Você está na página 1de 109

Aproveitamento e Subprodutos

Comestíveis e não Comestíveis

Profª Msc. Mariela Moura Carreon


marielasmoura@yahoo.com.br
Subprodutos da indústria de Carnes

“São as partes com valor econômico dos animais,


derivados do abate e dos vários processamentos, com
EXCEÇÃO das carcaças.”

Podem ser comestível ou não comestível!

(RIISPOA)

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos da indústria de Carnes

Evolução do processamento tecnológico de carnes

Produtos beneficiados

Carne deixa de ser o produto principal do abate!

Não aproveitamento dos subprodutos


problemas ambientais

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos da indústria de Carnes
Subprodutos Comestíveis

• Vísceras de bovinos, suínos, ovinos e caprinos


• Recortes de carne
• Envoltórios naturais (tripas, bexigas, esôfago,
estômagos)
• Extrato de carne (diversas carnes preparadas)
• Produtos gordurosos (banha, gordura)

Profª. Mariela S. Moura


Órgãos, Vísceras e Sangue

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Para o preparo dos miúdos é necessário:
(em geral)

- Toalete (remoção de tecidos aderentes e gordura)


- Lavagem (água corrente) e Escorrimento (em ganchos
ou Nórea)
- Carimbagem ou uso de etiquetas
- Embalagem
- Congelamento

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Fígado (Comestível ou não)
- Extrato de fígado: tratamento de anemias
- Aditivo em preparados vitamínicos (vit. B12)
- Fígados de animais mais jovens são mais ricos
em nutrientes e princípios ativos

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Fígado (comestível ou não)
Cálculos biliares (mercado Japonês)
- Fixação pintura em porcelana
- Formação da Pérola artificial
- Afrodisíaco
- Medicamentos

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Vesícula Biliar
- Pouco requisitada
- Pó é utilizado para misturar outros
produtos orgânicos (medicamentos)

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Bile
Opoterapia
Utilização terapêutica de órgãos ou
extratos de órgãos de origem animal.

- Produção de Cortisona (efeito anti-inflamatório)


- Conservador: vesícula em formol 2%

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Língua
Comumente utilizada em restaurantes com
carnes exóticas

- Preparação de vacina contra febre aftosa a partir do


epitélio da língua de bovinos
- Células propiciam meio de cultura para o vírus

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Coração
de frango é mais consumido em relação aos
de outras espécies.

- Válvulas cardíacas de suínos (menor rejeição cirúrgica)


e bovinos (menos usada)

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Miolos (Encéfalo)
- Lavagem deve ser bem feita
- Coágulos do atordoamento
- Hemorragias na superfície após atordoamento
- Procurado para consumo humano
- Laboratórios: extração de lecitina, colesterol...

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Cauda (rabada)
Apenas comestível

Rins
- Procurado para consumo humano
- Pó da camada cortical entra em certos medicamentos
- Utilização rara

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Pulmões
- Procurado para consumo humano
- Extração de surfactante pulmonar
(auxiliar na respiração)
- Extração de heparina (anticoagulante)
Baço
- Utilizado em pet foods ***

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Mocotós (Pés)
- Comestíveis
- Gelatina
- Cola
- Tecido rico em colágeno

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Pâncreas
- Produção de Insulina

Pele
- Colágeno (Cosméticos e gelatina)
- Fabricação artigos de couro
- Subproduto mais valorizado no abate Bovino

Defeitos: Marcação à fogo, arame farpado, chifres,


parasitas

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Glândula Hipófise
- Hormônios / Medicamentos

Medula Espinhal
- Loções capilares e cosméticos
- Pratos culinários Exóticos

Olhos
- Medicamentos

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Bucho (Estômago/Rúmen e Retículo)
- Comestível
- Limpeza com várias etapas*

Suínos: Mucosa gástrica é utilizada no tratamento de úlceras

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Bucho (limpeza)
- Instalação destinada ao preparo dos estômagos
- Deve ser independente da sala de matança e seção de
miúdos
- Divide-se em área suja e área limpa

