção imediata ou desligamento do
equipamento.

B.7 PROCEDIMENTO ANTES DO PRIMEIRO FUNCIONAMENTO


 Fechar as válvulas das descargas;
 Fechar o registro geral de saída de vapor;
 Abrir o registro de interligação da garrafa de nível quando existir;
 Abrir o registro de dreno do nível para a saída do ar;
 Abrir válvulas de desaeração (venting);
 Ligar a chave geral do quadro de comando, o alarme tocará indicando falta de água. Ao se
ligar a chave geral, a bomba entrará em funcionamento (observar o sentido de rotação indicado pela seta);
 Enquanto a bomba estiver operando, observe cuidadosamente o nível de água no depósito de
serviço. Se o depósito esvaziar, desligue a chave geral aguardando em seguida que se encha novamente.
Isso quando o tanque de reserva de água não for provido de sistema de proteção para nível baixo; Torne
então a ligar a chave geral. A bomba continuará operando até chegar ao nível máximo, quando desligará
automaticamente. O alarme desligará automaticamente quando a água atingir o eletrodo de nível mínimo;
 Deverá ser feito o teste de todos os motores dos equipamentos da instalação para verificar se
o sentido de rotação está correto;
 Verificar se todos os intertravamentos estão funcionando corretamente, simulando pressão
alta, pressão baixa, falta de água, nível alto, nível baixo...
 Lubrificar todos os mancais, rolamentos e locais de óleo existentes no equipamento conforme
indicado no item “Lubrificação” deste manual.
23
B.8 OBRIGAÇÕES DE UM OPERADOR DE CALDEIRAS
 Certifique-se que todos os itens citados sejam rigorosamente seguidos.
 Todo operador de caldeiras, deve ter curso com currículo mínimo determinado pelo ministério
do trabalho (NR- 13).
 Não permitir qualquer vazamento de água ou vapor, quer seja na caldeira ou componentes.
Informar à manutenção, qualquer vazamento ou irregularidade observada nos equipamentos durante a
operação, para que sejam corrigidos imediatamente.
 Observar as temperaturas de saída dos gases para determinar a frequência da limpeza.
 Cuidar da aparência da caldeira, da limpeza da caldeira e da limpeza da casa da caldeira.
 Efetuar limpeza periódica de pontos de decantação de cinza até a chaminé, para que não
prejudique a tiragem da caldeira.
 Nunca trabalhar com a caldeira acima da pressão de trabalho indicada na plaqueta de
identificação.
 NUNCA DEIXAR A CALDEIRA SEM OPERADOR.

24
C - MANUTENÇÃO

C.1 DADOS BÁSICOS


C.1.1 Generalidades
 As caldeiras da H.Bremer são criteriosamente fabricadas, obedecendo a normas de vigência
nacional e internacional para seu projeto e execução testes.
 A sua operação será segura e eficiente, desde que se observe um esquema correto cuidadoso
de manutenção.
 Na elaboração deste esquema, resumimos os cuidados básicos a serem observados, que
sintetizam anos de vigilância e experiência.
 O cliente deve providenciar procedimento próprio de acordo com suas normas internas para
correta manutenção do equipamento e seguindo as recomendações desse manual.

C.1.2 Rotinas de Manutenção


 Observância quanto ao tratamento de água utilizado, mantendo a água de acordo com as
instruções do item C.3.9;
 Acione no mínimo uma vez a cada quinze dias as válvulas de segurança, quando a Caldeira
desligar automaticamente na PMTA. Este acionamento manual deve ser feito por alguns segundos, para
que a sede da válvula não fique presa por falta de uso.
 Lubrifique periodicamente os acessórios da caldeira, conforme recomendações deste manual;
 Faça limpeza dos tubos conforme recomendações deste manual;
 Mantenha sempre limpa a casa de Caldeiras, corrija todos os vazamentos das redes de água
e vapor, substitua as gaxetas das válvulas, bombas e flanges sempre que algum vazamento ocorrer.
 Toda vez que for detectado algum defeito, providenciar o reparo imediato, não deixe que
problemas se acumulem. Não tranque válvulas automáticas, chaves magnéticas, chaves e fluxo e outras,
usando pregos, palitos e outros objetos, pois você estará eliminando proteções automáticas do seu
gerador de vapor e colocando a instalação em risco
 Jamais execute “jumper” (curto circuito) de qualquer intertravamento elétrico o que colocará a
instalação em alto risco e implica em perda de garantia do equipamento.
 Efetue a limpeza periódica do sistema de filtragem dos gases.
 Efetue a limpeza do pré-aquecedor de ar.
 Ao não encontrar solução para um problema, lembre-se que a H. Bremer & Filhos Ltda,
dispões de um Departamento de Assistência Técnica, sempre pronto para atendê-lo e auxiliá-lo.

25
C.2 SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO
C.2.1 Exigências gerais
 Serviços de manutenção só podem começar depois que a pessoa responsável tenha
estabelecida as providencias de proteção (segurança), sua execução tenha sido liberada assim como o
local de trabalho.
 Após a execução dos trabalhos as providencias de proteção só podem ser liberadas mediante
autorização da pessoa responsável.
 Para execução de serviços em equipamentos é obrigatório o cumprimento das normas
Brasileiras NR-10, NR-33 e NR-35, entre outras relativas a cada tipo de serviço e equipamento.

C.2.2 Trabalhos em Equipamentos Sob Pressão e Aquecidos da Instalação.


 Os trabalhos de pessoas em partes sob pressão, aquecidas, ou componentes da instalação
(por exemplo, controles de encanamentos de vapor) não são permitidos sem a liberação de um perito ou
pessoa responsável e capacitada para esse fim.
 Esses trabalhos só podem ser iniciados se a instalação ou componentes forem
despressurizados confiavelmente e também se não houver vácuo. Se esta situação for assegurada e uma
pessoa encarregada pelo responsável esteja certa das medidas executadas e tenha liberado o local de
trabalho por escrito (Isso vale também se encanamentos forem desconectados para parada do serviço). As
providências necessárias e que dependem do tipo da instalação, devem ser fixadas por escrito pelo
operador.
 Nos trabalhos e exigências acima não se inclui:
o O acionamento de parafusos de fechamento, por exemplo, reapertar conexões de
flanges e reajuste, em casos especiais também o afrouxamento de buchas, se estes trabalhos forem
executados em casos de urgência, com ferramentas indicadas pelo responsável e executados com
cuidado.
o A liberação voluntária e controlada do meio por motivo de desaeração,
desaguamento, destensionamento, limpeza e verificação da instalação ou componentes, se a liberação
pode ser feita sem perigos.
o Trabalhos que, com aplicação de métodos para a eliminação de danos, na qual por
meios técnicos, organizatória ou providências de proteção pessoal, a ameaça a pessoas for afastada.
Estes procedimentos devem ser avaliados pelo responsável. As repartições de proteção no trabalho
devem dar o seu consentimento a este procedimento.

26
C.2.3 Exames da caldeira ou outros corpos sob pressão da instalação.
 Antes de examinar a caldeira, as conexões de tubulações (vapor, alimentação e instalações de
esvaziamento), para a caldeira ainda em serviço, devem ser desconectados por meio de flanges cegos o
suficientemente fortes, ou por meio de retirada de partes do encanamento, de maneira segura e bem
visível. Se, em encanamentos com controles soldados ou válvulas soldadas, a separação for feita por meio
de dois dispositivos de fechamento em série (uma atrás da outra), então o dispositivo, que está no meio,
deve ser aberto para contato com o ar livre. Estes dispositivos de fechamento devem ser vedados por
instalações apropriadas e protegidas contra manuseio indevido.
 A retirada de volantes manuais destes dispositivos de fechamento não é o suficiente. Placas
de advertências “Perigo, pessoal dentro da caldeira” devem ser colocadas nos dispositivos de fechamento
de maneira bem visível, e de modo que não possam ser removidos facilmente.
 Recomendam-se a instalação de cadeados com chave em posse do supervisor somente;
 A retirada das placas só será permitida com a autorização do supervisor. A caldeira e os dutos
de gases devem estar bem arejados. Deve-se tomar providencias de proteção contra escória que cai.
 Antes do inicio dos trabalhos em outros corpos sob pressão da instalação da caldeira,
materiais perigosos e gases devem ser retirados dos corpos sob pressão.
 O inicio dos exames da caldeira, ou outros corpos sob pressão na caldeira, devem ser
expressamente indicados pela pessoa responsável, para esse fim nomeado. Os exames devem ser
supervisionados. Antes da remoção das medidas de proteção, uma pessoa autorizada deve verificar se
não se encontra ninguém nas instalações onde serão realizados os trabalhos.
 Trabalhos de limpeza devem ser executados sempre de cima para baixo.
 Nos exames da caldeira instrumentos elétricos só podem ser empregados, se inclusive os
cabos e fios, correspondam às normas pertinentes e forem postas à disposição pelo usuário ou seu
preposto, para os serviços na caldeira. Luzes só podem ser usadas com tensão protetora até 42V. Para
aparelhos elétricos manuais valem as mesmas diretrizes, porém, permitem-se tensões mais elevadas de
até 380 V, se a alimentação ocorrer mediante um transformador de separação. Transformadores de baixa
tensão e de separação devem ficar do lado de fora da caldeira. Sempre devem ser atendidos os requisitos
das normas regulamentadores Brasileiras.
 Nos trabalhos dentro da fornalha, deve-se estabelecer a duração dos trabalhos sob a
influência do calor, principalmente considerando a carga do trabalho, a temperatura, a irradiação, a
umidade relativa e a velocidade do ar. A duração de trabalho permitida não pode ser ultrapassada.

C.2.4 Limpeza da caldeira e peças portadoras de pressão


 Na limpeza da caldeira devem-se limpar, do lado de água, as incrustações e lama e do lado do
fogo, cinzas voláteis e fuligem. A utilização de ferramentas afiadas é proibida quando houver perigo de
danificar a superfície das paredes da caldeira.
27
 Após cada limpeza o operador da caldeira ou outra pessoa indicada pelo usuário, deve
examinar e verificar a caldeira e seus dutos de gases. Marcas de danos substanciais nas partes
portadoras de pressão, principalmente partes enferrujadas, não podem ser modificadas antes da inspeção
por um perito.
 Todos os acessórios, por exemplo, regulador de água de alimentação, encanamento d água
de alimentação e conexões para as peças de equipamento externo, devem ser limpas, ou ser examinadas
em sua fixação correta e operabilidade das peças móveis e dilatações.
 Partes especialmente solicitada como, por exemplo, rebordos, bicos, pontos laminados,
costuras de solda e rebites devem ser especialmente limpas e examinadas. Danos verificados devem ser
comunicados ao superior para as devidas providências.
 Ao utilizar materiais que desenvolvam gases corrosivos, venenosos ou facilmente inflamáveis,
devem-se observar as diretrizes e modos de emprego pertinentes.
 Os meios expelidos durante a limpeza da caldeira e componentes devem ser descartados de
maneira segura.
 O operador deve providenciar a retirada de deposições de pó perigosas ou que possam
provocar explosões. O remoinhar do pó deve ser evitado.

C.3 EQUIPAMENTOS
C.3.1 Gerador de Vapor (Caldeiras Flamotubulares)
Sua construção é em chapas de aço carbono para altas temperaturas, e no seu interior estão
contidos os tubos de chama e a água está externamente aos mesmos. Os gases quentes provenientes da
queima dos combustíveis na fornalha passam pelo interior dos tubos transferindo calor. Os tubos por sua
vez passam o calor para a água (que cobre os tubos de chama) que se transforma em vapor.
A água possui sólidos, que se depositam na parte inferior do gerador e dos coletores da
fornalha/grelha. Para que o sistema não tenha seu rendimento prejudicado deve-se fazer a descarga de
fundo conforme indicado pelo responsável do tratamento químico. A descarga de fundo consiste em retirar
estes materiais sólidos depositados no fundo, e joga-los para o exterior da casa da caldeira.
Outro fator que influi no rendimento do gerador de vapor é a limpeza dos tubos de chama. Deve-se
fazer uma limpeza periódica nos tubos de chama, pois além de prejudicar o rendimento a sujeira ainda
danifica os tubos.

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Figura - Conjunto Gerador de Vapor Flamotubular
A seguir serão descritos alguns dos equipamentos que fazem parte do gerador de vapor:

C.3.1.1 - Tubos de Chama


São os responsáveis pela condução dos gases e realização da troca térmica dos mesmos com a
água dentro do gerador.
A limpeza dos tubos da Caldeira influi diretamente no rendimento do gerador de vapor.
O acúmulo de fuligem e cinzas no interior dos tubos diminui a tiragem, diminui a transferência de
calor e em consequência aumenta a temperatura dos gases de saída e cai a produção de vapor. Para
evitar este tipo de problema, recomenda-se que periodicamente se faça uma limpeza dos tubos, com jato
de vapor ou ar comprimido e uma limpeza manual ou automática com escova.
O período entre escovações deve ser determinado pelo acompanhamento dos níveis de deposição
nos tubos. Recomendamos que após um mês de operação (após o Start-Up) os tubos seja vistoriados,
notando a inexistência de deposições, transfere-se a escovação para o segundo mês, mantendo-se a
situação, estender as vistorias até o ponto em que necessitem ser escovados e assim determinando o
período entre escovações a ser aplicado para o seu equipamento. Elevação na temperatura dos gases na
saída do gerador pode indicar que os tubos de chama estão com deposição acentuada. Assim também o
aumento da perda de carga indica deposição nos tubos. Essa pode ser observada medindo-se a pressão
no duto de gases na saída do gerador e comparando-se essa com a medida na planilha de star-up.
Dependendo do combustível queimado, a limpeza com escova poderá ser necessária antes dos
períodos determinados após o Start-up.
Após a limpeza dos tubos, deve-se tomar o cuidado em vedar perfeitamente as portas da caixa de
fumaça (retorno dos gases), para evitar a entrada de ar frio, que consequentemente irá baixar a

29
temperatura dos gases na segunda passagem e diminuir a produção de vapor. Além disso, entradas de ar
falso podem ocasionar combustão localizada do carbono residual que está contido nas cinzas e assim
danificar o acabamento e chapas de dutos, filtros, portas, etc.
No caso de vazamento num tubo:
 Apague o fogo mantendo o nível da água normal. Mantenham em operação os
ventiladores para efetuar o resfriamento da caldeira;
 Abra uma das descargas de fundo, com isto a bomba injetará água, resfriando a
caldeira. A descarga deverá ser lenta bem como o resfriamento para evitar danos ao equipamento, até a
pressão chegar a zero.
 Reduza gradualmente o suprimento de água de alimentação, à medida que o
gerador de vapor resfriar desligue o sistema.
 Quando a caldeira estiver suficientemente fria uma pessoa deverá entrar na
mesma e examinar minuciosamente todos os tubos à procura de danos, marcando-os.
 Esvaziada a caldeira, substitua os tubos danificados.
 Depois de executado o serviço faça o teste hidrostático antes de repor a caldeira
em serviço.
 O teste hidrostático se procede enchendo-se a caldeira com água até o nível
normal de trabalho, e com uma bomba hidrostática eleva-se à pressão da caldeira para 50% acima da sua
pressão normal de trabalho. Esse procedimento sempre deve ser executado sob supervisão do
responsável técnico pela caldeira.

C.3.1.1.1 – Tubos de Sacrifício


Quando da queima de combustíveis com alto teor de abrasivos, instala-se na entrada dos tubos de
chama tubos de sacrifício que evitarão o desgaste prematuro dos tubos do gerador por abrasão das
cinzas.
Estes tubos deverão ser inspecionados a cada parada do equipamento para limpeza e nesta
mesma ocasião deverão ser rotacionados em 90° em sentido horário, até completar quatro posições,
devendo na próxima intervenção serem substituídos caso estiverem com desgaste. Não apresentando
redução significativa na espessura, continuar com o processo de rotação.
Deve-se determinar essa frequência necessária de giro nos primeiros meses de operação da
caldeira uma vez que esse desgaste é bastante variável de acordo com a região de operação do
equipamento, tipo de combustível e carga de operação.
A montagem dos mesmos deve ser somente encaixada, com baixa interferência mecânica, isto
para que se possam girar os mesmos na próxima intervenção sem auxilio de ferramental pesado.

