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CHUMBO

•Nome: Chumbo
•Símbolo: Pb
•Número atômico: 82
•Massa atômica: 207.2
•Nox: +2, +4
•Densidade: 11,3 g/cm3
•Ponto fusão: 328°C
•Ponto ebulição: 1750°C

O chumbo é o mais abundante e o mais largamente usado dos


metais pesados com importante impacto ambiental. A concentração do
Pb está aumentando em algumas partes do mundo mas está
diminuindo em muitos países ocidentais nas últimas duas décadas
(proibição de aditivos com Pb na gasolina).
1- Elemento livre

Ponto fusão: 328°C → relativamente baixo → facilidade de


ser trabalhado, moldado

Romanos o usavam em dutos de água e recipientes para


cozinhar.
→ análises de gelo da Groenlândia indicaram que a
concentração atmosférica de chumbo atingiu um valor
máximo na época dos romanos, que não foi alcançado
outra vez até o Renascimento.

Jardins de Babilônia na antiguidade, usavam placa de


chumbo para reter a umidade.

Importância do Chumbo nas primeiras civilizações


→ Galena (Pb2+S2-) = minério preto fácil de reconhecer.

Hoje o chumbo é usada ainda na indústria de construção


em materiais para telhados e chapas para cobrir juntas, e
em isolamentos acústicos.
Pb junto com o Sn forma solda, liga de baixo ponto de ebulição usada
em eletrônica e outras aplicações para fazer conexões entre metais
sólidos.

Aproximativamente 1 milhão de toneladas de


Chumbo é produzido nos EUA por ano e 60%
é usado para as baterias dos carros.
Pbo = ânodo das baterias dos carros

Chumbo das munições


→ envenenamento por chumbo
das aves
Galena
2- Chumbo Iônico: Pb2+

Minério = Pb2+S2- = Galena


→ muito insolúvel em água

Mas pode se solubilizar em águas altamente


ácidas

O minério é rapidamente reduzido por aquecimento com carvão


vegetal.

2 PbS(s) + 3 O2(g) → 2 PbO(s) + 2 SO2(g)


PbO(s) + C(s) → Pb(l) + CO (g)

PbO(s) + CO(s) → Pb(l) + CO2(g)


Pbo sozinho não reage com ácido.

Mas antigamente, o Pb de solda para selar as latas de estanho podia se


dissolver no ácido diluído dos sucos de frutas e outros alimentos ácidos em
presença de oxigênio.

2 Pb(s) + O2 + 4 H+ → 2 Pb2+ + 2 H2O

Da mesma maneira, parte de chumbo usado nas soldas de juntas em


tubulações domésticas de água. Também haviam tubulação de chumbo nas
décadas e séculos anteriores e esse metal pode dissolver-se em água potável,
sobretudo se esta é muito ácida ou particularmente “mole”.

→Em casas antigas (onde há chances da tubulação ainda conter chumbo),


deixar a água escorrer durante 60 segundos antes de utilizá-la.

Águas duras contendo íons CO32-, produz camada de PbCO3 insolúvel


protegendo o Pb da dissolução.

Adição de fosfatos na água potável (EUA ou Inglaterra) para produzir uma


camada protetora de fosfato de chumbo insolúvel.
Pb2+O2- (Sólido amarelo)
Usado desde a antiguidade (antigos egípcios) para
esmaltar cerâmicas. No processo de esmaltação, o
material é fundido e aplicado como um filme fino na
superfície da cerâmica, com o objetivo de torná-la
resistente à água e proporcionar uma aparência
intensamente brilhante.
→ Problemas quando é usado para alimentos ou
líquidos ácidos.
→ Dissolução do Pb 2+

→ Contaminação da comida !!
PbO(s) + 2 H+ → Pb2+(aq) + H2O

→ Principal fonte de Pb da dieta = lixiviado de Pb das cerâmicas esmaltadas para


preparar alimentos.
→ Grave problema de saúde pública no México por causa da contaminação das
crianças.
Pb2+ usado como pigmentos → TINTAS
Cromato de Chumbo: Amarelo PbCrO4
→ ônibus escolar, faixas das estradas

“Chumbo vermelho”: Pb3O4


→ Tinta anticorrosiva vermelha.
“Chumbo Branco”: Pb3(CO3)2(OH)2

Muito usado desde a antiguidade até os


anos1950 como o constituinte majoritário da
tinta branca de interior.

