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Planificação de

Atividades Pedagógicas
Objetivos:

• Identificar e selecionar formas de registo: observação e planificação


da ação.

• Apoiar a planificação de atividades letivas e não letivas.


Conteúdos:

• Registo e planificação de atividades

• Importância do registo
• Grelhas de observação e registo
• Do registo à planificação
• Da planificação à ação
Conteúdos:

• Observação e planificação da ação

• Desenvolvimento de atividades com crianças


• - Entrada e acolhimento das crianças e familiares
• - Atividades pedagógicas na sala e no exterior

• Planificação de atividades não-letivas


Registo e Planificação de Atividades
Importância do registo de atividades

É nesse momento que surgem muitas dúvidas:

 Que documento devo anexar?

 Que materiais utilizei?

 Qual a participação da família e da própria criança neste processo? 

 Que objetivos abordei?

 Que conteúdos lecionei?

 Que atividades realizei?

 Que avaliação concretizei?

 …
Importância do registo de atividades

 A verdade, é que estas são perguntas que a escola precisa fazer logo no início do
ano.

 Terá de existir um “guião” para toda a lógica de realização de atividades e de


desenvolvimento dos alunos durante o ano letivo.

Se existe um momento para defini-los é antes das aulas começarem!


Importância do registo de atividades

Com os parâmetros de observação


definidos, o educador terá um mapa em
mãos para saber exatamente o que
registar. Facilitará muito o seu trabalho
no fim do ano!
Importância do registo de atividades

 Esse registo, é muito importante, pois não se trata apenas de uma prestação de
contas à família ou de uma exigência burocrática da escola.

Trata-se da análise e documentação sobre o desenvolvimento da criança para


o sucesso desta.
Importância do registo de atividades

 O registo de Atividades consiste  Esse registo pode ser acompanhado


num documento onde são por fotos, vídeos, outros
descriminadas por escrito, todas as instrumentos de observação.
atividades realizadas pelo aluno ao
longo do ano.
Instrumentos de Avaliação

 Cabe ao professor/educador
 Uma avaliação contínua e selecioná-los em função das
sistemática deverá socorrer- se de características de cada instrumento.
instrumentos de avaliação
diversificados.
Instrumentos de Avaliação

 Uma avaliação contínua e  Cabe ao professor/educador


sistemática deverá socorrer- se de selecioná-los em função das
instrumentos de avaliação características de cada instrumento.
diversificados.
Instrumentos de Avaliação

Instrumentos de Observação:

Listas de verificação
Testes Sumativos
(check-list)

Escalas de
Testes formativos
Classificação

Grelhas de
Fichas
Observação
Grelhas de observação e registo

Grelhas de Observação: São tabelas


de registo de atitudes do aluno e
apresentam a vantagem de se poder
observar a frequência desse
comportamento e a progressão no
mesmo.
Grelhas de observação
Aspetos a observar: Tema:  Tema: Tema:
Data: Data: Data:

Compreensão do assunto      

Domínio do género      

Coerência textual      
Adequação de      
vocabulário
Correção de:      
Ortografia;
Pontuação;
Morfo-sintaxe

Originalidade quanto a:      
Pontuação
Sintaxe;
Vocabulário

Capacidade crítica      
Grelhas de observação
Grelhas de observação

  Observar / Problematizar é importante para avaliar e intervir.

 A Observação pode ser: o direta é a que resulta quando se observa a


paisagem no próprio local, in locoObservação direta é a que resulta quando
se observa a paisagem no próprio local, in loco.

Direta

Indireta
Grelhas de Observação
 A observação direta é o que resulta  Observação indireta é o que resulta
quando se observa algo no próprio da observação sem estar no local
local, “in loco”. nesse momento. Realiza-se a partir
de outros meios. Ex. análise de
mapas, fotos, esboços, diapositivos,
textos, vídeos…
Do Registo à Planificação

Cada educador, técnico ou professor


Não existe uma definição única para terá a sua, que é própria e reflete a
planificação. forma como encara o processo de
ensino/aprendizagem.
Do Registo à Planificação
Existem definições como:

 Planear é definir com clareza o que se pretende da criança, ou do grupo.

