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MANUAL DE OPERAÇÃO

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PREFÁCIO

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PREFÁCIO

Este manual foi elaborado com a finalidade de auxiliar na operação de


sua caldeira. Todas as instruções e informações aqui contidas são gerais, e
deverá ser interpretadas e aplicadas com a devida consideração para suas condições
particulares. É destinado ao Cliente e ao operador, visto que tem a função apenas
complementar, de como proceder à operação de uma caldeira; porém, não substituirá
os conhecimentos e a experiência do operador, sobre quem ficará toda a
responsabilidade pelo bom procedimento, e sucesso da operação.

O manual apresenta as características gerais da caldeira adquirida,


um índice geral e um índice para a descrição das operações a serem executadas,
facilitando desta forma o manuseio e a consulta sobre informações específicas de
certas etapas da operação.

Na sua elaboração participaram Engenheiros e Técnicos com profundos


conhecimentos e vivência na área de operação de caldeira a vapor, com o texto exposto
de maneira transparente e em linguagem técnica bem simples sobre as informações
necessárias à execução de uma operação bem sucedida.

Neste manual procuramos dar o devido tratamento à caldeira como um


equipamento considerado de vital importância dentro de uma fábrica, ressaltando desta
forma, a real responsabilidade do operador que procederá a operação da mesma assim
como a de seus componentes, visto que o conjunto gerador de vapor é de alto valor
monetário e de grande importância dentro de uma planta de processo, e que se sua
operação não for bem sucedida, poderá ocasionar sérios danos.

Enfim, procuramos transmitir de forma bastante simples e direta as


instruções de como operar uma caldeira,
U sendo que, se seguidas
corretamente, proporcionarão ao operador melhor desempenho e segurança em sua
função, bem como, do funcionamento da caldeira quando em operação.

Este manual foi elaborado para atender as caldeiras, o usuário deverá


utilizá-lo de acordo com sua necessidade, isto é, para todos os componentes de sua
caldeira.

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DADOS REFERENCIAIS

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DADOS REFERENCIAIS

Cliente ...........................................:

Endereço .......................................:

OS ..............................................:

Caldeira .........................................:

Ano de Fabricação ........................:

Capacidade de Produção ..............: 250.000 kg/h

Pressão de Trabalho .....................: 67,0 kgf/cm²

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ÍNDICE
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PREFÁCIO .......................................................................................................................................................................4
DADOS REFERENCIAIS................................................................................................................................................6
CAPÍTULO I ..................................................................................................................................................................10
I - INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................................10
II - CARACTERÍSTICAS GERAIS...............................................................................................................................10
1 - FILOSOFIA DE PROJETO ......................................................................................................................................10
2 – QUALIDADE DA ÁGUA / VAPOR .......................................................................................................................11
3 - COMPONENTES DA CALDEIRA..........................................................................................................................12
4 - CONDIÇÕES DE PROJETO ....................................................................................................................................13
4.1 - Condições Principais ..........................................................................................................................................13
4.2 - Condições do Vapor ...........................................................................................................................................13
4.4 - Combustível........................................................................................................................................................14
5 - CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO ...............................................................................................................................14
6 - CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS E DIMENSÕES .........................................................................................14
7 - DESCRIÇÃO GERAL ..............................................................................................................................................15
7.1 - Evaporador .........................................................................................................................................................15
7.1.1 - Circulação de Água .....................................................................................................................................15
7.2 - Tubulão...............................................................................................................................................................15
7.2.1 - Separador de Vapor .....................................................................................................................................15
7.2.2 - Alimentação de Água ..................................................................................................................................16
7.3 - Superaquecedor de Vapor...................................................................................................................................16
I) PROCEDIMENTO PARA PARTIDA........................................................................................................................18
1 – VERIFICAÇÃO INICIAL........................................................................................................................................18
1.1 - Pontos de verificação..........................................................................................................................................18
1.1.1 - Moto/Turbo - Bombas de Alimentação de água ..........................................................................................19
1.1.2 - Bombas de Alimentação de Produtos Químicos..........................................................................................19
1.1.3 - Bombas de Alimentação do Dessuperaquecedor.........................................................................................19
1.1.4 - Válvulas de Controle de Alimentação de água ............................................................................................20
1.1.5 - Válvula de Recirculação de água.................................................................................................................20
1.1.6 - Dessuperaquecedor......................................................................................................................................20
1.1.7 - Válvula by-pass do Economizador ..............................................................................................................20
1.1.8 - Válvula de descarga de fundo......................................................................................................................20
1.1.9 - Válvula de Ventilação do Super (partida)....................................................................................................20
1.1.10 - Válvulas de Segurança...............................................................................................................................21
1.1.11 - Válvulas de drenagem e respiro.................................................................................................................21
1.1.12 - Garrafas de Nível.......................................................................................................................................21
1.1.13 - Motores, Ventiladores, Exaustores, Turbinas............................................................................................21
1.1.14 - Alimentadores............................................................................................................................................22
1.1.15 - Rosca Transportadora e Válvulas Duplo Estágio ......................................................................................22
1.1.16 - Grelhado ....................................................................................................................................................22
1.1.17 - Instrumentação...........................................................................................................................................23
1.1.18 - Sistema de Segurança ................................................................................................................................23
1.1.19 - Intertravamento..........................................................................................................................................23
1.1.20 - Escadas e Plataformas................................................................................................................................25
1.1.21 - Iluminação .................................................................................................................................................25
1.1.22 - Portas de Inspeção e Visores .....................................................................................................................25
2 – PREPARAÇÃO PARA PARTIDA ..........................................................................................................................25
2.1 - Enchimento de Água ..........................................................................................................................................25
2.2 - Controle da qualidade da água durante o processo de enchimento ....................................................................26
2.2.1 - Concentração da água de alimentação .........................................................................................................26

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2.2.2 - Procedimento para alimentação química .....................................................................................................26


3 – POSTA EM MARCHA ............................................................................................................................................26
4 – GERAÇÃO DE VAPOR ..........................................................................................................................................28
5 – POSTA EM MARCHA (CALDEIRA QUENTE)....................................................................................................29
CAPÍTULO III................................................................................................................................................................32
I - OPERAÇÃO ..............................................................................................................................................................32
1 – GENERALIDADES .................................................................................................................................................32
2 - PERFORMANCE......................................................................................................................................................32
3 - OPERAÇÃO..............................................................................................................................................................33
3.1 - Dessuperaquecedor.............................................................................................................................................33
3.1.2) Descritivo funcional .....................................................................................................................................33
3.2 - Lavador de gases ................................................................................................................................................33
3.3 - Controle de Nível................................................................................................................................................34
3.4 - Pré-aquecedor de ar ............................................................................................................................................34
3.5 - Economizador.....................................................................................................................................................35
3.6 - Fornalha..............................................................................................................................................................36
3.7 - Superaquecedor ..................................................................................................................................................36
3.8 - Feixe tubular .......................................................................................................................................................36
3.9 - Descargas de fundo e contínua ...........................................................................................................................37
3.10 - Descarga de coletores .......................................................................................................................................37
3.11 - Combustão ........................................................................................................................................................38
3.12 - Controle da concentração da água na caldeira..................................................................................................39
3.13 - Soprador de Fuligem ........................................................................................................................................40
3.14 - Limpeza do Grelhado .......................................................................................................................................41
3.15 - Válvulas Duplo Estágio e Roscas Transportadoras ..........................................................................................43
3.16 - Válvulas de Segurança......................................................................................................................................43
3.17 - Aquecedor de Ar a Vapor ( Opcional ).............................................................................................................43
4 – PARADA NORMAL................................................................................................................................................44
4.1 - Parada prolongada com resfriamento .................................................................................................................44
4.2 - Parada rápida sem resfriamento..........................................................................................................................45
5 – OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA..........................................................................................................................46
5.1 - Queda de Nível de água......................................................................................................................................46
5.2 - Explosão na Fornalha .........................................................................................................................................47
5.3 - Perda de Controle do fluxo de ar ........................................................................................................................48
5.4 - Problemas na tubulação da caldeira....................................................................................................................48
1 – PRESERVAÇÃO DA CALDEIRA..........................................................................................................................51
2 – PRESERVAÇÃO DOS DUTOS, PRÉ-AQUECEDOR E SUPERFÍCIES EXTERNAS DAS PARTES DE
PRESSÃO.......................................................................................................................................................................53

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CAPÍTULO I

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CAPÍTULO I

I - INTRODUÇÃO

O presente manual é destinado a servir de guia na operação das Caldeiras


(Aquatubular de um Único Tubulão). A sigla MD, indica Mono - Drum, (ou single
drum), que corresponde ao mesmo significado em inglês.

Este manual não tem como objetivo solucionar todos os problemas específicos que
possam surgir em operação. Caso ocorra algum fato que fuja do conhecimento
do pessoal de operação da caldeira, nosso Departamento de Engenharia e/ou
Assistência Técnica deverão ser consultado, sempre que possível.

Entendemos ainda que é responsabilidade do operador familiarizar-se com o


Gerador de Vapor, instrumentos de controle e equipamentos auxiliares do mesmo.

São de grande importância o treinamento dos funcionários de operação em


equipamentos similares e reciclagem deste treinamento sempre que o Gerador de vapor
(Caldeira) sofrer modificações devido a avanços tecnológicos.

II - CARACTERÍSTICAS GERAIS

1 - FILOSOFIA DE PROJETO

As caldeiras fabricadas com Grelha Inclinada “GI”ou Grelha Basculante “GB”


projetados para a queima de combustíveis, tais como bagaço de cana, lenha picada,
óleos combustíveis, etc., permitindo uma limpeza rápida e eficiente, com retirada das
cinzas através de vapor, rosca transportadora e válvula rotativa,

O ar primário para a queima do combustível é pré-aquecido através dos gases no


pré-aquecedor de ar primário e insuflado, através de dutos, por baixo da grelha.

Para garantir uma completa combustão, acima do grelhado é insuflado o ar


secundário, a uma pressão mais alta, provocando a turbulência necessária à combustão e
com alta temperatura, para garantir a queima de uma parte apreciável do combustível em
suspensão, sendo admitida uma variação de umidade no mesmo.

Os gases de combustão cedem calor para as paredes de água aletadas da


fornalha, superaquecem o vapor nas serpentinas do superaquecedor e trocam calor com
as superfícies do feixe tubular, em uma única passagem pelo mesmo.

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Os gases, após cederem parte do calor para a água e vapor na caldeira, são
aproveitados no Pré-Aquecedor de Ar Secundário, Primário e Economizador, e por fim
são eliminados para a atmosfera pela chaminé.

O rendimento térmico do Gerador de Vapor (Caldeira) é a relação entre a


quantidade de calor utilmente aproveitado dos gases de combustão e o calor total
entregue com a combustão do combustível na unidade.

Este rendimento é determinado direta ou indiretamente em função das seguintes


variáveis:

• Parâmetros termodinâmicos do vapor produzido.