→ PROBLEMAS COM AS CRIANÇAS


O Pb2+ tem gosto doce e as crianças
comiam a tinta.
→ Intoxicação das crianças (até hoje, em
casas ou prédios velhos)

→ Substituído por TiO2


→ Chumbo branco só é usado em exterior
Pb2+ usado como inseticida no passado:

Arsenato de chumbo: Pb3(AsO4) → Uma das primeiras fontes


ambientais de chumbo
3- O íon Pb4+

 “PbO2”, Pb(IV) não existe na natureza. Ele é produzido a partir da


oxidação em condição muito forte (hipoclorito em meio alcalino) do
Pb2+.

 Na realidade “PbO2” = mistura de óxidos mistos Pb2O3 e Pb3O4


(chumbo vermelho) que são combinações de PbO e PbO2
Aplicação do Pb4+ = Bateria de carro

Anodo (oxidação) Pbo

Pbo(s) + SO42-(aq) → PbIISO4 (s) + 2 e-

Eo=+0,356 V

Catodo (redução) PbIV

PbIVO2(s) + 4 H+ + 2 e- + SO42-(aq) → PbIISO4 (s) + 2 H2O

Eo=+1,685 V
Reação global

PbO2(s) + Pb(s) + 2 H2SO4(aq) → 2 PbSO4 (s) + 2 H2O Eo=+2,041 V


Baterias armazenadas que não são recicladas constituem a fonte principal de chumbo
do lixo urbano.
Essa reação é revertida e os reagentes são regenerados durante o processo de
4- O Chumbo Orgânico tetravalente

Pb2+ → compostos Iônicos

Pb tetravalente → moléculas covalentes


(Pb = IVA, como C, Si, etc...)

→ moléculas mais importantes do ponto de vista comercial e ambiental =

Pb(CH3)4 ou Pb(C2H5)4 → usadas como aditivos da gasolina.

→ Aumento do índice de octano da gasolina.


→ Muito usado durantes várias décadas, mas estes aditivos têm sido banidos
em muitos países.
→ Contaminação do ambiente por chumbo.

PbR4 é muito perigoso. O fígado metaboliza


o PbR4 em PbR3+ que é mais tóxico e como o HgMe+,
o PbR3+ é uma neurotoxina que pode atravessar a
barreira hematoencefálica (sangue-cérebro).
→ O chumbo metálico é produzido depois da combustão dos tetraalquilas de
chumbo;

→ O Pbo tem que ser removido, senão pode danificar o motor;

→ Volatilizar o Pbo adicionando outros aditivos como dibrometo de etileno e


dicloreto de etileno (C2H2Br2 e C2H2Cl2);

→ Formação de PbBrCl, PbBr2 e PbCl2 que se volatiliza e é removido via tubo


de escape;

→ A luz solar ajuda a transformar os PbBrCl, PbBr2 e PbCl2 em PbO;

→ O PbO permanece na atmosfera durante horas e até dias sob a forma de


partículas de aerossol e, além de contaminar área próximas às estradas, ele
pode também contaminar regiões mais remotas das estradas;

→ Contaminação dos solos, vegetais, animais. Pode entrar na cadeia alimentar.


PbO

PbR4 Pbo PbBrCl


PbBrCl
Em 1921, Thomas Midgley, colaborador de Charles Kittering nos laboratórios de
pesquisa da General Motors, descobriu a propriedade antidetonante do tetraetil
de chumbo e do tetrametil de chumbo quando adicionado à gasolina.

Apesar dos inúmeros acidentes fatais relacionados ao envenenamento por


chumbo durante a fase de industrialização, a Standard Oil (Esso / Exxon) e a
General Motors criam a empresa Ethyl Gasoline Corporation, que fabricará e
comercializará o chumbo tetraetil e com graça a suas patentes tinha um
monopólio por mais de uma década. De fato, esse produto havia sido
duplamente patenteado (por sua fabricação e uso) e a complexidade de sua
fabricação lhe dava maior proteção contra cópias, permitindo que as empresas
multinacionais de petróleo e a General Motors se beneficiassem de margens
significativas. Na prática, havia um produto substituto e inofensivo, mas não
patenteável e muito fácil de fabricar por qualquer pessoa com destilador: etanol,
que poderia ter o mesmo papel antidetonante que o chumbo tetraetil, mas
produzir o etanol teria gerado apenas margens reduzidas para as empresas
envolvidas, sem também poder garantir-lhes um monopólio.
A queima de milhões de toneladas de gasolina com chumbo liberou grandes
quantidades de chumbo no ar (por exemplo, mais de 240.000 toneladas apenas
para a Austrália de 1932 a 2002)