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C.3.1.2 – Caixa de Fumaça
Tem como finalidade fazer a reversão do fluxo de gases do primeiro passe para o segundo passe
(Caldeiras HBFC, HBFI/R de 1 a 6) e dar acesso para a limpeza dos tubos de chama (todos os modelos).
Os gases (fumaça) que vem pelos tubos do gerador no primeiro passe (superior) chegam até a
caixa de fumaça, que é uma câmara vazia, e retornam pelos tubos do gerador no segundo passe de tubos
(Inferior).
A limpeza da caixa de fumaça deve acontecer quando é executada a limpeza dos tubos de chama
do gerador. Deve-se tomar o cuidado de remover toda a fuligem (cinzas) da caixa.
Deve-se ter cuidado extremo com as vedações da porta dessa caixa, pois entradas de ar falso
nesse ponto prejudicam a integridade do conjunto e a eficiência da caldeira.

C.3.1.3 – Válvulas de Segurança


O gerador de vapor é projetado para trabalhar em uma determinada pressão de trabalho e em
função de sua construção e espessura comercial utilizada, possui a chamada P.M.T.A. que é a pressão
máxima de trabalho admissível.
Para que o gerador de vapor esteja protegido contra pressões acima da máxima permitida, o
mesmo é dotado de válvulas de segurança, e sua função é promover o escape do excesso de vapor. A
válvula de segurança é um dispositivo automático de alívio de pressão, que consiste em uma mola que
age sobre um disco ou esfera. A pressão previamente determinada e ajustada se faz contra um assento
(sede), e é capaz de vencer a força exercida pela mola. Então o disco ou esfera se desloca permitindo o
fluxo através da sede para fora do gerador. Quando a pressão retorna ao normal o disco ou esfera
também voltará à posição normal com uma queda de pressão um pouco abaixo da pressão de trabalho da
caldeira.
Estas válvulas estão instaladas na parte superior do gerador de vapor e também na saída de
superaquecedores quando aplicado.
As válvulas de segurança com mola, já vem calibradas e lacradas de fábrica, não necessitando de
regulagem. Mesmo assim deve-se conferir se estão trabalhando corretamente e abrindo na pressão
especificada em cada projeto.
Deve-se promover a inspeção das sedes da válvula pelo menos uma vez por ano.
Recomenda-se fazer periodicamente um teste de funcionamento da válvula. Isto se faz colocando-
se um manômetro aferido na caldeira e em seguida fechando todas as saídas de vapor até que a válvula
comece a funcionar. Deve-se observar que durante o teste a pressão máxima da caldeira não deve
ultrapassar 10% da pressão de trabalho e sob qualquer hipótese ultrapassar a PMTA.

31
Figura - Válvula de Segurança com mola

C.3.1.3.1 – Transporte das Válvulas de Segurança


A vedação da válvula de segurança é obtida por superfícies metálicas polidas, que podem ser
danificadas pela vibração que ocorre no transporte de um local para outro. Assim sendo recomenda-se:
 As válvulas devem ser transportadas para o local de instalação na posição vertical;
 Evitar que haja tombamento das válvulas, pois além de imperfeições na vedação,
poderá haver o desalinhamento das partes internas.

C.3.1.3.2 - Recomendações:
 Inspeção regular das válvulas durante operação;
 Tão logo seja observado um vazamento de vedação a válvula deve ser examinada para evitar o
aumento do vazamento e, por conseguinte maiores danos ao disco e bocal.
 Antes de reparar uma válvula de segurança e alívio, certifique-se que está perfeitamente
familiarizado com sua construção e que dispõe dos reparos para sua recuperação;
 O fabricante é a equipe mais indicada para qualquer tipo de serviço nas válvulas de segurança;
 Antes da montagem da válvula de segurança no equipamento observar se a mesma está
completamente limpa de impurezas ou corpos estranhos.
 Examine a tubulação ou equipamento onde será montada a válvula de segurança, removendo os
cavacos, camadas de ferrugem, respingos de solda, impurezas etc.
 Para qualquer problema com a válvula comunicar a assistência técnica da H.Bremer ou o
fabricante da válvula.

C.3.1.4 - Bocas de Inspeção


As bocas de inspeção são construídas no corpo do gerador para que se possa fazer a inspeção no
seu interior. Em geral as bocas são localizadas uma na parte superior e duas na parte inferior do gerador.
A boca localizada na parte superior do gerador permite que passe o corpo de uma pessoa. E as duas
32
bocas da parte inferior possibilitam que passe uma cabeça para o interior do gerador. Nas caldeira
H.Bremer a boca superior é comumente chamada de N°4 e as inferiores de N°2;
Para a instalação das juntas de vedação Nº2 e Nº4 deve seguir rigorosamente as recomendações
do fabricante para garantir a devida garantia de vedação.
Em balões de vapor de caldeiras aquatubulares padrão é instalado uma porta de inspeção N°4 em
um tampo do balão.

C.3.1.5 - Garrafa De Nível


A garrafa de nível tem como função fazer o controle do nível da água dentro da caldeira. Isto é
feito através de quatro eletrodos localizados no interior dela.
Estes eletrodos comandam eletricamente a alimentação de água, as funções dos mesmos são as
seguintes:
 Eletrodo nº 5 - é o eletrodo de nível máximo, desliga a (s) bomba (s);
 Eletrodo nº 4 - é o eletrodo de ligar a (s) bomba(s);
 Eletrodo nº 3 - é o eletrodo de alarme, nível baixo;
 Eletrodo nº 2 - é o eletrodo de emergência nível mínimo de operação, desliga automaticamente
todo equipamento, menos os alarmes, equipamentos de segurança e bomba (s).
 A garrafa também possui um borne controle nível nº1, que é o ponto de referência na carcaça da
garrafa.

C.3.1.5.1 - Recomendações:
A falta de água trará consequências drásticas, tais
como: dilatação dos tubos, danificação dos espelhos e outros
danos.
O acúmulo de lama na garrafa de nível pode isolá-la
completamente da caldeira, ficando o regulador de nível sem ação,
provocando a falta de água.
A fim de evitar o acúmulo de lama na garrafa de nível,
deverão ser feitas as descargas diárias, procedendo da seguinte
forma:
 A garrafa é interligada à caldeira através de dois
tubos flangeados;
 Em sua parte inferior, possui uma válvula de esfera
que serve para dar a descarga. Para efetuar a descarga, abra essa
válvula da garrafa por um período de 5s logo ao acionar o alarme,
deve ser fechada essa descarga.

33
 No visor de nível existente na garrafa, existem duas válvulas laterais e uma inferior de descarga. A
descarga do mesmo deve ser executada periodicamente fechando-se a válvula superior do visor e
abrindo-se a válvula de fundo mantendo a válvula lateral inferior aberta. Nunca esquecer que após a
descarga deve-se abrir novamente a válvula superior do visor para manter a comunicação com a garrafa
de nível. A descarga também pode ser efetuada mantendo-se as duas válvulas laterais do visor abertas.

C.3.1.6 – Válvulas de Bloqueio


Periodicamente todas as válvulas manuais e automáticas devem ser vistoriadas quanto a vedação
e funcionalidade.

C.3.1.7 – Manômetros e Pressostato


Periodicamente todos os manômetros deverão ser calibrados e seu local de instalação deverá
estar sempre limpo e de fácil visualização para o operador.
O pressostato é responsável pelo desligamento da caldeira por pressão alta e deve ser mantido
em bom estado de conservação e periodicamente deve ter seus contatos elétricos conferidos.

C.3.2 Balão de Vapor (Caldeiras Aquatubulares)


No balão de vapor acontece a separação da água e
vapor na caldeira aquatubular, e também onde se localizam
itens fundamentais para operação e segurança da caldeira
como controle de nível, válvulas de segurança, controles de
pressão, visor de nível, válvulas de saída de vapor (em
caldeiras para vapor saturado) e manômetros. O balão conta
ainda com uma boca de visita para inspeção dos internos,
como chapas defletoras, coletores de distribuição de água e
coleta de sais.
O balão de vapor conta com uma válvula de descarga
contínua de sólidos suspensos e uma válvula de dreno até o nível de operação.

C.3.2 - Recomendações:
 Válvulas de Segurança ver item C.3.1.3 deste Manual;
 Bocas de Inspeção ver item C.3.1.4 deste Manual;
 Garrafa De Nível ver item C.3.1.5 deste Manual;
 Válvulas de Bloqueio ver item C.3.1.6 deste Manual;
 Manômetros e Pressostato ver item C.3.1.7 deste Manual;

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C.3.3 Fornalha
É o local na caldeira, onde ocorre a combustão, sendo também denominada de câmara de
combustão. Nesta parte da caldeira ocorrem os processos mais importantes e decisivos para o satisfatório
desempenho do equipamento.
A fornalha é construída em paredes membranadas com tubos de aço carbono para alta
temperatura (construção aquatubular), o que lhe garante segurança e isenção de manutenção periódica.
As paredes membranadas estão interligadas diretamente com o circuito de circulação de água da
caldeira, o que garante sua refrigeração e ainda participação na área de troca para geração de vapor da
caldeira.
A fornalha é revestida externamente com lã de rocha (isolante térmico) impedindo assim perdas
térmicas para o ambiente e também gera segurança em sua operação.
Possui sistema de descarga/dreno, que deve ser acionado periodicamente de acordo com a
indicação do responsável pelo tratamento químico da água da caldeira.
Para as caldeira HBFC, a fornalha e construída junto com a grelha de queima de combustível (no
mesmo corpo).
A seguir serão descritos alguns dos equipamentos que fazem parte da fornalha:

C.3.3.1 – Paredes Aletadas e Coletores


São responsáveis pela condução da água e vapor pela fornalha. Construídos em materiais
conforme ASME e projetados para atender os requisitos de projeto. São responsáveis pela troca térmica
por irradiação da caldeira.

C.3.3.1.1 - Recomendações:
 As paredes e coletores deverão estar isentos de sujidades externas assim como incrustações
internas, evitando assim a perca de capacidade de troca térmica bem como garantindo a livre circulação
da água.
 Em cada parada do equipamento, sejam vistoriadas todas as paredes de modo a identificar
qualquer acumulo de fuligens, no caso da identificação de algum ponto, dever ser executada uma limpeza
mecânica por escovação ou jato de água, sempre cuidando para que não se danifique as peças da
caldeira.
 Deve ser acompanhada a qualidade da água da caldeira, assim com a se há incrustações na parte
interna dos tubos. Ao identificar pontos de incrustação, executar imediatamente uma limpeza química
adequada para a situação, evitando percas no rendimento do equipamento e superaquecimento das partes
pressurizadas com posterior dano ao equipamento.
 Efetuar o reaperto de todas as conexões em cada parada do equipamento.

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C.3.3.2 – Refratários de Fechamento
Para fechamento e vedação das aberturas dos visores de chama, das portas de acesso e
alimentação de combustível, são aplicadas vedações com concreto refratário e placa de fibra cerâmica,
para alta temperatura. Os refratários são utilizados também para o fechamento entre a grelha e o gerador
de vapor.

C.3.3.2.1 - Recomendações:
 Para o primeiro aquecimento (após a instalação ou manutenção), seguir rigorosamente a curva de
cura do refratário apresentada neste manual, no item B.1.4.1.
 Vistoriar em cada parada do equipamento o estado de conservação do material refratário (erosão,
aderência de material, etc.);
 Executar a limpeza superficial na parada anual do equipamento, eliminando qualquer material que
possa interferir na capacidade de irradiação do refratário;
 Reparos ou substituição do material refratário deverá ser executado por pessoal especializado e
seguindo rigorosamente as especificações do fabricante.
 A durabilidade do refratário depende principalmente aplicação, da instalação e manutenção
executada no equipamento, sem prazo pré-determinado para substituição, porem conforme indicado
acima, seu estado de conservação devera ser monitorado frequentemente.
 Para um bom desempenho do material, devemos seguir alguns cuidados básicos conforme
descrito abaixo:
o É absolutamente necessário conservar os materiais refratários em depósitos cobertos e
secos;
o A colocação de refratários deve ser feita por operários especializados;
o Empregar argamassas refratárias próprias correspondentes à qualidade de cada tipo de
refratário;
o Fazer as juntas mais finas possíveis a fim de evitar vácuos entre os tijolos, que
determinariam pontos de fácil e rápida corrosão;
o Não molhar os tijolos antes de colocá-los;
o Antes de pôr em funcionamento a fornalha, é necessário secar lentamente e aquecer
gradativamente as alvenarias, obedecendo a curvas de aquecimento;
o Evitar picos de temperatura;
o Realizar limpezas de rotina para evitar o acumulo de escoria, sílica e outros;
o Evitar pancadas sobre o refratário principalmente quando o mesmo estiver encharcado;
o Quando de um resfriamento total do equipamento e necessário limpar as juntas de
dilatação e refazer a calafetacão;
o Seguir curvas de resfriamento e reaquecimento;
o Evitar exposição direta com a chama dos queimadores;

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o Realizar manutenção preventiva periodicamente.

C.3.3.3 – Refratários de Revestimento


São utilizados para possibilitar a queima de combustível com alto grau de umidade até 55%. São
revestidas as paredes da câmara de combustão com tijolos para alta temperatura, fixados aos filetes das
paredes aletadas por intermédio de penduradores especialmente projetados para proporcionar uma
excelente fixação e alta durabilidade.

C.3.3.3.1 - Recomendações:
 Idênticas aos refratários de fechamento.

C.3.3.4 – Portas e Visores


As portas da fornalha são responsáveis pelo acesso à câmara de combustão, tem sua construção
projetada para evitar a entrada de ar falso e evitar a perda de temperatura do sistema de queima.

C.3.3.4.1 - Recomendações:
 Manter as portas sempre fechadas durante todo o período de operação do equipamento;
 Evitar o choque de peças na proteção de material refratário das portas;
 Manter em bom estado o refratário de proteção das portas;
 Manter limpo o vidro do visor de chama, permitindo assim a visualização da chama de combustão
dentro da caldeira em operação.

C.3.3.5 – Evaporadores (Caldeiras Aquatubulares)


Construídos em tubos de aço, os evaporadores são compostos por uma bateria de serpentinas,
ligadas ao circuito da caldeira, tem grande participação na área de troca de convecção para geração de
vapor. Os evaporadores estão localizados na câmara de saída dos gases. Para um perfeito funcionamento
as serpentinas devem estar isentas de fuligem, para isto instalamos sopradores de fuligem para limpeza
periódica das mesmas.

C.3.3.5.1 - Recomendações:
o As serpentinas devem estar isentos de sujidades externas assim como incrustações
internas, evitando assim a perca de capacidade de troca térmica.
o Em cada parada do equipamento, devem ser vistoriadas todas as paredes de modo a
identificar qualquer acumulo de fuligens, no caso da identificação de algum ponto, dever ser executada
uma limpeza mecânica por escovação ou jato de água, sempre cuidando para que não se danifique as
peças do equipamento.

37
o Efetuar a lubrificação dos mancais e motores dos sopradores de fuligem conforme item
“Lubrificação” deste manual;
o Efetuar complementação e ou troca do óleo dos redutores de velocidade dos sopradores
de fuligem conforme item “Lubrificação” deste manual;
o Executar troca dos rolamentos dos sopradores de fuligem conforme manual do fabricante;
o Recomendações adicionais dos rolamentos, redutores e motores, ver catálogos e manuais
do fabricante.
o Conferir o funcionamento dos sensores ou chaves de fim de curso dos sopradores pelo
menos uma vez ao dia.
o Conferir o funcionamento da válvula automática de bloqueio de vapor (rede de vapor para
os sopradores de fuligem) pelo menos uma vez ao dia.
o Conferir o funcionamento da válvula automática de bloqueio de dreno de condensado
(rede de vapor para os sopradores de fuligem) pelo menos uma vez ao dia.
o Conferir vedações e estanqueidade das válvulas manuais e automáticas (rede de vapor
para os sopradores de fuligem) em cada parada do equipamento e na parada anual.
o Nas paradas anuais acompanhar o desgaste dos tubos das serpentinas, se eventualmente
forem encontrados desgastes acentuados, consultar a H.Bremer sobre procedimentos de recuperação ou
substituição;

C.3.4 Grelha Rotativa (Caldeiras Lignodyn e HBFR)


Sobre a grelha é que ocorre a queima do combustível. Um conjunto de grelhas de avanço
contínuo, construída em tubos de aço ASTM refrigerada a água, interligada com a caldeira dimensionada
de acordo com a carga térmica para queima de combustível sólido triturado com baixo ou alto teor de
umidade.
Este sistema de queima se destaca por muitos detalhes importantes, como:
o Operação totalmente automática;
o Funcionamento silencioso;
o Dispensa limpeza na área da queima eliminando parada do equipamento;
o Permite a regulagem de velocidade e espessura do combustível sobre a grelha;
o Permite a queima de combustível triturado com baixou ou alto teor de umidade na mesma
grelha;
o Protegido contra superaquecimento através da refrigeração do circuito de água da própria
caldeira;
o Dotada de um sistema de extração contínua de cinzas e materiais não combustíveis, os
quais são extraídos através de uma rosca até um recipiente externo de calor.
A seguir serão descritos alguns dos equipamentos que fazem parte da Grelha Rotativa:

38
C.3.4.1 – Corpo e Estrutura
A grelha rotativa possui uma construção robusta em chapas e vigas em aço carbono, que
garantem uma ótima rigidez e resistência aos esforços a ela submetidos para sustentação do tapete e do
sistema de acionamento da grelha.

