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SUMÁRIO
a) Deve-se examinar as partes internas dos corpos e verificar se não existe estopas, porcas,
parafusos ou mesmo pedaços de madeira no seu interior, os quais são geralmente deixados pelos
montadores quando terminam a montagem.
b) Providenciar limpeza de área para movimentação do pessoal.
c) Verificar se todos os bocais para limpeza, portas de observações e de visita estão fechados.
d) Verificar o sistema de colocação dos tijolos refratários e examinar se as juntas de dilatação estão
corretas. Retirar madeiras, ferros, cimentos, etc., que porventura estejam entre os tubos da parte
de pressão.
e) Funcionar os motores dos dosadores de bagaço e verificar se estão em condições normais de
operação. Ligar os motores que acionam o conjunto e verificar se os redutores de velocidade
estão com o óleo no nível normal e também se as graxas estão completas. Testar os pistões e
verificar da grelha.
f) Funcionar as bombas de alimentação e verificar se as mesmas estão em perfeitas condições para
inicio da operação da caldeira.
g) Verificar se existe água para refrigeração e lubrificação dos equipamentos auxiliares. Fazer teste
de funcionamento.
h) Verificar a capacidade dos diversos tanques, como o de alimentação de água.
i) Verificar se os instrumentos de controle estão alinhados e prontos para o uso.
Obs.: As observações fornecidas neste item são de caráter geral, cabendo ao setor de operação
da unidade instruir os operadores com instruções específicas, detalhando-as para cada caso
particular.
Após os itens precedentes terem sido confirmados, introduzir água na caldeira de acordo com a
seguinte seqüência:
a) Abrir a válvula de alimentação d’água.(Válvula de ventilação do corpo superior é mantida toda
aberta).
b) Abrir a válvula de “by-pass”da válvula de controle d’água.
c) Acionar a bomba de alimentação de solução química e ajusta a quantidade da mesma.
d) Acionar a bomba de alimentação d’água da caldeira e abrir a válvula de saída de modo que a
pressão na saída se mantenha dentro do valo estabelecido.
e) No enchimento da caldeira para serviço a alimentação da água deve ser feita lentamente, para se
evitar tensões térmicas nas chapas dos tubulões.
f) Quando o nível da caldeira se tornar visível na parte inferior do indicador de nível, desligar as
bombas de alimentação d’água e de alimentação química. Durante o enchimento da caldeira
efetuar a limpeza dos visores de nível, abrindo e fechando as válvulas de dreno por duas ou três
vezes, tendo o cuidado de fecha-la após concluída a limpeza.
Os seguintes itens deverão ser obedecidos para colocar a caldeira fria em operação,
considerando-se que já tenha sido executada a lavagem química e a caldeira esteja preparada
para entrar em operação:
Como a descarga contínua (superfície) é difícil de ser controlada na partida, deve-se usar a válvula
de descarga do Tambor d’água.Se o nível d’água abaixar, fazer a alimentação através do by-pass
da válvula controladora d’água de alimentação até que o nível atinja o centro do indicador de
nível.
2) Enquanto a tubulação estiver sendo aquecida, o fluxo de vapor no superaquecedor deverá ser
mantido de tal modo que a temperatura dos elementos do superaquecedor não se eleve
excessivamente.
O aquecimento da tubulação de vapor deverá ser executado da seguinte maneira:
a) A válvula de dreno da linha de vapor principal deverá estar totalmente aberta.
b) A válvula principal de vapor será aberta gradualmente até a abertura total.
c) Quando a válvula principal de vapor estiver totalmente aberta, a válvula de partida na saída do
superaquecedor e a válvula dreno da linha de vapor deverão ser fechadas.
3) Simultaneamente com o início do fluxo de vapor, a válvula de controle de alimentação d’água
deverá ser aberta e regulada para manter o nível d’água normal.
4) Aumentar a distribuição de bagaço à medida que se aumenta a evaporação.
5) Quando a caldeira atingir a condição de carga com estabilidade, o controle de temperatura do
vapor e o controle de combustão deverão ser colocados na posição “auto”.
6) Verificar periodicamente a qualidade e composição química da água da caldeira, fazendo as
correções dos desvios que apareceram.
7) Se o teste das válvulas de segurança ainda não tiver sido efetuado, faze-lo antes da produção de
vapor.
Se a caldeira estiver parada por um período relativamente curto e tiver sido mantida abafada (com
relativa pressão), a partida deverá ser processada da seguinte maneira:
1) Fazer uma inspeção geral na caldeira verificando os pontos já mencionados n condição normal de
partida.
2) Partir o ventilador de ar forçado e de tiragem induzida.
3) Alimentar bagaço sobre a grelha de forma homogênea e parar os dosadores.
4) Proceder-se o acendimento da mesma forma aplicada anteriormente.(“Partida a Frio”- item 9).
Deve ser tomada atenção de modo que a combustão possa ser controlada dentro dos limites da
temperatura do metal do superaquecedor.