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Bucho (limpeza)

Área Suja: - Recebimento do bucho


- Separação (omaso e abomaso)
- Abertura e Esvaziamento (do rúmen e do
retículo, sob água corrente)
- Lavagem e Retirada da mucosa (solução de água
+ soda cáustica + cal virgem na máquina a 60-80°C / remoção
da soda)

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Bucho (limpeza)

Área Limpa: - Toalete (com faca ou tesoura)


- Branqueamento ou não (optativa – solução com
hipoclorito de Ca, trifosfato de Na e água oxigenada a 135 Vol.)
- Cozimento ou não (durante ½ hora em água
fervente)
- Acondicionamento (Enrolar o bucho e colocar em
forma plástica ou sacos para congelamento)
- Congelamento e Estocagem

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Omaso (folhoso)
- Utilizado em Indústrias (Triparia)

Abomaso (coagulador)
- Raspagem mecânica da mucosa = Limo
- Limo é utilizado para fabricação de coalhos
usados na preparação de queijos

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Triparia
Instalação destinada à preparação de tripas, que
serão utilizadas como envoltórios na indústria de
embutidos.
- É permitido: bovinos, ovinos, caprinos e suínos.
- Divide-se em área suja e área limpa.

Envoltórios Naturais: Intestinos, bexigas, esôfagos e estômago

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Triparia Preparo de Tripas

- Separação (tripa fina: jejuno e íleo / tripa grossa: cólon e reto)


- Desorelhamento: Distensão das alças intestinais (às mãos)
- Esvaziamento: com água corrente *Importância do Jejum
- Viragem: mucosa para fora
- Retirada do limo ou mucosa (mecanicamente por prensagem
entre cilindros giratórios até a água sair completamente limpa)
- Conservação: por salga ou secagem ou congelamento

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Triparia
Nomes comerciais:

- Tripa fina ou estreita: intestino delgado


- Tripa grossa: cólon de bovino e suíno
- Funda: ceco de bovino ou suíno
- Culatra: reto
- etc.

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Vantagens dos Envoltórios Naturais

 São comestíveis
 Elásticos e Moldáveis
 Protegem o agradável sabor do embutido
 São mais macios e suculentos
 Apresentação mais atrativa

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Desvantagens dos Envoltórios Naturais

 Podem estar contaminados


 Falta-lhes homogeneidade de forma
 São pouco resistentes
 Podem portar defeitos (Cortes, ruptura, nódulos)

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Triparia

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
- Tripa de bovino desidratada – raro
- É necessário hidratar para utilizar (água quente –
vinagre/limão)

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Tripa ARTIFICIAL - Colágeno
Tripa de colágeno (Não comestível)
Usada em salames

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Tripa ARTIFICIAL - Poliamida
Tripa para mortadela – É retirada após cozimento

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Sangue
- Alimentação animal *
- Medicina
- Propriedades para fazer meios de cultura,
componentes de vacinas..

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Para resíduos destinados à alimentação animal:

 Máximo 24 horas a partir da colheita ou abate

 Somente poderão ser aumentados os tempos entre


colheita ou abate e o início do processamento, quando
existir sistema de frio (<10°C), que permite a
estocagem dos resíduos animais.

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Para resíduos destinados à alimentação animal:

O tratamento térmico, visando à esterilização, deverá


obedecer as seguintes condições:

- Temperatura não inferior a 133°C


- Tempo mínimo de 20 minutos

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Farinha de Sangue

 É o produto resultante do cozimento a seco do sangue


(secagem), submetido ou não a uma prévia prensagem
ou centrifugação e posterior trituração

5 litros de sangue fresco = 1 Kg de farinha

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Sangue
Farinha de Sangue
Armazenamento de Anti-coagulante
sangue

Cozimento (Vapor)
Temp. sangue 58-65°C
Secagem

Prensa + Peneira

Farinha de Sangue

Embalagem

Estocagem e Expedição

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Farinha de Carne e/ou de Ossos

 Equipamento Picador/Moedor para facilitar


 Equipamento Digestor (matéria moída será cozida –
cozimento giratório)
 Equipamento Percolador (separação da parte sólida e do
sebo – peneira)
 Equipamento Prensa (extração da gordura
remanescente)
 Moagem e Ensacamento

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Ossos industriais
São aqueles utilizados na fabricação de botões,
pentes, bijuterias, cabos de faca, etc.