• Parâmetros termodinâmicos da água de alimentação.
• Tipo de Combustível, Poder calorífico e Consumo.
• Capacidade de produção de vapor.
• Excesso de ar para combustão.
• Umidade do combustível.
• Temperatura do ar e gases de combustão.

A capacidade da caldeira é determinada pelo consumo da água de alimentação.

A temperatura final dos gases de combustão assim como sua composição,


previstos na performance, devem ser mantidos e monitoradas como índices que
expressam uma operação estável e eficiente na unidade.

O exame dos gases de combustão antes da exaustão poderá indicar a eficiência


nas condições de queima: a existência de elevadas concentrações de oxigênio nos gases
de saída pode significar excesso de oxigênio, e por tanto de ar e gases com os
conseqüentes consumos adicionais de potência no sistema de Tiragem. Entretanto a
presença de Monóxido de Carbono evidencia combustão incompleta devido à falta de
oxigênio, sendo que as duas condições causam baixo rendimento térmico da unidade.
Recomenda-se o uso de instrumentos adequados para esta finalidade.

2 – QUALIDADE DA ÁGUA / VAPOR

É de grande importância para a caldeira que a água de alimentação tenha um


tratamento adequado. Sendo assim, este deve ser confiado a uma firma especializada.
Neste manual citamos parâmetros a serem seguidos, alertando pontos considerados
como críticos.

O nível de água no tubulão deve ser mantido no nível adequado para a operação e
segurança da caldeira, devendo o visor de nível ser conferido com mangueira em relação
ao centro do corpo (Domo), que deverá atender as medidas de projeto. O nível alto
provoca o arraste de partículas de água para o superaquecedor e, conseqüentemente,

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uma queda de temperatura do vapor (“priming”). Sendo assim, a instrumentação e


controle deverão garantir uma pequena variação de nível próxima do nível adequado.
O conteúdo de sólidos totais deve ser o mais baixo possível. A alta concentração
de sais e impurezas na água da caldeira provoca o arrastamento de partículas d’água
para as serpentinas do superaquecedor, devido à formação de espumas (“foaming”).

Sendo assim, a qualidade da água de alimentação que influencia o teor de sólidos


arrastados e o conteúdo de gotículas de água no vapor que entra nas serpentinas do
superaquecedor poderá ocasionar incrustações que irão comprometer o regime e
qualidade da troca térmica, com possibilidade de superaquecimento nos tubos com sérias
conseqüências.

Portanto, não poderá ser responsabilizada por qualquer acidente ou dano


provocado pela não observação das normas de segurança, qualidade da água e
operação da unidade por pessoas sem capacitação para o desempenho da função.

3 - COMPONENTES DA CALDEIRA

01 Fundações
02 Estrutura de Sustentação e Buckstays
03 Tubulão (Domo)
04 Feixe Tubular
05 Fornalha
06 Superaquecedor de Vapor
07 Economizador
08 Conjunto de Grelha
09 Sistema de alimentação (Combustível)
10 Pré Aquecedor de ar
11 Sistema de Ar Secundário
12 Plataformas da Caldeira
13 Sistema de Insuflação de ar
14 Sistema de Tiragem de Gases
15 Sistema de Alimentação d’água
16 Sistema de Sopragem de Fuligem
17 Sistema de Drenos e Purgas
18 Isolamento e invólucro
19 Selagem
20 Válvulas e Acessórios
21 Instrumentação e CCM
22 Indicador e Alarme de Nível
23 Desaerador Térmico

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4 - CONDIÇÕES DE PROJETO

4.1 - Condições Principais

Tipo ......................................................: Aquatubular “MONODRUM”


Modelo .................................................: AMD-83-9GI
Capacidade máxima contínua .............: 250.000 kg/h
Pressão de Projeto ...............................: 78,0 kg/cm²
Temperatura do Vapor .........................: 515 ºC
Temp. da água de alimentação ............: 115ºC
Temperatura do ar local .......................: 25ºC
Sistema da tiragem ..............................: Induzida
Número de seções de grelha ...............: 09(nove)
Tipo de grelha ......................................: Inclinada Fixa
Combustível .........................................: Bagaço de cana com 52% de H2O

4.2 - Condições do Vapor

Capacidade ......................................... 250.000 kg/h


Pressão de Operação .......................... 67,0 kgf/cm²
Temperatura ........................................ 515ºC

4.3 Condições da Água :


U U

Tabela 4.3 :
U

Limites Recomendados para Água de Caldeira (ppm)

Conforme Sugestão ASME


U

Pressão Vapor * Sólidos Condutancia Alcalinidade Sílica


[kgf/cm²] Totais µmhos/cm. Total
Até 20 3500 - 700 5400 - 110 < 700 ≤ 150
21 - 31 2990 - 595 4600 - 900 < 600 ≤ 90
32 - 41 2470 - 520 3800 - 800 < 500 ≤ 40
42 - 52 975 - 195 1500 - 300 < 200 ≤ 30
53 - 63 780 - 130 1200 – 200 < 150 ≤ 20
64 - 70 650 - 130 1000 - 200 < 100 ≤ 8
71 - 106 ≤ 98 ≤ 150 < 100 ≤ 2

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* Caso seja constatado arraste de sólidos no vapor, estes valores deverão ser
reduzidos e controlados até o desaparecimento do arraste, passando estes valores
reduzidos a serem o limitante da caldeira.

Observações :
U U

1.) Teores iguais para qualquer pressão de vapor

PH ......................................: 10,5 à 11,5


Hidrazina ............................: 0,05 a 0,15 ppm.
Dureza total ........................: zero.
Oxigênio dissolvido ............: zero.
Ferro (Fe) total ...................: máx. 0,05 ppm

2.) O teor de matéria orgânica, dureza e óleos dissolvidos na água de alimentação,


U U

devem ser mantidos em zero. U U

4.4 - Combustível

A performance da unidade geradora de vapor é baseada nos combustíveis abaixo


discriminados:

Bagaço Cana
U U

ANÁLISE ELEMENTAR % PESO


Carbono .............................: 23,10
Hidrogênio..........................: 3,10
Oxigênio .............................: 21,10
Nitrogênio ..........................: 0,00
Umidade .............................: 52,00
Cinzas ................................: 0,70
Poder calorífico superior ....: 2.159 kCal/kg
Poder calorífico inferior ......: 1.702 kCal/kg
Enxofre ...............................:

5 - CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO

Performance Prevista – PPC– Em anexos.

6 - CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS E DIMENSÕES

Vide Prontuário da Caldeira.

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7 - DESCRIÇÃO GERAL

7.1 - Evaporador

O evaporador da unidade geradora de vapor é composto por um tubulão, localizado


fora do circuito de circulação dos gases quentes, e cuja função é a de servir de elemento
separador da água e do vapor a uma pressão inferior à pressão crítica, e cujas dimensões
variam conforme a capacidade da unidade. O feixe tubular ligado a coletores é construído
em tubos Ø 50,8 mm, curvados adequadamente para formar o “BANK”.
A parede lateral do feixe é construída por tubos Ø 44,45 mm e 50,8 mm, formando
painéis aletados e isolados, que formam juntamente com a fornalha o invólucro da
caldeira.
Os gases circulam externamente aos tubos do evaporador tubular em uma única
passagem, onde trocam o calor para geração de vapor.

7.1.1 - Circulação de Água

O calor trocado na fornalha e evaporador faz com que a densidade da mistura


vapor / água seja maior nos tubos “downcamers”, sendo assim, conduzem o fluido aos
tubos do evaporador e tubos da fornalha reconduzindo estes por sua vez a mistura ao
tubulão. Como os “Downcomers” não recebem calor dos gases de combustão a sua
pressão hidráulica permanece constante, teremos assim um controle de nível mais
estável .
Na fornalha, os coletores inferiores são alimentados por uma mistura vapor / água
através dos “DOWNCOMERS” principais, que no caso das caldeiras da série AMD, são
externos a caldeira e ligados diretamente ao corpo superior, mantendo a densidade
constante. Sendo a taxa de evaporação na fornalha maior que no feixe, teremos assim,
menor densidade do fluido na fornalha, o que provocará o diferencial de pressão que
garante a circulação do fluido pela fornalha com maior velocidade e, conseqüentemente,
garantindo o resfriamento dos tubos.
A mistura vapor / água com baixa densidade chega ao tubulão através dos tubos
de circulação de vapor (“Risers”). No Domo a mistura vapor/água é separada, sendo que
o vapor segue para as serpentinas do superaquecedor, enquanto a água fica retida no
tubulão e será novamente incorporada ao processo de circulação.

7.2 - Tubulão

7.2.1 - Separador de Vapor

A mistura vapor / água entra no tubulão onde é feita à separação primária. Existem
dois tipos de separadores primários:
O tipo multiciclones, onde os ciclones são instalados nas chapas defletoras e
através da força centrífuga nos mesmos, a água precipita-se para o fundo do
tubulão e o vapor sai pelo centro dos ciclones, seguindo para os separadores
secundários.

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O tipo filtros, onde os mesmos são instalados antes dos filtros de secagem e
através da velocidade do vapor em sua passagem, faz com que a água se separe
do vapor, indo a água para o fundo do tubulão e o vapor para os filtros de
secagem.
Aproximadamente 5% desta água é purgada através dos tubos de descarga
contínua para reduzir a concentração dos sólidos.
No separador secundário, uma pequena quantidade de água que foi arrastada
juntamente com o vapor, passa através das telas primárias e secundárias dos filtros de
secagem, onde este residual de água é removido. A água é drenada nestes separadores
para o fundo do tubulão, enquanto que o vapor saturado seco segue para as serpentinas
do superaquecedor.

7.2.2 - Alimentação de Água

A alimentação de água é feita em toda a extensão do tubulão, através de um


coletor com pequenos furos proporcionando uma distribuição uniforme. Para evitar
turbulência no interior do tubulão é colocada uma chapa defletora logo na saída dos furos,
que reduz a velocidade de alimentação, sem provocar golpes na tubulação.
Para reduzir a tensão térmica ocasionada pela diferença entre a temperatura da
água de alimentação e a água da caldeira, no caso de caldeiras para pressão acima de
32 kgf/cm², a conexão de entrada no tubulão é projetada com câmara de resfriamento.

7.3 - Superaquecedor de Vapor

O superaquecedor consiste de coletores de vapor, interligados ao tubulão através


de serpentinas construídas em tubos lisos, adequadamente curvados e espaçados.
O vapor que chega às serpentinas receberá calor dos gases de combustão,
provocando elevação de temperatura com pressão praticamente constante, possibilitando
a elevação da mesma até valores acima do ponto de evaporação (superaquecimento).

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CAPÍTULO II

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I) PROCEDIMENTO PARA PARTIDA

1 – VERIFICAÇÃO INICIAL

As seguintes instruções são algumas das precauções gerais aplicáveis para a


colocação da unidade geradora de vapor em serviço.

Destinam-se a complementar a experiência e discernimento daqueles


encarregados da operação e não podem abranger todas as precauções a serem
observadas.