É uma atividade que consiste em:

 Definir e sequenciar os objetivos da aprendizagem das crianças;

 Determinar processos para avaliar se eles foram bem conseguidos;

 Prever algumas estratégias de ensino/aprendizagem;

 Selecionar recursos/materiais auxiliares.


Do Registo à Planificação
A Planificação pressupõe:

 A criação de ambientes estimulantes, que propiciem atividades que atendam à


diversidade das situações e aos diferentes pontos de partida das crianças.

 Prever atividades que apresentem os conteúdos de forma a tornarem-se


significativos e funcionais para as crianças.

 Prever atividades que sejam desafiantes e lhes provoquem conflitos cognitivos,


ajudando-os a desenvolver competências de aprender.
Os Diferentes Tipos de Planificação

Este tipo de planificação faz-se no


Planificação a Longo Prazo.
começo do ano e tem como principal
objetivo selecionar e distribuir os
conteúdos, tendo em vista o melhor
para a escola e baseando-se nas
orientações curriculares.
Os Diferentes Tipos de Planificação

Este tipo de planificações podem sofrer


Planificação a Longo Prazo.
ajustamentos ao longo do ano, e para
cada grupo em particular, após se
conhecer as crianças. Pois é a partir
daqui que se vê as necessidades de
cada criança e/ou grupo.
Os Diferentes Tipos de Planificação

Planificação a Médio Prazo.


Para planificar uma unidade é
Designa-se por planificação a médio necessário interligar objetivos,
prazo os planos de um período de conteúdos e atividades. É
aulas. indispensável equacionar os materiais
necessários de forma mais concreta,
assim como, a motivação das crianças,
os instrumentos de avaliação, entre
outros.
Os Diferentes Tipos de Planificação

Estes planos são aqueles a que o


Planificação a Curto Prazo/Planos de
educador disponibiliza mais atenção.
Atividades.
Estes planos esquematizam o conteúdo
a ser ensinado, as técnicas
motivacionais a serem exploradas, os
passos e atividades específicas
indicadas para as crianças, os materiais
necessários e os processos de
avaliação.
Os Diferentes Tipos de Planificação

Durante a atividade o educador observa


Planificação a Curto Prazo/Planos de
se a criança atinge os objetivos
Atividades.
selecionados e deve ajudar. No
decorrer da atividade poderemos fazer
reajustamentos e adaptações. No final
avalia-se para poder voltar a planificar.
Da Planificação à Ação
 Planear implica decidir sobre:

 O quê? – que conteúdos/áreas abordar;


 Quando? – espaço temporal;
 Como? – que atividades, materias;
 Onde? – espaço;
 Quem? – grupo, individual;
 Porquê? – objetivos
 Como avaliar? – observação… grelhas…
Da Planificação à Ação
 Planear implica decidir sobre:

 O quê? – que conteúdos/áreas abordar;


 Quando? – espaço temporal;
 Como? – que atividades;
 Onde? – espaço;
 Quem? – grupo, individual;
 Porquê? – objetivos
 Como avaliar? – observação… grelhas…

Metas
Da Planificação à Ação
As funções da planificação são:  Ser garantia de coerência e
continuidade do trabalho;
 Ser um instrumento que integra
todos os atos educativos, dando-  Ser base imprescindível para
lhe operacionalidade;
ponderar o rendimento do
trabalho pedagógico (avaliação);
Da Planificação à Ação

Independentemente de modelos
diferentes de planificação que podemos
utilizar, há aspetos que são comuns a
todos os modelos. Podemos, por
exemplo, considerar a existência de
fases a que qualquer planificação deve
obedecer.
Fases da Planificação

 Qualquer planificação deverá ter as seguintes fases:

Conhecimento Desenvolviment Aperfeiçoament


Preparação
da Realidade o o
Fases de Planificação
 Fase 1 – Conhecimento da Realidade.

 Na fase de conhecimento da realidade, é preciso que se faça um estudo e


análise dessa realidade e das suas dimensões mais significativas, das suas
características e problemas.

 O responsável pela planificação estuda os dados recolhidos procurando deduzir


conclusões, (diagnóstico). Poderá seguir-se a planificação contextualizada.
Fases de Planificação

 Fase 2 – Preparação.