2- INSTRUÇÕES DE OPERAÇÃO
2.1- INTRODUÇÃO
As informações contidas neste capítulo são gerais e dão aos operadores os cuidados básicos para
a operação da caldeira. Detalhe sobre equipamentos auxiliares deverão ser encontrados nas
instruções dos respectivos fabricantes. É de grande importância que os operadores se
familiarizem com a instalação, bem como, com seu funcionamento no conjunto com as demais
unidades, observando e comparando dados e detalhes de uma e outra que vão surgindo.
Diversas emergências serão evitadas se tal procedimento for adotado.
I. Esta curva é baseado no aumento de 55ºC por hora, a partir da temperatura inicial. Em
média para se elevar a pressão da Caldeira até 1 kg/cm² é consumido um tempo
aproximado de 1 hora e 35 minutos.
II. A pressão pode ser aumentado na razão correspondente ao aumento da temperatura do
vapor.
III. Com uma Caldeira nova, particularmente, é desejável proceder lentamente tomando
aproximadamente duas vezes o tempo desta curva.
2.2- Performance
1) Os limites estabelecidos em projeto devem ser mantidos pois as condições da operação acima
desses limites vão encurtar a vida útil da caldeira e de seus componentes.
2) A qualidade de água de alimentação influenciará nos sólidos arrastados pelo vapor para o
superaquecedor. A alcalinidade e concentração dos sólidos dissolvidos e em suspensão na água
da caldeira devem ser mantidos abaixo de valores determinados (Vide capitulo 3) e para tal
deverão ser feitos tratamento d’água e descargas adequadas.
3) Se a superfície de transmissão térmica estiver limpa, a perda da pressão dos gases através da
caldeira, bem como, sua temperatura na saída será constantes para determinada carga e excesso
de ar. Quando a caldeira está nova os desvios servirão para se determinar as condições
satisfatórias de operação, indicando as situações indesejáveis. Medidas deverão ser tomadas
para determinar e corrigir as causas das principais discrepâncias e evitar futuras dificuldades.
Relatórios sobre a operação deverão ser conservados com o propósito de facilitar futuras
comparações sobre seu desempenho.
4) Análise periódica do combustível deverá ser efetuada, de vez que é um dado indispensável na
analise do rendimento da unidade.
5) A temperatura e a analise dos gases que saem da caldeira são valores importantes como
indicadores da qualidade de combustão, que deve ser completada antes dos gases deixarem a
fornalha. As condições mais favoráveis para diferentes faixas de vaporização, poderão ser
estabelecidas durante a operação. A presença de monóxido de carbono (CO) no fluxo de gás
indica combustão incompleta, sendo o método de Orsat o mais seguro para sua análise. Para
determinar a porcentagem de CO e CO², a amostra de gás deverá ser obtida na saída do pré-
aquecedor. A temperatura dos gases na saída deverá ser tomada após o pré-aquecedor de ar.
2.3- Operação
1) Se for usada água quente para encher a caldeira, alimentar lentamente para evitar tensões
provocadas pela diferença de temperatura nos Tambores, coletores, etc... Verificar se as válvulas
de ventilação do Tambor superior aberta durante o enchimento não deve ser fechada até que todo
ar tenha sido retirado da unidade o que ocorre quando a pressão atingir 2 kg/cmºg, depois de
acesa a caldeira.
2) Antes do acendimento da caldeira as válvulas de partida, de ventilação e de dreno deverão estar
abertas. Após a caldeira começar a produzir vapor, a válvula de partida deve permanecer aberta
para assegurar suficiente fluxo de vapor para proteção dos elementos do superaquecedor contra
superaquecimento excessivo, até que a caldeira entre em regime normal de funcionamento.
3) Essa válvula poderá ser gradativamente fechada quando a caldeira em linha, para manter a faixa
de elevação de temperatura do vapor, porém obedecendo a temperatura limite dos gases na saída
da Caldeira (400ºC).
Durante a queima inicial, antes de atingir a carga normal, a taxa de combustão deve ser
controlada para que a temperatura da saída dos gases se conserve abaixo de 400ºC. O tempo
necessário para que a caldeira entre em regime normal de operação, dependerá das condições de
temperatura e pressão que ela deve atingir.Durante a partida inicial de uma caldeira nova a
combustão deve ser controlada para observar-se as folgas e os movimentos de dilatação.As
futuras partidas poderão ser mais rápidas as a temperatura de vapor saturado não deverá elevar-
se mais do que 55ºC por hora. A taxa de combustão deverá ser controlada neste período para
evitar o superaquecimento do superaquecedor, limitando-se a temperatura do gás na saída da
Caldeira em 400ºC. Durante este período fazer sempre o ajuste da combustão manualmente.
Nunca tentar partir com o equipamento de controle de combustão em “automático”ou com
o regulador de alimentação automático funcionando.