Somente em 1972 a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados


Unidos (Environmental Protection Agency)) tomou medidas para proibir o uso de
chumbo tetraetil e tetrametil nos combustíveis, desencadeando um processo
juridico quase imediata por parte dos produtores de chumbo tetraetil. A EPA,
vencedora do processo movido pela Ethyl Gasoline Corporation, obtém o
abandono da gasolina com chumbo nos Estados Unidos entre 1976 e 1986. A
mesma operação de proibição progressiva só será efetiva em janeiro de 2001 na
União Europeia, embora alguns Estados-Membros tenham optado por proibir o
uso anterior de gasolina com chumbo no seu território.

Na África e na América do Sul, muitos países continuam a usar muito a gasolina


com chumbo ou a baniram (como na Venezuela) apenas recentemente. Por
exemplo, em 2015, 103 milhões de pessoas ainda estão expostas ao chumbo na
gasolina na Argélia, Iraque e Iêmen.
O que é octano?
Todos os carros utilizam motores a gasolina de quatro tempos. Um destes tempos é o
de compressão, no qual o motor comprime um cilindro cheio de ar e gasolina em um volume muito
menor, antes de se dar a ignição através da vela de ignição. A quantidade de compressão é
chamada de taxa de compressão do motor. Um motor normal deve ter hoje uma taxa de compressão
de 10 para 1, que se escreve 10:1. A proporção de octano em relação à heptana na gasolina mostra
quanto o combustível pode ser comprimido antes de entrar espontaneamente em combustão.
Quando a gasolina entra em combustão por efeito de compressão, e não pela centelha da vela de
ignição, ocorre a detonação no motor. A detonação pode danificar um motor, e não é o que você
quer que aconteça! A gasolina com menor proporção de octano (como a gasolina comum ou a
comum aditivada de 91 octano) suporta a menor quantidade de compressão antes de entrar em
ignição. Embora o termo correto seja octano, é comum escrever e ouvir octana no plural. Nesse
caso, a gasolina comum tem 91 octanas. 
A taxa de compressão de seu motor determina a octanagem da gasolina que você deve usar em seu
carro, o que é indicado pelo fabricante. Uma das maneiras de se aumentar a potência de uma
determinada cilindrada é aumentar sua taxa de compressão. Portanto, um motor de alto
desempenho geralmente possui uma maior taxa de compressão e requer uma gasolina de maior
octanagem. A vantagem de uma alta taxa de compressão é que seu motor desenvolve mais potência
para uma determinada cilindrada - isso é o que faz dele um motor de "alto desempenho". A
desvantagem é que a gasolina para o seu motor custa mais.
O nome "octano" tem origem no seguinte: quando você leva petróleo bruto para uma refinaria para
ser refinado (craqueado), acaba obtendo cadeias de hidracarboneto de diferentes comprimentos.
Estes diferentes comprimentos de cadeias podem ser separados uns dos outros e misturados para
formar diferentes tipos de combustível. Acontece que o heptano aceita pouca compressão. Basta
um pouquinho de compressão para ele entrar em combustão espontaneamente. Já o octano aceita
muito bem a compressão - você pode comprimi-lo bastante sem que nada aconteça. A
gasolina noventa e uma octanas contém 91% de octano e 9% de heptano (ou alguma outra
combinação de combustíveis que apresente o mesmo rendimento que a combinação 91/9 de
octano/heptano). A combustão ocorre espontaneamente com esta gasolina em um determinado
nível de compressão e só pode ser usada em motores que não ultrapassem essa taxa.
Durante a Primeira Guerra Mundial, foi descoberto que é possível adicionar uma
substância química chamada chumbotetraetila (TEL, a sigla em inglês) à gasolina e
aumentar de maneira significativa a proporção de octano, acima da combinação
octano/heptano. Graduações mais baratas de gasolina poderiam ser usadas, adicionando
o chumbotetraetila. Isso levou à difusão do uso da chamada gasolina com chumbo. Mas
infelizmente, as conseqüências da adição de chumbo à gasolina são:
- o chumbo entope e danifica o catalisador em minutos;
- a Terra fica coberta por uma fina camada de chumbo, que é tóxico para
muitos seres vivos (inclusive humanos).
Quando o chumbo foi definitivamente proibido nos EUA em 1995 (o processo começou no
início dos anos 70), a gasolina ficou mais cara porque as refinarias não podiam mais
aumentar as proporções de octano das gasolinas de menor octanagem. Aviões
(aeronaves com motor a pistão) ainda podem utilizar gasolina com chumbo (conhecida
como gasolina de aviação, ou avgas), e proporções de octano maiores ou iguais a 100
são normalmente utilizadas em motores de aviões a pistão de altíssimo desempenho. No
caso da gasolina de aviação, 100 é especificação de rendimento da gasolina, não a
porcentagem exata do octano. A adição do chumbotetraetila aumenta índice antidetonante
da gasolina, não adiciona mais octano.
No Brasil, a gasolina com chumbotetraetila foi banida em setembro de 1991, quando
começaram a ser produzidos os primeiros automóveis ano-modelo 1992 com catalisador.
Para alcançar a mesma octanagem, o Brasil lançou mão da adição álcool etílico anidro à
gasolina num porcentual de 22% +/- 2%.
Atualmente, engenheiros estão tentando desenvolver motores de avião que possam
utilizar gasolina sem chumbo. A propósito, motores de jatos utilizam querosene.
Existe chumbo na composição da gasolina comercializada no
Brasil?