Antes de ser colocada em operação, uma unidade geradora de vapor (caldeira)


deve ser checada cuidadosamente, a fim de assegurar que todas as partes componentes
estejam convenientemente montadas e prontas para o início do funcionamento.

Embora a unidade seja inspecionada durante a fabricação e tenha sido fornecido


um certificado de aprovação, cabe a Compradora a responsabilidade de averiguar se a
unidade foi inspecionada e aprovada pelo Órgão competente, e liberada para início de
operação. Um Certificado de Inspeção e Liberação deverá ser fornecido para atestar que
a unidade geradora de vapor está devidamente inspecionada, aprovada e liberada.

Todo equipamento auxiliar deverá estar em perfeitas condições de trabalho e apto


a operar de acordo com as previsões de projeto, devendo ser operado segundo as
recomendações e instruções do respectivo fabricante.

Antes da colocação de uma unidade geradora de vapor em operação, devem-se


verificar os seguintes pontos:

1.1 - Pontos de verificação

1.1.1) Bombas de alimentação d’água.


1.1.2) Bombas de produtos químicos.
1.1.3) Bombas de alimentação do dessuperaquecedor.
1.1.4) Válvula de controle de alimentação d’água.
1.1.5) Válvula de recirculação d’água.
1.1.6) Dessuperaquecedor.
1.1.7) Válvula de by-pass do Economizador.
1.1.8) Válvula de descarga de fundo.
1.1.9) Válvula de ventilação do super (partida).
1.1.10) Válvulas de Segurança.
1.1.11) Válvulas de drenagem e respiro.
1.1.12) Garrafas de nível.
1.1.13) Motores / Ventiladores / Exaustores / Turbinas.

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1.1.14) Alimentadores.
1.1.15) Rosca transportadora / Válvulas de Selagem.
1.1.16) Grelhado.
1.1.17) Instrumentação
1.1.18) Sistema de Segurança
1.1.19) Intertravamento
1.1.20) Escadas e Plataformas
1.1.21) Iluminação
1.1.22) Portas de Inspeção e Visores

1.1.1 - Moto/Turbo - Bombas de Alimentação de água

• Verificar a instalação de válvula de bloqueio.


• Verificar o sentido do fluxo da válvula de retenção.
• Verificar a garantia do fluxo mínimo da bomba.
• Verificar o sentido de rotação do conjunto.
• Verificar a instalação da tubulação de vapor direto e escape da turbina.
• Verificar a instalação elétrica dos motores.
• Verificar o sistema de refrigeração de mancais.
• Verificar lubrificação dos mancais.
• Verificar se há óleo lubrificante no reservatório da turbo-bomba.

1.1.2 - Bombas de Alimentação de Produtos Químicos

• Verificar se as mesmas estão devidamente instaladas com válvulas de


bloqueio, retenção, e tanque de mistura.
• Funcionar as bombas checando se as mesmas estão em perfeitas
condições para início de operação.

1.1.3 - Bombas de Alimentação do Dessuperaquecedor

• Verificar a instalação de válvula de bloqueio.


• Verificar o sentido do fluxo da válvula de retenção.
• Verificar a garantia do fluxo mínimo da bomba.
• Verificar o sentido de rotação do conjunto.
• Verificar a instalação elétrica do motor.
• Verificar o sistema de refrigeração dos mancais.
• Verificar a instalação do condensador.
• Verificar a instalação do by-pass reserva de alimentação.
• Verificar lubrificação dos mancais.

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1.1.4 - Válvulas de Controle de Alimentação de água


• Verificar a instalação de ar comprimido.
• Verificar o sentido do fluxo.
• Verificar a instalação do eletro-posicionador.
• Verificar o curso de abertura.
• Verificar a instalação das válvulas de by-pass e bloqueio.

1.1.5 - Válvula de Recirculação de água


• Verificar se a válvula está devidamente instalada de acordo com o projeto
do fornecedor.
• Verificar sentido do fluxo da água.

1.1.6 - Dessuperaquecedor
• Verificar a instalação de ar comprimido.
• Certificar-se de que os bocais estão no sentido do fluxo do vapor.
• Verificar a instalação da água de alimentação.
• Verificar a instalação do eletro-posicionador.
• Verificar o curso de abertura.

1.1.7 - Válvula by-pass do Economizador


• Verificar a instalação de ar comprimido.
• Verificar o sentido do fluxo.
• Verificar a instalação elétrica da válvula solenóide.
• Verificar o funcionamento de abertura e fechamento.

1.1.8 - Válvula de descarga de fundo


• Verificar a instalação de ar comprimido.
• Verificar o sentido do fluxo.
• Verificar a instalação do eletro-posicionador.
• Verificar a instalação da válvula de bloqueio.
• Verificar o curso de abertura.

1.1.9 - Válvula de Ventilação do Super (partida)


• Verificar a instalação de ar comprimido.
• Verificar o sentido do fluxo.
• Verificar a instalação do eletro-posicionador.
• Verificar a instalação da válvula de bloqueio.
• Verificar o curso de abertura.
• Verificar a instalação da tubulação de descarga.
• Verificar a instalação de dreno da tubulação de descarga.
• Verificar a instalação do suporte de apoio.
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1.1.10 - Válvulas de Segurança

• Verificar posicionamento das válvulas observando pressão de ajuste de


projeto.
• Verificar se as raquetes ou mordaças para teste hidrostático foram
removidas.
• Verificar instalação da tubulação de descarga.
• Verificar instalação de dreno da tubulação de descarga.
• Verificar instalação do suporte de apoio da tubulação de descarga.

1.1.11 - Válvulas de drenagem e respiro


• Verificar se as válvulas de drenagem estão devidamente fechadas e as
de respiro do Domo e coletor do superaquecedor estão abertas.
• Verificar se as válvulas estão convenientemente canalizadas para o
balão de “flash” ou outro local seguro que garanta não colocar em risco
os operadores.

1.1.12 - Garrafas de Nível

• Verificar posicionamento do centro do visor em relação ao centro do


tubulão, conforme definido no projeto.
• Verificar funcionamento das válvulas de bloqueio e dreno do visor,
identificando a posição aberta ou fechada da válvula de dreno.
• Verificar instalação do manômetro principal, certificando que a válvula de
bloqueio esteja devidamente aberta.
• Verificar instalação da tubulação de dreno dos visores e da garrafa,
certificando que a válvula de bloqueio inferior esteja aberta.
• Verificar instalação elétrica dos iluminadores.
• Certificar quanto à visibilidade dos visores.
• Verificar instalação do circuito fechado de T.V. para os visores.
• Verificar se o suporte de apoio da garrafa não está soldado na passarela.

1.1.13 - Motores, Ventiladores, Exaustores, Turbinas

• Verificar instalação elétrica dos motores.


• Verificar tensão das correias de acionamento.
• Verificar aperto dos chumbadores e mancais.
• Verificar abertura e fechamento dos registros com identificação da
posição aberto / fechado.
• Verificar lubrificação dos mancais.
• Verificar sentido de rotação.
• Certificar se o balanceamento do conjunto foi executado e está correto.
• Verificar e registrar as amperagens dos motores com os registros
fechados.
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• Verificar o sentido de fluxo de ar e gás nos registros.


• Verificar se a turbina está devidamente instalada conforme
recomendações do fabricante.

1.1.14 - Alimentadores

• Verificar sentido de rotação.


• Verificar lubrificação dos mancais.
• Verificar instalação dos visores nas bicas de bagaço.
• Verificar e registrar rotação mínima e máxima dos rotores posicionando a
escala do potenciômetro em 0 e 100% respectivamente.
• Verificar lubrificação do redutor e acoplamentos.

1.1.15 - Rosca Transportadora e Válvulas Duplo Estágio

• Verificar lubrificação dos mancais.


• Verificar sentido de rotação conforme indicação.
• Verificar instalação elétrica.
• Certificar-se quanto à desobstrução das mesmas para o funcionamento
(pedaços de madeira, concreto, tijolos, etc.).
• Verificar e registrar amperagem dos motores com funcionamento em
vazio.
• Permanecer com as mesmas ligadas antes de iniciar qualquer tipo de
combustão na caldeira.

1.1.16 - Grelhado

1.1.16.1) Basculante

• Verificar a instalação de ar comprimido.


• Verificar a instalação do vapor de limpeza.
• Verificar se existe óleo para lubrificação dos cilindros.
• Verificar o sentido do fluxo do filtro, regulador e lubrificador de ar.
• Verificar o funcionamento dos cilindros.
• Verificar e identificar a posição aberta/fechada das válvulas dos cilindros.
• Verificar sentido do fluxo na válvula de regulagem de vazão do cilindro,
ajustando a velocidade de basculamento.
• Verificar folga para dilatação das hastes de acionamento dos registros de
ar, acionando os registros.
• Verificar se as válvulas de admissão de vapor para limpeza estão
devidamente fechadas.
• Verificar instalação dos visores das portas de lenha.

1.1.16.2) Inclinado Fixo – Tipo Pin-Hole


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• Verificar a instalação do vapor de limpeza.


• Verificar se as válvulas de admissão de vapor para limpeza estão
devidamente fechadas.
• Verificar a instalação da água de limpeza de cinzas.
• Verificar a flexibilidade da tubulação de ligação de água.
• Verificar a selagem da descarga de água.
• Verificar instalação dos visores das portas de lenha.

1.1.17 - Instrumentação

• Deverá ser simulado o funcionamento de todos os pontos de alarme e


controle previstos no projeto, inclusive o “trip“.
• Verificar no controlador o nível normal de operação (50%) com o centro
do visor da garrafa de nível.
• Conferir curso das válvulas de controle e dessuperaquecedor com as
indicações dos controladores (0 a 100%).
• Conferir curso dos atuadores de “dampers“ com as indicações dos
controladores (0 a 100%).
• Conferir curso dos atuadores de “dampers“ com o curso necessário dos
registros dos ventiladores e exaustores.
• Verificar abertura das válvulas de descarga de fundo através de
acionamento manual.

1.1.18 - Sistema de Segurança

Os seguintes pontos de “trip“ deverão ser simulados:

• Nível baixíssimo através da chave bóia, certificando-se do ponto de


atuação.
• Parada do ventilador primário.
• Parada do exaustor.
• Emergência manual.

1.1.19 - Intertravamento

Os seguintes testes de intertravamento deverão ser simulados sem


alimentação dos motores:

1) Ligar motores dos distribuidores, (borboletas).


2) Ligar motor do ventilador pneumático
3) Ligar motores dos alimentadores
4) Ligar motor do exaustor. Caso o acionamento seja por tubo-redutor, ligar
a bomba elétrica de óleo e fechar o contato do pressostato.
5) Ligar motor do ventilador primário
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6) Ligar motor do ventilador secundário


7) Testar o “trip” da alimentação de combustível, conforme seqüência
abaixo:
a) Desligar os distribuidores, imediatamente deverão desligar o ventilador
pneumático e os alimentadores automaticamente.
b) Ligar os distribuidores, ventilador pneumático e os alimentadores.
c) Desligar o ventilador pneumático. Imediatamente deverão ser desligados
os alimentadores automaticamente.
d) Ligar o ventilador pneumático e os alimentadores.
8) Testar o “trip” (sistema de segurança) quando de :

a) Nível Baixíssimo
U U

• Repetir os itens de 1 a 6 acima.


