Patologia de Revestimentos

Patologia das Construções
- Patologia de Revestimentos -
Patologia de Revestimentos
Profªs Ana Paula A. Castanheira
ANÁLISE DE CASO - CONTEXTUALIZAÇÃO
ÁGUAS CLARAS – DF – 600 PRÉDIOS CONSTRUÍDOS
Prof. Nielsen Alves
Eng. Civil Ana Paula Abi-faiçal Castanheira

castanheiraanapaula@gmail.com 1
ANÁLISE DE CASO - CONTEXTUALIZAÇÃO
MAIORIA DOS PRÉDIOS EM REVESTIMENTO CERÂMICO
PRÉDIOS ENTRE 12 E 30 ANDARES
5 EM 10 PRÉDIOS APRESENTARAM QUEDA DE CERÂMICA

ANTES DOS 5 ANOS
Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves

Introdução
• Incidência das falhas no revestimento;

• Precocidade da queda de desempenho;
• Interrelação e dependência de outros subsistemas
Agentes de Deterioração
Intempéries – incidências climáticas
- Umidade relativa/temperatura
• Ar
- Ventos
- Água (chuva/solo, etc)

• Superfícies
- Temperatura

ÁGUAS CLARAS – DF
Prof. Nielsen Alves
25/10/05 – 12:00 hs – 35° C e 15% Umidade

25/10/05 – 17:00 hs – 20° C e 60% Umidade
Agentes de Deterioração
• Agentes biológicos;
• Esforços;
• Incompatibilidade;
• Fatores de uso.

Fatores Causadores das Falhas

Erros de:
• Planejamento;
• Especificação e projeto;
• Execução e controle;
• Materiais;
• Uso; e
• Interações não previstas com o meio ambiente.
Fatores Causadores das Falhas

Para as empresas o problema era

a cerâmica
Pintura como revestimento

preferencial para fachada
0% de Problemas pós-obras
Mais barato
Não necessita de junta de

movimentação

Fissuração dos Revestimentos
Retração Superficial – Mecanismo da Retração

• Emprega-se água em excesso por exigências
de trabalhabilidade;
• Grande potencial de remoção de água por

evaporação e sucção;
• Formação de menisco e atuação de tensões

capilares.

Caso 1: Retração Superficial


Retração superficial - Tipologia
• Fissuras características na forma “pé-de-galinha”, que
surgem logo após a execução ou até 15 dias de executado o
revestimento;
• A abertura de fissuras varia pela intensidade do fenômeno;
• A fissuração ocorre somente no sistema de revestimento, não

se propagando pela alvenaria;
• Facilmente identificável após molhagem do revestimento;

• Fissuras de pequena profundidade, dependendo da
intensidade do fenômeno.

Retração Superficial - Tipologia


Retração Superficial - Tipologia

Retração Superficial - Diagnóstico
• Evaporação, sarrafeamento e desempeno incrementam o
transporte de água para a superfície:
- Região mais débil mecanicamente
- Mais água para evaporar
• Excesso de água proveniente:
- Materiais muito finos;
- Altas espessuras;
- Deficiências de dosagem e formulação;
- Falta definições – argamassas muito fluidas.

Retração superficial - Medidas
• Avaliação da extensão do dano;
• Avaliação da estabilização da fissura;
• Controle dos fatores que incrementam água.
Retração superficial - Gravidade
• Quando de grande incidência (número e abertura),

compromete a estabilidade mecânica do sistema de
revestimento.


Caso 2: Retração da argamassa de emboço e
desplacamento do sistema de revestimento cerâmico e
efeito térmico - Tipologia

Caso 2: Retração da argamassa de emboço e
desplacamento do sistema de revestimento cerâmico e
efeito térmico - Tipologia


Tipologia
• Flambagem do revestimento cerâmico e

descolamento;
• Descolamento de grandes regiões do revestimento

cerâmico com maior incidência na interface
argamassa colante/ emboço;
• Argamassa rica em saibro;

Retração da Argamassa de Emboço e Desplacamento de revestimento cerâmico e efeito térmico

Tipologia
• Deficiências de junta de movimentação;
•Deficiências de propriedades mecânicas da argamassa

de emboço;
• Tipologia de fissuras similar à retração superficial,

mas com aberturas e profundidades majoradas.

FISSURAS MAPEADAS NO REBOCO
Prof. Nielsen Alves
FISSURAS NO REBOCO
Prof. Nielsen Alves

FISSURAS NO REBOCO
Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves


Diagnóstico
• Fissuração por retração – argamassa com finos;

• Influência da retração no processo de descolamento –
assentamento com 3 dias de idade;
• Espessura excessiva;
• Incremento dos esforços pela deficiência de juntas.
Tabela – Limites mínimos e máximos da espessura das camadas dos

revestimentos de parede especificados pela NBR 13749 (1995).
Camada Parede – Espessura Teto – Espessura

Do (mm) (mm)
revestimento Interna Externa Interno e Externo
Emboço 5 a 20 15 a 25 e  15
Emboço e reboco 10 a 30 20 a 30 e  20
Camada única 5 a 30 15 a 30 e  20


Outros Casos

Outros Casos

Caso 4: Fissuras por movimentação do substrato
• Fissuras nos revestimentos acompanham fissuras

oriundas dos substratos;
• Tipologia depende do tipo de variação do substrato;
• Se o substrato apresenta variações cíclicas, o

revestimento também terá este comportamento;
• Fissuração em zona de transição alvenaria/estrutura.