O Brasil foi um dos países pioneiros a proibir a utilização do chumbo


(símbolo:Pb) como aditivo para a gasolina, sendo eliminado totalmente
em 1992.

O chumbo é um metal pesado que, além de tóxico e cancerígeno,


desativa os sistemas de catalisadores de escapamento dos automóveis,
responsáveis pela redução das emissões dos poluentes.

A nossa especificação, idêntica à dos países que não permitem chumbo


na gasolina, define um teor máximo de 0,005g/L (gramas de chumbo
por litro de gasolina). Esta quantidade não significa tolerância com a
presença de chumbo, sendo apenas o limite inferior de detecção do
método ASTM D-3237, o que equivale a dizer que, em todas as
especificações mundiais onde aparece o limite de 0,005g/L, significa
que as gasolinas são isentas de chumbo.
EVOLUÇÃO DA GASOLINA SEM CHUMBO NA ÁFRICA

O programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente anunciou em 27 de


dezembro de 2005 que todas as gasolinas para automóveis da região
subsaharia serão sem chumbo a partir do 1 de janeiro de 2006.
Objetivo das Nações Unidas: Eliminar o chumbo na gasolina no
mundo inteiro até 2008.

Até 01/01/2006, 30 país usam gasolina com chumbo

Os mais difíceis a converter:

Micronésia (ilhas do pacífico), Afeganistão, Argélia, Butão, Camboja,


Coréia do norte, Cuba, Iraque, Laos, Mongólia, Mianmar,
Uzbequistão e Turcomenistão fazem parte dos país que até agora
não preveem a eliminação da gasolina com chumbo.
A gasolina com chumbo permanece disponível na Argélia, Iraque, Iêmen, Mianmar,
Coréia do Norte (onde muito pouco é usado) e, possivelmente, o Afeganistão, onde a
informação não é clara. Argélia está programado para eliminar progressivamente a
gasolina com chumbo até 2014 e Iraque até 2015. Ainda não existe um cronograma para a
eliminação da gasolina com chumbo no Iêmen ou Myanmar.
5) O Chumbo no Ambiente e seus efeitos sobre a saúde.

Pb ≠ Hg → não tem metilação de Pb inorgânico


PbR4 encontrado na natureza vem da gasolina.

Uma grande proporção de chumbo presente no meio ambiente em muitas partes do


mundo tem origem na emissão dos carros, na forma inorgânica PbO.
Barry Commoner, ambientalista notável, definiu a eliminação da gasolina com
chumbo como:
“um dos (poucos) sucessos ambientais históricos”

O vinho francês “Chateauneuf-du-pape” que é produzido na região do Rhône onde


se encontram grandes rodovias continha grande concentração de chumbo nos anos
1970. Nos 1990, [Pb] = 10% da concentração dos 1970 por causa da remoção
gradual do chumbo na gasolina.

Em países que usam gasolina com chumbo, a população pode incorporar o chumbo
via ar inalado contaminado por PbO ou via alimentação contaminada. O PbO se
deposita no solo, nas águas, nas folhas dos vegetais, e pode ser adsorvido
rapidamente pelas plantas via raízes.