• Simular nível baixo na chave de nível tipo bóia, que após o tempo
programado no temporizador deverá desarmar todo o sistema (itens 1 a
6 acima).
• Observar que neste caso qualquer motor somente será liberado para
ligar novamente quando o nível voltar ao normal.

b) Emergência manual
U U

• Repetir itens 1 a 6 acima.


• Empurrar a chave de emergência (botão soco) que deverá desarmar
todo o sistema (itens 1 a 6 acima).

c) Parada do ventilador primário


U

• Puxar a chave de emergência (botão soco).


• Repetir itens 1 a 6 acima.
• Desligar motor do ventilador primário, que deverá desarmar todo o
sistema (itens 1 a 6 acima).

d) Parada do exaustor
U

• Repetir itens 1 a 6 acima.


• Desligar o exaustor que deverá desarmar todo o sistema (itens 1 a 6
acima).

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1.1.20 - Escadas e Plataformas

• Verificar se estão livres e desimpedidas de qualquer tipo de objeto que


atrapalhe a circulação, ou venha a provocar risco de acidente para os
operadores.

1.1.21 - Iluminação

• Verificar se todos os pontos possíveis de inspeção para observação


estão suficientemente iluminados, principalmente indicador de nível,
válvulas de descarga, principal de saída de vapor e controle de
alimentação de água.

1.1.22 - Portas de Inspeção e Visores

• Verificar se todas as portas de inspeção, observação e visores estão


convenientemente fechados, certificando-se de que não há ninguém no
interior da unidade.
• Depois de concluída as etapas de verificação acima descritas, é que
então deverá ser iniciada a preparação para partida.

2 – PREPARAÇÃO PARA PARTIDA

2.1 - Enchimento de Água

Após os itens precedentes terem sido confirmados, introduzir água na caldeira de


acordo com a seguinte seqüência:

2.1.1) Abrir a válvula de alimentação de água na sucção da bomba (a válvula de


ventilação do tubulão superior deverá ser mantida toda aberta).

2.1.2) Abrir o “ by-pass” da válvula de controle de alimentação de água.

2.1.3) Acionar a bomba de alimentação de água da caldeira e abrir a válvula de


saída de modo que a pressão na saída se mantenha dentro do valor estabelecido.

2.1.4) Acionar a bomba de alimentação de solução química e ajustar a vazão da


mesma.

2.1.5) No enchimento da caldeira para serviço, a alimentação da água deve ser


feita lentamente, para se evitar tensões térmicas nas chapas do tubulão.

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2.1.6) Quando o nível de água se tornar visível na parte inferior do indicador de


nível, desligar as bombas de alimentação de água e de alimentação química.
Durante o enchimento da caldeira, efetuar a limpeza dos visores de nível, abrindo e
fechando as válvulas de dreno por duas ou três vezes, tendo o cuidado de fechá-las
depois de concluída a limpeza.

2.2 - Controle da qualidade da água durante o processo de enchimento

2.2.1 - Concentração da água de alimentação


Água da caldeira (pH) 6,5 – 9,5.
.......................
PO4 (ppm)
B B 5 –15.
..........................................
Hidrazina (N2H4) B B B B Depende do oxigênio dissolvido.
................................

2.2.2 - Procedimento para alimentação química

Os produtos químicos deverão ser alimentados proporcionalmente à alimentação


de água.
A hidrazina deverá ser introduzida no desaerador de água e, conforme a
necessidade, será alimentada diretamente no tubulão.

Quantidade dos produtos químicos:

A quantidade de produtos químicos necessários para a alimentação química deve


ser calculada e orientada por uma firma especializada, baseada nos limites
fornecidos pela empresa quanto à água de alimentação e da caldeira.

3 – POSTA EM MARCHA

Os seguintes itens deverão ser obedecidos para a posta em marcha de uma


caldeira fria, considerando-se que já tenha sido executada a lavagem química, conforme
instruções do manual de montagem, e a caldeira esteja devidamente preparada para
entrar em operação.

3.1) Encher a caldeira com água tratada até o nível normal de partida, conforme
descrito no item 2.1.

3.2) Suprir de bagaço os alimentadores através do transportador contínuo; as bicas


de alimentação (esteira / alimentador) deverão estar sempre cheias (seladas).

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3.3) Ligar o motor de acionamento das borboletas dos distribuidores.

3.4) Ligar o ventilador pneumático observando-se para que o registro esteja


fechado antes da partida.

3.5) Ligar os alimentadores, verificando se o combustível está sendo enviado


corretamente destes para os distribuidores, através dos visores das bicas.

3.6) Distribuir uma camada de combustível sobre as grelhas de forma homogênea,


parando em seguida os alimentadores.

3.7) Ligar as roscas transportadoras de limpeza do economizador e das grelhas


quando “GI” , e também, as válvulas rotativas das bicas do feixe tubular.

3.8) Para facilitar o acendimento, molham-se estopas com óleo diesel e as coloca
sobre o combustível. Logo que a chama estiver estabelecida, inicia-se a alimentação
contínua de bagaço com baixa rotação.

3.9) Ligar o ventilador de tiragem induzida e de ar primário com os respectivos


registros fechados.

3.10) Operar os ventiladores induzido e primário a uma capacidade suficiente para


se obter uma tiragem de aproximadamente -10 mm ca na fornalha.

3.11) Confirmada a queima de bagaço, deve-se aumentar gradativamente a


rotação dos alimentadores e abertura dos registros dos ventiladores induzido e primário, a
fim de manter a combustão, controlando-se a depressão da fornalha.

3.12) Ligar o ventilador de ar secundário com os registros fechados, e em seguida,


abri-los até no máximo 20%.

3.13) Durante o período de aquecimento, operar as descargas da caldeira


manualmente conforme a necessidade, mantendo o nível normal de operação e, sempre
que possível, usar a descarga contínua.

3.14) Durante o período de aquecimento, deve-se observar as condições de


expansão da caldeira.

3.15) Durante o aquecimento todos os controles de combustão devem ser


operados manualmente; a operação nesta fase deve ser tal que seja possível o controle
manual tanto da combustão e tiragem, quanto da alimentação de água e temperatura do
vapor no superaquecedor.

3.16) Por ocasião da elevação da pressão, os manômetros do vapor devem ser


verificados mais uma vez e a válvula de ventilação do super (partida) deverá estar aberta.

3.17) A pressão do tubulão, atingido 5 Kgf/cm² :


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a) Todas as válvulas de ventilação; do tubulão e coletor deverão ser


fechadas, exceto a válvula de ventilação do super (partida).
b) A válvula de vapor principal deverá ser conservada completamente
fechada.

3.18) Os registros de ar deverão ser ajustados de modo a se obter uma combustão


completa, queimando eficientemente o combustível e garantindo a depressão da fornalha.

3.19) À medida que a caldeira estiver sendo aquecida, com elevação de pressão,
verificar dilatações térmicas da mesma, principalmente nos pontos inferiores (fornalha,
coletor inferior, etc.).

3.20) Para efeito de estudo e comparação, convém sempre anotar às dilatações


térmicas nos vários períodos observados.

3.21) Durante o processo de elevação de pressão a combustão deverá ser


controlada manualmente, garantindo-se que não seja ultrapassada a temperatura de
vapor admissível nas serpentinas do superaquecedor.

3.22) Sempre que a temperatura do vapor chegar próxima a de operação, deverão


ser desligados os alimentadores de bagaço por um período suficiente para baixar a
mesma, religando-os em seguida, esta operação deverá ser repetida quantas vezes forem
necessárias a fim de assegurar a conservação das serpentinas, evitando assim o
empenamento e queima das mesmas.
Nota: Nunca se deve injetar água no superaquecedor através do
dessuperaquecedor para resfriamento do vapor antes de haver fluxo na rede.

4 – GERAÇÃO DE VAPOR

Durante a elevação da pressão, proceder de acordo com o que segue:

4.1) O nível de água do tubulão deve ser sempre mantido no centro do indicador de
nível. Caso haja uma subida de nível, descarregar a caldeira através da válvula de
descarga de fundo.

4.2) Se o nível de água baixar, fazer a alimentação manualmente através da


válvula controladora de água ou do by-pass, até que o nível atinja o centro do indicador
de nível.

4.3) O aquecimento da tubulação de vapor deverá ser executado da seguinte


maneira:

a) A válvula de dreno da linha de vapor principal deverá estar totalmente


aberta.
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b) O by-pass da válvula de vapor será aberto gradualmente até a abertura total,


assim que a pressão da caldeira atingir 75% da pressão de operação.
c) Após a tubulação estar devidamente aquecida, a válvula principal de vapor
deverá ser totalmente aberta, fechando-se em seguida o by-pass.
d) A válvula de dreno da linha de vapor deverá ser fechada.

4.4) Simultaneamente com o início do fluxo de vapor, a válvula de controle de


alimentação de água deverá ser aberta, regulada e colocada em automático, a fim de se
manter o nível da água normal.

4.5) Aumentar a distribuição de combustível à medida que se aumenta a


evaporação.

4.6) Regular o ar secundário observando-se a combustão de forma a garantir a


queima eficiente e a depressão da fornalha.

4.7) Quando a caldeira atingir uma condição de carga estável, os controles de


temperatura do vapor, combustão e tiragem deverão ser colocados em automático.

4.8) Verificar periodicamente a qualidade da combustão da caldeira, através de


análises de CO2 fazendo as correções dos desvios que aparecerem.
B B

4.9) Verificar periodicamente a concentração da água da caldeira através de


análises laboratoriais, fazendo-se as correções necessárias para atender as condições
desejadas.

OBS.:
U U Válvulas Duplo Estágio e roscas transportadoras de fuligem, somente
deverão ser desligadas quando a caldeira for retirada de operação para ficar parada por
mais de 24 horas, e certificar-se que definitivamente não exista mais cinzas ou bagaço na
mesma.

5 – POSTA EM MARCHA (CALDEIRA QUENTE)

Se a caldeira estiver parada por um período relativamente curto e tiver sido


mantida “abafada” (com relativa pressão), a partida deverá ser processada da seguinte
maneira:

5.1) Fazer uma inspeção geral na caldeira verificando os pontos já mencionados na


condição normal de partida.

5.2) Partir o ventilador de tiragem induzida e de ar primário, com os respectivos


registros totalmente fechados. Após atingir a rotação normal de trabalho, abrir os
registros, mantendo um fluxo mínimo, controlando a depressão da fornalha.

5.3) Ligar o motor de acionamento das borboletas dos distribuidores.


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5.4) Ligar o ventilador pneumático observando-se para que o registro esteja


fechado antes da partida.

5.5) Ligar os alimentadores e alimentar o combustível sobre a grelha de forma


homogênea.