C.3.4.1.1 - Recomendações:
 Manter as portas sempre fechadas durante todo o período de operação do equipamento;
 Verificar e sanar aberturas que possam possibilitar a entrada de ar falso para a caldeira;
 Deve ser executada a limpeza periódica da caixa da grelha (câmara inferior das correntes) com a
retirada de cinzas e resíduos que eventualmente acompanham o combustível. O período entre limpezas é
variável de acordo com o combustível utilizado e a regulagem da caldeira e deverá ser determinado
conforme acompanhamento durante o período de operação, sendo que o nível de depósito nunca deve
obstruir o avanço das correntes da grelha.

C.3.4.2 – Tapete e Caixa de Ar


O tapete da grelha é confeccionado com tubos refrigerados, interligados ao circuito de circulação
de água da caldeira, servindo para apoio do movimento das sapatas que deslizam sob o tapete, sendo que
estas são as responsáveis pelo transporte do combustível. As sapatas possuem sua forma construtiva
desenvolvida a fim de proporcionar um melhor desempenho no transporte do combustível durante sua
combustão. O ar de combustão é injetado pré-aquecido na grelha e distribuído em toda a superfície da
grelha dividido em estágios, onde o ar é pode ser regulado independentemente em cada estágio para
alcançar o melhor desempenho de operação e eficiência.

C.3.4.1.1 - Recomendações:
 Nas paradas anuais acompanhar eventuais desgastes dos tubos e filetes/guias do tapete. Quando
encontrado um desgaste superior a 5mm, consultar a H.Bremer sobre procedimentos de recuperação ou
manutenção;
 Manter os Anteparos de cinzas (instalados no final do tapete da grelha) sempre em bom estado de
conservação, a ausência dos mesmos pode acarretar em superaquecimento da zona dos eixos e mancais
e podendo danifica-los;
 Manter os refratários de fechamento em bom estado de conservação;
 Deve ser executada a limpeza periódica da caixa de ar da grelha com a retirada de cinzas que
eventualmente descendem pelas aberturas de passagem de ar. Limpar em cada parada do equipamento e
na parada anual.
 Em cada parada do equipamento, vistoriar toda a superfície do tapete a fim de identificar qualquer
acúmulo anormal de areias ou cinzas, no caso da identificação de algum ponto, dever ser executada uma

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limpeza mecânica por escovação ou jato de água, sempre cuidando para que não se danifique as peças
da caldeira.
 Deve ser acompanhada a qualidade da água da caldeira, assim com se há incrustações na parte
interna dos tubos. Ao identificar pontos de incrustação, executar imediatamente uma limpeza química,
evitando percas no rendimento do equipamento e superaquecimento das partes pressurizadas.
 Efetuar o reaperto de todas as conexões em cada parada do equipamento.

C.3.4.3 – Acionamento
O avanço do combustível na grelha e proporcionado por um conjunto de correntes em aço carbono
dotadas de sapatas sobrepostas com arrastadores. O deslocamento das correntes e consequentemente o
combustível é acionado através de pistões (cilindros), sendo hidráulicos para caldeiras HBFR-7 e Lignodyn
e pneumático para caldeiras HBFR-1 até HBFR-6, permitindo a variação da velocidade de acordo com a
carga de operação do equipamento.
O acionamento da Grelha é composto por:
o Eixo Motriz com engrenagens e tirantes;
o Eixo Movido com Rodas guia e tirantes;
o Catraca de acionamento;
o Correntes com Sapatas;
o Mancais com suportes;
C.3.4.3.1 – Eixo Motriz com engrenagens e tirantes:
Nos eixos motrizes são montadas as engrenagens que transmitem a movimentação do eixo para
as correntes.
Recomendações:
o Inspecionar regularmente o alinhamento das rodas com o tapete da grelha, corrigindo
qualquer desalinhamento lateral que como consequência poderá provocar o travamento das sapatas e
correntes, paralisando a movimentação da grelha.
o Ajustar o alinhamento das correntes com as engrenagens de modo que as sapatas
mantenham o (nível) que tinham sobre o tapete ao entrar na tangente da engrenagem. O eixo com as
engrenagens não pode ficar nivelado acima ou abaixo desta tangente para evitar o descarrilamento das
correntes.
o Manter os tirantes de travamento lateral das engrenagens sempre apertados e na parada
anual ou sempre que perceber eventual afrouxamento executar o reaperto dos mesmos.

C.3.4.3.2 – Eixo Movido com Rodas Guia e tirantes:


Nos eixos movidos são montadas as rodas movidas que são responsáveis pelo retorno das
correntes para cima do tapete da grelha.

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Recomendações:
o Inspecionar regularmente o alinhamento das rodas com o tapete da grelha, corrigindo
qualquer desalinhamento lateral que como consequência poderá provocar o travamento das sapatas e
correntes, paralisando a movimentação da grelha.
o Ajustar o alinhamento das correntes com as rodas de modo que as sapatas entrem no
nível do tapete (tangencialmente). O eixo com as rodas não pode ficar nivelado acima ou abaixo desta
tangente para evitar o descarrilamento das correntes.
o Manter os tirantes de travamento lateral das rodas sempre bem apertados e na parada
anual executar o reaperto dos mesmos.
o Recomenda-se que ajustes de alinhamento de correntes sejam feitos por técnico
qualificado da H.Bremer ou com acompanhamento do mesmo.

C.3.4.3.3 – Catraca de Avanço:


É responsável pela Movimentação da grelha, podendo ser acionada por cilindro pneumático para
as caldeiras HBFR-1 até HBFR--6 ou cilindro com unidade hidráulica para as caldeiras HBFR-7 e
Lignodyn.

Recomendações:
o Inspecionar regularmente o encaixe da engrenagem com a lingueta de travamento;
o Inspecionar diariamente a existência de vazamento na rede de ar comprimido (caldeiras
HBFR-1 a 6) ou rede hidráulica (caldeiras HBFR-7 e Lignodyn);
o Para caldeiras com acionamento hidráulico, executar reaperto das conexões da tubulação
após a primeira pressurização e manter um procedimento de reaperto pelo menos uma vez por mês.
o Executar Lubrificação dos rolamentos da catraca conforme item “Lubrificação” deste
Manual;
o Executar Troca dos rolamentos da catraca conforme item “Rolamentos” deste Manual;
o Substituir os reparos ou cilindro completos de acionamento da catraca em caso de
identificação de redução da força ou sinais de vazamentos nas vedações;
o Substituir mangueiras de ar ou de óleo em caso de identificação de aparecimento de sinais
de vazamentos nas vedações;
o Executar troca do óleo e limpeza dos filtros regularmente na unidade hidráulica (caldeiras
Lignodyn e HBFR-7) conforme recomendações dos catálogos e manuais do fabricante.
41
o Recomendações adicionais dos rolamentos ver catálogos e manuais do fabricante.
o Conferir o funcionamento dos sensores ou chaves de fim de curso da catraca pelo menos
uma vez ao dia;
o Conferir periodicamente o alinhamento da catraca e cilindro de acionamento para evitar
desgastes prematuros.

C.3.4.3.4 – Correntes com Sapatas:


São responsáveis pelo transporte do combustível sobre a grelha.
Recomendações:
o Inspecionar semestralmente o espaçamento entre sapatas. Sempre que apresentar folga
superior a 5mm deverá ser preenchido com filetes de chapas soldados para manter a folga de projeto de
2mm, e quando as correntes começarem a encavalar sobre as engrenagens, estas deverão ser
substituídas;
o Quando da identificação de uma corrente travada durante o processo (alarme no CCM ou
automação), não acionar a grelha com o intuito de destrava-la, isto acarretará em deformação das
engrenagens e catraca, assim como do tapete da grelha. Para destrava-la deverá ser parado
imediatamente o equipamento para mecanicamente ser efetuada a correção.
o A grelha deve operar com 100% das correntes em movimento, não deverá ser retirada ou
cortada qualquer corrente por motivos de travamento e em seguida voltar a operar.
o Inspecionar regularmente a flecha/barriga das correntes, verificando a distância até o
fundo da caixa da grelha. Caso as sapatas estiverem próximas ou encostando no fundo da caixa, as
correntes deverão ser encurtadas, retirando-se elos e sapatas das mesmas até criar uma folga e também
não encostando na caixa de ar do tapete. Recomendamos o ajuste no comprimento das correntes
inicialmente após seis (6) meses de operação e depois disto, pelo menos uma vez ao ano “se necessário”.

C.3.4.3.5 – Mancais e Suportes:


Os mancais das grelhas rotativas são dimensionados para suportar aos esforços do equipamento
e possibilitar um bom funcionamento do equipamento.
Recomendações:
o Executar Lubrificação dos rolamentos da catraca conforme item “Lubrificação” deste
Manual;
o Executar Troca dos rolamentos conforme item “Rolamentos” deste Manual;
o Substituir caixa dos mancais a cada duas trocas de rolamentos (conforme recomendação
do fabricante);
o Montar corretamente as vedações dos mancais, evitando assim a entrada de
contaminantes que irão danificar o equipamento;

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o Monitorar frequentemente a temperatura dos mancais, sendo que a elevação repentina da
temperatura pode indicar que o rolamento esta gasto ou danificado, necessitando ser substituído com
urgência.
o Recomendações adicionais dos mancais e rolamentos ver catálogos e manuais do
fabricante.

C.3.4.4 – Roscas de Cinzas


São responsáveis pela extração das cinzas, sendo locadas em pontos estratégicos para
proporcionar uma limpeza eficiente da caixa da grelha.
Recomendações:
o Inspecionar regularmente a espessura dos helicoides e diâmetro, visando identificar
desgastes que possam reduzir a capacidade de transporte do equipamento;
o Inspecionar regularmente todas as portas de inspeção e flanges do equipamento, visando
eliminar qualquer entrada de ar falso que possa interferir no processo de combustão e também reascender
as cinzas, que por sua vez podem danificar o corpo do equipamento (roscas e caixa da grelha);
o Efetuar a lubrificação dos mancais, redutores e motores conforme item “Lubrificação” deste
manual;
o Conferir o funcionamento dos sensores e chaves de fim de curso pelo menos uma vez ao
dia.

C.3.5 Grelha Inclinada (Caldeiras Lignodyn e HBFI)


Um conjunto de grelha fixa, construída em tubos de aço ASTM refrigerada a água, interligada com
a caldeira dimensionada de acordo com a carga térmica para queima de combustível em fardos ou toras
com baixo ou alto teor de umidade de acordo com cada projeto.
Este sistema de queima se destaca por muitos detalhes importantes, como:
o Funcionamento silencioso;
o Facilidade de limpeza na área da queima durante a operação, eliminando paradas do
equipamento;
o Permite a queima de combustível em fardos ou em toras com baixo ou alto teor de
umidade;
o Dotada portas inferiores, que permitem a limpeza e acesso para manutenção do
equipamento.
o Grelha refrigerada pelo circuito de água da própria caldeira.
O ar de combustão é injetado pré-aquecido na grelha e distribuído em toda a superfície da grelha
dividido em estágios, onde o ar é regulado facilmente para alcançar o melhor desempenho de operação e
eficiência.

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C.3.5.1.1 - Recomendações:
 Nas paradas anuais acompanhar o desgaste dos tubos e escamas do tapete. Quando encontrado
um desgaste acentuado, consultar a H.Bremer sobre procedimentos de recuperação ou substituição;
 Manter os refratários de fechamento em bom estado de conservação;
 Deve ser executada a limpeza periódica da caixa de ar da grelha com a retirada de cinzas que
eventualmente descendem pelas aberturas de passagem de ar. Limpar em cada parada do equipamento e
na parada anual.
 Deve ser executada a limpeza periódica do fundo da grelha pelas portas traseiras da grelha a cada
turno ou em período definido com a prática de operação;
 Em cada parada do equipamento, vistoriar toda a superfície do tapete a fim de identificar qualquer
acúmulo anormal de areias ou cinzas, no caso da identificação de algum ponto, dever ser executada uma
limpeza mecânica por escovação ou jato de água, sempre cuidando para que não se danifique as peças
da caldeira.
 Deve ser acompanhada a qualidade da água da caldeira, assim com se há incrustações na parte
interna dos tubos. Ao identificar pontos de incrustação, executar imediatamente uma limpeza química,
evitando percas no rendimento do equipamento e superaquecimento das partes pressurizadas.
 Efetuar o reaperto de todas as conexões em cada parada do equipamento.

C.3.6 Superaquecedor de Vapor


O Superaquecedor é um trocador de calor instalado na câmara de reversão dos gases em
caldeiras flamotubulares ou no terceiro passe em caldeiras aquatubulares. O vapor saturado sai do
Gerador (caldeiras Flamotubulares) ou Balão de Vapor (caldeiras Aquatubulares) e entra em um conjunto
de serpentinas. Os gases que estão externamente às serpentinas e em contracorrente ao fluxo de vapor
transferem parte de sua energia ao vapor que passa de saturado para superaquecido com temperatura de
acordo com o projeto. Superaquecedores de convecção variam sua temperatura proporcionalmente à
carga da caldeira e são normalmente aplicados em caldeiras flamotubulares em um passe. Em caldeiras
aquatubulares podem ser aplicados superaquecedores de irradiação e de convecção simultaneamente ou
somente por convecção sendo esse em dois passes intercalados por uma lira com dessuperaquecimento
que faz o controle da temperatura de saída do vapor automaticamente. Nesses casos o coletor de saída é
dotado de válvula de segurança e válvula de vazão mínima, além da válvula manual de bloqueio e essas
devem ser periodicamente inspecionadas quanto ao funcionamento e intertravamento bem como o
dessuperaquecedor para garantir dessa forma a proteção adequada e integridade do equipamento;
Para um perfeito funcionamento as serpentinas devem estar isentas de fuligem. Para isso,
instalamos sopradores de fuligem rotativos e/ou retráteis para limpeza periódica das mesmas os quais

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devem estar sempre em perfeito estado de funcionamento e regularmente lubrificados e inspecionados
quanto a eventuais falhas.