4) Durante a operação é necessário proceder alguns ajustes que compreendem a verificação da
quantidade e distribuição do ar, porcentagem de O2 e temperatura do gás na saída, de acordo
com a carga da caldeira. Poderão ser feitas as seguintes observações sobre o funcionamento do
equipamento de combustão.
a) O bagaço deverá ser bem distribuído sobre a grelha, devendo-se evitar amontoamento ou má
disposição.
b) A chama deve estar em condições de incandescência completamente acima da superfície do
grelhado a uma altura de 15 a 25 cm, e o bagaço uma vez introduzido na fornalha deve entrar
imediatamente em combustão, queimando as partículas menores em suspensão e os maiores
sobre as grelhas. Cortando a alimentação, a chama desaparecerá em poucos minutos,
consumindo totalmente o bagaço.
c) Quando o fornecimento do combustível é demasiado, ou se a espessura da camada de cinza
é exageradamente grossa, ou ainda se ocorrer formação de cinzas solidificadas, a circulação
de ar fica prejudicada e a chama tornar-se-á precária. Nestes casos deve-se efetuar a limpeza
das grelhas.
d) No caso de ocorrer extinção parcial do fogo, deve-se aumentar a alimentação de ar para
possibilitar a queima em condições de chama incandescente.
e) A pressão de ar nos espargidores deve ser regulada para a carga de trabalho, observando-se
a chama. Na parte interna da fornalha a chama deve estar sempre ativa e abranger a
totalidade da superfície do grelhado. A cor característica é o amarelo canarinho (tetra-
campeão) brilhante.
f) Deve-se evitar que ocorra queima de bagaço no fundo da fornalha junto da parede posterior,
porque isto poderá motivar o aparecimento de fumaça negra ou de cinzas solidificadas.
1) Antes de acender a caldeira, o nível d’água deverá ser observado. Normalmente é suficiente abrir
gradativamente a válvula de dreno dos indicadores para se perceber o nível. Caso necessite uma
limpeza dos indicadores as válvulas deverão ser totalmente abertas, fechando-as quando terminar
essa operação. Durante a operação da caldeira, deve ser feita no mínimo uma verificação diária
do nível d’água.
2) Embora operando satisfatoriamente e com sistema automático de alimentação e controle de nível,
será necessário algumas vezes verificar o nível d’água através dos indicadores de nível locais
durante a operação normal. Quando a caldeira estiver operando, nunca deve ser cortada a água
de alimentação, mesmo por pouco tempo, pois as conseqüências serão desastrosas.
3) A menos que haja instrução especifica em contrário, o nível d’água do tambor deve ser
conservado próximo do centro do indicador de nível. O controle de nível d’ água deve ser realizado
lentamente, pois se elevado repentinamente e houver muita solicitação de vapor, poderá haver
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arraste (priming). Caso isto aconteça, o controle de água de alimentação será passado para
“manual”, abrindo-se a descarga de fundo. Neste caso o nível deve ser reduzido somente até o
nível permitido, mantendo-se nesta posição. Se necessário a carga da caldeira pode ser reduzida.
Devem ser verificados a alcalinidade e o total de sólidos contidos, e em ocasião oportuna a
condição das partes internas do tambor.
2.5- Pré-Aquecedor de Ar
1) As superfícies de troca de calor devem ser conservadas limpas e os sopradores de fuligem devem
ser operados com freqüência.
2) A temperatura de saída do gás aumentará com o aumento da carga e reduzirá com o decréscimo.
Em condições normais de carga, sendo os sopradores de fuligem acionados normalmente, o
operador deverá estar capacitado para reconhecer qualquer aumento ou diminuição anormal na
temperatura de saída dos gases.
3) No caso da temperatura do gás de saída de pré-aquecedor de ar ser muito baixa em relação a
carga da caldeira, verificar os seguintes itens:
a) Baixa porcentagem de excesso de ar (pouca quantidade de O2)
b) Vazamento de ar nos dutos ou pelo pré-aquecedor.
4) No caso da temperatura dos gases na saída do pré-aquecedor de ar ser muito elevada em relação
a carga da caldeira, verificar se ocorre:
a) Excesso de ar elevado.
b) Acúmulo de sujeira nas superfícies de aquecimento.
c) Combustão secundaria.
d) Combustão no pré-aquecedor de ar de resíduos de combustível não queimado.
Por outro lado, as seguintes condições contribuem para produzir vapor com temperatura irregular
elevada para uma dada taxa de vaporização.
a) Tubos das paredes d’água sujos.
b) Elevado excesso de ar.
c) Temperatura d’água de alimentação muito baixa.
d) Ignição irregular ou combustão retardada.
2) Periodicamente observar os elementos do superaquecedor para verificar possíveis excessos de
escórias ou qualquer outro material fundido, especialmente se o combustível queimado possuir
alto teor de cinzas e areia (componentes do solo) . Depósitos de cinzas localizados, podem
obstruir partes do superaquecedor ocasionando alta velocidade mássica dos gases nas áreas
livres, proporcionando superaquecimento local dos elementos.Além da observação visual, a
ocorrência de escórias pode ser indicativa da alta temperatura do metal dos elementos, ou do ar
pré-aquecido.
