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QB Termo
QB Termo
CET: ESTTEB-TMR3
Termoquímica
Valentim M B Nunes
Unidade Departamental de Engenharias
Instituto Politécnico de Tomar, Abril, 2012
Energia
Discutimos no Capítulo 2 as relações de massa entre reagentes e produtos. Vamos
agora analisar as variações de energia que acompanham as reacções químicas.
“Energia” é um conceito abstracto que, ao contrário da matéria, é conhecida através
dos seus efeitos. A energia é normalmente definida como a capacidade de realizar
trabalho. Os químicos definem trabalho como uma variação de energia resultante de
um determinado processo.
H H produtos H reagentes
H = - 890.4 kJ H = + 6.01 kJ
Exemplo: combustão do metano
Sabemos por experiência que a combustão do metano (principal constituinte do
gás natural) fornece calor ao meio exterior, tratando-se portanto de um processo
exotérmico cujo H deve ser negativo:
Q mct ou Q nCt
Q é a quantidade de calor, m é a massa, n é o número de moles e t é a variação de
temperatura.
Calores específicos
Subst. Al Au C(graf.) C(diam) Cu Fe Hg H2O etanol
c / J.g-1.K-1 0.900 0.129 0.720 0.502 0.385 0.444 0.139 4.184 2.460
Exercício 1
Uma amostra de 466 g de água é aquecida de 8.50 °C a 74.6 °C. Calcule a
quantidade de calor absorvida pela água.
Exercício 2
Uma barra de ferro com massa igual a 869 g arrefece de 94 °C até 5 °C.
Calcule o calor libertado pelo metal.
Exercício 3
Um fragmento de prata com a massa de 362 g tem uma capacidade calorífica
de 85.7 J.g-1. Qual o calor específico da prata?
Calorimetria a V constante e a p constante
Alguns cálculos
Não havendo perda de massa e calor para o exterior temos:
Qsist = Qágua + Qbomba + Qreacção = 0
Exercício 5
Fez-se a combustão de 1.922 g de metanol (CH3OH) num calorímetro de
bomba a volume constante. A temperatura da água aumentou 4.2 °C. Sabendo
que a quantidade de água é 2000 g e a capacidade do calorímetro 2.02 kJ/°C,
calcular o calor molar de combustão do metanol.
Valores calóricos
Combustível Hcombustão (kJ/g)
Carvão de lenha -35
Carvão de pedra -30
Gasolina -34
Querosene -37
Gás natural -50
Madeira -20
Entalpias de formação padrão
A entalpia de formação padrão, H°f , é a variação de entalpia quando se forma
um mole de composto a partir dos seus elementos à pressão de 1 bar (1 atm).
Por outras palavras, se pudermos decompor a reacção que nos interessa numa série
de reacções para as quais H°r possa ser medido, podemos calcular a variação de
entalpia para a reacção global.
Exercício 6
Calcular a entalpia de formação padrão do metano, a partir das seguintes entalpias de
reacção:
C(grafite) + O2(g) CO2(g) H°r = -393.5 kJ
2 H2(g) + O2(g) 2 H2O(g) H°r = -571.6 kJ
CH4(g) + 2 O2(g) CO2(g) + 2 H2O(g) H°r = - 890.4 kJ
Exercício 7
O pentaborano, B5H9, é uma substância muito reactiva que pode explodir
quando exposta ao oxigénio, segundo a reacção:
2 B5H9(l) + 12 O2(g) 5 B2O3(s) + 9 H2O(l)
Nos anos 50 foi considerado um combustível potencial para foguetões uma vez
que produz uma enorme quantidade de calor (a ideia foi abandonada pois
forma-se um sólido que destruía rapidamente o tubo de descarga). Calcular o
calor libertado (em kJ) quando um grama de composto reage com oxigénio. A
entalpia de formação padrão do B5H9 é 73.2 kJ/mol.
Exercício 8
A combustão do benzeno, C6H6, em ar produz dióxido de carbono e água.
Calcule o calor libertado, em kJ, quando 1 g de composto reage com oxigénio. A
entalpia de formação padrão do benzeno é 49.04 kJ/mol.
Exercício 9
A partir das equações seguintes e das respectivas variações de entalpia,