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CUSTOS INDUSTRIAIS

Docente: Engº. Ms. Jade Diane Fernandes Targino Filgueira


Material: Engº. Ms. Abraão Freires Saraiva Júnior
Ponto de Equilíbrio – Conceitos Básicos

Definição:
Segundo Atkinson et al. (2000), ponto de equilíbrio é o nível
em que o volume de vendas cobre os custos (e as
despesas) fixos dos recursos comprometidos no período. Em
outras palavras, a empresa começa a contabilizar lucro
quando as vendas superam o ponto de equilíbrio.

A sua análise é de grande importância porque mostra qual o


esforço necessário para que se comece a obter lucro,
influenciando na percepção dos gestores e investidores quanto à
viabilidade ou inviabilidade de determinado empreendimento
e quanto a aspectos de capacidade e riscos da operação.

O Ponto de Equilíbrio também é chamado de Análise


Custo-Volume-Lucro (CVL), Ponto de Ruptura ou, do
inglês, Break-Even Point.
Ponto de Equilíbrio – Conceitos Básicos

Quando se considera apenas um produto, a análise é


bastante simplificada, pois se tem a visualização do efeito de
variações de volume ou quantidade (desse produto) no lucro
total da firma.
O cálculo do ponto de equilíbrio é uma das técnicas mais
destacadas para verificar a situação de lucratividade da
empresa; é um teste de seu mercado (preços) em confronto
com sua estrutura (custos).
A cada 1% de alteração nos custos e despesas fixas, o ponto
de equilíbrio sofre o mesmo 1% de mudança. No entanto, caso
haja mudança sobre os custos e despesas variáveis, o efeito
depende do grau de alteração na margem de contribuição
unitária.
Costa et al. (2010)
Uniproduto
Ponto de Equilíbrio – Conceitos Básicos (abordagem gráfica)

$ Receitas
Área de Lucro
Custos e
Despesas Totais

Custos e Despesas
Área de Prejuízo Variáveis

Custos e
Despesas Fixos

PE QUANTIDADE

Custos e Custos e Despesas Custos e Despesas


Receitas
Despesas Fixos Variáveis Totais
Ponto de Equilíbrio – Conceitos Básicos

O cálculo do ponto de equilíbrio fica um pouco mais


complexo quando são considerados vários produtos
da empresa. Daí o uso de análise em função não do
volume, mas da Receita Bruta ou Faturamento total do
período, isto é, o Ponto de Equilíbrio em relação ao
faturamento ou receita da firma dado.
Neste caso, o ponto de equilíbrio é expresso em
termos monetários, não em termos de quantidade.
Ponto de Equilíbrio em Unidades Monetárias (PEU.M.)
representa a receita mínima que a empresa precisa obter
para cobrir os custos e despesas totais do período
(variáveis e fixos).
Costa et al. (2010)
Multiprodutos
Ponto de Equilíbrio – Conceitos Básicos (abordagem gráfica)

$ Receitas
Área de Lucro
Custos e
Despesas Totais

Custos e Despesas
Área de Prejuízo Variáveis

Custos e
Despesas Fixos

PEU.M. FATURAMENTO ($)


Ponto de Equilíbrio – Conceitos Básicos

A construção do gráfico envolve três passos principais:

1. Separar os custos e despesas variáveis (materiais, energia,


comissões, impostos sobre vendas, etc.) – dos custos e
despesas fixos (aluguéis, administração central, etc.);
2. Plotar os custos segregados versus quantidades
(custos/despesas fixos, custos/despesas variáveis e
custos/despesas totais);
3. Plotar receita total (preço de venda × quantidade) versus
quantidades

Costa et al. (2010)


Ponto de Equilíbrio – Conceitos Básicos

Existem, basicamente, três pontos de equilíbrio:


Ponto de Equilíbrio Contábil (ou Operacional): quando as
receitas menos os custos e despesas totais apresentam
resultado nulo.
Ponto de Equilíbrio Econômico: quando o resultado engloba
o custo de oportunidade do capital (COC) empregado ou
alguma medida de lucro mínimo desejado.
Ponto de Equilíbrio Financeiro: quando produzem, em caixa,
nenhuma alteração do saldo, independentemente de haver
resultado contábil ou econômico. Por exemplo, não considera
custos com depreciação de equipamentos por estes não
representarem um desembolso para a empresa (não altera
caixa).
Costa et al. (2010)
Uniproduto
Ponto de Equilíbrio Contábil (abordagem algébrica)
Lucro Antes do Imposto de Renda do período (LAIR) = RL – GT
LAIR = (RB – DIV) – CT – DT
LAIR = R – (CVT + CFT) – (DVT + DFT)
LAIR = (PV × Q) – (CVU × Q) – (DVU × Q) –
CFT - DFT
LAIR = Q × (PV – CVU – DVU) – CFT –
DFT
PECONTÁBIL ou PEOPERACIONAL ocorre quando
LAIR = 0, então:
PECONTÁBIL
0=Q = × (PV
Q =– CVUCFT + DFT
– DVU) – CFT = CFT +
PV– DVU)
– CVU – DVU DFT
– DFT Q × (PV – CVU = CFT +
MCU
PE = Ponto de Equilíbrio (do período) Q =DFT
Quantidade Produzida e Vendida (do produto)
GT = Gasto Total (do período) PV = Preço de Venda (do produto)
RL = Receita Líquida (total do período) CVU = Custo Variável Unitário (do produto)
CT = Custo Total (do período) DVU = Despesa Variável Unitária (do produto)
DT = Despesa Total (do período) CFT = Custo Fixo Total (do período)
CVT = Custo Variável Total (do período) DFT = Despesa Fixa Total (do período)
DVT = Despesa Variável Total (do período) MCU = Margem de Contribuição Unitária (do produto)
DIV = Deduções e Impostos sobre Vendas (do período) RB = Receita Bruta (total do período)
Ponto de Equilíbrio Econômico Uniproduto

Lucro Antes do Imposto de Renda do período (LAIR) = RL – GT


LAIR = (RB – DIV) – CT – DT
LAIR = R – (CVT + CFT) – (DVT + DFT)
LAIR = (PV × Q) – (CVU × Q) – (DVU × Q) –
CFT - DFT
LAIR = Q × (PV – CVU – DVU) – CFT –
DFT
PEECONÔMICO ocorre quando LAIR = LUCRO MÍNIMO DESEJADO,
então: LUCRO DESEJADO = Q × (PV – CVU – DVU) – CFT – DFT
Q × (PV – CVU – DVU) = CFT + DFT + LUCRO DESEJADO
PE ECONÔMICO =Q = CFT + DFT + LUCRO MÍNIMO
PE = Ponto de Equilíbrio (do período) Q = Quantidade Produzida e Vendida (do produto)
GT = Gasto Total (do período) DESEJADO
PV = Preço de Venda (do produto)
RL = Receita Líquida (total do período) CVU = Custo Variável Unitário (do produto)
CT = Custo Total (do período) PV – Unitária
DVU = Despesa Variável CVU (do – DVU
produto)
DT = Despesa Total (do período) CFT = Custo Fixo Total (do período)
CVT = Custo Variável Total (do período) DFT = Despesa Fixa Total (do período)
DVT = Despesa Variável Total (do período) MCU = Margem de Contribuição Unitária (do produto)
DIV = Deduções e Impostos sobre Vendas (do período) RB = Receita Bruta (total do período)
Ponto de Equilíbrio Contábil Uniproduto
De onde vem o LUCRO MÍNIMO DESEJADO?
Para fins de cálculo do PEECONÔMICO, o LUCRO MÍNIMO DESEJADO é dado em
termos do Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda (LAIR).
O LAIR pode ser calculado em relação ao Lucro Líquido desejado no período
(considerando alíquota do Imposto de Renda  %IR) da seguinte maneira:
Lucro Líquido = LAIR × (1 - %IR)
LUCRO MÍNIMO DESEJADO = LAIR MÍNIMO = Lucro Líquido
(1 - %IR)
Portanto, para se calcular o LUCRO MÍNIMO DESEJADO (expresso em termos de
LAIR), basta determinar o Lucro Líquido desejado no período. O Lucro Líquido pode
ser determinado através do conhecimento de duas variáveis econômico-financeiras:
• INVESTIMENTO (ex: R$1000/ano) – Em empreendimentos em regime de operação,
pode ser expresso em termos de Patrimônio Líquido no início do exercício;
• CUSTO DE OPORTUNIDADE DO CAPITAL - COC (ex: 10% ao ano).