Implica:

• Determinar objetivos: o que pretendemos com a observação;

• Selecionar e organizar conteúdos: o que vamos observar e registar;

• Selecionar estratégias: como vamos fazer essa observação;

• Selecionar recursos: quais os meios de apoio à observação;

• Definir procedimentos de avaliação: como vamos avaliar o resultado da


observação.
Fases de Planificação

 Fase 3 – Desenvolvimento.

A fase de desenvolvimento implica pôr o plano em ação. Esta fase de


desenvolvimento poderá necessitar de reajustamentos, isto é, adaptações
indispensáveis para que o plano corra bem.
Fases de Planificação

 Fase 4 – Aperfeiçoamento.

A fase de aperfeiçoamento implica avaliar para voltar a planificar.

São aqui analisados os resultados das situações de aprendizagem, a


adequabilidade dos objetivos, estratégias e recursos. Pretende-se corrigir
deficiências. Esta avaliação poderá ser feita em vários momentos de percurso.
Formas de Planeamento de Atividades

Os planos de atividade de sala devem

ser realizados com uma periodicidade

regular, preferencialmente diária.


Faixa Atividade Objetivo Recursos Explicação Avaliação Áreas de
Etária Conteúdo
Idade Cronológica vs Idade Biológica

 Guedes (2011) afirma que idade cronológica é a idade definida pelo nascimento de um
indivíduo determinado pela data do calendário civil. A idade biológica depende do
relógio do estágio maturacional de cada indivíduo, com características qualitativa e
quantitativa observadas pelo indicador biológico. Esse estágio maturacional não
coincide necessariamente com a idade cronológica.

 De acordo com Simão (2008), a idade biológica assessora melhor os estágios de


maturação, ou desenvolvimento da puberdade, através dos indicadores: idade do
esqueleto; maturidade somática (física) ou idade morfológica e maturidade sexual ou
idade sexual. Malina e Bouchard (2002) e Gallahue e Ozmun (2005) acrescentam ainda
a idade dental, que apesar de não ser utilizada frequentemente, é outro meio preciso
determinar a idade biológica de um indivíduo.
Idade Cronológica vs Idade Biológica

 Segundo Guedes (2011), o controlo do estágio maturacional é baseado na idade


cronológica, na qual há um padrão esperado de comportamento maturacional para
aquela idade, determinando se o jovem está adequado para o esperado em seu
desenvolvimento, avançado ou atrasado.

 Jovens da mesma idade muitas vezes estarem em estágios maturacionais diferentes, as


diferenças podem ser enormes: pode-se ver, por exemplo, dois jovens de 14 anos com
uma diferença de altura de 23 cm e uma diferença de peso acima de 18kg, ou duas
crianças de 10 anos de idade com a mesma altura, mas uma cresceu 60% da sua altura
adulta final e a outra cresceu 70%. Também, uma rapariga de 11 anos pode ser mais alta e
ter mais físico que um rapaz de mesma idade (MALINA; BOUCHARD, 2002; SIMÃO, 2008).
Utilização Eficaz do Tempo
Formas de Planeamento de Atividades
 A elaboração do plano de atividades de cada sala procura rentabilizar as áreas,
espaços interiores e exteriores e tem em consideração os seguintes aspetos:

• Os ritmos de desenvolvimento de cada criança, procurando atividades de forma


graduada e aumentando o seu grau de complexidade.

• A faixa etária do grupo de crianças a que se destina o plano de atividades.

• O facto de a aprendizagem nas crianças mais pequenas ocorrer essencialmente


através de atividades individualizadas na prestação de cuidados pessoais.
Formas de Planeamento de Atividades

• À medida que as crianças se vão desenvolvendo, a aprendizagem passa a ser


realizada através da introdução de atividades não planificadas.

• Para a faixa etária mais elevada a aprendizagem das crianças deverá processar-se
através da introdução de atividades planificadas e estruturadas.

• O respeito pelos interesses individuais de cada criança.

• E que todas circulem pelo máximo de espaços e áreas disponíveis.