CUIDADO: O CHUMBO NÃO SOFRE BIOMAGNIFICAÇÃO COMO O Hg


TOXICIDADE DO CHUMBO
O chumbo Pb2+ vai ficar inicialmente no sangue e depois, quando a concentração
chegar em um patamar, o excesso penetra em tecidos macios como órgãos entre os
quais destaca-se o cérebro → danos neurológicos.

O chumbo vai poder depositar nos ossos substituindo o Ca 2+


Tamanho do Pb2+ = Ca 2+
Toxicidade do Pb é proporcional à quantidade presente em tecidos macios e não à
quantidade presente no sangue ou nos ossos.
Pb pode permanecer no corpo durante vários anos.

Em nível elevado, o chumbo Pb2+ é um veneno metabólico geral:


Os antigos gregos já sabiam que tomar bebidas ácidas em recipientes revestidos
com substâncias contendo chumbo resultava em enfermidades.
Os antigos romanos não sabiam desta informação. Eles, às vezes, adulteravam o
vinho azedo com sais doces de chumbo para melhorar seu sabor. A concentração de
Pb nos ossos dos antigos romanos é quase 100 vezes maior que do homens de
hoje.
→ hipótese que o envenenamento crônico da classe alta romana (chumbo no vinho,
cerâmicas esmaltadas, dutos de água, etc...) contribuiu para a queda do Império
Romano, devido aos efeitos do metal sobre os sistemas neurológicos e reprodutivo.
TOXICIDADE DO CHUMBO
Os grupos humanos de maior risco a baixos níveis de chumbo são os fetos e as
crianças menores de sete anos.

O chumbo Pb2+ : Mãe → feto


leite materno → criança
→ índices de abortos e de partos de crianças mortas maiores.
→ criança com QI mais baixo que o normal.

CONCLUSÃO:
O Pb não é tão perigoso quanto o Hg, mas em geral a população é mais exposta ao
Pb que o Hg (quantidade e variedade das fontes)

O Pb e o Hg são mais tóxico na forma orgânica que inorgânica.


MINISTÉRIO DA SAÚDE
PORTARIA Nº- 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011
Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle
e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão
de potabilidade, e dá outras providências.
Art.14. A água potável deve estar em conformidade com o padrão de
substâncias químicas que representam risco para a saúde, a seguir:

Chumbo Valor Máximo Permitido= Chumbo mg/L 0,01mg/L

RESOLUÇÃO CONAMA No 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005

Art. 14. As águas doces de classe 1 observarão as seguintes


condições e padrões:

Chumbo total 0,01mg/L Pb (Mercurio total 0,0002 mg/L Hg)


Art. 16. As águas doces de classe 3 observarão as seguintes
condições e padrões:

Chumbo total 0,033 mg/L Pb


CÁDMIO
•Nome: Cádmio
•Símbolo: Cd
•Número atômico: 48
•Massa atômica: 112,411
•Nox: +2
•Densidade: 8,7 g/cm3
•Ponto fusão: 321°C
•Ponto ebulição: 765°C

o cádmio encontra-se no mesmo subgrupo da Tabela Periódica que o


zinco e o mercúrio, sendo mais similar ao primeiro. Como no caso do
zinco, o único íon comum do cádmio é a espécie 2+. Em contraste com
o mercúrio, os compostos de cádmio com ânions simples, como o
cloreto, são sais iônicos, em vez de moleculares.
1- Elemento livre

- Subproduto da fusão do Zn (Pb e Cu)


- Combustão do carvão mineral
- Incineração de lixo contendo Cd (Baterias "nicad" )

A maior parte do cádmio é produzida como subproduto da fusão do


zinco, já que os dois metais ocorrem usualmente juntos. Uma certa
poluição ambiental por cádmio ocorre frequentemente em áreas
adjacentes a fundições de chumbo, zinco e cobre. Como é o caso de
outros metais pesados, a combustão do carvão mineral introduz
cádmio no ambiente. A liberação de cádmio por incineração de
materiais residuais que contêm o elemento é também uma
importante fonte desse metal no ambiente.
Aplicação do Cádmio = Baterias recarregáveis "nicad" (níquel-
cádmio)