C.3.2.6.1 - Recomendações:
o As serpentinas devem estar isentos de sujidades externas assim como incrustações
internas, evitando assim a perca de capacidade de troca térmica.
o Em cada parada do equipamento, devem ser vistoriadas todas as paredes de modo a
identificar qualquer acumulo de fuligens, no caso da identificação de algum ponto, dever ser executada
uma limpeza mecânica por escovação ou jato de água, sempre cuidando para que não se danifique as
peças do equipamento.
o Efetuar a lubrificação dos mancais e motores dos sopradores de fuligem conforme item
“Lubrificação” deste manual;
o Efetuar complementação e ou troca do óleo dos redutores de velocidade dos sopradores
de fuligem conforme item “Lubrificação” deste manual;
o Executar troca dos rolamentos dos sopradores de fuligem conforme manual do fabricante;
o Recomendações adicionais dos rolamentos, redutores e motores, ver catálogos e manuais
do fabricante.
o Conferir o funcionamento dos sensores ou chaves de fim de curso dos sopradores pelo
menos uma vez ao dia.
o Conferir o funcionamento das válvulas automáticas de bloqueio de vapor (rede de vapor
para os sopradores de fuligem) pelo menos uma vez ao dia.
o Conferir o funcionamento da válvula automática de bloqueio de dreno de condensado
(rede de vapor para os sopradores de fuligem) pelo menos uma vez ao dia.
o Para caldeiras Aquatubulares, conferir o funcionamento da válvula automática de vazão
mínima de vapor, da Válvula de Segurança e do purgador da lira do superaquecedor pelo menos uma vez
ao dia.
o Conferir vedações e estanqueidade das válvulas manuais e automáticas em cada parada
do equipamento e na parada anual.
o Nas paradas anuais acompanhar o desgaste dos tubos das serpentinas, quando
encontrado um desgaste acentuado, consultar a H.Bremer sobre procedimentos de recuperação ou
substituição;

C.3.7 Ar de Combustão
O sistema de ar de combustão é o responsável pela introdução do ar na fornalha e na grelha para
perfeita combustão. Para caldeiras HBFR, HBFI e Lignodyn é composto por dois subsistemas
denominados como ar primário e ar secundário, os quais fazem a introdução do ar em pontos estratégicos

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do equipamento, com garantia de se atingir um excelente desempenho na queima do combustível. Para
caldeira HBFC o ar primário e secundário são executados por um único ventilador;
O ar de combustão é composto por:
o Ventiladores;
o Damper’s;
o Dutos;

C.3.7.1 – Ventiladores
Trata-se de um ventilador centrífugo com construção robusta e balanceado dinamicamente, a fim
de garantir uma máxima vida útil dos componentes do equipamento. É acionado através de um motor
elétrico.
Recomendações:
o Monitorar a vibração no eixo periodicamente, preferencialmente uma vez ao mês;
o Efetuar a lubrificação dos mancais e motores conforme item “Lubrificação” deste manual;
o Executar troca dos rolamentos conforme item “Rolamentos” deste Manual;
o Substituir caixa dos mancais a cada duas trocas de rolamentos (conforme recomendação
do fabricante);
o Montar corretamente as vedações dos mancais, evitando assim a entrada de
contaminantes que irão danificar o equipamento;
o Monitorar frequentemente a temperatura dos mancais, sendo que a elevação repentina da
temperatura pode indicar que o rolamento esta gasto ou danificado, necessitando ser substituído com
urgência.
o Manter as correias de transmissão tensionadas e em bom estado de conservação,
substituindo as mesmas ao menor sinal de desgaste, evitando assim paradas do equipamento por
rompimento ou afrouxamento.
o Manter as portas sempre fechadas durante todo o período de operação do equipamento;
o Verificar e sanar aberturas que possam possibilitar a entrada de ar falso para o sistema;
o Recomendações adicionais dos mancais e rolamentos ver catálogos e manuais do
fabricante.

C.3.7.2 – Damper’s
Equipamentos também chamando de válvulas, cuja função é bloquear e regular a passagem de ar
ou gás para o equipamento. Seu acionamento pode ser manual ou automático, dependendo da sua
aplicação.

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C.3.7.2.1 – Damper Manual
Possui acionamento por intermédio de alavanca com trava, geralmente ajustado no inicio de
operação e somente é alterada a regulagem quando da alteração nas características do combustível ou
produção do equipamento.

C.3.7.2.2 – Damper Automático


Possui acionamento por intermédio de equipamentos interligados ao CCM ou automação, tendo
como principais formas de acionamento:
o Motor Elétrico com Redutor de Velocidade (ON/OFF);
o Cilindro Pneumático com Válvulas de comando (ON/OFF);
o Cilindro Pneumático com Posicionador eletropneumático (Modulante).

C.3.7.2.3 – Recomendações:
o Efetuar a lubrificação dos mancais e motores conforme item “Lubrificação” deste manual;
o Efetuar complementação e ou troca do óleo do redutor de velocidade conforme item
“Lubrificação” deste manual;
o Executar troca dos rolamentos conforme item “Rolamentos” deste Manual (quando
aplicável);
o Substituir caixa dos mancais a cada duas trocas de rolamentos (conforme recomendação
do fabricante) (quando aplicável);
o Substituir os reparos ou cilindro completo de acionamento em caso de identificação de
redução da força ou sinais de vazamentos nas vedações;
o Substituir mangueiras de ar em caso de identificação de aparecimento de sinais de
vazamentos nas vedações;
o Conferir o funcionamento dos sensores ou chaves de fim de curso pelo menos uma vez ao
dia.
o Recomendações adicionais dos rolamentos, cilindros e posicionadores ver catálogos e
manuais do fabricante.

C.3.7.3 – Dutos
São responsáveis pela condução do ar de combustão até os pontos de inserção na zona de
combustão.

Recomendações:
o Manter as portas sempre fechadas durante todo o período de operação do equipamento;
o Verificar e sanar aberturas que possam possibilitar a entrada de ar falso para a caldeira;

47
o Verificar o funcionamento do termômetro de ar aquecido uma vez por dia, identificando a
erro na indicação ou falta desta, o equipamento deverá ser substituído e enviado para conserto e
calibração;

C.3.8 Tiragem de Gases


A tiragem é o processo que garante a introdução do ar na fornalha e proporciona simultaneamente
a extração dos gases formados durante a combustão, os quais circulam através de toda a zona de
combustão, gerador de vapor, passando por economizador (quando aplicável), pré-aquecedor de ar, filtros
e exaustor até sair pela chaminé.
A tiragem de gases é composta por:
o Economizador (caldeiras Lignodyn e HBFR-7)
o Pré Aquecedor de Ar (exceto caldeira HBFC-1);
o Filtro Multiciclone;
o Roscas de Cinzas;
o Válvula de Cinzas;
o Exaustor;
o Damper’s;
o Dutos;
o Chaminé.

C.3.8.1 – Economizador (Caldeiras Lignodyn e HBFR-7)


É um trocador de calor que eleva a temperatura da água de alimentação antes de injetá-la na
caldeira. Assim como no pré-aquecedor de ar o calor cedido á água provém dos gases quentes residuais
que estão por abandonar a caldeira.
Para manter as serpentinas limpas de fuligem e incrustações externas, o economizador possui
sopradores de fuligem, que pelo menos uma vez por turno deve ser acionado para fazer a limpeza com
vapor das serpentinas, desprendendo qualquer deposito que possa prejudicar a troca térmica do
equipamento.
Recomendações:
o Manter as portas sempre fechadas durante todo o período de operação do equipamento;
o Verificar e sanar aberturas que possam possibilitar a entrada de ar falso para a caldeira;
o As serpentinas devem estar isentos de sujidades externas assim como incrustações
internas, evitando assim a perca de capacidade de troca térmica.
o Em cada parada do equipamento, devem ser vistoriadas todas as paredes de modo a
identificar qualquer acumulo de fuligens, no caso da identificação de algum ponto, dever ser executada
uma limpeza mecânica por escovação ou jato de água, sempre cuidando para que não se danifique as
peças do equipamento.

48
o Efetuar a lubrificação dos mancais e motores dos sopradores de fuligem conforme item
“Lubrificação” deste manual;
o Efetuar complementação e ou troca do óleo dos redutores de velocidade dos sopradores
de fuligem conforme item “Lubrificação” deste manual;
o Executar troca dos rolamentos dos sopradores de fuligem conforme manual do fabricante;
o Recomendações adicionais dos rolamentos, redutores e motores, ver catálogos e manuais
do fabricante.
o Conferir o funcionamento dos sensores ou chaves de fim de curso dos sopradores pelo
menos uma vez ao dia.
o Conferir o funcionamento da válvula automática de bloqueio de vapor (rede de vapor para
os sopradores de fuligem) pelo menos uma vez ao dia.
o Conferir o funcionamento da válvula automática de bloqueio de dreno de condensado
(rede de vapor para os sopradores de fuligem) pelo menos uma vez ao dia.
o Conferir vedações e estanqueidade das válvulas manuais e automáticas (rede de vapor
para os sopradores de fuligem) em cada parada do equipamento e na parada anual.
o Nas paradas anuais acompanhar o desgaste dos tubos das serpentinas, quando
encontrado um desgaste acentuado, consultar a H.Bremer sobre procedimentos de recuperação ou
substituição;

C.3.8.2 – Pré Aquecedor de Ar (Exceto caldeira HBFC-1)


É um trocador de calor que eleva a temperatura do ar de combustão antes de projetá-lo na grelha.
O calor cedido ao ar provém dos gases quentes residuais que estão por abandonar a caldeira.
Este equipamento contém no seu interior tubos, pelos quais irão passar os gases que saem da
caldeira. A finalidade dos tubos é separar o ar que passa pelo lado externo desses e os gases resultantes
da combustão que já cederam sua maior parte de energia para a geração do vapor.
Recomendações:
o O pré-aquecedor de ar deve estar isento de acúmulo de cinzas e fuligem em seu interior. A
não limpeza do pré-aquecedor de ar, implicará na diminuição de tiragem do Exaustor, e em consequência
a Caldeira baixará a produção de vapor, bem como ar pré-aquecido terá sua temperatura reduzida o que
reduzirá o rendimento do sistema.
o Para caldeiras Flamotubulares HBFR, HBFI e HBFC a limpeza deve ser feita no mínimo
nos mesmos períodos mencionados para os tubos de chama do gerador ou em caso de apresentar queda
de rendimento do equipamento;
o Para as caldeiras Lignodyn a limpeza deve ser feita na parada anual do equipamento ou
em caso de apresentar queda de rendimento do equipamento;

49
o A Limpeza deve ser realizada com ar comprimido e limpeza manual com escova de aço.
Esta limpeza é feita através da caixa de fumaça que está acoplada no
lado de saída dos gases.

C.3.7.3 – Filtro Multiciclone


Tem a função de reduzir o número de partículas sólidas
lançadas na atmosfera. O filtro fica localizado nos dutos existentes

 entre o gerador e a chaminé.


Saída Os gases resultantes da queima do combustível chegam ao
Entrada dos
filtro e são forçados (pela depressão gerada pelo exaustor) a passarem
dos Gases Gases
por ciclones instalados no interior deste. Em função da força centrífuga
gerada, as partículas sólidas são lançadas contra as paredes dos
ciclones separando-se dos gases e caindo por gravidade para uma
rosca de coleta de cinzas. Já os gases são liberados pela parte
superior dos ciclones indo para o exaustor e posteriormente para a chaminé.
Sua eficiência é determinada em função da granulometria dos particulados retidos.
O Filtro Multiciclone se destaca pela grande capacidade de separação, ocupando pouco espaço,
além de oferecerem baixo custo de manutenção devido a sua construção robusta.
A emissão média de particulados é de <150 mg/Nm³ nos gases com Filtros Modelo CT-49.3.
A emissão média de particulados é de <220 mg/Nm³ nos gases com Filtros Modelo HBT.
A emissão média de particulados é de <350 mg/Nm³ nos gases com Filtros Modelo HBA.

Recomendações:
o Manter as portas sempre fechadas durante todo o período de operação do equipamento;
o Verificar e sanar aberturas que possam possibilitar a entrada de ar falso para o sistema;
o Pelo menos uma vez por ano verificar as espessuras dos ciclones e do corpo do filtro.
Identificando pontos com espessuras muito baixas, as partes danificadas devem ser substituídas
imediatamente, evitando a queda de rendimento do equipamento.
o Para caldeiras HBFC-1 a 4, os filtros estão equipados com tambores para extração das
cinzas. Estes tambores deverão ser substituídos regularmente, o período de troca dos mesmos deverá ser
determinado durante a operação da caldeira de acordo com o combustível a ser queimado.
Opcionalmente, poderá ser considerado sistema automático com roscas para extração diretamente para
contêiner.
o Para caldeiras HBFC-5, HBFR, HBFI e Lignodyn, os filtros estão equipados com roscas
transportadoras para extração das cinzas, que são enviadas para um container. Os containers deverão ser
trocados regularmente. O período de troca dos mesmos deverá ser determinado durante a operação da
caldeira de acordo com o combustível a ser queimado e a carga de operação.

50
o Em cada parada do equipamento, devem ser vistoriadas todas as paredes de modo a
identificar qualquer acumulo de fuligens. No caso da identificação de algum ponto, deve ser executada
uma limpeza mecânica por escovação ou jato de água, sempre cuidando para que não se danifique as
peças do equipamento.

C.3.8.4 – Roscas de Cinzas (Caldeiras HBFC-5, HBFR, HBFI e Lignodyn)


São responsáveis pela extração das cinzas, sendo locadas no fundo do cone de cinzas dos filtros
(normalmente uma por filtro).
Recomendações:
o Inspecionar regularmente a espessura dos helicoides e diâmetro, visando identificar
desgastes que possam reduzir a capacidade de transporte do equipamento;
o Inspecionar regularmente todas as portas de inspeção e flanges do equipamento, visando
eliminar qualquer entrada de ar falso que possa interferir no processo de combustão e também reascender
as cinzas, que por sua vez podem danificar o corpo do equipamento (roscas e corpo do filtro);
o Efetuar a lubrificação dos mancais, redutores e motores conforme item “Lubrificação” deste
manual;
o Conferir o funcionamento dos sensores e chaves de fim de curso pelo menos uma vez ao
dia.
o Recomendações adicionais dos rolamentos, redutores e motores, ver catálogos e manuais
do fabricante.

C.3.8.5 – Válvula de Cinza (Caldeiras HBFC-5, HBFR, HBFI e Lignodyn)


Localizada na ponta da rosca de extração de cinzas a válvula tem como função fazer a vedação
entre o interior do equipamento e o ambiente, impedindo assim a entrada de ar falso, garantindo a
eficiência do sistema. A válvula pode ser acionada por motorredutor acoplado diretamente no eixo ou por
transmissão por corrente ao eixo da rosca do filtro.
A válvula de extração de cinzas pode ser tipo rotativa ou dupla comporta. Ambas possuem a
mesma função. Entretanto a dupla comporta possui menor custo de manutenção.
Recomendações:
o Inspecionar regularmente a estanqueidade da válvula, visando identificar desgastes que
possam permitir a passagem de ar para dentro do equipamento, esta medição pode ser feita com a régua
de coluna de água (fornecida no Start-UP do equipamento) medindo antes e depois da válvula;
o Inspecionar regularmente todas as portas de inspeção e flanges do equipamento, visando
eliminar qualquer entrada de ar falso que possa interferir no processo de combustão e também reascender
as cinzas, que por sua vez podem danificar o corpo do equipamento (roscas e corpo do filtro);
o Efetuar a lubrificação dos mancais, redutores e motores conforme item “Lubrificação” deste
manual;

51
o Conferir o funcionamento dos sensores e chaves de fim de curso pelo menos uma vez ao
dia.
o Recomendações adicionais dos rolamentos, redutores e motores, ver catálogos e manuais
do fabricante.
o A H.Bremer oferece serviços em sua fabrica serviço de recuperação das válvulas de
cinzas sendo sua execução realizada sob consulta.

C.3.8.6 – Exaustor
Para executar a tiragem dos gases de combustão, é utilizado o exaustor localizado nos dutos de
saída entre a caldeira e a chaminé. Trata-se de um ventilador centrífugo com construção robusta e
balanceado dinamicamente, a fim de garantir uma máxima vida útil dos componentes do equipamento. É
acionado através de um motor elétrico.
Recomendações:
o Monitorar a vibração no eixo periodicamente, preferencialmente uma vez ao mês;
o Efetuar a lubrificação dos mancais e motores conforme item “Lubrificação” deste manual;
o Executar troca dos rolamentos conforme item “Rolamentos” deste Manual;
o Substituir caixa dos mancais a cada duas trocas de rolamentos (conforme recomendação
do fabricante);
o Montar corretamente as vedações dos mancais, evitando assim a entrada de
contaminantes que irão danificar o equipamento;
o Monitorar frequentemente a temperatura dos mancais, sendo que a elevação repentina da
temperatura pode indicar que o rolamento esta gasto ou danificado, necessitando ser substituído com
urgência.
o Manter as correias de transmissão tensionadas (quando aplicadas) e em bom estado de
conservação, substituindo as mesmas ao menor sinal de desgaste, evitando assim paradas do
equipamento por rompimento ou afrouxamento.
o Vistoriar a espessura do corpo e do rotor pelo menos uma vez ao ano, identificando a
perda de espessura, as partes danificadas deverão ser substituídas imediatamente.
o Manter as portas sempre fechadas durante todo o período de operação do equipamento;
o Verificar e sanar aberturas que possam possibilitar a entrada de ar falso para o sistema;
o Recomendações adicionais dos mancais e rolamentos ver catálogos e manuais do
fabricante.