5.6) Após atingir uma camada de combustível ideal para a partida, parar os
alimentadores.

5.7) Confirmada a queima do combustível, deve-se aumentar gradativamente a


rotação dos alimentadores e abertura dos registros dos ventiladores induzido e primário, a
fim de manter a combustão, controlando-se a depressão da fornalha.

5.8) Ligar o ventilador de ar secundário com os registros fechados, e em seguida,


abri-los até no máximo 20%.

5.9) Simultaneamente com o início do fluxo de vapor, a válvula de controle de


alimentação de água deverá ser aberta, regulada e colocada em automático, a fim de se
manter o nível da água normal.

5.10) Aumentar a distribuição de combustível à medida que se aumenta a


evaporação.

5.11) Regular o ar secundário observando-se a combustão de forma a garantir a


queima eficiente e a depressão da fornalha.

5.12) Quando a caldeira atingir uma condição estável, os controles de, temperatura
do vapor, combustão e tiragem deverão ser colocados em automático.

5.13) Verificar periodicamente a qualidade da combustão da caldeira, através de


análises de CO2 , fazendo as correções dos desvios que aparecerem.
B B

29
CAPÍTULO III

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CAPÍTULO III
I - OPERAÇÃO
1 – GENERALIDADES

As informações contidas neste Capítulo são gerais e dão aos operadores os


cuidados básicos para a operação da caldeira.
É de grande importância que os operadores se familiarizem com a instalação, bem
como, seu funcionamento no conjunto com as demais unidades.
Diversas emergências serão evitadas se tal procedimento for adotado.

2 - PERFORMANCE

2.1) Os limites estabelecidos em projeto devem ser mantidos, pois as condições de


operação acima desses limites vão encurtar a vida útil da caldeira e seus componentes.

2.2) A qualidade da água de alimentação influenciará nos sólidos arrastados pelo


vapor.
A alcalinidade e concentração dos sólidos dissolvidos e em suspensão na água da
caldeira devem ser mantidos abaixo de valores determinados (vide item 4.3 do Capítulo I)
e, para tal, deverão ser feitos tratamento de água e descargas adequadas.

2.3) Relatórios sobre a operação deverão ser emitidos com o propósito de facilitar
futuras comparações sobre seu desempenho.

2.4) Se a superfície de transmissão térmica estiver limpa, a perda de carga dos


gases através da caldeira, e sua temperatura de saída serão constantes para
determinada carga e excesso de ar. Quando a caldeira for nova, os desvios servirão
para se determinar às condições satisfatórias de operação, indicando as situações
indesejáveis. Medidas deverão ser tomadas para determinar e corrigir as causas das
principais discrepâncias e evitar futuras dificuldades.

2.5) Análise periódica da umidade do combustível deverá ser efetuada, uma vez
que é um dado indispensável na análise do rendimento da unidade.

2.6) A temperatura e a análise dos gases que saem da caldeira, são valores
importantes como indicadores da qualidade de combustão, que deve ser completada
antes dos gases deixarem a fornalha. As condições mais favoráveis para diferentes faixas
de vaporização poderão ser estabelecidas durante a operação. A presença de monóxido
de carbono (CO) no fluxo de gás indica combustão incompleta, sendo o medidor tipo
Orsat o mais seguro para a sua análise. Para determinar a porcentagem de CO e CO2 a B B

amostra de gás deverá ser obtida na saída da caldeira, e comparada com amostra obtida
na entrada do exaustor, a fim de identificar possíveis vazamentos em dutos, pré-
aquecedor de ar e economizador.

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3 - OPERAÇÃO

3.1 - Dessuperaquecedor

A alimentação de água no dessuperaquecedor pode ser efetuada de duas


maneiras; pela bomba de alimentação da caldeira ou diretamente de um condensador por
um venture que provoca uma pressão diferencial entre o corpo superior e a região do
dessuperaquecedor.
No instante da posta em marcha da caldeira, alem das válvulas de resfriamento do
condensador, ou seja, alimentação de água da caldeira, válvulas de vapor saturado do
corpo superior, assim como a linha de água de alimentação do dessuperaquecedor,
diretamente da bomba principal de alimentação, deverá estar totalmente abertas e a
estação dessuperaquecedora, operando em automático, a fim de garantir o controle de
temperatura do vapor a ser enviado para o processo.
Deveremos ainda neste instante, regular manualmente a abertura da válvula de
vapor saturado do venture.

3.1.2) Descritivo funcional

A água de alimentação da caldeira,antes de entrar no corpo superior, passa pelas


T

serpentinas de um trocador de calor casco-tubo, condensa o vapor saturado que esta no


casco inferior do trocador proveniente do corpo superior.
Como existe um diferencial de pressão entre a vapor superaquecido intermediário
e o vapor saturado no interior do corpo superior, por volta de 1,5 kgf/cm² este passará
através de um venturi, provocando um arraste de gotículas de água condensada, que se
mistura com o vapor superaquecido, dessuperaquecendo o mesmo.
No caso de não haver condensado suficiente, devido ao fluxo de água ou vapor, a
T

temperatura do vapor superaquecido tende a se elevar e neste caso definimos um valor


do Set-Point, para abertura da válvula redutora auxiliar,ejetando água diretamente do
sistema de alimentação da caldeira, sem passar pela válvula de controle principal,
mantendo o diferencial de pressão pouco acima da alimentação de condensado
proveniente do condensador.

3.2 - Lavador de gases

Abrir as válvulas de bloqueio de alimentação de água (acima de 65 ºC), ajustando a


pressão nos manômetros na entrada das serpentinas em torno de 1,0 Kgf/cm²,
observando que a temperatura do gás na saída do lavador nunca seja inferior a 110 ºC.
O ajuste de pressão deverá ser corrigido de acordo com a variação de carga da
caldeira, de forma a garantir a temperatura mínima de 110 ºC, pois abaixo desta
temperatura, poderá ocorrer arraste de água / fuligem para o exaustor.
Deve-se observar que a tubulação de descarga de água / fuligem esteja sempre
“afogada” (selada) e desobstruída.

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3.3 - Controle de Nível

3.3.1) Deverá ser verificado o ajuste do transmissor de nível com a caldeira quente,
comparando a escala do controlador com o nível real do visor (50%).

3.3.2) Embora operando satisfatoriamente com o sistema automático de


alimentação e controle de nível, será necessário, algumas vezes, verificar o nível de água
através dos indicadores de nível locais durante a operação normal. Quando a caldeira
estiver operando, nunca deve ser cortada a água de alimentação, mesmo por pouco
tempo, pois as conseqüências serão desastrosas.

3.3.3) A menos que haja instrução específica em contrário, o nível de água do


tubulão deve ser conservado próximo do centro do indicador de nível. O controle de nível
de água deve ser realizado lentamente, pois se elevado repentinamente e houver muita
solicitação de vapor, poderá haver arraste (priming). Caso isto aconteça, o controle de
água de alimentação será passado para “manual“, para baixar o nível de água, abrindo-se
a descarga de fundo. Neste caso o nível deve ser reduzido somente até o nível mínimo
permitido, mantendo-se nesta posição. Se necessário, a carga da caldeira pode ser
reduzida. Devem ser verificados a alcalinidade e o total de sólidos contidos, e em ocasião
oportuna a condição das partes internas do tubulão.

3.3.4) No manuseio do indicador de nível de água, ter atenção nos seguintes itens:

a) Na partida da caldeira, o indicador de nível deve ser aquecido


progressivamente, deixando-se a válvula de dreno ligeiramente aberta até
que a temperatura se estabeleça, sem aquecer repentinamente o vidro do
indicador.
b) Durante a operação, evitar drenagem freqüente no indicador de nível a fim
de diminuir a possibilidade de vazamentos devido à variação de
temperatura.

3.3.5) Para limpeza e drenagem dos visores deverá ser consultado o manual do
fabricante.

3.4 - Pré-aquecedor de ar

3.4.1) As superfícies de troca de calor devem ser conservadas limpas.

3.4.2) A temperatura de saída do gás aumentará com o aumento da carga e


reduzirá com o decréscimo. Em condições normais de carga, o operador deverá estar
capacitado para reconhecer qualquer aumento ou diminuição anormal na temperatura de
saída dos gases.

3.4.3) No caso da temperatura do gás de saída do pré-aquecedor de ar ser muito U

baixa em relação à carga da caldeira, verificar os seguintes itens:


U

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a) Alta porcentagem de excesso de ar (grande quantidade de O2); B B

b) Vazamento de ar nos dutos ou pré-aquecedor.

3.4.4) No caso da temperatura dos gases na saída do pré-aquecedor de ar ser


muito elevada com relação à carga da caldeira, verificar se ocorre:
U U

a) Falta de ar (O2) ;
B B

b) Acúmulo de sujeira nas superfícies de aquecimento;


c) Combustão secundária;
d) Combustão no pré-aquecedor de ar de resíduos de combustível não
queimado.

3.5 - Economizador

3.5.1) Drenar os coletores periodicamente a fim de se evitar depósitos residuais

3.5.2) As superfícies de troca de calor devem ser conservadas limpas.

3.5.3) Deverá ser feito um acompanhamento periódico das temperaturas de água e


gás, a fim de se detectar possíveis incrustações que possam vir a ocorrer.

3.5.4) Havendo queda da temperatura da água na saída, provavelmente, isto


justifica a existência de incrustações interna nas serpentinas, as quais somente poderão
ser removidas por meios mecânicos ou químicos. O processo de limpeza química
somente será executado sob responsabilidade e orientação de equipe especializada e
experiente em tal processo.

3.5.5) No caso da temperatura do gás de saída do Economizador ser muito baixa


em relação à carga da caldeira, verificar os seguintes itens:

a) Baixa porcentagem de excesso de ar (pouca quantidade de O2); B B

b) Entrada de ar falso nos dutos.


c) Vazamento de água nas serpentinas.

3.5.6) No caso da temperatura dos gases na saída do Economizador ser muito


elevada com relação à carga da caldeira, verificar se ocorre:

a) Excesso de ar elevado;
b) Acúmulo de sujeira nas superfícies de aquecimento;
c) Combustão secundária;
d) Combustão no Economizador de resíduos de combustível não queimado.

34
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3.6 - Fornalha

Sendo o coeficiente global de transmissão de calor da parede de água da fornalha


elevado e considerando-se que a mesma é exposta a altas temperaturas, é importante
precaver-se quanto ao aparecimento de incrustações.
O tratamento da água de alimentação, bem como as condições da água da
caldeira, devem ser tais que não permitam essas incrustações.
Se os valores limites recomendados ou se o tratamento for inadequado, poderão
surgir incrustações, que mesmo em finas camadas, provocarão o aumento da
temperatura na parede dos tubos, o que poderá provocar até a sua ruptura.
A inspeção periódica e o controle da água são importantes para evitar acidentes.
Por outro lado, havendo formações de crostas na tubulação, o processo para
remoção a fim de evitar a ruptura é a lavagem ácida apropriada, que somente será
efetuada sob responsabilidade e orientação de equipe especializada e experiente em tal
processo.