Um uso importante do cádmio é como um dos eletrodos das baterias


recarregáveis "nicad" (níquel-cádmio) usadas em calculadoras e
aparelhos similares. Quando a corrente flui a partir da bateria, o eletrodo
sólido de cádmio metálico dissolve-se parcialmente para formar hidróxido
de cádmio insolúvel, Cd(OH)2 mediante a incorporação de íons hidróxido
presentes no meio no qual se encontra imerso. Quando a bateria está
sendo recarregada, o hidróxido sólido, que estava depositado sobre o
eletrodo metálico, é convertido novamente em cádmio metálico:

Anodo (oxidação) Cdo

Cdo(s) + 2 HO-(aq) ↔ Cd(OH)2 (s) + 2 e-

Catodo (redução) NiIII


Cada bateria contém cerca de 5 gramas de cádmio, sendo grande
parte volatilizada e emitida para o ambiente quando as baterias
gastas são incineradas como um componente do lixo. O cádmio
metálico tende a se condensar sobre as partículas menores do
fluxo de fumaça do incinerador, que são precisamente aquelas
difíceis de serem capturadas pelos dispositivos de controle de
poluição colocados na chaminé de saída de gases. Com o objetivo
de evitar a emissão atmosférica de cádmio durante a combustão,
algumas prefeituras requerem, atualmente, que as baterias nicad
sejam separadas do restante do lixo. Em algumas regiões, também
começou a ser feita a reciclagem dos metais dessas baterias.
Contudo, alguns estados americanos e países europeus estão
tomando medidas para tornar o uso das baterias ni­cad ilegal,
devido à possível contaminação ambiental pelo cádmio; os
fabricantes dessas baterias esperam poder substituí-Ias em breve
por outras que não contenham cádmio.
2- Cádmio Iônico: Cd2+

Na forma iônica, o principal uso do cádmio é como


pigmento. Dado que a cor do sulfeto de cádmio depende
do tamanho das partículas, podem ser preparados
pigmentos de cádmio para muitos usos. Tanto o CdS
como o CdSe têm sido amplamente utilizados em
plásticos coloridos. O último sal mencionado tem sido
também empregado em dispositivos fotovoltaicos (por
exemplo, células fotoelétricas) e em monitores de TV. Os
fabricantes de tintas vem utilizando pigmentos de sulfeto
de cádmio em tintas para produzir cores amarelas
brilhantes há 150 anos e opõem-se a qualquer proibição
alegando que até o presente não existem substitutivos
adequados.
Van Gogh não poderia ter pintado seu famoso óleo
Os Girassóis sem os tons amarelos do cádmio, embora
tenha-se cogitado que o envenenamento por cádmio pode
ter contribuído para o estado mental de angústia do pintor.
O cádmio é emitido para o ambiente mediante a incineração de plásticos
e outros materiais que o utilize como pigmento ou estabilizante. Também
ocorre emissão para a atmosfera quando o aço laminado com cádmio é
reciclado, já que o elemento quando aquecido é razoavelmente volátil (seu
ponto de ebulição é 765C).

Embora o Cd2+ seja bastante solúvel em água, a menos que íons sulfeto
estejam também presentes para precipitar o metal como CdS, os seres
humanos recebem usualmente apenas uma pequena parcela de seu nível
de cádmio por ingestão direta de água ou inalação do ar. São exceções as
pessoas que moram nas proximidades de minas e fundições,
particularmente aquelas onde o zinco é processado.

→ Para a maioria das pessoas, a maior parte de nossa exposição


ao cádmio vem da dieta.
Devido à sua similaridade com o zinco, as plantas
absorvem cádmio das águas de irrigação. O uso nos campos
agrícolas de fertilizantes de fosfatos, que contêm cádmio iônico,
contamina a natureza, e o lodo de esgoto contaminado com o cádmio
emitido pelas indústrias aumenta o nível desse elemento no solo e
conseqüentemente nas plantas que crescem sobre ele. No futuro, o
cádmio poderá ser removido dos fertilizantes de fosfato antes da venda
ao consumidor. O solo também recebe cádmio por deposição
atmosférica. Dado que a introdução de cádmio nas plantas aumenta
com a diminuição do pH do solo, um dos efeitos da chuva ácida é o
incremento dos níveis de cádmio nos alimentos.
Para a maioria das pessoas, contudo, a maior parte de nossa exposição
ao cádmio vem da dieta alimentar. Os frutos do mar e os órgãos
comestíveis, particularmente os rins, têm níveis maiores -100 ppb ou mais -
que quase todos os outros alimentos. Porém, a maior parte do cádmio da
dieta provém usualmente da batata, do trigo, do arroz e de outros cereais, já
que quase todos consumimos mais destes produtos do que frutos do mar ­ou
rins. Uma exceção é o povo Inuit, dos Territórios ao Noroeste do Canadá;
um componente bastante apreciado de sua dieta são os rins de caribu,
órgãos altamente contaminados pelo cádmio, que chega às regiões árticas
levado pelo vento a partir de regiões industriais da Europa e América do
Norte.