Lucro Líquido = INVESTIMENTO × COC


Observação Importante: ater-se ao período ao qual o INVESTIMENTO e o COC
se referem (normalmente, ano) e ao período do PE (ex: mês, trimestre, ano, etc).
Ponto de Equilíbrio Financeiro Uniproduto

Lucro Antes do Imposto de Renda do período (LAIR) = RL – GT


LAIR = (RB – DIV) – CT – DT
LAIR = R – (CVT + CFT) – (DVT + DFT)
LAIR = (PV × Q) – (CVU × Q) – (DVU × Q) –
CFT - DFT LAIR = Q × (PV – CVU – DVU) – CFT –
DFT
PEFINANCEIRO desconsidera o custo com depreciação, pois
este não representa um desembolso para a empresa, então:
0 = Q × (PV – CVU – DVU) – CFT – DFT + DEPRECIAÇÃO
Q × (PV – CVU – DVU) = CFT + DFT – DEPRECIAÇÃO
PEFINANCEIRO = Q = CFT + DFT – DEPRECIAÇÃO
PE = Ponto de Equilíbrio (do período) Q = Quantidade Produzida e Vendida (do produto)
GT = Gasto Total (do período) PV
PV = Preço de – CVU
Venda – DVU
(do produto)
RL = Receita Líquida (total do período) CVU = Custo Variável Unitário (do produto)
CT = Custo Total (do período) DVU = Despesa Variável Unitária (do produto)
DT = Despesa Total (do período) CFT = Custo Fixo Total (do período)
CVT = Custo Variável Total (do período) DFT = Despesa Fixa Total (do período)
DVT = Despesa Variável Total (do período) MCU = Margem de Contribuição Unitária (do
DIV = Deduções e Impostos sobre Vendas (do período) produto)
Margem de Segurança Operacional (MSO) Uniproduto

$ Receitas
Área de Lucro
Custos e
Despesas
Totais
Custos e Despesas
Área de Prejuízo Variáveis

Custos e
Despesas Fixos
MSO
PE QV QUANTIDADE
Margem de Segurança Operacional (MSO) Uniproduto

A Margem de Segurança Operacional corresponde à quantidade


de produtos ou valor de receita em que se opera acima do
Ponto de Equilíbrio. Para operações uniproduto, pode ser
representada em termos de quantidade vendida no período (Q
ou QV) pela seguinte equação:

OU, em termos percentuais:

OU, em termos de $:
Margem de Segurança Operacional (MSO) Uniproduto

Quanto maior for a MSO, maior será a capacidade de


geração de lucro e, também, maior será a segurança
de que a empresa não incorrerá em prejuízos.

Em uma situação em que o Ponto de Equilíbrio fique


muito próximo da quantidade vendida (real ou
projetada) de um determinado período, teremos uma
MSO muito frágil, pois qualquer redução de atividades
colocará a empresa em uma situação de lucro nulo
ou em área de prejuízo.