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Crinas
Obtidas na seção de peles, sendo retirada com
auxílio de tesoura
- Desembaraçamento com escova de aço
- Secagem
- Classificação de acordo com cor e comprimento
- Enviado para indústria de fabricação de pincéis,
bijuterias

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos
Pêlos do pavilhão auricular e do prepúcio
São retirados com o auxílio de tesouras
- Lavagem
- Arrumação em feixes
- Secagem
- Embalagem
- Enviadas para indústrias de fabricação de pincéis finos

Profª. Mariela S. Moura


Material de Risco Específico (MRE)
• Portaria 1395 (2014) - IMA
• Ruminante: Bovino, Bubalino, Caprino e Ovino

Prevenção da Encefalopatia Espongiforme


Bovina (EEB)

Profª. Mariela S. Moura


Material de Risco Específico (MRE)
Materiais considerados potencialmente de risco
específico são:

• Encéfalo Bovinos de qualquer


• Olhos idade
• Amígdalas
• Medula espinhal
• Parte distal do íleo

Profª. Mariela S. Moura


Material de Risco Específico (MRE)
Materiais considerados potencialmente de risco
específico são:

• Encéfalo Ovinos e Caprinos de


• Olhos qualquer idade
• Amígdalas
• Medula espinhal
• Baço

Profª. Mariela S. Moura


Material de Risco Específico (MRE)
Os frigoríficos devem incluir nos programas de
autocontrole a descrição dos procedimentos
operacionais relacionados aos MER, com registros
diários auditáveis, contemplando:

• Remoção e segregação dos MRE durante o abate.


• Registro da quantidade retirada por abate (correlação
peso/n° de animais).

Profª. Mariela S. Moura


Material de Risco Específico (MRE)
• Destruição: incineração, cozimento em digestor,
utilização do resíduo como material combustível em
fornalha ou destinação a aterro, mediante prévia
autorização do IMA.
Os MER serão encaminhados à destruição, quando não
destinados à alimentação humana (mercado interno) e
à produção de medicamentos e cosméticos de uso
humano.
• Medidas preventivas e corretivas de possíveis desvios.

Profª. Mariela S. Moura


Material de Risco Específico (MRE)
• Os MER deverão ser impedidos de entrar na cadeia
alimentar dos ruminantes, não podendo ser
utilizados como resíduos animais para o
processamento de farinhas de carne e/ou ossos ou
produtos gordurosos (destinação à graxaria), a fim de
se evitar o risco de transmissão do agente de EEB
através destes produtos e garantindo que os demais
resíduos utilizados na produção destas farinhas e
produtos gordurosos sejam esterilizados, conforme
Instrução Normativa MAPA N° 34 de 28/05/2008

Profª. Mariela S. Moura


Subprodutos

Profª. Mariela S. Moura


Carne de Sol
x
Charque
x
Carne Seca
x
Defumados
Profª. Mariela S. Moura
Carne de Sol

• Seca ao sol (rústico)


• Seca com pouco sal em local coberto e
ventilado.
• Secagem relativamente rápida com certa
umidade no interior da carne.

Profª. Mariela S. Moura


Charque
• Carne com gordura, preparada em mantas.
• Adiciona sal fino e permanece por vários dias.
• Processo lento.

Profª. Mariela S. Moura


Charque
Máx 45%
umidade
Carne Seca ou
Jerked Beef

• Parecida com a carne de sol,


entretanto, utiliza mais sal e tempo
para a cura e posteriormente irá
para o sol.

Máx 55% umidade

Profª. Mariela S. Moura


Carne Seca ou
Jerked Beef
• Sofre uma mudança de cor
maior, possui uma textura mais
firme, e tem um maior prazo de
validade  por conta da
desidratação

Profª. Mariela S. Moura


Sais de Cura!