3.7 - Superaquecedor

3.7.1) Drenar o coletor periodicamente a fim de se evitar depósitos residuais.

3.7.2) As superfícies de troca devem ser conservadas limpas.

3.7.3) Deverá ser feito um acompanhamento periódico da temperatura do vapor, a


fim de se detectar possíveis incrustações que possam vir a ocorrer.

3.7.4) Caso ocorra queda da temperatura do vapor na saída, isto provavelmente


justifica a existência de incrustações interna e/ou externa nas serpentinas, as quais
somente poderão ser removidas por meios mecânicos ou químicos. O processo de
limpeza química somente será executado sob responsabilidade e orientação de equipe
especializada e experiente em tal processo.

3.8 - Feixe tubular

3.8.1) As superfícies de troca devem ser conservadas limpas através de operação


periódica pré-programada dos sopradores de fuligem.

3.8.2) Deverá ser feito um acompanhamento periódico dos gases na saída do feixe
e da capacidade de produção da caldeira, a fim de se detectar possíveis incrustações ou
vazamentos que possam vir a ocorrer.

3.8.3) Caso ocorra aumento da temperatura do gás na saída da caldeira ou queda


na capacidade de produção de vapor, isto provavelmente justifica a existência de
incrustações interna e/ou externa nos tubos, as quais somente poderão ser removidas por
meios mecânicos ou químicos. O processo de limpeza química somente será executado
sob responsabilidade e orientação de equipe especializada e experiente em tal processo.
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3.9 - Descargas de fundo e contínua

3.9.1) Os dados sobre as descargas devem ser registrados, pois a freqüência e a


duração das mesmas serão mais bem fixadas através de análise química da água da
caldeira.
Desde que o sistema de tratamento de água de alimentação e da caldeira varia
para cada tipo de unidade, devem-se solicitar os serviços de uma autoridade competente
no assunto para prescrever tratamento adequado à água de alimentação e fornecer
instruções necessárias para as descargas. Se não for possível este estudo, a descarga
de fundo deverá ser operada ao menos uma vez a cada 24 horas, ou mais, se a qualidade
da água de alimentação for suficiente ou se a quantidade de água de reposição for
grande.

3.9.2) O uso da válvula de descarga de fundo deverá ser restringido aos períodos
de taxa de vaporização moderada e nível estável, e será executada sempre para eliminar
sedimentos depositados, quando a caldeira for parar. A menos que haja recomendação
em contrário do fabricante, abrir primeiro a válvula de vedação (próximo à caldeira), e
depois a válvula de descarga, fechando na ordem inversa. No caso de descargas
programadas, as válvulas de bloqueio deverão permanecer constantemente abertas.
Nunca faça descargas tão longas a ponto de se perder a visibilidade da água no visor de
nível.

3.9.3) Se a água de alimentação tiver alto teor de sólidos, há perigo de arraste


durante a operação com carga elevada ou repentina mudança de carga.
Se houver um dos problemas acima, a descarga da caldeira deve ser aumentada,
controlando deste modo, a concentração de sólidos suspensos e dissolvidos, podendo os
valores limites de concentração ficar abaixo dos indicados na Tabela 4.3. - Cap. I.
Porém, qualquer que seja o caso, nunca deixar ultrapassar os valores limites
indicados na Tabela 4.3 - Cap. I para a água da caldeira.

3.9.4) A descarga contínua proporciona melhor meio para o controle da


concentração de sais dissolvidos na água da caldeira, porque mantém uma concentração
relativamente constante.

3.10 - Descarga de coletores

3.10.1) Nunca dê descarga nos coletores das paredes d’água enquanto a unidade
estiver produzindo vapor. Entretanto, eles deverão sofrer descargas por ocasião da
parada da caldeira logo após a extinção da combustão, observando-se, que não se deve
perder a visibilidade de água no visor, a fim de não se permitir depósitos residuais nos
coletores.

36
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3.11 - Combustão

3.11.1) Para uma análise preliminar, poderemos observar a cor da chama da


fornalha ou a fumaça na chaminé.

3.11.2) No caso da quantidade de ar ser excessiva, a chama será branca, brilhante


e queimará intensamente, e a fumaça na chaminé será branca.

3.11.3) Por outro lado, no caso de pouca quantia de ar, o interior da fornalha tornar-
se-á escuro e a chama apresentará cor alaranjada escura. Já a fumaça na chaminé
apresentará cor preta, sendo que a condição de ar ideal será o interior da fornalha com
cor vermelha vivo e a fumaça na chaminé, de cor cinza.

3.11.4) Para uma análise mais precisa, deverá ser analisada a quantidade de CO,
CO2, e O2 na saída da caldeira, através de analisadores de gás específicos, mantendo-se
B B B B

os valores indicados na performance prevista, com o CO sempre tendendo a zero.

NOTA: Para caldeiras com lavador de gases não será possível analisar a
U U

combustão pela cor da fumaça da chaminé.

3.11.5) Durante a operação é necessário verificar, periodicamente, se a


alimentação do combustível está sendo bem distribuída sobre a grelha, devendo-se evitar,
entretanto, acúmulos na sua distribuição.

3.11.6) É necessário, também, proceder periodicamente a ajustes que


compreendem a verificação da quantidade e distribuição do ar primário e secundário, de
acordo com a carga da caldeira, mesmo estando a combustão operando no modo
automático.

3.11.7) A chama deve estar em condições de incandescência totalmente na


superfície inferior da fornalha e o bagaço, uma vez introduzido na fornalha, deve entrar
imediatamente em combustão, queimando os pedaços menores em suspensão e os
maiores sobre as grelhas da fornalha. Cortando a alimentação, a chama desaparecerá
em poucos minutos, consumindo totalmente o bagaço.

3.11.8) Quando a espessura da camada de cinza for exageradamente grossa ou,


se ocorrer formação de cinzas solidificadas que prejudicam a circulação de ar, a chama
tornar-se-á precária. Nestes casos, deve-se efetuar a limpeza das grelhas.

3.11.9) No caso de ocorrer extinção parcial do fogo, deve-se aumentar a


alimentação de ar para possibilitar a queima em condições de chama incandescente.

3.11.10) A velocidade dos alimentadores e a posição dos flaps dos distribuidores


deverão ser reguladas periodicamente, observando-se a chama. Na parte interna da
fornalha a chama deve estar sempre ativa e abranger a sua totalidade.

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3.11.11) Deve-se evitar que ocorra queima de bagaço ao redor da parede posterior
da fornalha, porque isto poderá motivar o aparecimento de fumaça negra ou de cinzas
solidificadas.

3.11.12) Se ocorrer queima somente na parte frontal da fornalha, ocorrerá entrada


de ar em excesso pela parte traseira da mesma, provocando queda da eficiência e da
quantidade de vaporização da caldeira.

3.11.13) O aumento do excesso de ar prejudica o acendimento do fogo e refrigera


a camada da fornalha, podendo, também, provocar a extinção da chama. A quantidade
de ar deve ser limitada ao mínimo necessário para uma combustão completa.

3.11.14) Em caso de funcionamento da caldeira em torno da sua carga máxima


contínua, é recomendável o excesso de ar estar em torno de 30% e CO2 em torno de 15%
B B

(a seco).

3.11.15) Na parte superior da fornalha a pressão deve conservar-se


aproximadamente em (-) 10 mm ca e na superfície superior da grelha em torno de (-) 5
mm ca, não devendo em hipótese alguma, a pressão da fornalha passar para positiva.

3.12 - Controle da concentração da água na caldeira

Métodos gerais e práticos para conservação dos valores limites.

3.12.1) PH acima do valor limite.

Fazer descarga na água da caldeira.

3.12.2) pH abaixo do valor limite.

• confirmar se o fosfato está dentro do limite


• verificar se houve contaminação por açúcares
• aumentar a dosagem de solda cáustica
• acrescentar solução de fosfato de sódio

3.12.3) Fosfato acima do valor limite.

Fazer descarga na água da caldeira

3.12.4) Fosfato abaixo do valor limite

Acrescentar solução de fosfato de sódio.


3.12.5) Sólidos totalmente dissolvidos

Controlar com descarga contínua ou descarga de fundo, a fim de manter dentro


dos limites recomendados (Tabela 4.3 Cap. I, e item 3.9.3 Cap. III).
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Verificar normalmente pela condutividade elétrica.

3.12.6) Sílica (SiO2)


B B

Controlar os valores limites através de descarga contínua ou de fundo.

3.12.7) Sulfito de Sódio (Na2SO3)


B B B B

Adicionar sulfito de sódio continuamente no sistema de alimentação de água.

3.12.8) Outros

No caso da água da caldeira ser contaminada, apresentar coloração pela presença


de ferrugens, ou outros materiais, ela deverá ser purificada, fazendo-se descarga
adequada na água da caldeira.
Em alguns casos será necessário fazer tratamento com produtos químicos
apropriados.
A necessidade e orientação serão ditadas por especialista no assunto.

3.13 - Soprador de Fuligem

ATENÇÃO :
U U

O melhor é fazer a sopragem com a caldeira de meia a plena carga e nunca


quando a mesma estiver em pico.

3.13.1) Assegure-se que a válvula de dreno está totalmente aberta e, então, abra
lentamente a válvula principal de vapor.

3.13.2) Esperar que a árvore (tubulação) se aqueça.

3.13.3) Quando o vapor que sai através da válvula de dreno sair totalmente seco,
fecha-se esta válvula.

3.13.4) Operar os sopradores segundo a seqüência pré-determinada.

3.13.5) Antes de operar os sopradores de fuligem, a tiragem dos gases deverá ser
aumentada (porém sem aumentar o excesso de ar), o suficiente para impedir uma
pressão positiva na fornalha quando os sopradores estiverem operando.

3.13.6) Girar cada cabeçote de uma a quatro vezes, dependendo do acúmulo de


depósitos nos tubos e da dificuldade em removê-los.
3.13.7) Após terem todos os sopradores operados adequadamente, fecha-se a
válvula principal de vapor e abre-se a válvula de drenagem. A válvula de dreno deve ter
um furo no plug ou parede divisória interna, a fim de evitar acúmulo de condensado

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durante a sopragem, ou aumento de pressão nas linhas de alimentação dos sopradores,


devido um possível vazamento na válvula principal de vapor.

3.13.8) Certificar-se de não estar havendo sopragem (passagem de vapor através


dos bocais dos elementos) com o soprador parado.

NOTA :
U

Quando o ângulo de sopragem a ser varrido for de 360º, o gatilho terminará


encaixado no espaço vazio do cames após a operação de sopragem e, portanto, a válvula
de admissão de vapor do soprador permanecerá totalmente fechada.

Lubrificação :
U

Antes de colocar o soprador em funcionamento o mesmo deve ser engraxado


através da engraxadeira tipo “STAUFER” contida na parte superior do conjunto pinhão-
engrenagem.
Engraxar o acionamento manual do redutor. O redutor é fornecido sem óleo. O óleo
deverá ser trocado anualmente.