2.8- Descargas
1) Os dados sobre as descargas devem ser registrados pois a freqüência e a duração das mesmas
serão melhor fixadas através de análise química da água da caldeira.
Desde que o sistema de tratamento de água de alimentação e da caldeira varia para cada tipo de
unidade, deve-se solicitar os serviços de uma autoridade competente no assunto para prescrever
o tratamento adequado á água de alimentação e fornecer instruções necessárias para as
descargas. Se não for possível este estudo a descarga de fundo deverá ser operada ao menos
quatro vezes cada 24 horas, ou mais, se a qualidade da água de alimentação for deficiente ou a
quantidade de água de reposição for grande.
2) O uso da válvula de descarga de fundo deverá ser restringido aos períodos de taxa de
vaporização moderada e será executada sempre para eliminar os sedimentos depositados,
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quando a caldeira for parar. Abrir primeiro a válvula de vedação (próximo a caldeira), e depois a
válvula de descarga, fechando na ordem inversa. Existindo válvulas de descarga de comando à
distancia, programáveis, a válvula de vedação ficará aberta, quando em trabalho. Nunca faça
descargas tão longas a ponto da água do indicador de nível ficar fora de controle.
3) Se a água de alimentação tiver alto teor de sólidos há perigo de arrastamento durante a operação
com carga elevada, ou em repentina mudança de carga. Se houver um dos problemas acima a
descarga da caldeira deve ser aumentada, controlando deste modo a densidade dos sólidos em
suspensão e dos sólidos dissolvidos, de modo que possam ficar abaixo do limite estabelecido para
não ocasionar o arraste. Porém, qualquer que seja o caso, nunca deixe ultrapassar os valores
limites das quantidades de sólidos totais e alcalinidade no tratamento da água da caldeira.
4) A descarga contínua proporciona melhor meio para o controle da concentração de sais dissolvidos
na água da caldeira, porque mantém uma concentração relativa constante. A sílica dissolvida é
removida principalmente por esse meio.
5) As drenagens dos coletores inferiores das paredes laterais, do coletor frontal e do coletor traseiro,
só devem ser utilizadas com a caldeira parada e pouco aquecida para não ocorrer o risco de
deformação dos tubos por superaquecimento.
2.9- Fornalha
Sendo o coeficiente global de transmissão térmica das paredes d’água da fornalha elevado e
considerando-se que a mesma é exposta a altas temperaturas, é importante precaver-se quanto
ao aparecimento de incrustações internas ou depósitos externos. O tratamento da água de
alimentação, bem como, as condições da água da caldeira, devem ser tais que não permitam
essas incrustações. Se os valores limites recomendados ou se o tratamento for inadequado
poderão surgir incrustações, que mesmo em finas camadas, provocarão o aumento da
temperatura na parede dos tubos e fatalmente sua ruptura.
A inspeção periódica e o controle da água são importantes para evitar acidentes. Por outro lado,
havendo formações de crostas duras na tubulação o processo para remoção, a fim de evitar a
ruptura, é a lavagem ácida apropriada que somente será efetuada sob responsabilidade e
orientação de equipe especializada e experiente em tal processo, pois caso contrário, os
resultados serão desastrosos.
2.10- Superaquecedores
É importante que as superfície externas e internas dos tubos do superaquecedor estejam limpas.
Para conservar as superfícies internas dos tubos limpas é importante realizar tratamento d’água
de alimentação adequado. Todas as anomalias, tais como: inexistência de separadores de
gotículas, sobrecarga, variação repentina de carga, nível d’água alto, concentração alta de sólidos
na água da caldeira, contaminações dos condensados etc., serão os causadores da formação de
crostas nas superfícies internas que diminuirá a transferência de calor e aumentará a perda de
pressão do superaquecedor, além da deformação dos tubos e ruptura nas regiões de incidência
de gases mais quentes. A observação da queda de pressão no superaquecedor através das
leituras periódicas, em mesma condições de carga, poderá significar incrustações nos elementos
do superaquecedor.
As orientações contidas neste manual referem-se aos processos mais comuns de operação.
Portanto os operadores não devem tomar apenas este manual como base, mas que as próprias
experiências adquiridas durante a operação sejam aplicadas, de modo a manter os equipamentos
em perfeito estado de funcionamento.
A superfície do grelhado é formada por placas perfuradas fundidas, encaixadas nos eixos de aço
com folga adequada. O grelhado é basculado intermitentemente para a limpeza de cinzas através
de dois cilindros pneumáticos instalados na frente da caldeira. Sendo formado por:
• Secções : 06 (seis)
• Largura do grelhado : mm
• Profundidade do grelhado : mm
de dutos que derivam do coletor principal, é injetado numa caixa e passa por uma pequena
abertura retangular. Cada tubo é provido de registro borboleta para controle individual de ar. A
direção da bandeja defletora é regulável numa faixa de 10º - 15º, para cima e para baixo em
relação ao plano horizontal. Com esta regulagem é possível obter-se condições idéias de
distribuição de acordo com o tamanho da fornalha a granulametria do combustível e o seu peso
variável com a umidade. Uma vez regulado numa posição ideal deverá permanecer fixo. Existem
tubeiros de ar pressurizado, abaixo dos distribuidores provocando a turbulência das partículas em
suspensão. Uma fileira de tubeiros na parede de fundo também realiza esse mesmo efeito de
turbulência naquele local. O distribuidor pneumático, conhecido como espargedor, não sé
apresenta facilidade de manutenção e revisão como também é livre de problemas por não possuir
elementos em rotação, sistema de comando e de transmissão.