Fissura por Movimentação do Substrato

FISSURAS NO CANTO
DAS JANELAS
Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves


Diagnóstico/Recomendações
• Regiões típicas – alvenaria/estrutura;
• Entendimento do mecanismo de fissuração do

substrato;
• Regiões potencialmente críticas: utilizar argamassas

sabidamente com maior capacidade de deformação
– fibras/polímeros

Diagnóstico/Recomendações
• Incorporação de telas
- Telas sintéticas = fibras
- Telas metálicas = fio fino, malha fina
• Efeito comprovado das telas - dissipar fissuras
localizadas em fissuras pequenas.
FISSURAS NO CANTO DAS JANELAS
Prof. Nielsen Alves

Deficiências Mecânicas
Caso 5: Deficiências na preparação de base -
Tipologia
• Remoção de emboço danificado sem cuidados,

danificando o substrato;
• Deficiências sérias na limpeza, com restos aderidos de

argilo-minerais (saibro);
• Falta de procedimento de escovação e lavagem.
Deficiência na Preparação de Base

Caso 5: Deficiências na
preparação de base
Caso 5: Deficiências na preparação de base
• Execução de chapisco sobre base mal preparada

(suja);
• Chapisco inadequado;
• Empregar um enchimento de 20 mm em média,

utilizando-se argamassa de chapisco (1:3) com o
pretexto de diminuir a espessura da argamassa (que
já seria alta).

CONCRETO – BRASÍLIA
35 MPa – 40 MPa
UTILIZA AREIA ROSA E AREIA ARTIFICIAL
Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves

Deficiências mecânicas
(a) (b)
(c) (d)
Deficiência Mecânica

Avaliação da Aderência
Tabela – Limites mínimo da resistência de aderência a
tração dos revestimentos de parede especificados pela NBR
13749 (1995).
Diagnóstico
• Falta do chapisco;
• Espessura exagerada do chapisco;
• Prejuízo de todo o revestimento por
deficiência na preparação da base.

Recomendações
• Remoção de todo o sistema;
• Limpeza do substrato (escovação + lavagem);

• Aplicação de novo chapisco (aditivado);
• Cura por 72 horas; e

• Aplicação de novo revestimento.
PREPARO DE BASE
Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves
Caso 6: Deficiências mecânicas da base e da
preparação de base - Tipologia
• Substrato de alvenaria de concreto celular sem

chapisco;
• Várias argamassas aplicadas, particularmente de

cimento, cal e areia rosa e argamassas
industrializadas.

PREPARO DE BASE
Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves

PREPARO DE BASE
REJUNTAMENTO DA ALVENARIA
Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves

PREPARO DE BASE
Alteração no sentido – Execução do reboco de baixo para cima

Prof. Nielsen Alves
PREPARO DE BASE
Resto de argamassa de assentamento

Prof. Nielsen Alves
Diagnóstico
• Inaptidão das argamassas à base, detectada

somente no estado endurecido;
• Aderência ocorreu somente na região da junta de

assentamento;
• Necessidade do chapisco.

Caso 7: Deficiência de resistência superficial da
argamassa
Tipologia
• Descolamento do revestimento cerâmico com

remoção da camada de argamassa colante;
• Baixa resistência superficial, ou seja, pode-se

desbastar a argamassa facilmente inclusive com os
dedos.
Deficiência de Resistência Superficial da Argamassa

Caso 7: Deficiência de resistência superficial da
argamassa
• Grande pulverulência superficial;
• Valores de aderência à tração da ordem de 0,15 MPa,
rompendo sempre na argamassa;
• Presença significativa de fissuração;

• Traços de argamassa com teores baixos de cimento;
• Emprego nestes casos de argilo-minerais,
particularmente saibro. Deficiência de Resistência Superficial da Argamassa

Diagnóstico
• Problema associado diretamente à argamassa,

possivelmente com uso de consumos muito baixos
de aglomerantes;
• Embora a resistência superficial seja baixa, o

revestimento permanece aderido ao substrato;
• Sistema instável.