C.3.8.7 – Damper’s
Equipamentos também chamando de válvulas, cuja função é bloquear e regular a passagem de ar
ou gás para o equipamento. Seu acionamento pode ser manual ou automático, dependendo da sua
aplicação.

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C.3.8.7.1 – Damper Manual
Possui acionamento por intermédio de alavanca com trava, geralmente ajustado no inicio de
operação e somente é alterada a regulagem quando da alteração nas características do combustível ou
produção do equipamento.

C.3.8.7.2 – Damper Automático


Possui acionamento por intermédio de equipamentos interligados ao CCM ou automação, tendo
como principais formas de acionamento:
o Motor Elétrico com Redutor de Velocidade (ON/OFF);
o Cilindro Pneumático com Válvulas de comando (ON/OFF);
o Cilindro Pneumático com Posicionador eletropneumático (Modulante).
C.3.8.7.3 – Recomendações:
o Efetuar a lubrificação dos mancais e motores conforme item “Lubrificação” deste manual;
o Efetuar complementação e ou troca do óleo do redutor de velocidade conforme item
“Lubrificação” deste manual;
o Executar troca dos rolamentos conforme item “Rolamentos” deste Manual (quando
aplicável);
o Substituir caixa dos mancais a cada duas trocas de rolamentos (conforme recomendação
do fabricante) (quando aplicável);
o Substituir os reparos ou cilindro completo de acionamento em caso de identificação de
redução da força ou sinais de vazamentos nas vedações;
o Substituir mangueiras de ar em caso de identificação de aparecimento de sinais de
vazamentos nas vedações;
o Conferir o funcionamento dos sensores ou chaves de fim de curso pelo menos uma vez ao
dia.
o Recomendações adicionais dos rolamentos, cilindros e posicionadores ver catálogos e
manuais do fabricante.

C.3.8.8 – Dutos
São responsáveis pela condução do Gás de combustão da caldeira até a Chaminé.

Recomendações:
o Manter as portas sempre fechadas durante todo o período de operação do equipamento;
o Verificar e sanar aberturas que possam possibilitar a entrada de ar falso para a caldeira;
o Verificar o funcionamento dos termômetros de gás quente uma vez por dia, identificando a
erro na indicação ou falta desta, o equipamento deverá ser substituído e enviado para conserto e
calibração;

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C.3.8.9 – Chaminé
É responsável pela condução do gás para a atmosfera com altura acima do equipamento.
Construída em chapas de aço, calandradas e confeccionadas em módulos flangeados de fácil montagem.
Sua fixação na base se da através de chumbadores de aço os quais garantem sua fixação.

Pode ser autoportante ou estaiado dependendo de cada projeto.

Recomendações:
o Manter as portas sempre fechadas durante todo o período de operação do equipamento;
o Pelo menos uma vez por ano verificar as espessuras do corpo da chaminé.
o Manter dreno de fundo da chaminé sempre limpo para evitar acúmulo de sujeiras e
umidade que podem causar corrosão localizada na base.

C.3.9 Sistema de Alimentação de Água da Caldeira


O sistema de área de aquecimento da caldeira tem como portador térmico a água que deve
atender em sua qualidade as exigências conforme as especificações referentes à água da caldeira.
A água de alimentação de uma caldeira influi diretamente na vida útil da mesma bem como na
eficiência de operação. Para assegurar um bom desempenho e longa vida do equipamento, torna-se
necessário fazer a análise química da água por um laboratório qualificado, podendo fornecer as
necessárias informações sobre a necessidade e o tipo de tratamento a ser aplicado. Assim sendo, para a
análise e tratamento da água de alimentação, devem-se observar os limites máximos toleráveis. É
altamente recomendável que seja verificada a qualidade da água de alimentação e da água da caldeira
diariamente para permitir correção imediata em caso de qualquer desvio dos parâmetros recomendados.
A quantidade de vapor retirada deve ser substituída por quantidade equivalente de água de
caldeira com a qualidade conforme especificações. Abaixo segue tabela com os parâmetros mínimos
recomendados da água da caldeira e água de reposição de acordo com a pressão de operação do
equipamento:

 Caldeira com vapor Saturado e 10kgf/cm²:


o Parâmetros de controle para água de alimentação:
Oxigênio dissolvido <0,007mg/l em O2
Ferro total <0,1 mg/l em Fe
Cobre total <0,05 mg/l em Cu
Dureza total <0,5 mg/l em CaCO3
pH a 25ºC =8,8 a 9,6

54
o Parâmetros de controle para água de caldeira:
Sílica <150 mg/l em SiO2
Alcalinidade total <1000 mg/l em CaCO3
Condutividade específica <3000µS/cm a 25ºC
pH =10,8 a 11,3
-
Cloretos <300 mg/l em Cl

 Caldeira com vapor Saturado até 23kgf/cm²:


o Parâmetros de controle para água de alimentação:
Oxigênio dissolvido <0,007mg/l em O2
Ferro total <0,05 mg/l em Fe
Cobre total <0,025 mg/l em Cu
Dureza total <0,3 mg/l em CaCO3
pH a 25ºC =8,8 a 9,6

o Parâmetros de controle para água de caldeira:


Sílica <90 mg/l em SiO2
Alcalinidade total <850 mg/l em CaCO3
Condutividade específica <1000µS/cm a 25ºC
pH =10,5 a 11
-
Cloretos <100 mg/l em Cl

 Caldeira com vapor Superaquecido até 45kgf/cm²:


o Parâmetros de controle para água de alimentação:
Oxigênio dissolvido <0,007mg/l em O2
Ferro total <0,025 mg/l em Fe
Cobre total <0,02 mg/l em Cu
Dureza total <0,2 mg/l em CaCO3
pH a 25ºC =8,8 a 9,6

o Parâmetros de controle para água de caldeira:


Sílica <30 mg/l em SiO2
Alcalinidade total <200 mg/l em CaCO3
Condutividade específica <300µS/cm a 25ºC
pH =9,6 a 10,2
-
Cloretos <80 mg/l em Cl

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 Caldeira com vapor Superaquecido até 65kgf/cm²:
o Parâmetros de controle para água de alimentação:
Oxigênio dissolvido <0,007mg/l em O2
Ferro total <0,020 mg/l em Fe
Cobre total <0,01 mg/l em Cu
Dureza total <0,05 mg/l em CaCO3
pH a 25ºC =8,8 a 9,6

o Parâmetros de controle para água de caldeira:


Sílica <8 mg/l em SiO2
Alcalinidade total <100 mg/l em CaCO3
Condutividade específica <200µS/cm a 25ºC
pH =9,6 a 10,2
-
Cloretos <30 mg/l em Cl
Fosfato =2 a 10mg/l em PO4

 Os parâmetros de controle da água de alimentação e da água da caldeira devem ser monitorados


periodicamente sendo o mínimo uma vez a cada turno e conforme indicações da empresa
responsável pela qualidade da água da caldeira.

A qualidade da água da caldeira influi diretamente no desempenho do equipamento e na vida útil


do mesmo. No gráfico abaixo pode-se observar uma referência do impacto das incrustações oriundas da
água de caldeira fora das especificações na transferência de calor do equipamento.
“As incrustações geram riscos a segurança do equipamento e ao ser Humano”.

56
Com a diminuição da taxa de transferência de calor, o equipamento terá que consumir mais
combustível para buscar a pressão e produção nominal, acarretando em maior custo produtivo. Além disso
todos os materiais da caldeira irão operar com temperaturas acima daquelas definidas em projeto e assim
redução significativa da vida útil, além de causar paradas indesejadas.
Os parâmetros de controle da água de alimentação e da água da caldeira devem ser monitorados
periodicamente sendo o mínimo uma vez a cada turno e conforme indicações da empresa responsável
pela qualidade da água da caldeira. O objetivo das medições localizadas e identificar os sólidos dissolvidos
em todos os pontos e com os resultados fazer a descarga com maior intensidade onde existir
concentração, tendo a vantagem de economizar descargas nos pontos que não apresentarem
concentração acima do recomendável e melhor desempenho do tratamento e controle da água na caldeira.
Como pontos de coleta de amostras, podemos recomendar:
o Garrafa de Nível da caldeira;
o Descarga/Dreno do Gerador/Balão de Vapor;
o Descarga/Dreno da Fornalha;
o Descarga/Dreno da Grelha.
A regulagem da água de alimentação é realizada através de uma válvula de controle (em caldeiras
que possuem instrumentação), que ajusta o fluxo proporcionalmente em dependência do nível de água no
gerador de vapor.
Para caldeiras que não possuem controle de nível de água a operação das bombas é em ON-OFF,
ou seja, liga em nível mínimo e desliga em nível máximo.

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Para os casos em que não é adquirido o tanque de condensado ou o desaerador da H.Bremer, o
cliente deverá verificar a curva da bomba, no que diz respeito ao NPSH. Para se projetar a tubulação de
sucção da bomba e a altura do reservatório de água de alimentação da caldeira.
O sistema de Alimentação de água é composto por:
o Tanque de Condensado ou Desaerador;
o Bombas de Alimentação de Água;
o Tubulação;
o Alimentação alternativa de água para a caldeira.

C.3.9.1 – Tanque de Condensado ou Desaerador.


Recomenda-se que o reservatório de água de caldeira atenda no mínimo 0,5hs de operação da
caldeira. Para atender a esta solicitação a H.Bremer oferece a instalação de um tanque de condensado ou
desaerador a ser instalado acima das bombas de alimentação da caldeira.

C.3.9.1.1 – Tanque de Condensado


Tem a função de receber e armazenar o condensado não contaminado que retorna do processo
após sua utilização, e receber também a água de reposição para completar o volume necessário para o
abastecimento da caldeira. No tanque de condensado são montadas válvulas tipo boia, de descarga, além
de visor de nível e termômetro para indicar a temperatura da água de abastecimento, sendo ele
completamente isolado com lã de rocha e revestido externamente com chapas de aço carbono. O tanque
de condensado é montado sobre uma estrutura elevada, construída em perfis estruturais de aço carbono,
com a finalidade de facilitar a sucção da bomba (superior NPSH da bomba).
O tanque de condensado possui em sua porção inferior um eletrodo de nível de emergência com
respectivo relê que caso seja atuado, irá desligar a caldeira e na sequencia as bombas de alimentação de
água da caldeira para proteção das mesmas.

C.3.9.1.2 – Desaerador
No desaerador, é recebido o condensado não contaminado e a água de reposição. Essa é
aquecida por contato direto com o vapor em contracorrente no corpo, eliminando os gases não
condensáveis, como o gás carbônico principalmente o oxigênio dissolvido na água através de um suspiro
no topo do cabeçote. É importante manter a temperatura constantemente alta (105ºC) para remoção
completa e constante de oxigênio.
No desaerador ainda pode-se fazer a inserção de produtos químicos complementares ao
tratamento da água

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C.3.9.1.3 – Recomendações
 Inspecionar regularmente as válvulas de bloqueio e segurança (esta última apenas para o
desaerador) durante operação;
 Procedimentos de inspeção, cuidados e manutenção das válvulas de segurança ver item C.3.1.3
deste manual.
 Inspecionar regularmente os visores de nível, efetuando limpeza sempre que apresentarem algum
tipo de sujidade que possa impossibilitar a visualização.
 Inspecionar anualmente o interior do tanque.
 Efetuar o reaperto de todas as conexões em cada parada do equipamento.
 No visor de nível existente no tanque, existem duas válvulas laterais e uma inferior de descarga. A
descarga do mesmo deve ser executada periodicamente fechando-se a válvula superior do visor e
abrindo-se a válvula de fundo mantendo a válvula lateral inferior aberta. Não esquecer de que após a
descarga abrir novamente a válvula superior do visor para manter a comunicação com a garrafa de nível.
A descarga também pode ser efetuada mantendo-se as duas válvulas laterais do visor abertas.
 Periodicamente todos os manômetros e termômetros deverão ser calibrados e seu local de
instalação deverá estar sempre limpo e de fácil visualização para o operador.
 Para o desaerador, temos instalado um pressostato que é responsável pelo desligamento da
alimentação de vapor por pressão alta e deve ser mantido em bom estado de conservação e
periodicamente deve ter seus contatos elétricos conferidos.
 No desaerador temos estações de controle de nível e pressão, que devem ser mantidas em bom
estado de conservação, com os instrumentos calibrados e as válvulas de controle ajustadas às
especificações de projeto. Anualmente as válvulas de controle assim como os instrumentos deverão ser
verificadas e calibradas.

C.3.9.2 – Bombas de Alimentação de Água.


São responsáveis pela alimentação de água para a caldeira. Dimensionadas de formas a atender
as especificações da NR-13, sendo duas unidades de alimentação, a primeira para alimentar a caldeira e a
segunda que deve ser ligada a uma fonte alternativa de energia para operar em caso de emergência. As
bombas são acopladas diretamente ao motor e operam com pressão de trabalho superior a pressão
máxima de trabalho da caldeira de forma a garantir a reposição de água em qualquer condição
operacional.
A sua instalação hidráulica é dotada de válvulas de retenção evitando o retorno do liquido, bem
como a entrada de ar no circuito de aspiração. A alimentação de água na caldeira é automática, e esta é
comandada eletricamente através dos eletrodos existentes dentro da garrafa de nível e também pelo
controle proporcional em caso de caldeira automatizada.

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C.3.9.2.1 – Procedimento Antes do Funcionamento
 Fixação da bomba e de seu acionador firmemente na base;
 Fixação da tubulação de sucção e de recalque;
 Conectar e colocar em funcionamento as tubulações e conexões auxiliares (quando houver);
 Fazer as ligações elétricas, certificando-se que todos os sistemas de proteção do motor
encontram- se devidamente ajustados e funcionando;
 Examinar o mancal quanto à limpeza e penetração de umidade. Preencher o suporte de mancal
com óleo conforme indicado Manual do Fabricante;
 Verificação do sentido de rotação do acionador, fazendo-a com a bomba desacoplada para evitar a
operação “a seco” da bomba;
 Certifique-se manualmente de que o conjunto girante rode livremente;
 Certifique-se de que o alinhamento do acoplamento foi executado;
 Montar o protetor de acoplamento;
 Fazer a escorva da bomba, isto é, encher a bomba e a tubulação de sucção com água ou com
líquido a ser bombeado, eliminando-se simultaneamente o ar dos interiores, através do dreno instalado no
corpo de sucção;
 Certificar-se de que as porcas do aperta gaxeta (quando aplicável) estão apenas encostadas;
 Verificar se um eventual registro existente na tubulação de equilíbrio do empuxo axial se encontra
aberto;
 Abrir totalmente o registro de sucção. Deixar a bomba atingir a temperatura de bombeamento.
 Fechar quase totalmente o registro de recalque;
 Existindo válvula de retenção e devendo a bomba partir com o registro aberto, observar se existe
contrapressão no sistema (exemplo pressão de caldeira). Na falta de contrapressão a bomba somente
deverá partir com registro de recalque no ponto de trabalho.