O alimentador é do tipo de pinos e constituído de dois eixos com pinos ao seu redor, com os quais
o bagaço é empurrado para baixo ao girar ambos para dentro.Cada alimentador é acionado por
um sistema de motor-variador-redutor de velocidade, ou motor-redutor com conversor de
freqüência. A alimentação de bagaço é controlada pela variação de velocidade de rotação do
alimentador, de acordo com a demanda da caldeira.
O ar pré-aquecido é conduzido através dos dutos para baixo do grelhado (ar primário).O sistema
de injeção de ar secundário frontal e no fundo, tem por objetivo:
a) Secar o bagaço a queda do mesmo entre o distribuidor e a superfície do grelhado
b) Queimar os finos de bagaço em suspensão.
c) Queimar as matérias voláteis que se desprendem do bagaço.
Os bicos de injeção de ar estão instalados na parede traseira da fornalha, em nível acima da
grelha, e os frontais abaixo das bandejas defletoras.
b) Grelhado.
Verificar se não há peças quebradas.Verificar se não há obstrução das passagens de ar pelos
orifícios das placas. Se houver, as mesmas deverão ser removidas para limpeza. Testar em
vazio se o sistema de acionamento da grelha funciona bem e sem emperramento.
IMPORTANTE: Todas as placas deverão formar uma só superfície plana e uniforme, isto
é, sem peças encavaladas ou inclinadas.
c) Distribuidores
Verificar se a alavanca para o controle de inclinação tem movimento livre.
2.11.1.7-Operação de Acendimento
Somente depois de verificado o perfeito funcionamento de cada equipamento é que se pode entrar
em operação de acendimento, pelos seguintes procedimentos:
1) Ao utilizar lenha para o acendimento deve-se fazer uma fogueira com lenha sobre a grelha na
parte intermediária, estendendo-se de uma parede lateral para outra. Para facilitar o acendimento,
molha-se estopas com óleo diesel e introduz-se entre as toras.
2) Ligar o ventilador dos distribuidores e ajustar a inclinação das bandejas distribuir o bagaço saindo
horizontalmente e numa camada uniforme sobre a grelha. Feita a ajustagem proceder à
alimentação de bagaço.
3) Estando a esteira transportadora de bagaço e os alimentadores funcionando abrir as guilhotinas,
introduzindo-se pouco a pouco o bagaço nos alimentadores e certificar-se que está descendo até
os distribuidores.
4) Ligar os ventiladores de ar forçado e de tiragem induzida, com os registros regulados
conservando-se a pressão da fornalha em –12 mm H2 O.
5) Com a caldeira em operação normal (em automático) a demanda de vapor é comandada pelo
controlador atuando sobre a rotação dos alimentadores de bagaço e proporcionalmente sobre os
registros do ventilador de ar forçado e do Exaustor.
1) Condições da Chama
a) A camada de combustível de 50 a 100 mm, deve ser uniforme, sem apresentar descontinuidade
nem acúmulos.
b) A camada em combustão deverá apresentar em toda extensão, uma chama ativa de modo que o
bagaço introduzido na fornalha deve entrar imediatamente em combustão, queimando os finos em
suspensão e os maiores sobre o grelhado.
2.11.1.9- Vazão de Ar
e) Se ocorrer queima somente na região frontal haverá entrada de ar em excesso pela parte traseira,
provocando queda de eficiência e de vaporização.
Executar o basculamento a cada 4 horas, para descarga de cinza da grelha. Na pratica porém,
essa freqüência poderá ser alterada conforme a necessidade.
a) Reduzir ao mínimo a velocidade do alimentador correspondente durante esta operação.
b) Interromper a entrada de ar da grelha fechando-se o registro de ar instalado na parte traseira do
cinzeiro.
c) Imediatamente a cinza deverá ser descarregada por completo no cinzeiro, basculando-se a grelha
pelo acionamento do cilindro de ar, instalado na frente da grelha. Se verificar alguma escória na
grelha a mesma deverá ser removida com auxílio de barra de aço, cuidadosamente, para não
quebrar a grelha.
d) Voltar rapidamente à grelha e confirmar se todas voltaram à sua posição.
e) Desta maneira bascular então, sucessivamente, a divisão frontal e traseira de cada seção da
grelha, alternando, uma sim, uma não, ou 1-3-5 e depois 2-4-6.
f) Terminada a operação de basculamento, abrir a porta do cinzeiro, abrir a válvula dos jatos de
água, e a guilhotina da descarga para a canaleta.
g) Após a limpeza do cinzeiro, dá-se o reacendimento de bagaço sobre a grelha. Terminada a
limpeza, fechar a água, a guilhotina e a porta do cinzeiro, e abrir o registro de ar para reiniciar a
combustão.
h) Aguardar alguns minutos para a normalização da pressão da Caldeira e prosseguir o
basculamento de outras seções em seqüência análoga ao processo descrito até completar todas.
i) Pequena quantidade de bagaço poderá cair no cinzeiro com a cinza na operação de
basculamento. Todavia, por ser uma perda insignificante por combustível não queimado, poderá
não ser necessário parar o alimentador durante esta operação.