Listagem Detalhada de Atividades de Rotina

Importância da Rotina Diária na Vida


Liberta igualmente crianças e adultos
da Criança.
da preocupação de terem de decidir o
que vem a seguir e permite-lhes usar as
Uma rotina coerente é uma estrutura.
suas energias criativas nas tarefas que
têm entre mãos.
Listagem Detalhada de Atividades de Rotina

Objetivos da rotina diária:

• Proporcionar uma sequência que proporcione à criança um processo de a


ajudar a explorar, planear e executar brincadeiras e projetos e a tomar
decisões sobre a aprendizagem.

• Dar azo a muitos tipos de interação – trabalho de grande/pequeno grupo, de


adulto/criança, de criança/criança e de adultos em equipa – e a tempos em
que as atividades são de iniciativa da criança e de iniciativa do adulto.
Listagem Detalhada de Atividades de Rotina

Objetivos da rotina diária:

• Proporcionar tempo para trabalhar numa grande variedade de ambientes – dentro


de casa, ao ar livre, em excursões ao campo, em diferentes áreas de trabalho.

• Quando a rotina diária é bem utilizada, pode proporcionar uma estrutura


multifacetada que permite a atividade e a criatividade de crianças e adultos.
Listagem Detalhada de Atividades de Rotina

O papel desempenhado pelas rotinas:

 Marco de referência:
Uma vez apreendido pela criança, proporciona uma grande liberdade de atuação,
tanto às crianças como ao educador.

 Segurança:
Ao saberem com antecedência o que vão fazer a seguir sentem-se mais seguras e
donas do seu tempo.

 Captação do tempo:
A criança aprende a existência de fases, o seu nome e a sua sequência: o que
acontece antes, o que acontece depois, o que se faz no início, o que se faz em
todos os momentos da sessão.
Listagem Detalhada de Atividades de Rotina

O papel desempenhado pelas rotinas:

 Captação cognitiva:

A perceção sensorial dos momentos completa-se nas rotinas com uma captação
cognitiva da estrutura das atividades.

 Virtualidades cognitivas e afetivas:

Através da rotina a criança terá a oportunidade de: explorar, auto organizar-se,


conhecer a realidade, usar funcionalmente os recursos, autonomizar-se, codificar
experiências e tomar decisões.
Previsão do Tempo Necessário por Tarefa

 A função da equipa pedagógica é converter em tempo/horário educativo todos


os componentes e/ou atividades da rotina diária.

 Há programas que, por exemplo, funcionam com base:

- Hora das refeições,

- Hora da sesta,

- Hora do recreio;

… outros programas aproveitam todo o dia e têm dias de trabalho tanto de


manhã como de tarde.
Horário e rotinas para bebés e crianças

É importante que se aprenda e


responda ao horário diário
personalizado de cada bebé e criança
e, em simultâneo, desenvolva um
horário diário global que se adapte
tanto quanto possível a todas as
crianças do grupo.
Horário e rotinas para bebés e crianças

 A coordenação dos horários múltiplos


dos bebés e das crianças pode
apresentar-se como um desafio. Esta é
uma das razões pela qual os grupos de
crianças em creches devem ser
pequenos.  Um horário consistente proporciona às
crianças um sentido de continuidade e
controlo. Os bebés e as crianças sentir-
se-ão seguras e confiantes.
Horário e rotinas para bebés e
crianças

Saber o que irá acontecer na etapa


seguinte, ajuda as crianças a
sintonizarem-se com o ritmo do
próprio corpo e com o ritmo do dia.
Horário e rotinas para bebés e crianças

Quando o dia é determinado por um


percurso conhecido, as crianças podem
sinalizar as suas necessidades individuais
de alimentação, sono, higiene, mudar a
fralda ou ir à casa de banho e, depois de
participarem nestas rotinas de cuidados,
podem juntar-se de novo ao decurso dos
acontecimentos que interromperam.
Horário e rotinas para bebés e crianças

Como proceder para organizar uma programação diária?

1. Criar um horário que seja previsível e flexível.

2. Incorporar aprendizagem ativa, incluindo apoio do adulto à criança em cada


rotina.
Horário diário/semanal
 A implementação do Plano ocorre em dois períodos: Período da Manhã e Tarde.