C.3.9.2.2 – Procedimento Imediatos após o Funcionamento


 Ajustar a bomba para o ponto de operação (pressão e vazão), abrindo-se lentamente o registro de
recalque, logo após o acionador ter atingido sua rotação nominal;
 Controlar a corrente consumida (amperagem) pelo motor elétrico, e o valor da tensão na rede;
 Certificar-se de que o valor da pressão de sucção e a temperatura do líquido bombeado são os
valores previstos no projeto;
 Certificar-se de que a bomba opera livre de vibrações e ruídos anormais;
 Controlar a temperatura do mancal. Nas primeiras 2 a 3 horas de funcionamento a temperatura
tende a aumentar, estabilizando posteriormente. A mesma poderá atingir até 50º acima da temperatura
ambiente, não devendo a soma exceder a 90º C;

60
 Ajustar o engaxetamento apertando-se as porcas do aperta gaxeta cerca de 1/6 de volta. Como
todo engaxetamento recém-executado requer certo período de acomodação, o mesmo deve ser observado
nas primeiras 5 a 8 horas de funcionamento, e em caso de vazamento excessivo apertar as porcas do
aperta gaxeta cerca de 1/6 de volta. Durante o funcionamento todo engaxetamento deve gotejar;
 Controlar a temperatura da água de resfriamento, (quando aplicável) sendo admissível uma
temperatura diferencial de 10ºC entre entrada e saída;
 Os itens acima deverão ser controlados a cada 15 minutos, durante as primeiras 2 horas de
operação. Se tudo estiver normal, novos controles deverão ser feitos de hora em hora durante as primeiras
5 a 8 horas iniciais.
 Verificar se os dispositivos de proteção contra operação inferior à vazão mínima estão funcionando
(quando utilizado).
Obs.: Se durante esta fase for encontrada alguma anormalidade, consultar manual da
bomba e/ou avisar responsável pela assistência técnica da bomba ou a H.Bremer.

C.3.9.2.3 – Recomendações
 Controlar a temperatura da água de resfriamento, (quando aplicável) sendo admissível uma
temperatura diferencial de 10ºC entre entrada e saída;
 Uma chave seletora no painel permite selecionar para funcionamento tanto bomba Nº1 como a
bomba Nº2, o que deverá ser feito semanalmente para evitar que uma das bombas trave devido à
oxidação. Cada bomba deverá trabalhar pelo menos uma semana alternadamente.

C.3.9.2.4 – Verificação Semanal


 Ponto de operação da bomba;
 Corrente consumida pelo motor e valor da tensão da rede;
 Pressão de sucção;
 Vibrações e ruídos anormais;
 Nível de óleo;
 Vazamento das gaxetas;
 Posição do pino de controle do desgaste do dispositivo de equilíbrio do empuxo axial. Substituir
imediatamente o dispositivo quando o pino atingir a marca mais próxima da bomba.
 A bomba de reserva instalada deve ser colocada em operação semanalmente.

C.3.9.2.5 – Verificação Mensal


 Intervalo de troca de óleo;
 Temperatura dos mancais;
 Controlar a temperatura do líquido de resfriamento quando houver.

61
C.3.9.2.6 – Verificação Semestral
 Parafuso de fixação da bomba, do acionador e da base;
 Alinhamento do conjunto bomba-acionador;
 Lubrificação do acoplamento (quando aplicável);
 Substituir o engaxetamento se necessário;
 Dispositivo de proteção contra operação inferior à vazão mínima quando necessário;
 Re-calibração dos instrumentos de medição;

C.3.9.2.6 – Verificação Anual


 Desmontar a bomba para manutenção. Após limpeza inspecionar o estado de todas as peças;

C.3.9.2.7 – Providências para Parada da Bomba


Na parada da bomba observar as seguintes providências em sequência:
 Fechar registro de recalque;
 Desligar a máquina acionadora e observar a parada gradativa e suave do conjunto;
 Fechar o registro de sucção (se houver);
 Fechar as tubulações auxiliares (quando houver, e desde que não haja contra indicação).

C.3.9.2.8 – Lubrificação dos Mancais


As bombas saem de fábrica sem óleo no suporte e após a constatação de que o mesmo está livre de
sujeira e umidade, o preenchimento deve ser da seguinte maneira:
 Extrair o bujão da parte superior do suporte de mancal. Certifica-se de que o bujão de dreno esteja
apertado;
 Completar com óleo através do furo da parte superior, até que vaze pelo extravasador da tampa do
mancal;
 Recolocar o bujão na parte superior do suporte de mancal.

62
Colocação de Óleo no Mancal

NOTA: Alertamos que tanto uma lubrificação deficiente quanto uma excessiva, trazem efeitos
prejudiciais.

C.3.9.2.9 – Intervalo de Lubrificação das Bombas de Água


Procedimentos, intervalos de lubrificação e tipos de óleos ou graxas, verificar nos manuais específicos
dos fornecedores.

C.3.9.3 – Tubulação de Alimentação de Água.


Faz a interligação entre o tanque e as bombas, assim como das bombas a caldeira, construída em
tubos nos quais estão instaladas válvulas de bloqueio e retenção para cada bomba, com a finalidade de
facilitar a manutenção das bombas sem a necessidade de drenagem da caldeira ou parada do
equipamento, e evitar o refluxo da água no sistema.

C.3.9.3.1 – Recomendações
 Inspecionar regularmente as válvulas de bloqueio e retenção;
 Efetuar regularmente a limpeza dos filtros instalados antes das bombas;
 Efetuar o reaperto de todas as conexões em cada parada do equipamento.
 Periodicamente todos os manômetros e termômetros deverão ser calibrados e seu local de
instalação deverá estar sempre limpo e de fácil visualização para o operador.
 Nas caldeiras Automatizadas temos estações de controle de nível, que devem ser mantidas em
bom estado de conservação, com os instrumentos calibrados e as válvulas de controle ajustadas as
especificações de projeto. Anualmente as válvulas de controle assim como os instrumentos deverão ser
verificadas e calibradas.

C.3.9.4 – Alimentação alternativa de água para a caldeira.


Conforme norma regulamentadora NR-13, a caldeira deve ter uma fonte alternativa de reposição
de água em caso de falta de energia, que nesse caso pode ser:
o Gerador de energia elétrica ligado às bombas;
o Bomba alternativa com motor à combustão interna;
o Injetor a Vapor quando for possível.

C.3.9.4.1 – Gerador de energia elétrica ligado às bombas.


Em caldeiras que não possuem bomba com motor a combustão ou injetor, deverá ser instalado um
gerador de energia alternativa que deve entrar em funcionamento imediatamente após qualquer queda na

63
alimentação de força da planta, fazendo a alimentação das bombas de água da caldeira (apenas uma
operacional) e estes garantindo a alimentação de água da caldeira.

C.3.9.4.2 – Bomba alternativa com motor à combustão interna.


Em caldeiras que não possuem gerador de energia de emergência ou injetor, deverá ser instalada
uma bomba com motor a combustão interna, este deverá ser acionado pelo operador (em campo)
imediatamente após a queda de energia da planta, garantindo a alimentação de água da caldeira.

C.3.9.4.3 – Injetor a Vapor.


O injetor é usado num caso de emergência, quando a(s) bomba(s) não funcionar (em). São
projetados para operação de caldeiras com pressões de 2 a 9,8kgf/cm² e a temperatura de água de
reposição não pode exceder a 40°C.
Recomendações:
 Para que este equipamento esteja sempre em condições de perfeito funcionamento, é necessário
que pelo menos uma vez por dia se faça o mesmo funcionar para que não trave por falta de uso.
 Sempre lembrando que o injetor não funciona com água quente, e que o reservatório de água fria
deve estar acima do injetor.
 Para opera-lo:
o Abre-se o registro que permite a entrada de água para a Caldeira, antes da válvula de
retenção.
o Abre-se o registro de água e ela desce através da descarga pelo visor (abaixo do injetor).
o Se a água estiver passando pelo visor, pode-se abrir lentamente o registro de vapor que
está ligado ao injetor.
o Feitas as operações acima, é necessário fazer-se a regulagem da entrada de vapor no
injetor, para que este injete a água para dentro da Caldeira.
o Para isto, o injetor possui uma maçaneta que se gira permitindo maior ou menor entrada
de vapor. Deve-se ao mesmo tempo, observar o visor onde a água esta escorrendo, no instante em que o
injetor funcionar, a água não mais irá passar pela descarga (visor), neste ponto a regulagem deverá ficar.
o Feita esta operação, deve-se ficar observando o nível de água na garrafa de nível, para se
assegurar que está entrando água.
o O injetor não funcionará com pressão abaixo 2kgf/cm² e também não funcionará com a
mesma perfeição acima de 9,8 kgf/cm² conforme especificação do fabricante.
o Recomendações adicionais verificar manual do fabricante junto ao prontuário da caldeira.

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Representação da instalação do injetor de emergência

C.3.10 Drenos e Descargas da Caldeira.


As caldeiras H.Bremer são dotadas de um sistema de descarga e drenagem, em todos os pontos
mais baixos do gerador, da grelha e fornalha com tubulações que se encontram todas no cavalete de
descargas onde estão as válvulas, posteriormente indo para o balão de dreno.
Quando da utilização de água de alimentação da caldeira conforme a especificação indicada neste
manual e sem sólidos em suspensão, o dreno ocorrerá somente em caso de um esvaziamento geral do
equipamento, em operação não será necessário. A determinação da necessidade de efetuar descargas na
caldeira é resultante dos parâmetros da água de alimentação, que devem ser monitorados periodicamente
sendo o mínimo uma vez a cada turno e conforme indicações da empresa responsável pela qualidade da
água da caldeira. O objetivo das medições localizadas e identificar os sólidos dissolvidos em todos os
pontos e com os resultados fazer a descarga com maior intensidade onde existir concentração, tendo a
vantagem de economizar descargas nos pontos que não apresentarem concentração acima do
recomendável e melhor desempenho do tratamento e controle da água na caldeira.
O sistema conta com os seguintes pontos:
o Dreno/Descarga da grelha;
o Dreno/Descarga da fornalha;
o Dreno/Descarga do gerador (caldeiras Flamotubulares);
o Dreno do Balão de Vapor (caldeiras Aquatubulares);
o Dreno/Descarga da garrafa de nível;

Recomendações:
o Inspecionar regularmente as válvulas de bloqueio e Descarga;
o Efetuar o reaperto de todas as conexões em cada parada do equipamento.

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o Nas caldeiras com válvulas automatizadas, mantê-las em bom estado de conservação e
anualmente deverão ser verificadas e calibradas.

C.3.10.1 – Operação da descarga de fundo.


A duração de uma descarga de fundo tem a média de cinco segundos por válvula, e é feita em
uma válvula de cada vez. O processo manual se realiza da seguinte maneira:
1. Abre-se lentamente a válvula que se dará à descarga;
2. Abre-se a válvula de descarga rápida;
3. Fecha-se á válvula que foi dada à descarga e faça o mesmo procedimento para a próxima
válvula.
Quando a caldeira possui válvulas automáticas para descargas, esse processo é realizado da
mesma forma, com um temporizador que deve ser ajustado para a frequência necessária de descargas.

C.3.11 Alimentação de Combustível Sólido.


O combustível é dosado de forma homogênea e constante sobre a grelha, garantindo uma
excelente queima do material.
A H.Bremer dispõe de vários sistemas de dosagem de biomassa, cada qual com sua aplicação
especifica:
o Conjunto alimentador por roscas;
o Conjunto alimentador de êmbolo;
o Conjunto alimentador por espargidores;
o Alimentação com caixa e porta guilhotina para Lenha em Toras;

C.3.11.1 – Conjunto Alimentador por Roscas.


A caldeira pode ter um ou dois conjuntos alimentadores os quais são compostos por duas ou mais
roscas que extraem o combustível do silo de transferência e transportam para a parte frontal da grelha.
O acionamento das roscas é feito através de motorredutores acionados por inversores de
frequência o que permite a dosagem exata do combustível necessário.
A alimentação do silo de transferência deve possuir um sistema de temporização que deve ser
ajustado em operação de forma que abasteça o silo de transferência quando próximo ao nível mínimo e
pare de alimentar quando estiver no nível máximo determinado por meio de uma palanca com fim de
curso.

C.3.11.1.1 – Recomendações
o Inspecionar regularmente a espessura dos helicoides e diâmetro, visando identificar
desgastes que possam reduzir a capacidade de transporte do equipamento;

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o Inspecionar regularmente todas as portas de inspeção e flanges do equipamento, visando
eliminar qualquer entrada de ar falso que possa interferir no processo de combustão e também provocar o
acendimento do combustível (chama) ainda no alimentador, o que por poderá danificar o corpo do
equipamento (roscas e corpo do alimentador);
o Efetuar a lubrificação dos mancais, redutores e motores conforme item “Lubrificação” deste
manual;
o Conferir o funcionamento dos sensores e chaves de fim de curso pelo menos uma vez ao
dia.
o Recomendações adicionais dos rolamentos, redutores e motores, ver catálogos e manuais
do fabricante.

C.3.11.2 – Conjunto Alimentador com Êmbolo.


A caldeira pode ter de um a quatro alimentadores os quais consistem em um silo de transferência
(sem capacidade de estocagem) que encaminha o combustível para um túnel em forma de gaveta, onde o
mesmo é empurrado para dentro da caldeira através de um empurrador acoplado a um cilindro hidráulico.
O embolo é acionado por cilindros e comandado por uma unidade hidráulica, e a variação de
velocidade do sistema será realizada pelo inversor de frequência instalado no motor da bomba hidráulica.

C.3.11.2.1 – Recomendações
o Inspecionar uma vez por turno a existência de vazamento na rede de ar comprimido da
válvula de inundação de emergência;
o Inspecionar uma vez por turno a existência de vazamento na rede e unidade hidráulica;
o Executar reaperto das conexões da tubulação hidráulica após a primeira pressurização e
manter um procedimento de reaperto pelo menos uma vez por mês.
o Substituir os reparos ou cilindro completos de acionamento em caso de identificação de
redução da força ou sinais de vazamentos nas vedações;
o Substituir mangueiras de óleo em caso de identificação de aparecimento de sinais de
vazamentos nas vedações;
o Executar troca do óleo e limpeza dos filtros regularmente na unidade hidráulica conforme
recomendações dos catálogos e manuais do fabricante.
o Recomendações adicionais da unidade hidráulica, ver catálogo e manuais do fabricante.
o Conferir o funcionamento dos sensores ou chaves de fim de curso pelo menos uma vez ao
dia.
o Verificar e regular a contra faca (altura) pelo menos uma vez ao mês, mantendo uma folga
de <1mm.

67
o Verificar a afiação das facas e contra facas pelo menos uma vez ao mês, notando a
ausência de cume de corte, as facas deverão ser afiadas e a contra faca rotacionada em 90° (a contra faca
possui quatro faces cortantes a serem utilizadas).
o Executar inspeção de espessura do corpo inferior e do carro do embolo uma vez ao ano,
encontrando redução de espessuras consideráveis, substituir as peças o quanto antes.

C.3.11.3 – Conjunto Alimentador por Espargidores.


É instalado na parte frontal da fornalha, faz alimentação de combustível triturado como cavacos e
bagaço de cana. O alimentador é abastecido através de uma válvula dosadora de combustível, acionadas
independentemente e com possibilidade de variação de rotação.
A caixa do Espargidor possui uma alavanca para regulagem manual do ângulo de entrada do
combustível sob o tapete da grelha. O ar que abastece o espargidor é alimentado através de um ventilador
centrífugo de alta pressão.
O sistema de Alimentação por Espargidor é composto por:
o Ventilador de ar;
o Damper’s;
o Dutos de Ar;
o Espargidor;
o Válvula Dosadora.

C.3.11.3.1 – Ventilador de ar
Trata-se de um ventilador centrífugo com construção robusta e balanceado dinamicamente, a fim
de garantir uma máxima vida útil dos componentes do equipamento. É acionado através de um motor
elétrico.
Recomendações:
o Monitorar a vibração no eixo periodicamente, preferencialmente uma vez ao mês;
o Efetuar a lubrificação dos mancais e motores conforme item “Lubrificação” deste manual;
o Executar troca dos rolamentos conforme item “Rolamentos” deste Manual;
o Substituir caixa dos mancais a cada duas trocas de rolamentos (conforme recomendação
do fabricante);
o Montar corretamente as vedações dos mancais, evitando assim a entrada de
contaminantes que irão danificar o equipamento;
o Monitorar frequentemente a temperatura dos mancais, sendo que a elevação repentina da
temperatura pode indicar que o rolamento esta gasto ou danificado, necessitando ser substituído com
urgência.

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o Manter as correias de transmissão tensionadas e em bom estado de conservação,
substituindo as mesmas ao menor sinal de desgaste, evitando assim paradas do equipamento por
rompimento ou afrouxamento.
o Manter as portas sempre fechadas durante todo o período de operação do equipamento;
o Verificar e sanar aberturas que possam possibilitar a entrada de ar falso para o sistema;
o Recomendações adicionais dos mancais e rolamentos ver catálogos e manuais do
fabricante.