3.1.1- Generalidades
É necessário controlar a qualidade d’água de alimentação da Caldeira dentro dos valores limites
estabelecidos, com a finalidade de prevenir formação de incrustações, nas superfícies de
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zero
Sólidos totais dissolvidos .................................................................. < 45 ppm
Água da Caldeira
A caldeira deve ser operada de acordo com os limites estabelecidos abaixo, sendo entretanto
esses valores a concentração máxima que deverá ser tomada como referencia:
Unidade Água da caldeira
pH (a 25ºC) - 10,5 ~11,0
Sólidos totais dissolvidos ppm < 700
PO4 ppm 5 ~ 15
Si O2 ppm < 50
Condutividade elétrica < 1000 us/cm
PH
a) PH da água de alimentação
b) É necessário manter o PH dentro dos valores prescritos a fim de proteger o sistema de
alimentação d’água contra corrosão.
c) PH da água da caldeira
d) O ataque material será mínimo quando o PH estiver próximo de 12. Como a concentração da
água da caldeira varia, no caso da concentração alcalina ser elevada haverá perigo de
corrosão se houver qualquer aquecimento localizado. No caso de haver o PH alto não é
desejável.
DUREZA
A dureza deverá ser conservada muito próxima de zero pois é o principal agente formador de
incrustações.
OXIGÊNIO DISSOLVIDO
O oxigênio dissolvido é o principal causador da corrosão. Poderá ser reduzido até limite
estabelecido através do desaerador. Deve-se tomar cuidado nas variações ocasionadas com
mudanças de carga.
SÍLICA
Se o conteúdo de sílica na água da caldeira for elevado, haverá a formação de incrustações duras.
Também em caldeiras de alta pressão a sílica é arrastada, dissolvida no vapor, (arraste seletivo de
sílica) e não pode ser removida pelo método de separação mecânica de vapor e água. A
solubilidade da sílica no vapor aumenta com o aumento da temperatura e pressão. A quantidade
de sílica no vapor é controlada principalmente pela pressão e temperatura do vapor assim como o
é a concentração da sílica na água da caldeira, sendo portanto a mesma influenciada de alguma
maneira pelo PH da água da caldeira. O valor limite é especificado com o objetivo de restringir a
quantidade de sílica (dissolvida no vapor) a um grau que não cause problemas nas maquinas e
equipamentos onde for utilizado o vapor.
FOSFATO
O fosfato de sódio é geralmente usado com a seguinte finalidade:
a) Remover a dureza conduzida pela água de alimentação. Mesmo a dureza permaneça na água de
alimentação e seja introduzida na caldeira, não haverá formação de incrustações se existir o íon
fosfato, pois os sedimentos produzidos superficialmente poderão ser removidos com a descarga.
b) Aumentar a resistência à corrosão no aço: Quando existir o íon fosfato, uma partícula de fosfato
de ferro será formada na superfície do metal, formando uma proteção contra corrosão. Além disso,
o
íon fosfato tem também função inibidora no caso de aumento do PH, desempenhando uma função
preventiva contra a corrosão ocasionada pela alta alcalinidade do aço.
c) Prevenir a instabilidade alcalina: Como a caldeira é do tipo soldada, não há problema da
instabilidade alcalina (FRAGILIDADE CAUSTICA), confirmando-se experimentalmente, mesmo
para valores do PH acima do valor limite, com o íon fosfato dentro dos valores prescritos para
água da caldeira. Em vista das funções acima delineadas nos itens a, b, e c, o uso do fosfato de
sódio ira resultar o aumento dos sólidos totais dissolvidos, que, entretanto deverá ser mantido
dentro dos valores limites estabelecidos.
SULFITO DE SÓDIO
Na água de alimentação sempre existe pequena quantidade do oxigênio que não é removido pelo
desaerador. Sendo conduzido para dentro da caldeira o oxigênio irá causar corrosão, sendo pois
necessário a sua remoção. Por esta razão o sulfito de sódio é introduzido no quantidade de
oxigênio dissolvido.