Período
Manhã

 A fase de receção e acolhimento das crianças.

 A fase de adaptação, em que é permitido às crianças a permanência num espaço da


sala, confortável e sossegado (espaço de transição).

 A fase das atividades espontâneas, verificando a possibilidade de introduzir algumas


atividades mais planificadas, no caso de crianças mais pequenas.
Horário diário/semanal

 À fase da planificação de algumas das atividades, procurando que as crianças


tenham acesso às diferentes áreas e atividades disponíveis na sala.

 A fase de prestação de cuidados pessoais individualizados a cada criança,


salientando-se:
• Momento de higiene pessoal;
• Momento das refeições;
• Momento do descanso.
Horário diário/semanal

 A fase de dinamização de atividades divididas em:

 Atividades espontâneas vão ocupar a maior parte do período da manhã.


Estas atividades são aproveitadas para promover a aquisição de
aprendizagens.

 Atividades planificadas e estruturadas que devem ocorrer, pelo menos uma


vez durante este período, principalmente para as crianças mais velhas e com
maior autonomia.

 Sempre que possível é proporcionada uma saída ao exterior, para realização


de atividades espontâneas e planificadas.
Horário diário/semanal

Período
Tarde

 À medida que as crianças vão acordando, são levadas para o espaço de


transição, para realizar atividades espontâneas e mais sossegadas.

 O período da tarde é ocupado com atividades planificadas e espontâneas e


prestação de cuidados pessoais.

 A fase de preparação para a entrega das crianças às famílias.


 As crianças mais pequenas, de acordo com a sua autonomia, poderão estar num
espaço a sociabilizar com as mais velhas, sob a supervisão de um colaborador.
Tomada de Decisões

No decorrer do dia, bebés e crianças


manipulam diferentes objetos e
materiais.
O adulto deve favorecer a exploração
em todos os contextos.
Tomada de Decisões

É de interesse suplementar a
interação do adulto nesses
momentos, uma vez que aumenta
frequentemente a vontade da criança
em participar em rotinas e atividades
às quais não podem escapar.
Tomada de Decisões

É de interesse suplementar a
interação do adulto nesses
momentos, uma vez que aumenta
frequentemente a vontade da criança
em participar em rotinas e atividades
às quais não podem escapar.
Tomada de Decisões

O escolher e decidir numa base diária e


ser capaz de mudar de ideias de dia
para dia, tem como objetivo
proporcionar às crianças um sentido de
controlo sobre o seu dia-a-dia.
Tomada de Decisões

Exemplos de oportunidades de escolha e de decisões que elas podem tomar:

 Como se deslocar.
 O que explorar durante o tempo de escolha livre e o tempo de exterior.
 O que… quanto… e como comer;
 O que segurar… observar… quando mudam as fraldas.
 Se usar bacio ou sanita.
Tomada de Decisões

Exemplos de oportunidades de escolha e de decisões que elas podem tomar:

 Quanto tempo participa numa atividade.

 Ao lado de que criança se sentar durante o tempo de grupo.

 Que objetos de conforto ou brinquedos calmos levar para a hora da sesta.


Comunicação

Comunicação é a partilha de
informação entre seres da mesma
espécie. Significa usar o pensamento,
os movimentos do corpo ou faciais, os
efeitos de som, os sentidos - algumas
vezes separadamente outras em
conjunto.
Comunicação

Os seres humanos não têm de falar


para comunicar, mas clarificam muito
melhor a transmissão de informações e
pensamentos. Nos primeiros anos de vida,
a linguagem corporal desempenha um
papel muito importante.
Comunicação

Não é só o rosto que revela emoções,


são também os gestos. Podemos abrir
os braços por nos sentirmos alegres ou
tristes. Mas toda a gente sabe ler os
sinais mais deliberados, como as
expressões faciais, o apontar, o tocar, o
encolher os ombros, os abraços e os
beijos.
Comunicação

As crianças começam a fazer estes


sinais nas primeiras semanas de vida,
embora não se apercebam disso.
Começam a usar sinais para comunicar
intenções cerca dos 7 ou 8 meses.
Comunicação

Um bebé que chora e deixa de o fazer,


quando um adulto chega, está a
mostrar que tem presente um sinal
comunicativo com que chama a
atenção de outra pessoa e a que esta
responde.
Nós os adultos atribuímos intenções de
comunicação às expressões dos bebés,
mesmo que estes sejam muito
pequenos.
Comunicação

A importância deste facto é que facilita


as interações entre crianças e adultos.
A ação constante de interpretação que
os adultos fazem das expressões das
crianças permite que a interação
continue e que a criança tenha acesso
aos significados.
Comunicação

A partir do momento em que a criança


conhece as palavras, ela pode utilizá-
las para representar objetos e ações.