caribu
Os fumantes também estão expostos ao cádmio,
absorvido do solo e da água de irrigação, com
presença de fertilizantes a base de fosfatos com
contaminação por Cd, pelas plantas de tabaco e
liberado através de fumaça, quando o cigarro é
acendido; os fumantes inveterados ingerem
aproximadamente o dobro de cádmio que os não-
fumantes ingerem de todas as outras fontes do
elemento.
3- O Cádmio no Ambiente e seus efeitos sobre a saúde.
Do ponto de vista histórico, todos os episódios de contaminação por cádmio resultaram de
poluição por explorações em minas ou fundições não-ferrosas. O problema ambiental mais
sério envolvendo o cádmio ocorreu na região do Jintsu Vale do Rio, no Japão, onde o arroz
para consumo local crescia com a ajuda das águas de irrigação canalizadas de um rio
contaminado de forma crônica com cádmio dissolvido procedente das operações de mineração
e fundição de zinco localizados a montante do rio. Centenas de pessoas residentes nessa
área, particularmente mulheres idosas que tinham gerado muitos filhos e que se alimentavam
de dietas pobres, contraíram uma doença degenerativa dos ossos chamada de itai-itai, ou ai­ai,
assim denominada porque causa dor aguda nas articulações. Nessa doença, alguns íons Ca2+
dos ossos são substituídos por íons Cd2+, dado que eles têm a mesma carga e exatamente o
mesmo tamanho. Os ossos tornam­se progressivamente porosos, podendo sofrer fraturas
ou mesmo colapsar. Estimou-se que a
ingestão de cádmio pelos enfermos de
itai-itai foi de cerca de 600 microgramas
por dia, que é aproximadamente dez
vezes a inges­tão média dos norte-
americanos. Mesmo o arroz cultivado
em outras áreas do Japão está
contaminado, com freqüência, por níveis
de cádmio bastante elevados. Como
conseqüência, a ingestão média de
cádmio na dieta dos residentes no
Japão é substancialmente maior
que a das pessoas de outros países
desenvolvidos.
Itai Itai Disease, which literally
means "It hurts, it hurts,"
O cádmio apresenta toxicidade aguda: a dose letal é de aproximadamente um
grama. Os seres humanos estão protegidos contra a exposição crônica a
níveis baixos de cádmio pela proteína rica em enxofre metalotioneína,
cuja função é regular o metabolismo do zinco. Como tem muitos grupos
sulfidrila (cisteina), a metalotioneina pode complexar quase todo o Cd2+
ingerido, sendo o complexo eliminado mais tarde pela urina. Se a quantidade
de cádmio absorvida pelo organismo excede a capacidade de complexação
da metalotioneína, o metal é armazenado no fígado e nos rins. De fato,
existem evidências de que a exposição crônica ao cádmio leva a um aumento
na probabilidade de surgirem doenças renais. Existem evidencias que o
cádmio pode provocar câncer do pâncreas.

metalotioneína complexando 7 Zn
CONCLUSÃO:

Apesar de o cádmio não experimentar biomagnificação, ele é um


veneno cumulativo, porque se não for rapidamente eliminado (pela
metalotioneína, como vimos), permanecendo no organismo por
várias décadas. As áreas de maior risco são o Japão e a Europa
central; em ambas as regiões, a poluição do solo por cádmio é
particularmente alta por causa da contaminação originada por
processos industriais.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
PORTARIA Nº- 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011
Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle
e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão
de potabilidade, e dá outras providências.
Art.14. A água potável deve estar em conformidade com o padrão de
substâncias químicas que representam risco para a saúde expresso na
Tabela 3, a seguir:
Valor Máximo Permitido= Cádmio 0,005 mg/L

RESOLUÇÃO CONAMA No 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005

Art. 14. As águas doces de classe 1 observarão as seguintes


condições e padrões:

Cádmio total 0,001 mg/L Cd

Art. 16. As águas doces de classe 3 observarão as seguintes


condições e padrões:

Cádmio total 0,01 mg/L Cd

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