Profª. Mariela S. Moura


Charque e Carne Seca

Profª. Mariela S. Moura


Secagem

Profª. Mariela S. Moura


Defumados

• Defumagem (produção de fumaça)


• Retira o excesso de umidade do produto,
aumento de tempo de conservação
• Instalações adequadas e higiênicas para a
produção do alimento.
• Temperatura controlada (Quente a 75ºC,
produz casca ressecada ou Frio entre 30 e
50ºC, usado para presuntos.)
Profª. Mariela S. Moura
Tecnologia e Inspeção de Ovos

Profª Msc. Mariela Moura Carreon


marielasmoura@yahoo.com.br
Ovos
Ovo: ovo de galinha com casca, sendo os demais
acompanhados da indicação da espécie de que procedem
- Ovo fresco
- Ovo conservados
(Art. 706)
Gema: produto obtido do ovo desprovido da casca e
separado da clara ou albumina
Clara: entende-se o produto obtido do ovo desprovido da
casca e separado da gema

Profª. Mariela S. Moura


Ovos
Especificação:
Ex.: Ovos de Codorna

Profª. Mariela S. Moura


Processamento dos Ovos
Recepção
Lavagem
Ovoscopia
Secagem
Classificação
Embalagem
Expedição
Profª. Mariela S. Moura
Processamento dos Ovos
Transporte automatizado
(dentro da própria granja de produção)

Profª. Mariela S. Moura


Processamento dos Ovos
Recepção

Automatizado

Profª. Mariela S. Moura


Processamento dos Ovos
Lavagem

Profª. Mariela S. Moura


Processamento dos Ovos
Secagem e Classificação - Automatizado

Profª. Mariela S. Moura


Processamento dos Ovos
Lavagem e Ovoscopia

Automatizado

Lavagem para retirada de


sujidades e Ovoscopia para
detecção de tricas ou quebras.
Profª. Mariela S. Moura
Processamento dos Ovos
Ovoscopia

Profª. Mariela S. Moura


Ovos impróprios para consumo
Art. 733 - São considerados impróprios para o consumo
os ovos que apresentem:

1 - alterações da gema e da clara (gema aderente à casca,


gema arrebentada, com manchas escuras, presença de
sangue alcançando também a clara, presença de embrião
com mancha orbitária ou em adiantado estado de
desenvolvimento);
2 - mumificação (ovo seco);
3 - podridão (vermelha, negra ou branca);
4 - presença de fungos (externa ou internamente);
Profª. Mariela S. Moura
Ovos impróprios para consumo
5 - cor, odor ou sabor anormais;
6 - ovos sujos externamente por materiais estercorais ou
que tenham estado em contato com substâncias capazes
de transmitir odores ou sabores estranhos, que possam
infectá-los ou infestá-los;
7 - rompimento da casca e da membrana testácea, desde
que seu conteúdo tenha entrado em contato com
material de embalagem;
8 - quando contenham substâncias tóxicas;
9 - por outras razões a juízo da Inspeção Federal.

Profª. Mariela S. Moura


Ovos impróprios para consumo

Profª. Mariela S. Moura


Ovos impróprios para consumo
Doenças (Bronquite e
Pneumovírus)

Aparecimento de defeitos:
Início de Postura

Profª. Mariela S. Moura


Processamento dos Ovos
Ovoscopia e Embalagem

Profª. Mariela S. Moura


Processamento dos Ovos
Embalagem - Manual

Profª. Mariela S. Moura


Processamento dos Ovos
Embalagem - Automatizado

Profª. Mariela S. Moura


Processamento dos Ovos
Embalagem

Profª. Mariela S. Moura


Processamento dos Ovos
Transporte adequado (temperatura controlada)

Profª. Mariela S. Moura


Processamento dos Ovos
- Câmaras Frias (0 a 1°C)
*Art. 727 - À saída das câmaras frias para exportação,
os ovos devem ser reinspecionados.
*Art. 728 - O ovo a conservar pelo frio recebe um
carimbo com a palavra "Frigorificado"
- Industrialização