Ela pode refletir acerca das pessoas,


locais e objetos; pode comunicar as
suas necessidades, sentimentos e ideias
para exercer controlo sobre a sua
própria vida.
Comunicação
O educador/auxiliar devem observar a
O crescimento da linguagem ilustra a criança, primeiro na relação com os
interação entre todos os aspetos do outros, adultos e crianças, e só depois
desenvolvimento: físico, cognitivo, na situação escolar.
emocional e social.
Comunicação

Deveremos estar atentos a quaisquer


sinais de dificuldade da linguagem e
fala da criança, que podem confundir-
se com atrasos de desenvolvimento ou
virem a criar-lhe problemas nas suas
relações com os outros e na
aprendizagem.
Comunicação
Alguns destes comportamentos são
naturais numa determinada fase do
desenvolvimento da criança, ou em
determinadas situações, e só são
consideradas dificuldades se
permanecerem durante muito tempo,
fora da fase correspondente ou da
situação em que surgem.
Tempo dos Outros

As crianças em idade pré-escolar não são capazes de separar cronologicamente


o tempo.

Para uma criança as coisas existem só neste momento.

Por volta dos 3 anos, as crianças começam a encarar o tempo como um contínuo,
a perceber que existe o antes e o depois.
Tempo dos Outros

Quando a criança percebe que o


tempo é contínuo é capaz de
recuar no tempo e reconstruir
acontecimentos e experiências.
Tempo dos Outros

As crianças ao descreverem acontecimentos passados, por palavras:

 Reforçam a sua capacidade de perceber e lidar com a continuidade do


tempo.
 Começam a pensar nos acontecimentos passados por ordem sequencial.
 Aprendem as palavras que os adultos utilizam para representar o tempo.
Tempo dos Outros

As crianças pequenas não se


apercebem do tempo da mesma forma
que os adultos. As unidades
convencionais de tempo que os adultos
usam para medir o tempo pouco
significado têm para a maior parte das
crianças em idade pré-escolar.
Observação e Planificação de Ação
Desenvolvimento de Atividades com Crianças
Entrada e Acolhimento das Crianças e
Familiares

Até ir para a creche, a criança tem um


relacionamento social restrito à sua
casa, com os seus pais ou
responsáveis, e a alguns familiares. Ao
frequentar um novo ambiente, ela
precisa de um período para se adaptar
ao espaço, às pessoas e às novas
relações que vão surgir.
Entrada e Acolhimento das Crianças e
Familiares

O sucesso desse processo depende do


acolhimento que a instituição oferece.
Na escola, a mediação do educador é
determinante, pois a ele compete
introduzir o novato no grupo. O ideal é
manter os cuidados específicos e
individuais que a criança está
acostumada a ter em casa.
Entrada e Acolhimento das Crianças e
Familiares

A boas-vindas devem ser calorosas e


acolhedoras por parte dos adultos bem
como despedidas agradáveis e cordiais,
permitem assegurar às crianças e aos
pais que a instituição é como se fosse o
seu lar – fora de casa – seguro e
simpático.
Entrada e Acolhimento das Crianças e
Familiares

A curto prazo, as crianças aprendem a


lidar com as boas-vindas e despedidas e
esta atitude ajuda-as a ampliarem o
seu leque de confiança para além dos
pais e da família, passando a incluir
nesse leque os educadores, auxiliares e
os colegas do infantário ou jardim-de-
infância.
Entrada e Acolhimento das Crianças e
Familiares

A longo prazo, lidar com estes rituais de


forma bem consistente, constitui uma
experiência sólida para as crianças
aprenderem a lidar com a chegada e a
partida de familiares e amigos pela sua
vida futura.
Estes podem variar entre:
 Chorar.

