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EQUIPAMENTOS DE SECAGEM
CURITIBA
2022
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1 INTRODUÇÃO
2 EQUIPAMENTOS DE SECAGEM
2.1 ESTUFAS
As estufas são secadores de bandejas e consistem no modelo mais simples
dos equipamentos de secagem, consiste em uma câmara de isolamento térmico
apropriado, com sistemas de aquecimento e ventilação do ar circulante sobre as
bandejas ou através das bandejas. Neste tipo de secador o produto é colocado em
bandejas ou outros acessórios similares que podem possuir o fundo inteiriço ou
vazado (para caso de sólidos de granulometria maior) sendo exposto a uma corrente
de ar quente em ambiente fechado.
A troca térmica pode ser realizada de maneira direta ou indireta, no caso de
bandejas vazadas a troca se dá de maneira direta e o tempo de secagem é reduzido
em comparação com bandejas inteiriças.
As bandejas contendo o produto se situam no interior de um armário, no qual
ocorre a secagem pela exposição ao ar quente. O ar circula sobre a superfície do
produto a uma velocidade relativamente alta para aumentar a eficácia da transmissão
de calor e da transferência da matéria (FELLOWS, 2006). Este equipamento
geralmente é utilizado em operações de baixa escala e em batelada, um aspecto
importante a ressaltar é que as condições das bandejas próximas a alimentação de ar
são diferentes daquelas que se encontram mais afastadas, sendo assim o tempo de
secagem dependerá da localização do solido na estufa, a Figura 1 apresenta a
esquematização da circulação de ar dentro do equipamento.
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taxa de secagem. Outro aspecto importante é que o equipamento pode ser operado
de maneira continua ou em batelada, no caso de regimes contínuos o produto úmido
é alimentado na parte mais elevada e sai pela parte inferior por meio da gravidade.
Os secadores rotativos são geralmente separados em diretos, indireto direto,
indiretos e tipos especiais. Esta classificação é dada nos modos de transferência de
calor entre o gás (ar) e o sólido (material). Secadores de contato direto são os mais
simples e econômicos e são usados quando não existe problema no contato direto do
gás e o sólido. No entanto este tipo de contato pode gerar perdas de material devido
a vazão do gás, pois as partículas solidas geralmente são muito finas (MUJUMDAR,
2006).
Já nos secadores de contato indireto, existe entre o ar e o material uma parede
de metal que os separa, porém, transferindo ou removendo calor do material por
condução e radiação, promovendo a secagem (MACEDO, 2016). Uma vantagem dos
tipos indiretos é que estes necessitam apenas de fluxo de gás suficiente para remover
vapores através do cilindro, além de serem muito bons para processos de secagem
que requeiram atmosferas especiais e sem a interferência do ar externo (MACEDO,
2016).
O secador rotativo direto é constituído por um cilindro de metal, com ou sem
aletas internas, sendo adequado a operações de baixa e média temperatura e são
limitados pela resistência do metal de sua forma construtiva. Já o secador indireto de
vapor em tubo é construído com um cilindro de metal e uma ou mais linhas de tubos
de metal instalados internamente ao longo de seu comprimento. Geralmente
apropriado a operações de trabalho com vapor quente e processos que exigem água
de arrefecimento (MACEDO, 2016).
Este tipo de sacador é muito empregado para a secagem de grãos como milho
e soja, material de pó e outros e outras misturas especiais para indústria química,
metalúrgica e de construção. Sendo assim são empregados para secagem de sólidos
granulados, que geralmente não conseguem ser retidos em telas, chapas ou esteiras
como no caso dos secadores apresentados neste trabalho.
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Dentre suas aplicações, pode-se citar secagem de flocos de batata, leite, soro,
sopas. Também podem ser utilizados para secagem de alimentos infantis, produção
de amido pré-gelatinizado, fabricação de cereais, pesticidas, massas de fruta, goma
arábica e outros (FOUST et al., 1982).
2.14 LIOFILIZADORES
A liofilização consiste na secagem de um produto através de seu
congelamento ou exposição ao ar muito frio, onde posteriormente é levado para uma
câmara de vácuo. Nesse ambiente a umidade sublima e é removida por meio de
bombeamento de ejetores a vapor ou bombas de vácuo mecânica (SICCHA; UGAZ,
1995). Geralmente os liofilizadores trabalham a uma pressão absoluta de 2mmHg ou
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REFERÊNCIAS
KUNDRA, T.; MUJUMDAR, A. S. special Drying Techniques and Novel Dryers, in:
Mujumdar, A. S. Handbook of Industrial Drying, vol II, pp. 1087-1150, 1995.
MASTERS, K. Spray Drying Handbook. 3 Ed. New York, Longman Scientific &
Technical, 1997.
NINDO C.; MWITHIGA G., Infrared Drying. Infrared Heating for Food and
Agricultural Processing. New York: CRC Press, Cap. 5, p. 89 – 97, 2011.
PEDRO, Sónia; NUNES, Maria Leonor. Secagem do Pescado. In: GONÇALVES, Alex
Augusto (ed). Tecnologia do pescado: ciência, tecnologia, inovação e legislação. São
Paulo: Editora Atheneu, 2011. p. 148-155.
RATTI, U; ANWAR, E.; MOSER, B. R.; KNOTHE, G. Moringa oleífera oil: A possible
source of biodiesel. Bioresource Technology, v. 99, p. 8175-8179, 2008.
SICCHA, Ana; UGAZ, Olga Lock de. Liofilizacion. Revista de Química, vol. 9, n. 2,
Perú, 1995.