- Fábrica de conservas de ovos

Profª. Mariela S. Moura


Processamento dos Ovos

Art. 726
“As câmaras, depósitos ou porões de quaisquer veículos,
terrestres, fluviais ou marítimos que recebem ovos e
derivados para exportação, devem estar completamente
limpos, livres de carnes, frutas, legumes ou quaisquer
produtos que, por sua natureza, possam transmitir-lhes
odor ou sabor estranhos.” (RIISPOA)

Profª. Mariela S. Moura


Quebra de Ovos - Industrialização
 Sala climatizada (máx. 16°C), com 500 Lux
 Filtragem (casca / gema + clara)
 Armazenar entre 2 e 5°C por até 72hr até enviar à
industrialização
 Congelar à -12°C ou menos, dentro de no máximo 60
horas após a quebra, caso não for utilizar neste
intervalo.

Profª. Mariela S. Moura


Quebra de Ovos - Industrialização

Profª. Mariela S. Moura


Quebra de Ovos - Industrialização

Profª. Mariela S. Moura


Quebra de Ovos - Industrialização

Profª. Mariela S. Moura


Quebra de Ovos - Industrialização
Manual

Filtragem mais efetiva

Profª. Mariela S. Moura


Conserva de Ovos
Art. 743 - RIISPOA
Entende-se por "conserva de ovos" o produto resultante
do tratamento de ovos sem casca ou de partes de ovos
que tenham sido congelados, salgados ou desidratados.

Art. 745 - RIISPOA


Consideram-se conservas de ovos:
1 - ovo desidratado
2 - pasta de ovo

Profª. Mariela S. Moura


Conserva de Ovos
Ovo desidratado

Desidratação parcial ou total do ovo:


- Clara
- Gema
- Clara + Gema (Ovo Integral)

Processo de Desidratação:
Nebulização, Secagem pelo Calor, Liofilização

Profª. Mariela S. Moura


Conserva de Ovos
Ovo desidratado

Profª. Mariela S. Moura


Embalagens dos Produtos de
Origem Animal

Profª Msc. Mariela


Embalagens
Histórico

Anos 50: Mercadorias a granel


Anos 70: Início da produção das embalagens.
Aparecimento dos Supermercados
Anos 80: Novos materiais para embalagens.
Anos 90: Sistemas de embalagens, ampliação e
diversificação.
Hoje: Desenvolvimento baseado na proteção ambiental.

Profª. Mariela S. Moura


Embalagens
Art. 790

“Os produtos de origem animal destinados à alimentação


humana só podem ser acondicionados ou embalados em
recipientes ou continentes previstos neste Regulamento
ou que venham a ser aprovados pelo D.I.P.O.A.”

Profª. Mariela S. Moura


Embalagens
Art. 791

“Tratando-se de comércio internacional, é permitida a


embalagem exigida pelo país importador, desde que
devidamente comprovado pelos interessados.”

Profª. Mariela S. Moura


Embalagens
Funções da Embalagem:

 Antigamente: usadas para proteção física

 Hoje: - Proteção ao alimento


- Favorecer os meios de conservação
- Evitar contatos externos
- Melhorar a apresentação
- Favorecer ao acesso do produto
- Facilitar o transporte
- Educar o consumidor

Profª. Mariela S. Moura


Embalagens
Materiais:

- Plásticos (PET)
- Metálicos (latinha de extrato)
- Vidro (copo de requeijão)
- Celulósico (celofane, papéis cartonados)

Profª. Mariela S. Moura


Embalagens
Vernizes para embalagens:

 Nas embalagens metálicas, são aplicados vernizes


orgânicos que evitam o contato entre o alimento e o
metal.
 Existem mais de 350 tipos de revestimentos
 Os vernizes são inócuos: por isso não devem:
- trazer prejuízos à saúde
- transferir odor, sabor ou cor ao produto
- se degradar com o tempo

Profª. Mariela S. Moura


Latas de aço: permite a deformação da lata sem
desproteger o alimento. Possui película elástica
protetora.