 Gritar.
Entrada e Acolhimento das
 Bater.
Crianças e Familiares
 Não largar as pernas dos pais.
 Agarrar um brinquedo “interessante”.
 Observar com interesse outras crianças.
Quais os comportamentos que os
 Chuchar no dedo.
bebés e as crianças manifestam
 Evitar o contacto visual.
normalmente, quando se separam  Ignorar a mãe, os pais e/ou o adulto envolvido.
dos pais?  Sorrir.
 Palrar.
 Dizer adeus ao pai ou à mãe.
 Juntar-se a uma atividade que está a decorrer.
Entrada e Acolhimento das Crianças e
Familiares

Estes comportamentos podem variar de


dia para dia ou de um estádio de
desenvolvimento para outro. O mesmo
poderá acontecer ao verem novamente
a mãe ou o pai no final do dia.
 Dar as boas vindas e fazer as despedidas
calmamente, de forma a tranquilizar as
crianças e pais.
Entrada e Acolhimento das
Crianças e Familiares  Reconhecer os sentimentos das crianças e
dos pais acerca da separação e do
reencontro.

Como ajudar nos momentos de  Seguir os indícios das crianças sobre o


chegada e de partida? querer entrar e sair das atividades.

 Comunicar abertamente com as crianças


sobre as chegadas e partidas dos pais.

 Trocar informações e observações com os


pais sobre as crianças.
Atividades Pedagógicas na Sala e Exterior

A atividade é o modo dinâmico de levar


a cabo os processos de aprendizagem.
Ela permite estruturar as decisões do
educador, em estrita relação com a
aprendizagem da criança.
Atividades Pedagógicas na Sala e Exterior

Uma atividade só tem sentido na


medida em que por um lado se consiga
uma finalidade e, por outro mobilize
recursos e possibilite o desempenho de
operações, que atuando sobre o
desenvolvimento da criança.
Atividades Pedagógicas na Sala e Exterior

Uma atividade só tem sentido na


medida em que por um lado se consiga
uma finalidade e, por outro mobilize
recursos e possibilite o desempenho de
operações, que atuando sobre o
desenvolvimento da criança.
Atividades Pedagógicas na Sala e Exterior

As atividades devem ser tão flexíveis e


diferentes quanto possível, de modo a
dar corpo e encher de conteúdo as
áreas curriculares.
Atividades Pedagógicas na Sala e Exterior

Critérios possíveis para selecionar atividades:

 Os próprios interesses e motivações da crianças.

 Os conhecimentos prévios e o grau de capacidades alcançadas pelas crianças.

 As atividades que relacionem as novas aprendizagens com a estrutura


cognitiva prévia da crianças.

 A promoção do desenvolvimento de habilidades sociais.

 As necessidades do contexto escolar.


Atividades Pedagógicas na Sala e Exterior

Critérios possíveis para selecionar atividades:

 Os recursos humanos e materiais disponíveis.

 As características do próprio grupo de crianças e suas experiências.

 As características socioculturais.
Atividades Pedagógicas na Sala e Exterior
Uma atividade didática é sempre gratificante desde que:

 Permita que as crianças procedam a escolhas e os leve a refletir sobre as


próprias escolhas.
 Atribua às crianças a responsabilidade pelo desempenho de papéis ativos nas
situações concretas de aprendizagem.
 Exija das crianças a exploração de ideias e permita a aplicação de métodos
intelectuais sobre problemas do quotidiano, tanto pessoais como sociais.
 Crie condições para que as crianças examinem problemas/situações com que o
cidadão comum não costuma, regra geral, preocupar-se.
Atividades Pedagógicas na Sala e Exterior

Uma atividade didática é sempre gratificante desde que:

 Proporcione, ao educador e às crianças, riscos calculados e assumidos de êxito e


de fracasso.

 Exija que as crianças aperfeiçoem os seus esforços habituais.


 Estimule as crianças no uso e domínio de regras e de princípios significativos.
 Proporcione às crianças a possibilidade de partilhar com outros a planificação de
um projeto, a sua concretização e os eventuais resultados a que chegaram.
• Que se pretende fazer?