C.3.11.3.2 – Damper’s
Equipamentos também chamando de válvulas, cuja função é bloquear e regular a passagem de ar
ou gás para o equipamento. Seu acionamento pode ser manual ou automático, dependendo da sua
aplicação.

C.3.11.3.2.1 – Damper Manual


Possui acionamento por intermédio de alavanca com trava, geralmente ajustado no inicio de
operação e somente é alterada a regulagem quando da alteração nas características do combustível.
Instalado na entrada da caixa de cada espargidor.

C.3.11.3.2.2 – Damper Automático


Possui acionamento por intermédio de Cilindro Pneumático com Posicionador eletropneumático
(Modulante) interligado a automação. Instalado na entrada do Ventilador.

C.3.11.3.2.3 – Recomendações:
o Substituir os reparos ou cilindro completo de acionamento em caso de identificação de
redução da força ou sinais de vazamentos nas vedações;
o Substituir mangueiras de ar em caso de identificação de aparecimento de sinais de
vazamentos nas vedações;
o Conferir o funcionamento dos sensores ou chaves de fim de curso pelo menos uma vez ao
dia.
o Lubrificar os mancais conforme indicado no item “Lubrificação” deste manual.
o Recomendações adicionais dos cilindros e posicionadores, ver catálogos e manuais do
fabricante.

C.3.11.3.3 – Dutos
São responsáveis pela condução do ar de combustão até as caixas dos espargidores.

Recomendações:
o Manter as portas sempre fechadas durante todo o período de operação do equipamento;
o Verificar e sanar aberturas que possam possibilitar a entrada de ar falso para a caldeira;
69
C.3.11.3.4 – Espargidor
São responsáveis por distribuir o combustível para dentro da zona de queima, injetando o mesmo
em suspensão, o que proporciona o acendimento de chama antes de cair sobre o tapete da grelha.

Recomendações:
o Verificar as linguetas (pás) dos espargidores nas paradas do equipamento, identificando
qualquer deformação ou desgaste, as mesmas deverão ser substituídas;
o Verificar e sanar aberturas que possam possibilitar a entrada de ar falso para a caldeira;

C.3.11.3.5 – Válvula Dosadora


São responsáveis por desagregar o combustível a ser dosado pelo espargidor. Sua operação é
através de dois rolos com pinos, acionado por um motorredutor e inversor de frequência.

Recomendações
o Inspecionar desgaste dos rolos e do corpo em cada parada do equipamento, identificando
desgastes acentuados, substituir o mais breve possível as peças, evitando que a dosagem de combustível
seja prejudicada.
o Efetuar a lubrificação dos mancais, redutores e motores conforme item “Lubrificação” deste
manual;
o Conferir o funcionamento dos sensores e chaves de fim de curso pelo menos uma vez ao
dia.
o Recomendações adicionais dos rolamentos, redutores e motores, ver catálogos e manuais
do fabricante.

C.3.11.4 – Alimentação de Lenha em Toras.


O combustível é alimentado em toda a largura da grelha inclinada, sendo que o mesmo é
introduzido por intermédio de um sistema de alimentação Semiautomático. Esse sistema é composto por
uma caixa de alimentação refrigerada, com carro empurrador que executa a alimentação dos fardos ou
toras para dentro da caldeira. Seu acionamento é através de cilindros hidráulicos comandados por uma
unidade hidráulica. A caixa de alimentação pode ser abastecida por esteiras de depósito ou por grua.
O sistema de alimentação, assim como a combustão da caldeira pode operar com toras entre
10cm e 25cm de diâmetro e comprimento de 900mm até 1100mm, e trabalha da seguinte forma:
o A lenha é alimentada na esteira de depósito;
o A esteira de depósito transporta a lenha até a esteira alimentadora;
o A esteira alimentadora introduz a lenha na caixa de alimentação;
o Para alimentar a caixa alimentadora, a porta articulada é aberta, neste momento a porta
guilhotina estará fechada e o carro empurrador totalmente recuado;
o A esteira alimenta a lenha até o enchimento da caixa de alimentação;
70
o A porta articulada é fechada e então é aberta a porta guilhotina;
o Depois de aberta a porta guilhotina, o carro empurrador alimenta a lenha para o interior da
fornalha para se proceder à combustão.

C.3.11.4.1 – Caixa Alimentadora


Equipamento responsável por receber o combustível das esteiras ou grua. Dentro dela esta
instalado o carro empurrador que faz a alimentação do combustível para dentro da zona de combustão.

Recomendações
o Inspecionar desgaste dos tubos do tapete e do corpo em cada parada do equipamento,
identificando desgastes acentuados, substituir o mais breve possível às peças;
o Efetuar a lubrificação dos mancais, e rolamentos conforme item “Lubrificação” deste
manual;
o Inspecionar uma vez por turno a existência de vazamento na rede e unidade hidráulica;
o Executar reaperto das conexões da tubulação hidráulica após a primeira pressurização e
manter um procedimento de reaperto pelo menos uma vez por mês.
o Substituir os reparos ou cilindro completos de acionamento em caso de identificação de
redução da força ou sinais de vazamentos nas vedações;
o Substituir mangueiras de óleo em caso de identificação de aparecimento de sinais de
vazamentos nas vedações;
o Executar troca do óleo e limpeza dos filtros regularmente na unidade hidráulica conforme
recomendações dos catálogos e manuais do fabricante.
o Recomendações adicionais da unidade hidráulica, rolamentos e cilindros, ver catálogo e
manuais do fabricante.
o Conferir o funcionamento dos sensores ou chaves de fim de curso pelo menos uma vez ao
dia.
o Inspecionar a integridade estrutural dos cabos de aço das portas mensalmente;
o Nas paradas anuais acompanhar o desgaste dos tubos do tapete e da porta guilhotina,
quando encontrado um desgaste acentuado, consultar a H.Bremer sobre procedimentos de recuperação
ou substituição;
C.3.11.4.2 – Carro Empurrador
Equipamento responsável por introduzir o combustível para dentro da zona de combustão.

Recomendações
o Efetuar a lubrificação dos mancais, e rolamentos conforme item “Lubrificação” deste
manual;
o Inspecionar uma vez por turno a existência de vazamento na rede e unidade hidráulica;
o Executar reaperto das conexões da tubulação hidráulica após a primeira pressurização e
manter um procedimento de reaperto pelo menos uma vez por mês.
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o Substituir os reparos ou cilindro completos de acionamento em caso de identificação de
redução da força ou sinais de vazamentos nas vedações;
o Substituir mangueiras de óleo em caso de identificação de aparecimento de sinais de
vazamentos nas vedações;
o Executar troca do óleo e limpeza dos filtros regularmente na unidade hidráulica conforme
recomendações dos catálogos e manuais do fabricante.
o Recomendações adicionais da unidade hidráulica, rolamentos e cilindros, ver catálogo e
manuais do fabricante.
o Conferir o funcionamento dos sensores ou chaves de fim de curso pelo menos uma vez ao
dia.
o Inspecionar a integridade estrutural do empurrador a cada parada do equipamento;

C.3.11.4.3 – Esteira Alimentadora (quando aplicada)


Sua função é alimentar a lenha para a caixa alimentadora da caldeira. A esteira consiste de
correntes para o deslocamento da lenha, a qual é acionada por um eixo de tração. Seu acionamento é
executado através de um cilindro hidráulico, que permite a regulagem da velocidade de avanço da esteira,
sendo que o volume de lenha em seu leito controlado através de uma fotocélula. Esta fotocélula atua
também no comando da esteira de depósito para a realimentação da esteira alimentadora.

Recomendações

o Efetuar a lubrificação dos mancais, e rolamentos conforme item “Lubrificação” deste


manual;
o Inspecionar uma vez por turno a existência de vazamento na rede e unidade hidráulica;
o Executar reaperto das conexões da tubulação hidráulica após a primeira pressurização e
manter um procedimento de reaperto pelo menos uma vez por mês.
o Substituir os reparos ou cilindro completos de acionamento em caso de identificação de
redução da força ou sinais de vazamentos nas vedações;
o Substituir mangueiras de óleo em caso de identificação de aparecimento de sinais de
vazamentos nas vedações;
o Executar troca do óleo e limpeza dos filtros regularmente na unidade hidráulica conforme
recomendações dos catálogos e manuais do fabricante.
o Recomendações adicionais da unidade hidráulica, rolamentos e cilindros, ver catálogo e
manuais do fabricante.
o Conferir o funcionamento dos sensores ou chaves de fim de curso pelo menos uma vez ao
dia.
o Inspecionar a integridade estrutural do equipamento a cada parada do equipamento;

72
C.3.11.4.4 – Esteira de Depósito (quando aplicada)
Sua função é servir como pulmão para a caldeira, podendo operar com até 1,5m de altura de pilha
de lenha em todo o seu comprimento. Construída em estrutura metálica, possui correntes responsáveis
pela movimentação do combustível até a esteira alimentadora.
Seu acionamento é executado através de um cilindro hidráulico. Este cilindro é controlado por
fotocélula, o qual libera o deslocamento na falta de combustível na esteira alimentadora.
Recomendações
o Não exceder a altura máxima de 1,5m na pilha de lenha sobre a esteira;
o Efetuar a lubrificação dos mancais, e rolamentos conforme item “Lubrificação” deste
manual;
o Inspecionar uma vez por turno a existência de vazamento na rede e unidade hidráulica;
o Executar reaperto das conexões da tubulação hidráulica após a primeira pressurização e
manter um procedimento de reaperto pelo menos uma vez por mês.
o Substituir os reparos ou cilindro completos de acionamento em caso de identificação de
redução da força ou sinais de vazamentos nas vedações;
o Substituir mangueiras de óleo em caso de identificação de aparecimento de sinais de
vazamentos nas vedações;
o Executar troca do óleo e limpeza dos filtros regularmente na unidade hidráulica conforme
recomendações dos catálogos e manuais do fabricante.
o Recomendações adicionais da unidade hidráulica, rolamentos e cilindros, ver catálogo e
manuais do fabricante.
o Conferir o funcionamento dos sensores ou chaves de fim de curso pelo menos uma vez ao
dia.
o Inspecionar a integridade estrutural do equipamento a cada parada do equipamento;

C.3.12 Plataformas de acesso


Sua função é permitir o acesso do operador as principais partes da caldeira para operá-la e dar a
manutenção necessária ao equipamento.
Recomendações
o Não obstruir a passagem com materiais, evitando acidentes;
o Manter a sinalização, pintura e limpeza;

C.3.13 Isolamento
A caldeira é totalmente isolada em lã de rocha, sendo seu revestimento externo em chapas. O
revestimento da caldeira é preparado para instalação ao ar livre com exceção da linha HBFC, dispensando
desta forma a casa de caldeira.

73
O isolamento tem como principal função a proteção do operador e impedir a perda de calor do
equipamento, garantindo a eficiência térmica. A ausência do isolamento acarretará em risco imediato de
ao operador e maior consumo de combustível para atingir a carga térmica no equipamento.
Recomendações

o Manter todas as áreas aquecidas com o seu isolamento de projeto;


o Nas paradas anuais efetuar inspeção da integridade do material isolante;
o Identificar as áreas aquecidas (acima de 60°C) que não tem isolamento com sinalização de
segurança.
o Nunca pisar sobre chapas de isolamento ou redes isoladas pois o revestimento não é
preparado para resistir à cargas.

C.3.14 Centro de Controle de Motores (CCM)


O sistema elétrico é responsável pelo controle e a segurança do sistema de geração de vapor. Sua
Construção atende as normas Vigentes (NR-10, NR-12 e NR-13).
Recomendações
o Evitar exposição das peças elétricas direto aos raios solares, chuva, umidade excessiva ou
maresia;
o Evitar exposição das peças elétricas a poeira, partículas metálicas ou óleos suspensos no
ar;
o Não depositar gases, líquidos explosivos ou corrosivos próximos a materiais elétricos;
o Não instalar equipamentos elétricos em locais que possam receber vibração excessiva;
o No local de instalação do CCM, prever ventilação e exaustão adequada, e
preferencialmente ambiente climatizado.
o Para serviços no equipamento, certificar-se se a alimentação de energia esta desligada;
o Recomendações adicionais das peças do CCM, ver catálogo e manuais do fabricante.
o O sistema de controle e/ou intertravamento elétrico da caldeira é executado de forma
a garantir a operacionalidade e integridade do sistema, qualquer alteração nestes, implica em perca
da garantia do equipamento.

D - LUBRIFICAÇÃO

A lubrificação dos equipamentos deverá ser realizada conforme especificação deste manual e dos
manuais dos equipamentos específicos.

74
A seguir apresentamos algumas recomendações sobre a lubrificação dos vários equipamentos
anexos a caldeira e também uma “Lista de Checagem” orientativa para acompanhamento e determinação
dos períodos de lubrificação.

D.1 – LISTA DE CHECAGEM DE LUBRIFICAÇÃO


Equipamento Itêm a Lubrificar Tipo Intervalo de
Lubrificações
Soprador de Fuligem das Equipamento - 9.000 hs
serpentinas (Caldeiras Engraxadeiras do Corpo - Complemento Semanal
Aquatubulares)
Rolamento do Eixo Auto Compensador de Troca 9.000 hs
Válvula Dupla comporta da Esferas Complemento 700 hs
Caldeira (Caldeiras Rolamento dos Braços Rígido de Esferas NA
Aquatubulares) Motorredutor - Troca 9.000 hs
Complemento 700 hs
Mancais da Grelha Rolamento Auto Compensador de Troca 9.000 hs
Rolos Complemento 700 hs
Catraca da Grelha Rolamento Rígido de Esferas Troca 9.000 hs
Complemento 700 hs
Rolamento do Mancal Auto Compensador de 4.000 hs
Esferas
Roscas de Cinzas
Motorredutor - Troca 9.000 hs
Complemento 700 hs
Rolamento Auto Compensador de Troca 9.000 hs
Rolos Complemento Verificar
Ventiladores
item 4.1.1.1
Motor Ver Manual WEG
Mancais c/ Rolamentos 700 hs
Damper’s Manuais
Terminal Rotular 700 hs
Damper’s Automáticos Mancais F°F° 700 hs
Soprador de Fuligem do Equipamento - 4.000 hs
Economizador
Rolamento Auto Compensador de Troca 9.000 hs
Rolos Complemento Verificar
Exaustor (Ventilador)
item 4.1.1.1
Motor Ver Manual WEG
Rolamento do Eixo Auto Compensador de Troca 9.000 hs
Válvula de Cinzas dos Filtros Esferas Complemento 700 hs
Rolamento dos Braços Rígido de Esferas NA

75
Motorredutor - Troca 9.000 hs
Complemento 700 hs
Equipamento - Troca 9000hs
Unidade Hidráulica
Complemento 700 hs
Rolamentos Ver Manual WEG
Bombas de Água
Motor Ver Manual WEG

D.2 – SUBSTITUIÇÃO/COMPLEMENTO DE ÓLEO PARA SISTEMAS DE


MOVIMENTAÇÃO HIDRÁULICA.
O óleo hidráulico recomendado para utilização nas unidades Hidráulicas deve ter viscosidade
sempre entre 150 a 250 SSU(32-54 cSt) a 38° (100°F), abaixo segue tabela de equivalência dos óleos
recomendados:

Fabricantes de Óleo Recomendado para as Unidades Hidráulicas


Fabricantes Graxas Fabricantes Graxas
Agecom HERCON AW Shell HS 68
Petrobrás LUBRAX SH 68 AD Castrol HYSPIN VG 68
Ipiranga SH 68 AGIP HIDRAULICO 68
Esso AW 68 MOBIL MOBIL 68
Texaco HD 68

D.3 - SUBSTITUIÇÃO/COMPLEMENTAÇÃO ÓLEO DOS REDUTORES.


O óleo Lubrificante recomendado para utilização nos redutores de velocidade esta na tabela de
equivalência abaixo (Fonte: Catalogo do fornecedor SEW):

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D.3.1 Re-Engraxamento dos Rolamentos dos Redutores
Os rolamentos nos redutores são fornecidos com preenchimento de graxas abaixo indicadas e ao
substituir o óleo dos redutores, é recomendado re-engraxar.

