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ROCHAS COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

 A importância e a utilização das rochas como


materiais de construção em obras de engenharia e
na indústrias são intensas.
 Servem para: agregado para confecção de
concreto; blocos para revestimento de fachadas de
edifícios; proteção de taludes de barragens; pedra
britada para os leitos de ferrovias; blocos para
calçamento de ruas, avenidas; em indústria
cerâmica; de vidro, etc.
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 Na exploração das rochas para sua utilização


como pedra de construção, convém definir os
seguintes termos:
 Afloramento é a emergência de uma rocha à
superfície da terra (ABNT – NBR 6490).
 Ocorrência é toda presença de rocha suscetível de
fornecer material para as finalidades visadas
(ABNT – NBR 6490).
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 Jazida é toda ocorrência economicamente


explorável.
 Pedreira é toda ocorrência de rocha em exploração
industrial (ABNT – NBR 6490).
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 A exploração de uma pedreira depende de três


fatores fundamentais:

1. qualidade do material;

2. volume de material útil;

3. transporte, ou seja, a localização geográfica da


jazida.
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1. Qualidade do material → inclui-se a sua finalidade.

Pedreiras de basalto e diabásio → prestam-se para


extração de paralelepípedos para calçamento e
pedra britada.

Calcário e arenito cozido → revestimento de


fachadas.

Granito róseo ou granito “verde” → revestimento


de fachadas ou interiores, quando polidas.
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Mármore → revestimento de interiores.

Em todos esses casos, o material não deve estar


alterado pelo intemperismo, nem exibir fraturas
demasiadas.
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2. Volume do material → é calculado pelos métodos


usualmente empregados em geologia.

A investigação de toda jazida é feita através de um


reconhecimento geológico superficial,
complementado por prospecção através de
sondagens mecânicas e, até mesmo, por métodos
geofísicos.
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3. Transporte → de fundamental importância é a


localização do depósito, uma vez que, se as
distâncias do depósito à obra ou aos centros
consumidores for considerável, o material pode se
tornar anti-econômico.
 Pedreiras → as pedreiras abertas para obtenção de
pedra britada ou blocos, estão normalmente
localizadas em rochas ígneas ou metamórficas.
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Uma pedreira deve ter algumas especificações


mínimas, para sua exploração:

1. a rocha deve ser durável e estar inalterada;

2. apresentar pequena cobertura de solo no local;

3. possuir topografia favorável, isto é, encostas ou


faces íngremes que facilitem o desmonte;

4. não possuir o lençol freático a pequena


profundidade.
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 Quando se usa rocha com a finalidade de


revestimento de casas, edifícios, etc., algumas
rochas metamórficas são bastantes favoráveis;
uma vez possuindo planos de orientação, são mais
facilmente exploradas, pois permitem ser retiradas
em placa.
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 A pesquisa de áreas para pedreiras exige a


observação de:
 mapas topográficos;

 mapas geológicos

 fotografias aéreas.

 Esses elementos permitem a seleção preliminar


dessas áreas.
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 Posteriormente, com visitas aos locais, utilizam-se


os métodos usuais de investigação, ou seja:
 abertura de poços e trincheiras;

 execução de sondagens;

 aplicação de métodos geofísicos (sísmicos e


elétricos).
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 As rochas mais comuns para aplicação na


construção civil são:

1. Pedra britada → rochas magmáticas – granito,


gabro e diabásio.

Eventualmente usam-se também algumas rochas


metamórficas, que são, porém, menos favoráveis,
pois tendem a formar fragmentos em placas, ao
invés de equidimensionais – gnaisses e quartzitos.
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Usam-se também depósitos naturais de cascalho


em aluviões, após lavagem e seleção por tamanho.
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2. Revestimentos de fachadas e pisos→ as rochas


mais comuns são as magmáticas e metamórficas,
usadas sem polimento – granito, gabro, diabásio,
quartzito, itacolomito (pedra-mineira), mármore,
ardósia, gnaisses.

Usam-se até rochas sedimentares – calcário e


siltito.
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3. Paralelepípedos → as rochas mais utilizadas são:


 granito;

 basalto;

 diabásio;

 gnaisse.
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MÉTODOS DE EXPLORAÇÃO DE PEDREIRAS


 A exploração de uma pedreira requer uma série de
equipamentos e de trabalhos:

1. limpeza por tratores do material estéril que recobre


a rocha sã;

2. marteletes para perfuração da rocha;

3. explosivos a serem colocados nos furos a


martelete;
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MÉTODOS DE EXPLORAÇÃO DE PEDREIRAS

4. Carregadeiras para transportar o material


fragmentado pelas explosões, até os britadores;

5. Britadores e rebritadores para fragmentar os


blocos de rocha em vários tamanhos menores;

6. Peneiras para seleção dos fragmentos;

7. Correias transportadoras para levar cada tipo de


brita ou fragmento para seu silo;
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MÉTODOS DE EXPLORAÇÃO DE PEDREIRAS