Medidas preventivas/corretivas
• Especificação adequada da argamassa de emboço;
• Emprego de técnicas adequadas na execução;

• Reparo com impregnação polimérica.
Caso 8: Deficiências de propriedades mecânicas por
excesso de ar incorporado

Tipologia
• Falhas ocorrem em argamassas que utilizam

incorporadores de ar. Todas as argamassas
industrializadas empregam incorporadores de ar,
além de possivelmente outros aditivos;
• O excesso de ar incorporado pode advir do excesso

de aditivo incorporador ou do excesso do tempo de
mistura.
Deficiência de Propriedades Mecânicas por Excesso de Ar Incorporado

Caso 8: Deficiências de propriedades mecânicas por
excesso de ar incorporado
• A argamassa pode se tornar extremamente

deteriorável pelo simples toque das mãos,
entretanto no estado fresco a argamassa apresenta
características adequadas de trabalhabilidade e
adesão;
• A argamassa esfarela e desagrega facilmente.
Caso 9: Eflorescências em sistemas de revestimento


Outras Deficiências: Argamassa Colante

- Tempo em aberto;
- Filetes sem esmagamento.

Prof. Nielsen Alves

Uma cerâmica que desplacou acertou uma

moradora na cabeça, causando um ferimento grave.

- Tempo em aberto;
- Filetes sem esmagamento.

Outras Deficiências
Outras Deficiências: erro de projeto

- Juntas entre os pré-moldados sem vedação;
- Infiltração.

Outras Deficiências: erro de projeto
- Espessura do reboco muito fina;

- Flambagem e desplacamento.
Outras Deficiências
- Bloco celular na vedação da fachada sem chapisco.
- Argamassa com saibro.

JUNTAS DE MOVIMENTAÇÃO
Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves
AUSÊNCIA DE
JUNTA VERTICAL
Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves
INFILTRAÇÃO PELAS JANELAS
Prof. Nielsen Alves

INFILTRAÇÃO PELAS JANELAS
Prof. Nielsen Alves
NAKAKURA et al 2005

Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves
FISSURAS NAS REQUADRAÇÕES
Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves
Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves
FISSURAS NOS ÚLTIMOS ANDARES
Prof. Nielsen Alves

Obrigada pela Atenção!


Patologia de Revestimentos

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Patologia de Revestimentos

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Patologia das Construções

Patologia das Construções

ANÁLISE DE CASO - CONTEXTUALIZAÇÃO

ÁGUAS CLARAS – DF – 600 PRÉDIOS CONSTRUÍDOS

Prof. Nielsen Alves

Eng. Civil Ana Paula Abi-faiçal Castanheira

ANÁLISE DE CASO - CONTEXTUALIZAÇÃO

MAIORIA DOS PRÉDIOS EM REVESTIMENTO CERÂMICO

PRÉDIOS ENTRE 12 E 30 ANDARES

5 EM 10 PRÉDIOS APRESENTARAM QUEDA DE CERÂMICA

Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves

Eng. Civil Ana Paula Abi-faiçal Castanheira

Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves

Eng. Civil Ana Paula Abi-faiçal Castanheira

Prof. Nielsen Alves

Prof. Nielsen Alves

Eng. Civil Ana Paula Abi-faiçal Castanheira

• Incidência das falhas no revestimento;

• Interrelação e dependência de outros subsistemas

Intempéries – incidências climáticas

- Água (chuva/solo, etc)

Eng. Civil Ana Paula Abi-faiçal Castanheira

Prof. Nielsen Alves

25/10/05 – 12:00 hs – 35° C e 15% Umidade

Eng. Civil Ana Paula Abi-faiçal Castanheira

Fatores Causadores das Falhas

Fatores Causadores das Falhas

Eng. Civil Ana Paula Abi-faiçal Castanheira

Para as empresas o problema era

Pintura como revestimento

Não necessita de junta de

Eng. Civil Ana Paula Abi-faiçal Castanheira

Fissuração dos Revestimentos

Retração Superficial – Mecanismo da Retração

• Grande potencial de remoção de água por

• Formação de menisco e atuação de tensões

Fissuração dos Revestimentos

Eng. Civil Ana Paula Abi-faiçal Castanheira

Fissuração dos Revestimentos

• A abertura de fissuras varia pela intensidade do fenômeno;

• A fissuração ocorre somente no sistema de revestimento, não

• Facilmente identificável após molhagem do revestimento;

Fissuração dos Revestimentos

Eng. Civil Ana Paula Abi-faiçal Castanheira

Fissuração dos Revestimentos

Fissuração dos Revestimentos

Eng. Civil Ana Paula Abi-faiçal Castanheira

Fissuração dos Revestimentos

Retração superficial - Medidas

• Avaliação da extensão do dano;

• Avaliação da estabilização da fissura;

• Controle dos fatores que incrementam água.

Fissuração dos Revestimentos

Retração superficial - Gravidade

• Quando de grande incidência (número e abertura),

Eng. Civil Ana Paula Abi-faiçal Castanheira

Fissuração dos Revestimentos

Fissuração dos Revestimentos

Eng. Civil Ana Paula Abi-faiçal Castanheira

Fissuração dos Revestimentos