Resistência
quanto à
corrosão

Minimizar a
interação de
metais com os
produtos
acondicionados
Profª. Mariela S. Moura
Embalagens
Embalagens encolhíveis:

Profª. Mariela S. Moura


Rotulagem
Existem diversas normativas para Rotulagem:

 ANVISA
 RIISPOA

- Rotulagem geral
- Rotulagem Nutricional
- Rotulagem particular (especial)

Profª. Mariela S. Moura


Rotulagem
No rótulo deverá ter: (Art. 796 - RIISPOA)

• Nome do produto
• Nome da firma responsável
• Nome da firma que tenha completado operações de
acondionamento, quando for o caso
• Carimbo oficial da Inspeção
• Natureza de estabelecimento, de acordo com a
classificação oficial

Profª. Mariela S. Moura


Rotulagem
No rótulo deverá ter: (Art. 796 - RIISPOA)

• Localização do estabelecimento (cidade e estado)


• Marca comercial do produto
• Algarismos correspondentes à data de fabricação
• Pesos (líquido e bruto)
• Fórmula de composição ou outros dizeres
• Especificação: “Indústria Brasileira”

Profª. Mariela S. Moura


Rotulagem
No rótulo também deverá ter:

 Número de registro do órgão competente


 Identificação do Lote
 Prazo de Validade
 Instruções sobre preparos e uso dos alimentos
 Código de barras

Profª. Mariela S. Moura


Rotulagem
Como se determina a informação nutricional?

 Cálculo baseado na literatura

 Análise em laboratório

Profª. Mariela S. Moura


Embalagem com Atmosfera modificada

Profª. Mariela S. Moura


Embalagem com Atmosfera modificada
• Técnica para inibir os mecanismos (bactérias e enzimas)
que deterioram os alimentos frescos e processados,
aumentando assim, sua vida útil.

• Substituição do ar, no interior da embalagem, por uma


mistura de gases como :
- oxigênio (O2)
- dióxido de carbono (CO2)
- nitrogênio (N2)

Profª. Mariela S. Moura


Embalagem com Atmosfera modificada
• Diminuição da concentração de O2 e da aplicação de
níveis elevados de CO2, que possui efeito inibidor do
crescimento bacteriano.

• Depende do produto
• Depende da quantidade
• Depende da forma que é armazenado

Profª. Mariela S. Moura


Embalagem com Atmosfera modificada

• Embalagem à vácuo: 1ª EAM


(retirada de gases, porém continua O2)
• Para carnes vermelhas (inadequado):
- Queda do O2 associada à baixa permeabilidade do
filme ao O2 causa mudança na cor de vermelho para
marrom, em virtude da conversão da mioglobina em
metamioglobina.
- Acúmulo de exsudato durante o armazenamento
prolongado das carnes embaladas a vácuo

Profª. Mariela S. Moura


Embalagem com Atmosfera modificada
• O gás CO2 é o principal responsável pelo efeito
bacteriostático em EAM.

• Quando a deterioração é principalmente microbiana, o


nível de CO2 na mistura deve ser o mais alto possível.
(carnes)

• O N2 é usado como um gás de enchimento,


substituindo o O2 como uma alternativa da embalagem
a vácuo.

Profª. Mariela S. Moura


Embalagem com Atmosfera modificada
Para carnes (vermelhas):

• A validade comercial de carnes vermelhas pode ser


aumentada para até dois meses se embaladas com 75%
de O2 + 25% de CO2 e armazenadas a -1 °C.

• A alta concentração de O2 garante a manutenção da cor


vermelha.

• Estudos para avaliar qual a melhor opção de gases.

Profª. Mariela S. Moura


Embalagem com Atmosfera modificada
Para carnes (aves):

• A presença do O2 não é necessária.

• Normalmente utilizado altas concentrações de CO2.

Profª. Mariela S. Moura


Bons Estudos!

Profª. Mariela S. Moura

Você também pode gostar