8. Lavadores, para retirar o pó que se associa aos


fragmentos.
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 Para a obtenção de placas para revestimento, o


material é extraído em grandes blocos (nas rochas
magmáticas) e depois é serrado em placas.
 Nas rochas metamórficas já se obtêm essas placas
graças à divisibilidade dessa rocha em função da
orientação dos seus minerais.
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AGREGADOS PARA CONCRETO


 Os agregados utilizados na confecção de concreto
são física e quimicamente ativos, governando em
muitos aspectos as propriedades e comportamento
da massa a que foram incorporados.
 Por outro lado, as propriedades mecânicas dos
fragmentos de rochas dependem de sua forma,
tamanho, textura superficial e películas de
revestimento das partículas e dos componentes
reativos.
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AGREGADOS PARA CONCRETO


 A forma dos fragmentos obtidos de uma pedreira
depende em grande parte da presença e
distribuição de superfície de fácil separação, tais
como planos de fraturas, de camadas, de
xistosidade, etc.
 Se tais elementos faltarem, as possibilidades de
fratura são as mesmas em todas as direções,
produzindo fragmentos equidimensionais.
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AGREGADOS PARA CONCRETO


 Rochas como granito, mármore e quartzito dão
fragmentos equidimensionais.
 A estratificação muito evidente de uma rocha
origina fragmentos achatados e alongados, o
mesmo acontecendo a rochas com alta
porcentagem de micas.
 São exemplos os gnaisses, xistos e quartzitos
micáceos.
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AGREGADOS PARA CONCRETO


 Agregados constituídos por partículas planas ou
alongadas fornecem alta porcentagem de poros,
sendo necessária uma porcentagem maior de
cimento, água e areia.
 A granulometria dos agregados é regulada por
especificações rígidas, que estabelecem as suas
dimensões máximas e mínimas.
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AGREGADOS PARA CONCRETO


 Os produtos naturais, se sua graduação não for a
especificada, devem ser separados, às vezes, por
simples lavagem, outras vezes pela trituração.
 A granulometria dos agregados tem grande
importância na qualidade do concreto.
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AGREGADOS PARA CONCRETO


 Uma mistura em que predominem grãos de um
determinado tamanho de areia ou pedregulho terá
numerosos vazios, obrigando a maior utilização de
cimento e água e aumentando, assim, o preço de
produção e diminuindo a resistência do concreto.
 A textura superficial dos agregados deve ser
observada.
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AGREGADOS PARA CONCRETO


 A existência de alteração superficial nos agregados
pode prejudicar consideravelmente as
propriedades do concreto.
 Caso típico ocorre com a brita do granito, devido à
caolinização dos grãos de feldspatos, o que
diminui as capacidades de ligação dos grãos.
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 Da mesma maneira, os revestimentos dos grãos
minerais são particularmente prejudiciais ao
concreto, especialmente em se tratando de
películas de gesso, argila, opala, calcedônia, óxido
de ferro, etc.
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AGREGADOS PARA CONCRETO


 A quantidade de poros de uma partícula do
agregado tem influência direta sobre a
durabilidade, resistência à abrasão, peso
específico, alteração química, elasticidade, etc.
 A escassez de poros, por outro lado, contribui para
com a compacidade da rocha, aumentando sua
resistência à abrasão.
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AGREGADOS PARA CONCRETO


 As reações entre o cimento e os agregados durante
a formação do concreto, através da hidratação do
cimento, que liberta os álcalis (óxidos de Na e K)
atacam os silicatos e minerais silicosos.
 O resultado desse ataque pode ser sério, se entre
os agregados estiver presente alguns dos
chamados componentes reativos.
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 Durante a mistura de cimento, agregado e água, e


nas horas seguintes, a água vai se enriquecendo
em álcalis, devido à sua solubilidade. Como parte
da água está se consumindo no processo de
hidratação, a concentração de álcalis vai
aumentando gradativamente.
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 O líquido cáustico resultante ataca as partículas


susceptíveis dos agregados, formando compostos
de sílicagel alcalina.
 A reação é muito rápida com rochas muito reativas,
como a opala, e mais lentamente com as menos
reativas, como as vulcânicas vítreas.
 Tal reatividade pode ser combatida pelo emprego
de cimentos com baixo teor em álcalis, que
contenham menos de 0,6% de Na e K.
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 Outros elementos que prejudicam o concreto são


os sulfetos e substâncias orgânicas.
 A inclusão de sulfetos, tais como pirita e
marcassita, nos agregados, provoca a deterioração
do concreto.
 Os sulfetos, quando se incorporam ao concreto, se
oxidam e, em seguida, se hidratam, com um
aumento considerável em volume.
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 O processo é particularmente prejudicial em zonas


quentes e úmidas.
 O resultado final desse processo se evidencia
como manchas, na superfície do concreto.
 Os sulfetos podem produzir dilatação e
desintegração do concreto, pelas suas reações
com o cimento, sendo possível evitar tais efeitos,
pela utilização de cimentos especiais.
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 As substâncias orgânicas são particularmente


prejudiciais, pela presença, nelas, de ácidos
orgânicos.
 Estes impedem a hidratação do cimento, com
consequente diminuição da resistência e
durabilidade do concreto.

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