ÓLEO
No caso de haver óleo misturado na água da caldeira, este irá aderir nas superfícies de
aquecimento e formação incrustações. Conforme o tipo de óleo, poderá se saponificar sendo o
causador de borbulhamento (espuma). Portanto todo óleo deve ser retirado da água da caldeira,
controlando-se o seu conteúdo mantido o mais próximo de zero quanto possível. Se uma
considerável quantidade de óleo por qualquer motivo tiver entrado na caldeira, o PH deverá ser
aumentado, principalmente através do fosfato de sódio, sempre com a descarga aberta e a
caldeira operando à baixa carga. Caso ainda seja insuficiente, deverá ser feita uma nova lavagem
química.
OUTROS COMPONENTES
Embora não tenham sido estabelecidos valores limites para os componentes a seguir relacionados
não devemos ignorá-los a ponto de provocar qualquer problema na caldeira. É importante
controla-los após analisar os relatórios diários de operação.
a) CARBONATO
A concentração elevada de carbonato na água da caldeira, através do dióxido de carbono
abaixará a PH da água condensada. A função tamponadora do carbono sobre o PH é tão
inconveniente quanto a função inversa da alta alcalinidade para manter o PH.
b) MATÉRIAS ORGÂNICAS
Matérias orgânicas contidas na água e induzidas na caldeira, provocam o que
denominamos espuma e arrraste. Essas matérias, portanto, devem ser eliminadas.
1 PH a 25ºC * * 0 0
4 Dureza dh * 0 - -
10 Alcalinidade – M mg/1 0 0 - -
14 Óleo mg/1 0 0 - -
LEGENDA
(*) uma vez por dia ou todas as ocasiões necessárias
(0) nos horários programados ou todas ocasiões necessárias
SÍLICA (SiO2)
• controlar os valores limites, através de descarga contínua ou de fundo.
HIDRAZINA (N2H4)
• adicionar hidrazina continuadamente no sistema de alimentação d’água.
OUTROS
• no caso da água da caldeira ser contaminada apresentar coloração pela presença de
ferrugens, ou outros materiais, ela será purificada fazendo-se descarga adequada na água da
caldeira.Em alguns casos será necessário fazer tratamento com produtos químicos
apropriados. A necessidade e orientação será ditada por especialista no assunto.
3.6.1- Generalidades
O operador que é responsável pelo tratamento d’água, deve entender a importância do controle da
água da caldeira. Ele deve verificar e controlar a qualidade da água através de métodos
apropriados para operações normais. É importante cientificar-se
da composição e pureza dos produtos químicos dosados e estar ciente da qualidade da água de
alimentação da caldeira, conservando sempre, os valores limites através do controle de qualidade
de descarga ou injeção de produtos químicos. Como os valores limites relacionados no item 3.2
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deste capitulo são os superiores, o operador deve sempre conservá-los o mais baixo possível nas
operações normais, o que contribuirá para uma vida operacional mais longa da caldeira e seus
equipamentos.
Embora esses valores da concentração dos produtos químicos sejam normalmente usados eles
podem ser ligeiramente mudados conforme as condições de operações:
Fosfato de sódio 0,5 %
(como Na3PO4)
Descarga .......................................................... x
( 60 x x) x 1,2 = 50 x
72 + 1,2 x = 50 x
50 x 1,2 x = 72
48,8 x = 72
x = 1,47 t/h em (1)
x = 1,5 t/h
2) Balanço de sólidos totais dissolvidos
STD na água de alimentação ....................................... 20
STD na água da Caldeira ............................................ 1000
(60 + x) x 20 = x 1000
1200 + 20 x = 1000 x
1000 x – 20 x = 1200
980 x = 1200
x = 1,2 th em (2)
Comparando os resultados obtidos em (1) e (2), decidimos pela maior das duas, isto é, a descarga
seria de 1,5 t/h para produção de 60 t/h de vapor, dentro das condições de sílica e S.T.D.
assumidas assim.
NOTAS:
1) A fim de conseguir um cálculo correto de descarga será necessário conhecer o conteúdo de
sílica e STC na água da caldeira e água de alimentação.
2) Sólidos totais dissolvidos são normalmente conseguidos medindo-se a condutividade elétrica
da água. Esta relação é aproximadamente:
1. ppm (S.T.D) = 2 u v/cm
1) Fosfato de sódio
Para remover a dureza residual conduzida pela água de alimentação e manter o pH dentro do
valor limite, injeta-se fosfato de sódio, conservando o íon PO4 20 a 40 ppm na água da caldeira. A
quantidade de injeção de injeção é idêntica a quantidade de descarga.
