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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás – Câmpus Goiânia

Curso: Engenharia de Transportes


Disciplina: Mecânica dos Solos II
Professora: João Carlos Oliveira
Aluna: Sara Matos dos Santos

Questões teóricas sobre capilaridade e fluxo bidimensional


1. É o fenômeno de atração e repulsão onde se observa o contato dos líquidos
com um sólido fazendo com que esse líquido suba ou desça, conforme molhe
ou não a parede. A ação capilar no solo pode, por exemplo, conduzir a seiva
nas plantas e trazer lixiviados de volta à superfície do solo. Este fenômeno
referese à água que existe em uma elevação superior ao nível da água
subterrânea ou ao nível do lençol freático.
2. O fenômeno da ascensão capilar está associado à sucção matricial,
componente da sucção total, e é diferente para diferentes processos de
umedecimento e secagem em função das variações no tamanho do poro
capilar. A molécula do tubo que está imediatamente acima da superfície do
líquido atrai o líquido que começa a subir alinhando-se a essa molécula que o
atraiu. Quando isso acontece, a molécula imediatamente acima começa a atrair
o líquido e o ciclo se repete.
3. Como a capilaridade é capacidade da água de subir por pequenos tubos, solos
finos tendem a ter ascensão capilar com valores mais elevados do que em
solos arenosos. A argila é capaz de alcançar dezenas de metros de altura de
ascensão capilar (hc).
4. Não, pois quanto menor o raio do poro, maior a ascensão capilar, maior a
sucção.
5. Ao final de um ensaio de ascensão capilar, observam-se 3 fases no interior do
solo: uma fase na qual a saturação é 100%, com uma altura correspondente
de saturação uma segunda fase que começa no ponto em que há entrada de
ar,onde o solo se encontra em uma saturação entre 0 e 100%, , e por último,
no final da coluna de solo, a água capilar não penetra, ficando na saturação
inicial do solo quando iniciado o ensaio.
6. Corresponde ao diâmetro das partículas do filtro correspondentes a 10%
passante, valor de D10 fornece uma das informações necessárias para o
cálculo da permeabilidade, utilizado no dimensionamento de filtros e drenos.
7. São resultado da tensão superficial da água nos capilares do solo, ambos se
tornam mais recorrentes/graves quando há perda de umidade.
8. Infiltração pelas forças de capilaridade – Causada pela umidade advinda do
solo que não encontrou uma camada protetora impermeabilizante, subindo
pelos vazios capilares dos elementos porosos, fazendo com que a umidade se
alastre. É comum de ocorrer e na maioria das vezes em residências construídas
sem acompanhamento profissional adequado.
9. Métodos de análise de percolação: Construção gráfica, Analogia elétrica,
Modelagem numérica e Modelos físicos. As redes de fluxo permitem determinar
facilmente a vazão percolada, permitem calcular a pressão da água dos poros
(pressão neutra) e, logo, a tensão efetiva em cada ponto do maciço, e avaliar
o risco de ocorrência de acidentes resultantes de quick condition (anulação da
resistência, passando o solo a comportar-se como líquido denso), além de
permitir adotar medidas de prevenção contra o piping (erosão interna) e o
“levantamento hidráulico”. A colocação de filtros é uma boa medida de
prevenção.
10. União de pontos com a mesma carga hidráulica (definida pela equação de
Bernoulli).
11. De acordo com a equação de Bernoulli, a energia mecânica total por unidade
do peso do fluido h (também designada por carga hidráulica ou carga total). A
velocidade de percolação da água no solo é muito pequena ao ponto de ser
válido admitir que a carga cinética ou carga dinâmica (U2/2g) é nula.
12. Representa uma condição particular de fluxo bidimensional em um solo
isotrópico em relação a permeabilidade, a equação de Laplace satisfaz, em um
sentido bastante geral, o fluxo de água através de um solo saturado. A solução
geral da equação de Laplace é constituída por dois grupos de funções, as quais
podem ser representadas, dentro da zona de fluxo em estudo, por duas famílias
de curvas ortogonais entre si. Estas funções definem os termos real e
imaginário de uma função analítica complexa. Os problemas de fluxo podem
ser classificados (em relação às fronteiras) em problemas de fluxo confinado e
problemas de fluxo não-confinado.
13. A areia movediça é um fenômeno natural que se forma quando um grande fluxo
de água preenche espaços existentes sobre finas partículas de areia que se
encontram soltas. Essa junção faz com que a areia se torne móvel como um
líquido e por seu movimento recebe o nome de “movediça”.
14. A construção de uma barragem leva em conta segurança e custo, sendo que a
segurança deve ser sempre considerada como prioritária em qualquer projeto.
Dentre os vários acontecimentos que podem comprometer essa condição de
segurança almejada está o "piping", também conhecido como fenômeno de
areia movediça. É denominada surgência a ocorrência de água na face exterior
da barragem, nas ombreiras e no pé de jusante, da barragem por percolação,
tendo como uma das consequências o processo de erosão interna (piping), que
depende dos seguintes fatores: Tipo de solo (areia fina e silte de origem eólica
- altamente susceptíveis a erosão); Gradiente hidráulico (quanto maior o
gradiente, maior a possibilidade de erosão interna); Tensão confinante (quanto
maior o valor da tensão confinante, menor é a possibilidade de ocorrência da
erosão).

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