OBS: mesmo para operações uniproduto, a MSO pode


também pode ser expressa em termos de Faturamento ou
Receita Bruta.
Margem de Segurança Operacional (MSO) Uniproduto

Margem de Segurança Operacional CONTÁBIL:


Margem de Segurança Operacional (MSO) Uniproduto

Margem de Segurança Operacional ECONÔMICA:


Margem de Segurança Operacional (MSO) Uniproduto

Margem de Segurança Operacional FINANCEIRA:


Grau de Alavancagem Operacional (GAO)

É similar ao conceito de alavanca comumente empregado em


física. Por meio da aplicação de uma força pequena no braço
maior da alavanca, é possível mover um peso muito maior no
braço menor da alavanca.

Representa o “número
de vezes” que o LAIR
aumenta em relação
ao aumento da
RECEITA BRUTA.

O efeito da alavancagem operacional está relacionado com os


gastos fixos da empresa, gastos estes que poderão constituir risco
para as atividades operacionais. A alavancagem operacional vem
medir qual será a proporção deste risco. Caso a empresa possua
uma elevada alavancagem operacional, existirá um risco maior
devido aos gastos fixos que não serão reduzidos pela queda do
volume de vendas.
Grau de Alavancagem Operacional (GAO)

O GAO, em função da Quantidade Vendida, pode ser expresso


matematicamente da seguinte forma (considerando 2 períodos):

Caso o GAO seja maior que 1, interpreta-se que, com o aumento da


Quantidade Vendida, o LAIR cresceria mais que proporcionalmente ao
aumento dos custos e despesas, neste caso, mais que os custos e
despesas variáveis, já que os fixos não modificariam. Uma redução da
Quantidade Vendida também causaria o mesmo impacto, só que em
sentido contrário. E é exatamente isso a Alavancagem Operacional.
Grau de Alavancagem Operacional (GAO)

O GAO, em função da Receita Bruta, pode ser expresso


matematicamente da seguinte forma (considerando 2 períodos):

Caso o GAO seja maior que 1, interpreta-se que, com o aumento da


Receita Bruta, o LAIR cresceria mais que proporcionalmente ao
aumento dos custos e despesas, neste caso, mais que os custos e
despesas variáveis, já que os fixos não modificariam. Uma redução da
Receita Bruta também causaria o mesmo impacto, só que em sentido
contrário.
Grau de Alavancagem Operacional (GAO)

O GAO, em função da Margem de Contribuição,


pode ser expresso matematicamente da seguinte
forma (dentro de um mesmo período de análise):
Exemplo Didático 1 Análise Custo X Volume X Lucro – Uniproduto
Determine os Pontos de Equilíbrio (Contábil, Econômico e Financeiro) e as Margens de
Segurança Operacional (Contábil, Econômica e Financeira – em %, em qtde e em R$)
considerando as seguintes informações contábeis e operacionais da empresa Gama, que
produz e vende o produto K (período de análise = mês):
INFORMAÇÕES CONTÁBEIS E OPERACIONAIS DA EMPRESA GAMA
Salários e encargos da supervisão da fábrica R$ 10.000 por mês
Aluguel da fábrica R$ 15.000 por mês
Custo da mão de obra do Operário 1 (OP1) R$ 30,00 por unidade de K
Custo da mão de obra do Operário 2 (OP2) R$ 20,00 por unidade de K
Salários e encargos do Vendedor R$ 2.000 por mês
Comissão sobre preço de venda bruto do Vendedor 1%
Salários e encargos da Gerente de RH R$ 3.000 por mês
Material de escritório da administração R$ 1.000 por mês
Depreciação dos equipamentos produtivos R$ 4.000 por mês
Custo de material direto R$ 60 por unidade de K
Preço de venda (nota fiscal) R$ 200 por unidade de K
Impostos incidentes sobre preço de venda 24%
Investimento R$600.000 no ano
Custo de Oportunidade do Capital 10% ao ano
Alíquota do IR 30% sobre LAIR
Quantidade vendida do produto K 1100 unidades por mês
Determine o Grau de Alavancagem Operacional para um eventual aumento de 100 un.vendidas.
Ponto de Equilíbrio Multiprodutos

O cálculo do ponto de equilíbrio fica um pouco


mais complexo quando são considerados vários
produtos da empresa. Daí o uso de análise em
função não do volume, mas da Receita Bruta ou
Faturamento total do período, isto é, o Ponto de
Equilíbrio em relação ao faturamento ou receita da
firma dado.