3.14 - Limpeza do Grelhado

3.14.1) Com o progresso da queima acumula-se sobre a grelha cinzas solidificadas


e escória, que dificultam a circulação de ar e a queima do combustível, tornando-a
irregular. A queima deve processar-se uniformemente sobre todo o grelhado.

3.14.2) Quando o operador perceber que a quantidade de “sujeira” sobre a grelha


estiver prejudicando a perfeita e completa combustão, o mesmo deverá proceder à
operação de limpeza do grelhado basculante ou aumentar a freqüência de sopragem do
grelhado fixo (Pin-Hole). Isto poderá ocorrer com periodicidade de 4 a 8 horas,no grelhado
basculante ou intervalos de 10 a 15 minutos entre sopragens, no caso de grelhado fixo,
dependendo das condições do combustível. Quando isto ocorrer, a limpeza do grelhado
deverá ser executada conforme procedimento abaixo:

GRELHADO INCLINADO FIXO (GI) – Pin-Hole


U

O Conjunto de válvulas para limpeza de cinzas deverá trabalhar com vapor


proveniente da redutora dos sopradores de fuligem ou outra malha auxiliar com pressão
não superior a 8,0 kgf/cm2.
Sendo assim deverá a lógica de controle ser intertravada com o seqüencial de
sopragem de fuligem.
Após 10 minutos do último soprador de fuligem ser acionado, pode iniciar o
seqüencial de limpeza de grelha, conforme abaixo:

a) Abrir a válvula de água de remoção de cinzas


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b) Abrir válvula redutora de vapor.


c) Fechar o dreno dos sopradores de fuligem.
d) Seqüencial dos sopradores deve estar travado.
c) Abrir a primeira válvula de limpeza de grelha.
d) A cada (10 a 15) minutos deve-se abrir uma válvula de vapor que sopra duas
linhas de bicos, permanecendo aberta durante (15 a 30) segundos.
e) Após abertura da última válvula retornar a primeira, sendo esta seqüência
contínua, somente interrompida ao de iniciar a sopragem de fuligem.
f) Ao iniciar contagem para sopragem de fuligem a limpeza de grelha será
encerrada e travada.
g) Em 10 minutos, fechar a válvula de água da remoção de cinzas e iniciar a
sopragem de fuligem.

Notas:
U

1) O seqüencial de abertura das válvulas deve ser sempre da frontal para a traseira
da caldeira.
2) Caso se note acúmulo de cinza sobre o grelhado, que seja prejudicial a queima,
reduzir o intervalo do item “d”, ou seja aumentar a freqüência de sopragem.
3) Caso se note uma grande quantidade de não queimados, juntamente com a
cinza, reduzir a freqüência de limpeza.
4) Durante todo o procedimento de limpeza do conjunto de grelha,os alimentadores
de bagaço devem permanecer ligados, na rotação normal, requerida pela produção.

GRELHADO BASCULANTE (GB)


U

Obs.: Antes de se iniciar a limpeza do grelhado, verificar o nível de óleo para


U U

lubrificação dos pistões e abrir a válvula de alimentação do ar comprimido.

a) Parar o alimentador de combustível da seção da qual se pretende efetuar a


limpeza.
b) Aguardar a queima completa do combustível sobre as grelhas na seção
correspondente.
c) Fechar o registro de admissão de ar da seção correspondente.
d) Atuar por diversas vezes o cilindro pneumático do grelhado basculante da seção
correspondente, até que a mesma esteja completamente limpa.
e) Certificar-se que o grelhado basculante esteja fechado, observando pelo visor
existente na porta de lenha.
f) Abrir a válvula de vapor para efetuar a limpeza sob o grelhado.
g) Retirar a cinza acumulada na porta com auxilio de rodo / enxada.
h) Abrir o registro de ar da seção correspondente.
i) Acionar o alimentador de combustível da seção correspondente.

3.14.3) A ignição do combustível será feita pelas seções adjacentes em operação à


seção que estiver sendo limpa.
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3.14.4) Quando a seção que fora limpa estiver em operação normal (com perfeita
combustão), procede-se à limpeza de uma próxima seção. Deverá ser feita a limpeza em
U

seções alternadas.

3.15 - Válvulas Duplo Estágio e Roscas Transportadoras

3.15.1) Verificar-se periodicamente se as válvulas e roscas estão funcionando


livremente, sem sobrecargas, e certificar-se de que as bicas não estejam entupidas.

3.15.2) Conferir periodicamente a lubrificação dos mancais, dando a devida


atenção quanto ao local físico em que estas válvulas estão instaladas, devido à alta
temperatura e ambiente agressivo.

3.16 - Válvulas de Segurança

3.16.1) Verificar periodicamente para se certificar de que as válvulas de segurança


estão livres para operar, e de que não haja vazamentos. Os vazamentos pequenos
deverão ser anotados para posterior reparos. Os vazamentos maiores destruirão
rapidamente a capacidade operacional das válvulas; desta forma, tais vazamentos
deverão ser reparados o mais rápido possível.

3.16.2) Periodicamente (a cada 15 dias), as válvulas deverão ser testadas


manualmente, a fim de certificar se as mesmas trabalham livremente. Isto deverá ser feito
acionando-se a alavanca de cada válvula, observando-se que a pressão da caldeira seja
de, pelo menos, 75% da pressão de ajuste da válvula.

3.16.3) Para informações complementares quanto à operação de válvulas de


segurança, consultar o manual do fabricante.

3.17 - Aquecedor de Ar a Vapor ( Opcional )

3.17.1) Após a caldeira já estar em regime de operação com fluxo normal na vazão
de vapor, deverá ser colocado em operação o aquecedor de ar a vapor, obedecendo ao
seguinte procedimento:

a) Fechar as válvulas de bloqueio do purgador de vapor e abrir o by-pass, a fim de


drenar o condensado de aquecimento.
b) Abrir a válvula de admissão de vapor lentamente, a fim de permitir o
aquecimento da tubulação e do aquecedor.
c) Após o aquecimento, abrir as válvulas de bloqueio do purgador de vapor,
fechando-se, em seguida, a válvula do by-pass.

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d) Ajustar a temperatura do ar na saída do aquecedor através da abertura da


válvula de admissão de vapor.

4 – PARADA NORMAL

4.1 - Parada prolongada com resfriamento

O procedimento para parada normal é baseado na hipótese que a unidade esteja


operando com carga total e sob controle automático, e que a intenção é reduzir a pressão
a zero, esfriando-se completamente a caldeira.

Procedimento:
U U

4.1.1) Reduzir gradualmente a carga da caldeira, baixando a taxa de combustão


proporcionalmente com o fluxo de vapor. O controle de combustão pode ser automático
até o ponto que seja possível o controle manual.

4.1.2) Reduzir gradualmente a taxa de alimentação de combustível de acordo com


a flexibilidade do equipamento de combustão. Ao atingir a taxa mínima de alimentação
(determinado pela condição de operação), parar o alimentador.

4.1.3) Reduzir o fluxo de ar juntamente com a redução do combustível, tomando


cuidado para não reduzi-lo abaixo de determinada faixa estabelecida, até que o fogo
tenha se extinguido totalmente e a caldeira esteja fora de linha.

4.1.4) Quando a vazão de vapor da caldeira estiver reduzida a 15% ou menos da


vazão nominal, a válvula de ventilação do superaquecedor deverá abrir totalmente. Caso
isto não ocorra, a mesma deverá ser aberta manualmente.

4.1.5) Após a abertura da válvula de ventilação do superaquecedor para retirada da


caldeira de operação, o controle de temperatura de vapor deverá ser desligado, fechando-
se a válvula de bloqueio de alimentação de água do dessuperaquecedor.

4.1.6) Executar a descarga de coletores conforme item 3.10 Cap. III.

4.1.7) Quando a carga estiver sendo reduzida, deve-se observar o estado geral da
caldeira e o comportamento da contração das partes metálicas.

4.1.8) Após a retirada da caldeira da linha, abrir o dreno do coletor do


superaquecedor.

4.1.9) Só desligar os ventiladores de ar forçado e tiragem induzida após 15 minutos


(no mínimo) da parada da caldeira. Recomenda-se manter o ventilador de tiragem
induzida (IDF) em serviço e manter as portas de cinzas e os registros de ar do grelhado
aberto, para auxiliar o processo de resfriamento da caldeira.
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UOBS.: é importante manter as roscas trabalhando até a parada do ventilador de


U

tiragem induzida (IDF), a fim de se evitar travamento das mesmas.

4.1.10) O nível de água deve estar sempre visível no indicador de nível durante o
procedimento de parada.

4.1.11) Se a caldeira ficar fora de operação por alguns dias (menos que uma
semana) deverá ser cheia completamente. Se a parada for superior a uma semana,
adotar procedimento próprio de preservação, constante neste manual.

4.1.12) Para drenar completamente a caldeira deve-se ir repondo água de


alimentação quente, à medida que for fazendo descarga, até que haja equilíbrio de
temperatura.

4.1.13) Quando a pressão atingir 2 kgf/cm² abrir a (s) válvula (s) de ventilação do
corpo superior.

4.1.14) A água da caldeira só poderá ser completamente drenada quando sua


temperatura for inferior a 65°C.

4.2 - Parada rápida sem resfriamento

O procedimento para parada normal é baseado na hipótese que a unidade esteja


operando com carga total e sob controle automático, e que a intenção é a retirada do
serviço por curto período de tempo; portanto as condições de pressão e temperatura
serão praticamente mantidas.
Neste caso, o procedimento é semelhante ao visto no item anterior, observando-se
sempre o seguinte:

4.2.1) Não se deve reduzir a pressão do vapor com a redução de carga, estando a
caldeira ainda em linha; a queda de pressão deve ser mais lenta que no caso anterior.

4.2.2) Atingida a pressão desejada para ser preservada a caldeira e estando esta
fora de linha, fecha-se a ventilação do super manualmente.

4.2.3) Manter os ventiladores ligados o tempo suficiente para a queima de todo o


combustível sobre o grelhado e a purga da fornalha.

4.2.4) Fechar todas as entradas de ar.

4.2.5) Manter o nível de água sempre visível no indicador de nível, durante o


procedimento de parada.

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OBS.: Sempre que a caldeira for retirada de serviço deve-se tomar precaução
U U

quanto à corrosão, mesmo que esta parada for por curto período. Ver métodos de
preservação neste manual.