D.3.1.1 – Quantidade de graxa para os rolamentos dos redutores.


o Nos rolamentos de alta rotação (eixo de entrada do redutor) deve-se preencher com graxa,
um terço da cavidade entre os elementos rolantes.
o Nos rolamentos de baixa rotação (no corpo e no eixo de saída do redutor) deve-se
preencher com graxa, dois terços da cavidade entre os elementos rolantes.

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D.4 - LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS.

D.4.1 Intervalo de Re-lubrificação:


O período durante o qual um rolamento lubrificado com graxa vai funcionar satisfatoriamente sem
re-lubrificação, depende do tipo de rolamento, do seu tamanho, da rotação, da temperatura de trabalho e
do tipo de graxa usado. Os intervalos de re-lubrificação (em horas de trabalho) obtidos nas tabelas a
seguir, são válidos para as condições normais de carga para cada modelo de ventilador /exaustor, grelhas
rotativas, válvulas e roscas.
Os dados apresentados são baseados no uso de uma graxa resistente ao envelhecimento, de
qualidade média e é válido para temperaturas de até 70º C, medidas no anel externo. Os intervalos de re-
lubrificação devem ser reduzidos à metade a cada 15º C acima de +70º C; a temperatura máxima
permissível para a graxa, porém, nunca deve ser excedida. Reciprocamente, se as temperaturas de
trabalho forem inferiores a +70º C, o intervalo poderá ser aumentado; a 50º C de temperatura ou abaixo, o
intervalo poderá ser o dobro. Entretanto, deve ser observado que os intervalos de re-lubrificação podem
variar significativamente, mesmo se são utilizadas graxas aparentemente similares.
Para rolamentos pequenos, em particular rolamentos rígidos de esferas, o intervalo de re-
lubrificação é em geral maior que a vida nominal para a aplicação e normalmente não requer lubrificação.
Em tais casos, os rolamentos de esferas com placas de proteção ou de vedação “lubrificados para a vida”
poderão ser aplicados.
Para rolamentos da grelha rotativa podem ser utilizadas graxas à base de sabão para maior
resistência à altas temperaturas.
Quando houver um risco certo da graxa ficar contaminada, os intervalos de re-lubrificação devem
ser reduzidos. Isto também se aplica quando a graxa é usada para proteção contra umidade, por exemplo
em máquinas de papel, onde a água escorre sobre as caixas dos rolamentos, caso em que se usa re-
lubrificação semanal.

D.4.1.1 – Re-lubrificação:
Para efetuar a re-lubrificação:
o Em paradas do equipamento: deve-se remover a tampa dos mancais e equipamentos,
expondo o rolamento. Depois de remover a graxa usada, preenche-se devidamente com graxa nova.
o Em operação, deve-se complementar a graxa pelos pinos graxeiros instalados nos
equipamentos.
Depois de certo número de re-lubrificações, o alojamento deve ser aberto e a graxa usada
removida completamente e substituída (geralmente na parada anual).
Recomendações:

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o Para ventiladores de gás quente, reduzir pela metade o intervalo de lubrificação. Esta
redução ocorre por consequência do calor no local.
o Quando se proceder à lubrificação, recomenda-se retirar a graxa velha contida no
rolamento, e depois aplicar a nova, pois caso contrário o rolamento poderá ficar com excesso de graxa, o
que é prejudicial.

D.4.1.1.1 – Tabela de Graxas Recomendadas para os Rolamentos dos Ventiladores


Abaixo segue tabela com a indicação de alguns modelos e fabricantes de graxas a serem
aplicados para rolamentos.

Fabricantes de Graxas Recomendadas para os Rolamentos


Fabricantes Graxas Fabricantes Graxas
PETROBRAS LUBRAX GMA - 2 SHELL ALVANIA 2
IPIRANGA IPIFLEX 2 MOBILOIL MOBIL GREASE MP
ESSO BEACON 2
TEXACO MULTIFAK 2
ATLANTIC LITHOLINE

D.4.1.1.2 – Tabela de Lubrificação dos Ventiladores H.Bremer


Abaixo segue tabela dos modelos de ventiladores de fabricação H.Bremer, com a especificação de
seus rolamentos, limite de rotação.

Modelo Rolamento Limite de Tipo de Rolamento Intervalo de


(lubrificação Inicial) Rotação RPM Lubrificações
(Quantidade de
Graxa)
SHI - 200 22308 – K (100 g) 3000 Auto compensador de Rolos 600 hs (15 g)
SHI - 250 22310 – K (150 g) 2200 Auto compensador de Rolos 750 hs (22 g)
SLH - 180 22308 – K (100 g) 4500 Auto compensador de Rolos 350 hs (15 g)
SLH - 200 22308 – K (100 g) 4500 Auto compensador de Rolos 350 hs (15 g)
SLH - 224 22309 – K (130 g) 3800 Auto compensador de Rolos 350 hs (18 g)
SLH - 250 22309 – K (130 g) 3800 Auto compensador de Rolos 550 hs (18 g)
SLH - 280 22310 – K (150 g) 2500 Auto compensador de Rolos 600 hs (22 g)
SLH - 315 22310 – K (150 g) 2500 Auto compensador de Rolos 600 hs (22 g)
SLH - 355 22311 – K (190 g) 2700 Auto compensador de Rolos 500 hs (26 g)
SLH - 400 22312 – K (240 g) 2400 Auto compensador de Rolos 500 hs (30 g)

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SLH - 450 22313 – K (280 g) 2000 Auto compensador de Rolos 600 hs (34 g)
SLH - 500 22315 – K (400 g) 1800 Auto compensador de Rolos 600 hs (44 g)
SLH - 560 22315 – K (400 g) 1600 Auto compensador de Rolos 650 hs (44 g)
SLH - 630 22317 – K (600 g) 1400 Auto compensador de Rolos 800 hs (54 g)
SLM - 315 22309 – K (130 g) 2500 Auto compensador de Rolos 600 hs (18 g)
SLM - 355 22310 – K (150 g) 2600 Auto compensador de Rolos 650 hs (22 g)
SLM - 400 22311 – K (190 g) 2200 Auto compensador de Rolos 700 hs (26 g)
SLM - 450 22312 – K (240 g) 2000 Auto compensador de Rolos 700 hs (30 g)
SLM - 500 22315 – K (400 g) 1600 Auto compensador de Rolos 750 hs (44 g)
SLM - 560 22315-K (400 g) 1500 Auto compensador de Rolos 900 hs (44 g)
SLM - 630 22316 – K (400 g) 1400 Auto compensador de Rolos 800 hs (50 g)
SLM - 710 22316 – K (400 g) 1300 Auto compensador de Rolos 850 hs (50 g)
SLM - 800 22318 – K (500 g) 1360 Auto compensador de Rolos 700 hs (61 g)
SLM - 900 22318 – K (500 g) 1215 Auto compensador de Rolos 800 hs (61 g)
SLM–1000 22320 – K (1000 g) 1090 Auto compensador de Rolos 850 hs (79 g)
SLM - 1120 22322 – K (1100 g) 970 Auto compensador de Rolos 900 hs (96 g)
SLM - 1250 22328 – K (1600 g) 870 Auto compensador de Rolos 800 hs (153 g)
SLN – 355 22310 – K (150 g) 2400 Auto compensador de Rolos 650 hs (22 g)
SLN – 400 22311 – K (190 g) 2200 Auto compensador de Rolos 700 hs (26 g)
SLN – 450 22312-K (240 g) 2200 Auto compensador de Rolos 600 hs (30 g)
SLN – 500 22315 – K (400 g) 1700 Auto compensador de Rolos 650 hs (44 g)
SLN – 560 22315 – K (400 g) 1800 Auto compensador de Rolos 600 hs (44 g)
SLN – 630 22315 – K (400 g) 1600 Auto compensador de Rolos 750 hs (44 g)
SLN – 710 22315 – K (400 g) 1200 Auto compensador de Rolos 1100 hs (44 g)
SLN – 800 22316 – K (400 g) 1460 Auto compensador de Rolos 700 hs (50 g)
SLN - 900 22318 – K (500 g) 1300 Auto compensador de Rolos 800 hs (61 g)
SLN - 1000 21318 – K (500 g) 1170 Auto compensador de Rolos 850 hs (61 g)
SLN - 1120 22320 – K (1000 g) 1045 Auto compensador de Rolos 950 hs (79 g)
SLN - 1250 22322 – K (1100 g) 930 Auto compensador de Rolos 950 hs (96 g)
SLN - 1400 22328 – K (1600 g) 836 Auto compensador de Rolos 800 hs (153 g)
SLN - 1600 22328 – K (1600 g) 836 Auto compensador de Rolos 800 hs (153 g)

D.5 - LUBRIFICAÇÃO DE MOTORES.


Para execução de Lubrificação e Manutenção em Motores Elétricos, verificar manuais e catálogos
específicos do fornecedor. Para um acréscimo de 15ºC acima de 70ºC (limite Operacional dos Motores) o
período de re-lubrificação se reduz a metade.

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E – ROLAMENTOS

E.1 – SUBSTITUIÇÃO DE ROLAMENTOS


A desmontagem de um equipamento para trocar um rolamento somente deverá ser feita por
pessoal qualificado.
A fim de evitar danos aos núcleos, será necessário, depois da retirada das tampas, calçar o entre a
carcaça/corpo e o eixo.
A desmontagem dos rolamentos não é difícil, desde que sejam usadas ferramentas adequadas,
como um extrator de rolamentos (Conforme Imagem Abaixo).

As garras do extrator deverão ser aplicadas sobre face lateral do anel interno a ser desmontado,
ou sobre uma peça adjacente.
É essencial que a montagem dos rolamentos seja efetuada em condições de rigorosa limpeza e
por pessoal qualificado, para assegurar um bom funcionamento e evitar danificações.
Rolamentos novos somente deverão ser retirados da embalagem no momento de serem
montados.
Antes da colocação do rolamento novo, será necessário verificar se o encaixe no eixo não
apresenta sinais de pancadas. Os rolamentos não podem receber golpes diretos durante a montagem, o
apoio para prensar ou bater o rolamento deve ser aplicado sobre o anel interno.
Após a limpeza, proteger as peças aplicando fina camada de vaselina ou óleo nas partes
usinadas a fim de evitar oxidação.

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F – MOTORES ELÉTRICOS

F.1 CONSIDERAÇÕES DE OPERAÇÃO


Os motores elétricos em geral, são indicados para instalação e operação a uma altitude de até
1000m acima do nível do mar com temperaturas entre 20°C e 40°C. Variações a respeito destes
valores devem estar indicadas na placa de identificação.
A distância de instalação recomendada entre as entradas de ar do motor e a parede não deve ser
inferior a ¼ do diâmetro da entrada de ar. Uma pessoa deve ter espaço suficiente para fazer serviços de
limpeza.
Para motores que são resfriados através do ar ambiente, as entradas de ar devem ser limpas
em intervalos regulares para garantir a livre circulação de ar. O ar quente não pode retornar ao
motor.
Para motores montados na vertical com as entradas de ar no topo, as entradas de ar devem estar
protegidas para evitar a caída de corpos estranhos no motor.

F.2 MANUTENÇÃO
A manutenção dos motores elétricos adequadamente aplicados resume-se numa inspeção
periódica quanto a níveis de isolamento, elevação de temperatura, desgastes excessivos, correta
lubrificação dos rolamentos e eventuais exames no ventilador, para verificar o correto fluxo de ar.
A frequência com que devem ser feitas as inspeções, depende do tipo de motor.

F.2.1 Movimentação e Armazenagem de Motores


Os motores não devem ser erguidos pelo eixo, mas sim pelo olhal de suspensão localizado na
carcaça. O levantamento ou depósito deve ser suave, sem choques, caso contrário os rolamentos podem
ser danificados.
Se os motores não forem imediatamente instalados devem ser armazenados em local seco, isento
de poeira, gases, agentes corrosivos, dotados de temperatura uniforme, colocando-os em posição normal
e sem apoiar neles outros objetos.
Motores armazenados por um período prolongado poderão sofrer queda da resistência de
isolamento e oxidação nos rolamentos.
Os mancais e o lubrificante merecem importantes cuidados durante o período de armazenagem.
Permanecendo o motor inativo, o peso do eixo do rotor tende a expulsar a graxa para fora da área entre as
superfícies deslizantes do rolamento, removendo a película que evita o contato metal-com-metal.

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Como prevenção contra a formação de corrosão por contato nos rolamentos, os motores não
deverão permanecer nas proximidades de máquinas que provoquem vibrações, e os eixos deverão ser
girados manualmente pelo menos uma vez por mês.

F.2.2 Limpeza
Os motores devem ser mantidos limpos, isentos de poeira, detritos e óleos. Para limpá-los devem-
se utilizar escovas ou panos limpos de algodão. Se a poeira não for abrasiva, deve-se utilizar o jateamento
de ar comprimido, soprando a poeira da tampa defletora e eliminando todo acúmulo de pó contido nas pás
do ventilador e nas aletas de refrigeração.
Em motores com proteção IP-55, recomenda-se uma limpeza na caixa de ligação. Esta deve
apresentar os bornes limpos, sem oxidação e em perfeitas condições mecânicas e sem depósitos de pó
nos espaços vazios.
Em ambiente agressivo, recomenda-se utilizar motores com grau de proteção especial.

F.2.3 Montagem
Fazer a inspeção de todas as peças visando detectar problemas como: trincas nas peças, partes
encaixadas com imperfeições, roscas danificadas, etc..
Montar as peças do motor e componentes de transmissão mecânica fazendo uso de martelo de
borracha e bucha de bronze, certificando-se de que as partes encaixam entre si perfeitamente.
Os parafusos devem ser montados com as respectivas arruelas de pressão, sendo apertadas
uniformemente.
Observação: Girar o eixo com a mão, observando problemas de arraste nas tampas e anéis de
fixação.

F.2.3.1 – Montagem da Caixa de Ligação


Antes da montagem da caixa de ligação, deve-se proceder à vedação das janelas de passagem de
cabos carcaça utilizando espuma auto extinguível (1a camada), e em motores à prova de explosão existe
ainda uma segunda camada composta de mistura de resina Epóxi ISSO 340 com pó de quartzo.
O tempo de secagem da requerida mistura é de duas horas, período durante o qual a carcaça não
deve ser movimentada, devendo permanecer com as janelas (saída dos cabos) viradas para cima.
Após a secagem, observar se houve uma perfeita vedação das janelas, inclusive nas passagens
dos cabos.
Montar a caixa de ligação e pintar o motor.

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F.2.4 Rolamentos por Carcaça do Motor
Carcaça Rolamento Rolamento Carcaça Rolamento Rolamento
Dianteiro Traseiro Dianteiro Traseiro
63 6201 - Z 6201 - Z 180 L 6311 - C3 6211 - Z - C3
71 6203 - Z 6202 - Z 200 L 6312 - C3 6212 - Z - C3
80 6204 - Z 6203 - Z 200 M 6312 - C3 6212 - Z - C3
90 S 6205 - Z 6204 - Z 225 S/M 6314 - C3 6314 - C3
90 L 6205 - Z 6204 - Z 250 S/M 6314 - C3 6314 - C3
100 L 6206 - Z 6205 - Z 280 S/M 6314 - C3 ** 6314 - C3
112 M 6207 - Z 6206 - Z 280 S/M 6316 - C3 6316 - C3
132 S 6308 - Z 6207 - Z 315 S/M 6314 - C3** 6314 - C3
132 M 6308 - Z 6207 - Z 315 S/M 6319 - C3 6316 - C3
160 M 6309 - C3 6209 - Z - C3 355 M/L 6314 - C3 6314 - C3
160 L 6309 - C3 6209 - Z - C3 355 M/L 6322 - C3 6319 - C3
180 M 6311 - C3 6211 - Z - C3 ** Somente para motores II polos

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G – DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA:

 Lista de Motores do Equipamento


 Fluxograma Operacional e de Instrumentação do Equipamento
 Lista de Instrumentos do Equipamento
 Manuais dos Equipamentos Específicos
 Projetos dos Equipamentos H.Bremer
 Prontuário da caldeira

H – CONTROLE DE REVISÕES:

Revisão Responsável Data Item Revisado Descrição da revisão


0 - - - Emissão Inicial
2013/00 Angelo 31/10/2013 Manual Completo Revisão Geral

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