a) Quantidade de Na3PO4
Considerando a descarga de 1,5 t/h
(2,5 5) e y a quantidade de Na3PO4 teremos:
y = NaPO4 x P x B + 2 Na3PO4 x H
PO4 3CaCO3
xM
P = PO4 - Residual na água da caldeira : 20 ~ 40 ppm adotar 30
B = Descarga contínua : 2,5 % = 1,5 t/h
H = Make up water = 61,5 t/h
y = 164 x 30 x 1,5 y = 77,6 gr/h
95
Sendo a concentração de Na3PO4 na solução de 3 %, a água de solução será:
S = 77,6 x __1__ = 2,58
0,03 1000
b) Quantidade de Na2SO3
Com o mesmo procedimento acima teremos:
Z = Na2SO3 x S x B + 2Na2SO3
SO3 O2
xOxF
S = SO3 residual na água da caldeira : 20 ppm
B = Descarga contínua :
2,5 % - 1,5 t/h
O = O2 dissolvido na água de alimentação 0,1
F = Feed water : 61,5 t/h
Z = 126 x 20 x 1,5 + 252
80 32
x 0,1 x 61,5
Z = 95,6 gr/h
Sendo a concentração de Na2SO3 de 1 % quantidade de solução será de:
S = 95,6 x _1___ = 9,56 1/h
0,01 1000
4- PARADA NORMAL
O procedimento para parada normal é baseado na hipótese que a unidade esteja operando com
carga total e sob controle automático e que a intenção é reduzir a pressão à zero, esfriando-se
completamente a caldeira.
Processo
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1) Antes de começar as operações para retirada da caldeira de operação, deve ser feita ramonagem
e o controle de temperatura de vapor se passado para manual.
2) Reduzir gradualmente a carga elétrica da caldeira, abaixando a taxa de combustão
proporcionalmente com fluxo de vapor. O controle de combustão pode ser automático até o ponto
que seja possível o controle manual.
3) Reduzir gradualmente a taxa de alimentação de bagaço de acordo com a flexibilidade do
equipamento de combustão. Ao atingir a taxa mínima de alimentação (determinado pela condição
de operação) parar o alimentador.
4) Reduzir o fluxo de ar juntamente com a redução do combustível tomando cuidado para não reduzi-
lo abaixo de determinada faixa estabelecida até que o fogo tenha extinguido totalmente e a
caldeira esteja fora de linha.
5) Quando a carga estiver sendo reduzida, deve-se observar o estado geral da caldeira e o
comportamento da contração das partes metálicas.
6) Após a retirada da caldeira da linha, abrir a válvula de partida na saída do coletor do
superaquecedor e os drenos de vapor.
7) Só desliga os ventiladores de ar forçado e de tiragem induzida após 15 minutos (no mínimo) da
parada da caldeira. Recomenda-se manter o ventilador de tiragem induzida (IDF) em serviço com
uma abertura suficiente do registro, e as portas de observação abertas para auxiliar o processo de
resfriamento da caldeira.
8) O nível d’água deve estar sempre visível.
Obs.: Se a caldeira ficar fora de operação por alguns dias (menos que uma semana) deverá ser
cheia completamente.Se a parada for superior a uma semana adotar procedimento próprio de
conservação constante neste manual.
9) Para drenar completamente a caldeira deve-se ir repondo água de alimentação quente, a medida
que for fazendo descarga até que aja equilíbrio de temperatura.
Considera-se que a caldeira será retirada do serviço por curto período de tempo, portanto as
condições de pressão e temperatura serão praticamente mantidas. Neste caso, a rotina é
semelhante ao que foi visto no item anterior, observando-se sempre:
1) Não se deve reduzir, a pressão do vapor com a redução da carga, estando a caldeira ainda em
linha, a queda de pressão deve ser mais lenta que no caso anterior.
2) Atingida a pressão desejada para ser conservada a caldeira e estando esta fora de linha fecha-se
o dreno do superaquecedor.
3) Após a chama ter sido extinta manter o ventilador ligado apenas o tempo suficiente para a purga
da fornalha.
4) Fechar todas as entradas de ar.
5) Manter o nível d’água visível no indicador de nível.
Obs.: Sempre que a caldeira for retirada de serviço deve-se tomar precaução quanto à corrosão,
mesmo que esta parada for por curto período.
5- OPERAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Uma das mais sérias emergências na operação da caldeira é a perda do nível d’água. Como foi
mencionado em outros parágrafos. O nível deve ser observado freqüentemente e o indicador
inspecionado periodicamente quanto a seu estado geral de operação. Devem ser prevista
proteções nas linhas transmissoras de nível d’água para se evitar danificações das mesmas. Se o
nível d’água sair fora do controle do indicador a causa pode estar na alimentação d’água ou
negligência do operador, exceto no caso de flutuação momentânea que pode ocorrer por ocasião
de mudanças repentinas de carga, quando então deve-se tomar imediatamente medidas
apropriadas para retomar a posição normal do nível. Quando houver qualquer problema de queda
de nível a decisão em continuar a operação, mesmo por curto período, deverá ser tomada por
pessoa autorizada e familiarizada com as circunstâncias que ocasionaram a emergência, e ter
certeza de que o nível será restabelecido imediatamente sem qualquer prejuízo para a caldeira.
Não havendo tal decisão:
1) Fechar o suprimento de combustível extinguindo a chama o mais rápido possível.
Pode ocorrer durante o acendimento, ajuste, ou operação em baixa carga da caldeira, quando a
chama pode extinguir-se. Neste caso, imediatamente deverá ser bloqueada a alimentação de
combustível e a fornalha purgada convenientemente, antes de nova partida.