Neste caso, o ponto de equilíbrio é expresso


em termos monetários, não em termos de
quantidade.
Costa et al. (2010)
Multiprodutos
Ponto de Equilíbrio Contábil (abordagem algébrica)
Lucro Antes do Imposto de Renda do período (LAIR) = RL – GT
LAIR = (RB – DIV) – CT – DT
LAIR = RL – (CVT + CFT) – (DVT + DFT)
LAIR = ∑(PVi × Qi) – ∑(CVUi × Qi) – ∑(DVUi × Qi) – CFT - DFT

LAIR = ∑(MCUi × Qi ) – CFT – DFT


LAIR = MCT – CFT – DFT
PEU.M. CONTÁBIL ou PEU.M. OPERACIONAL ocorre quando
LAIR = 0,
então:
RB = Receita Bruta (total MCT = CFT Q+ =DFT
do período) Quantidade Produzida e Vendida (do produto)
i
PE = Ponto de Equilíbrio (do período) PVi = Preço de Venda (do produto)
GT = Gasto Total (do período) CVUi = Custo Variável Unitário (do produto)
RL = Receita Líquida (total do período)
DVUi = Despesa Variável Unitária (do produto)
CT = Custo Total (do período)
CFT = Custo Fixo Total (do período)
DT = Despesa Total (do período)
DFT = Despesa Fixa Total (do período)
CVT = Custo Variável Total (do período)
MCUi = Margem de Contribuição Unitária (do produto)
DVT = Despesa Variável Total (do período)
DIV = Deduções e Impostos sobre Vendas (do MCT = Margem de Contribuição Total (do período)
Ponto de Equilíbrio Contábil Multiprodutos

Como expressar PEU.M. CONTÁBIL em termos de Faturamento


ou Receita?
Inicialmente, divide-se os dois lados da equação pela Receita Bruta Total (RB):
MCT = CFT +
DFT RB
RB
Desta forma, encontramos a Margem de
Contribuição Total Percentual
(em relação à Receita Total)  MCT%
MCT% = CFT + DFT
RB

Portanto, o PEU.M. CONTÁBIL (expresso em termos monetários relacionados com


(RB) = CFT + DFT
PE
a receita de vendas) ocorre justamente quando:
U.M. CONTÁBIL
MCT%
Costa et al. (2010), Guerreiro (2006) e Padoveze (2004)
Ponto de Equilíbrio Contábil Multiprodutos

Convém observar que PEU.M. CONTÁBIL pode ser obtido através


de simulação com informações sobre o mix de produtos
(tipos e quantidades) a serem produzidos e vendidos no
período.
Uma forma de obter o PEU.M. CONTÁBIL considerando um mix de
produtos do período com relação 1x1 (“um para um”, ou
seja, quantidade vendida de cada produto é igual), é
calculando um valor percentual condizente à MCT% através
da seguinte relação:

MCT%  = ∑ MCUi
∑ PVi
Ponto de Equilíbrio Econômico e Financeiro Multiprodutos

O PEU.M. ECONÔMICO e o PEU.M. FINANCEIRO (em termos de


Faturamento ou Receita Bruta) seguem o mesmo raciocínio:

(RB) = CFT + DFT + LUCRO MÍNIMO DESEJADO


PEU.M. ECONÔMICO
MCT%

(RB) = CFT + DFT - DEPRECIAÇÃO


PEU.M. FINANCEIRO
MCT%

O Ponto de Equilíbrio Financeiro também pode


considerar o LUCRO MÍNIMO DESEJADO no período.
Margem de Segurança Operacional (MSO) Multiprodutos

A Margem de Segurança Operacional corresponde à quantidade


de produtos ou valor de receita em que se opera acima do
Ponto de Equilíbrio. Para operações uniproduto, pode ser
representada em termos de Receita Bruta do período (RB) pela
seguinte equação:

OU, em termos percentuais:


Margem de Segurança Operacional (MSO) Multiprodutos

Margem de Segurança Operacional CONTÁBIL:

Margem de Segurança Operacional ECONÔMICA:

Margem de Segurança Operacional FINANCEIRA:


Grau de Alavancagem Operacional (GAO) Multiprodutos

O GAO, em função da Receita Bruta, pode ser expresso


matematicamente da seguinte forma (considerando 2 períodos):

Caso o GAO seja maior que 1, interpreta-se que, com o aumento da


Receita Bruta, o LAIR cresceria mais que proporcionalmente ao
aumento dos custos e despesas, neste caso, mais que os custos e
despesas variáveis, já que os fixos não modificariam. Uma redução da
Receita Bruta também causaria o mesmo impacto, só que em sentido
contrário.
Grau de Alavancagem Operacional (GAO) Multiprodutos

O GAO, em função da Margem de Contribuição,


pode ser expresso matematicamente da seguinte
forma (dentro de um mesmo período de análise):
Exemplo Didático Análise Custo X Volume X Lucro – Multiprodutos
Determine os Pontos de Equilíbrio (Contábil, Econômico e Financeiro) e as Margens de Segurança Operacional
(Contábil, Econômica e Financeira – em R$ e em %) considerando as seguintes informações contábeis e
operacionais da empresa Ômega, que produz e vende os produtos P e Q (período de análise = mês):

Salários e encargos da supervisão da fábrica R$ 10.000 por mês


Aluguel da fábrica R$ 15.000 por mês
Custo da mão de obra do Operário 1 (OP1) R$ 30,00 por unidade de P
Custo da mão de obra do Operário 2 (OP2) R$ 20,00 por unidade de P
Custo da mão de obra do Operário 1 (OP1) R$ 20,00 por unidade de Q
Custo da mão de obra do Operário 2 (OP2) R$ 10,00 por unidade de Q
Salários e encargos do Vendedor R$ 2.000 por mês
Comissão sobre venda do Vendedor 1%
Salários e encargos da Gerente de RH R$ 3.000 por mês
Material de escritório da administração R$ 1.000 por mês
Depreciação dos equipamentos produtivos R$ 4.000 por mês
Custo de material direto R$ 120 por unidade de P
Custo de material direto R$ 100 por unidade de Q
Preço de venda (nota fiscal) R$ 280 por unidade de P
Preço de venda (nota fiscal) R$ 240 por unidade de Q
Impostos incidentes sobre preço de venda 24%
Investimento R$600.000 no ano
Custo de Oportunidade do Capital 10% ao ano
Alíquota do IR 30%
Quantidade vendida do produto P 500 unidades por mês
Quantidade vendida do produto Q 500 unidades por mês
Determine o Grau de Alavancagem Operacional para um eventual aumento de 100 un.vendidas de P e Q no próximo período.
Referências Bibliográficas

ATKINSON, A. A.; BANKER, R. D.; KAPLAN, R. S.; YOUNG, S. M.


Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000
COSTA, R. P.; FERREIRA, H. A. S.; SARAIVA JR., A. F. S.
Preços,
orçamentos e custos industriais. Rio de Janeiro: Campos-Elsevier, 2010
GARRISON, R. H.; NOREEN, E; W.; BREWER, P. C.
Gerencial . 11ª ed.Contabilidade
Rio de Janeiro: LTC, 2007
HORNGREN, C. T.; DATAR, S. M.; FOSTER, G. Contabilidade de custos.
Volume 1. 11ª ed. São Paulo: Pearson, 2004
HORNGREN, C. T.; SUNDEM, G. L.; STRATTON, W. O.
Contabilidade
gerencial. 12ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004
GUERREIRO, R. Gestão do lucro. São Paulo: Atlas, 2006
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2006
PADOVEZE, C. L. Curso básico gerencial de custos. 2ª ed. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006

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