5 – OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA

5.1 - Queda de Nível de água

Uma das mais sérias emergências na operação da caldeira é a perda do nível de


água. Como foi mencionado em outros itens, o nível deve ser observado freqüentemente
e o indicador inspecionado periodicamente quanto ao seu estado geral de operação.
Devem ser previstas proteções nas linhas dos transmissores de nível de água para
se evitar danificações das mesmas.
Se o nível de água sair fora do controle do indicador a causa pode estar na
alimentação de água ou negligência do operador, exceto no caso de flutuação
momentânea, que pode ocorrer por ocasião de mudanças repentinas de carga, quando,
então, devem-se tomar imediatamente medidas apropriadas para retomar a posição
normal do nível.
Quando houver problema de queda de nível chegando-se até o ponto de atuação
do “trip” de segurança, a decisão de reiniciar a operação mesmo por curto período, deverá
ser tomada por pessoa autorizada e familiarizada com as circunstâncias que ocasionaram
a emergência, e ter certeza de que o nível será restabelecido imediatamente sem
qualquer prejuízo para a caldeira. Não havendo tal decisão:

5.1.1) Verificar se o abastecimento de combustível fora paralisado completamente


e se a chama se extinguiu completamente.

5.1.2) Simultaneamente, se a água de alimentação voltar à condição normal e o


operador estiver seguro de que nenhuma parte de pressão foi danificada, o fluxo de água
de alimentação da caldeira deverá ser gradualmente reduzido (nunca aumentado) através
da válvula manual.
O propósito de se controlar a alimentação deste modo é para evitar o resfriamento
das partes de pressão pela água fria com elevação do nível de água.
Quando a água da caldeira atingir o nível desejado para a nova operação, fechar
completamente a válvula controladora de água de alimentação.

5.1.3) Suspeitando-se que tenha sido provocado algum dano nas partes de
pressão da caldeira, fechar a válvula principal de vapor e abrir a válvula de ventilação do
super, deixando a caldeira resfriar até a pressão cair a zero.

5.1.3.1) Todos os ventiladores deverão permanecer desligados e com os registros


fechados.

5.1.3.2 ) Em nenhuma hipótese deverá ser feita à alimentação de água.

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5.1.4) Após certificar-se que a caldeira está totalmente resfriada e em condição


para inspeção, esta deverá ser inspecionada visualmente, a fim de se constatar alguma
deformação nas partes de pressão.

5.1.5) Caso tenha havido apenas deformações dentro de limites aceitáveis, deverá
ser analisada a hipótese de execução do teste hidrostático.
Sendo este possível, o mesmo deverá ser executado conforme descrito no Manual
de Montagem.

5.1.6) Caso haja deformações que venha comprometer a segurança operacional da


caldeira, estas deverão ser efetivamente corrigidas por pessoal qualificado e com a
devida aprovação de um Inspetor de órgão competente.
Somente, então, deverá se proceder ao teste hidrostático, com o acompanhamento
do Inspetor acima mencionado.

NOTA:
U U

1) Durante a operação normal, os operadores não devem ter total confiança nos
alarmes de nível, uma vez que esses poderão falhar.
Os visores devem sempre ser observados para evitar surpresas desagradáveis,
drenando-os freqüentemente, a fim de mantê-los limpos.

5.2 - Explosão na Fornalha

A existência de combustível na fornalha, motivada pela combustão incompleta ou


fluxo de combustível sem ignição, misturado com o ar, em proporção adequada, e a
aplicação de calor suficiente para atingir o ponto de ignição, é o que ocasiona a explosão
na fornalha.
A introdução de combustível na fornalha ocorre por diversos motivos, entre os
quais:

5.2.1) Alimentador de combustível dando passagem apesar de estar


aparentemente parado.

5.2.2) Extinção da chama sem ser imediatamente interrompido o fluxo de


combustível.

5.2.3) Má operação durante a partida, quando existir dificuldades em acender a


caldeira, deixando entrar excesso de combustível na fornalha, sem ignição.

5.2.4) Se a admissão de combustível for mais rápida que a sua queima.

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As explosões na fornalha podem ser evitadas tomando-se as seguintes


precauções:

a) Estar certo de que os alimentadores de combustíveis, quando parados, não


apresentam vazamentos;
b) Quando a caldeira estiver fora de uso, purgar a fornalha antes de colocar o
alimentador em serviço.

5.3 - Perda de Controle do fluxo de ar

São os seguintes motivos que podem ocasionar a perda do controle de ar:

5.3.1) Problema nos acionadores do ventilador de ar forçado.

5.3.2) Problema no registro do ventilador.

5.3.3) Problema no atuador que comanda os registros do ventilador de acordo com


a demanda de combustível.

5.3.4) Problema no controle automático do ventilador.

5.3.5) Problema nos registros de entrada de ar no grelhado. O operador deverá


tomar o controle do ventilador, passando-o para manual e restabelecer as condições
normais. Conforme as circunstâncias e necessidades, apagar a caldeira e efetuar os
reparos.

5.4 - Problemas na tubulação da caldeira

5.4.1) No caso de vazamento em tubos da caldeira, que é denunciado pela queda


de temperatura dos gases na saída, fumaça branca na saída da caldeira, ou mesmo
observando-se a fornalha pelos visores de observação, e desde que não envolvam
problemas sérios para o suprimento da água de alimentação, o nível deve ser mantido e a
caldeira ser posta fora de operação, seguindo o procedimento de parada normal já
descrito anteriormente.

5.4.2) Se o vazamento é tal que não se consiga manter o nível, a unidade será
posta fora de operação imediatamente, mantendo-se a fornalha pressurizada para levar o
vapor através da chaminé. Com a caldeira fria, inspecionar as partes de pressão a
procura de defeitos.
Alguns tubos poderão ser isolados provisoriamente, de acordo com as
necessidades de vapor, para no período de manutenção serem trocados.

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CAPÍTULO IV

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CAPÍTULO IV

1 – PRESERVAÇÃO DA CALDEIRA

Uma vez concluída a montagem da caldeira, bem como, de seus componentes


auxiliares e executada a lavagem alcalina, durante os períodos não operacionais, a
proteção da parte interna da caldeira contra a corrosão é essencial por duas razões
principais:

1) o ataque da corrosão durante a parada pode causar perda direta de metal.

2) os ácidos produzidos formam depósitos e pode causar ataque localizado e/ou


superaquecimento do metal dos tubos quando em operação.

1.1) A aplicação de medidas de controle de corrosão efetivas na partida e nas


paradas da unidade, combinada com o controle contínuo durante a operação, constitui
uma sadia manutenção preventiva, protegendo o investimento e estendendo a vida útil do
equipamento.

1.2) Os fatores chaves responsáveis pela corrosão durante a parada são a água, o
oxigênio e o pH. A eliminação da umidade ou do ar evitará apreciavelmente a corrosão. A
proteção, portanto, consiste em se remover o oxigênio ou a água do sistema da caldeira.

1.3) A proteção seca alcança esse objetivo eliminando água e reduzindo a umidade
relativa a um índice seguro.

1.4) A proteção úmida controla a corrosão, eliminando oxigênio e mantendo um alto


pH. Proteções que utilizam gás nitrogênio para deslocar o ar da caldeira também
controlam a corrosão pela exclusão do oxigênio.

1.5) A escolha do método de conservação é ditada pela duração do período de


parada e pela disponibilidade requerida da unidade para retorno à operação. A proteção
úmida deverá ser empregada, independentemente da duração da parada, sempre que se
necessitar da caldeira pronta para uso imediato. A proteção seca é usualmente o método
preferido, especialmente em situações envolvendo longos períodos.

1.6) Define-se como paradas curtas aquelas de um mês ou menos. As que


excedem um mês são consideradas como paradas de longo período.

1.7) A proteção úmida é a que tem mais larga aplicação, todavia, a proteção seca
deve ser adotada quando a proteção úmida for impraticável por haver perigo de
congelamento e for difícil adaptar qualquer método de aquecimento próprio.

1.8) Nas modernas caldeiras AMD de grande capacidade e alta pressão, é


recomendável o uso combinado de um método para pressurizar internamente o tubulão

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da caldeira, coletor e tubos, utilizando-se gás inerte, como o nitrogênio, tanto na proteção
úmida quanto na seca.

1.9) A descrição dos dois processos é apresentada neste item, e a seleção do


método de proteção dependerá das condições locais e operacionais de cada unidade.

1.9.1) Método de proteção úmida :


U

1.9.1.1) Encher a caldeira com água tratada aquecida (água desaerada e/ou
desmineralizada) e adicionar inibidores de corrosão. Em caldeiras de baixas e médias
pressões (até~60 Kgf/cm²), usualmente se utiliza hidrazina (N2H4) e amônia (NH3),
B B B B B B

mantendo a água com uma condição de no mínimo 200 ppm de hidrazina e 10 ppm de
amônia, para ajuste de pH entre 9,5 e 10,5.

1.9.1.2) Para assegurar a efetividade dessas precauções, devem-se verificar as


concentrações acima, 1 (um) dia após ter sido aplicado o método de proteção úmida e,
posteriormente, de 2 (duas) em 2 (duas) semanas, complementando-se com os produtos
adequados quando necessário.

1.9.1.3) Para enchimento de água, devemos ter todas as válvulas de descargas da


caldeira fechadas, exceto as válvulas de ventilação que serão fechadas na medida em
que a água extravasar pelas mesmas, devendo ser mantidas fechadas durante todo o
período de preservação da caldeira.

1.9.2) Método de Proteção Seca:


U

1.9.2.1) Após a água de a caldeira ser drenada, e o tubulão, coletores e tubos da


caldeira inspecionados e limpos internamente, os mesmos serão secos através de ligeiro
aquecimento na fornalha, com todo cuidado para não superaquecer os tubos da fornalha
e danificá-los.

1.9.2.2) A caldeira será resfriada, e antes que esteja completamente fria, deverão
ser colocados absorventes de umidade e fechada hermeticamente.

1.9.2.3) Como absorvente de umidade poderá ser utilizado sílica-gel, cal virgem
(CaO), ou alumina ativada. As quantidades recomendadas são :

Sílica gel ............................. 8 kg/3000 litros de volume de água da caldeira


Cal virgem ........................... 3.2 kg/3000 litros de volume de água da caldeira

Embora se tenha de utilizar 2,5 vezes mais sílica-gel que cal virgem, a sílica-gel é
mais vantajosa por ter um poder de absorção maior, além de haver a possibilidade de
reparação da mesma por aquecimento em estufa.

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A sílica-gel normalmente é fornecida com um indicador de cor (CoCl2), que se


B B

altera de rosa pálido para azul cobalto, conforme o aumento da saturação.

2 – PRESERVAÇÃO DOS DUTOS, PRÉ-AQUECEDOR E SUPERFÍCIES EXTERNAS


DAS PARTES DE PRESSÃO.

2.1) A finalidade desta preservação é de mantê-los sempre secos, a fim de evitar a


umidade.

2.2) Recomendamos que seja utilizada cal virgem numa proporção de 14 Kg para
cada 50 m² da superfície a ser protegida.

2.3) A cal virgem deverá ser colocada em recipientes e distribuídas da maneira


mais funcional possível nas partes a serem protegidas.

2.4) Todos os locais que possa haver entradas de ar ou infiltração de água deverão
ser vedados.

2.5) Após a colocação da cal e o fechamento total, deverá ser feita uma inspeção,
no início a cada 1 ou 2 semanas. Posteriormente, a inspeção deverá ser executada em
períodos mais amplos, conforme as circunstâncias.

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