• Para quê?
Atividades Pedagógicas na
Sala e Exterior • Como fazê-lo?

• Com que materiais e recursos?

O estruturar das propostas • Que tipo de organização de atividade


de atividades permite parece ser a mais adequada?
responder ao seguinte:
• Que distribuição de espaço?

• Qual a oportunidade e duração?

• Que atitudes deve o adulto mostrar?


Planificação de Atividades de Não Letivas
A nossa maneira de praticar e levar a
cabo atividades é determinada pelo
próprio aluno que a vai receber,
fazendo com que ele seja o verdadeiro
protagonista dessa aprendizagem.
Planificação de Atividades de Não Letivas
Ao organizar o horário das turmas é preciso conhecer bem o horário geral da
instituição:

 A que horas as crianças chegam?


 Há uma tolerância de quantos minutos?
 A saída, a que horas é?
 O lanche é servido no mesmo horário para todas as turmas ou obedece a uma
escala?
 Qual é o horário do lanche em cada sala?
 Quais os horários de entrada e saída dos adultos encarregados da turma?
Planificação de Atividades de Não Letivas

Depois de uma atividade muito agitada,


como a recreação ao ar livre, deve ser
prevista outra um pouco mais calma,
como cantar ou ouvir uma música. Isto
porque a transição demasiado brusca
(depois da recreação o repouso, por
exemplo) é difícil para as crianças.
Planificação de Atividades de Não Letivas

Da mesma forma, depois de uma


atividade da qual se espera que o grupo
todo tome parte, como ouvir uma história
ou planificar uma atividade, é interessante
que as crianças possam escolher o que
querem fazer, individualmente ou em
grupos.
Planificação de Atividades de Não Letivas

Para facilitar a criação de hábitos e a


aquisição dos conceitos relativos ao
tempo, é recomendável que algumas
atividades sejam realizadas sempre no
mesmo momento.
Planificação de Atividades de Não Letivas

Não é preciso prever um horário para ir à


casa de banho, uma vez que nestas
idades as crianças não têm ainda uma
capacidade de esperar para satisfazer as
suas necessidades e precisam de se sentir
seguras de que o poderão fazer de acordo
com a sua urgência.
Planificação de Atividades de Não Letivas

É necessário habituar a lavar as mãos após


as atividades ao ar livre e antes das
refeições. O adulto pode aproveitar esses
momentos para lembrar às crianças o uso
da casa de banho.
Planificação de Atividades de Não Letivas

É importante prever o tempo que as


crianças levam para arrumar os materiais,
para limpar a sala e lavar as mãos após a
merenda, para as atividades diversificadas
e para a recreação ao ar livre.
Há atividades que não são realizadas diariamente e podem ter a duração
variada, de acordo com o interesse das crianças:

 Expressão corporal.  Experiências.

 Música.  Visitas de estudo.

 Pesquisas.  Dramatizações.

 Entrevistas.  Elaboração de histórias.

 Relatos.  Atividades físicas


 …
Planificação de Atividades de Não Letivas

Quando as crianças tiverem encerrado as


atividades e estiverem prontas para a
saída, é interessante deixar os últimos 5
minutos para elas conversarem informal e
espontaneamente.
 Planear antecipadamente e proporcionar
experiências ativas em grupo.

 Recolher materiais e oferecê-los às crianças.


Atividades de Interior
 Respeitar as opções e as ideias das crianças sobre a
utilização dos materiais.

Como apoiar as crianças  Fazer comentários sucintos e específicos sobre


no tempo de grupo? aquilo que as crianças estão a executar.

 Interpretar as ações e comunicações das crianças


para com outros companheiros.

 Deixar que as ações das crianças anunciem o fim de


tempo de grupo.
 Proporcionar materiais diversos para o conforto
e as brincadeiras das crianças.

Atividades de Exterior  Favorecer uma variedade de experiências a


bebés pequenos.

 Utilize estratégias de apoio adequadas ao tempo


Como apoiar as crianças
de exterior.
no tempo de exterior?
 Observar a natureza com as crianças.

 Terminar de forma calma o tempo de exterior.


FIM

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