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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS​

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CONSTRUÇÃO CIVIL​


DISIPLINA: PERÍCIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

  SEMINÁRIO
 
PERÍCIAS EM PROCESSOS DE DESAPROPRIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS

Professores
Adriano de Paula e Silva
Cristiane Machado Parisi Jonov

Grupo 1​
Gabriela Pereira​
Kamila Sampaio​
Priscila Cristeli​
Renan Castro​
INTRODUÇÃO

Segundo a Constituição Federal, Art. 5°, inciso XXII, é garantido aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País o
direito à propriedade. Entretanto, o inciso XXIII determina que a propriedade atenderá a sua função social.

Com o objetivo de atender a função social, surge a desapropriação ou expropriação de bens.


INTRODUÇÃO

Segundo Mello (2001, p. 711)

   a desapropriação se define como o procedimento através do qual o Poder Público, fundado em necessidade
pública, utilidade pública ou interesse social, compulsoriamente despoja alguém de um bem certo,
normalmente adquirindo-o para si, em caráter originário, mediante indenização prévia, justa e pagável em
dinheiro.
TIPOS DE DESAPROPRIAÇÃO
A Constituição Federal aborda dois tipos de desapropriação: clássica e especial.

1) DESAPROPRIAÇÃO CLÁSSICA

Também chamada de desapropriação comum, a desapropriação clássica é fundamentada existência de uma situação de
utilidade pública, necessidade pública ou no interesse social. É precedida de indenização justa.

  Interesse social

O principal objetivo para desapropriação por interesse social é a construção de casas populares.

 Utilidade pública

A desapropriação por utilidade pública é regulada pelo decreto - lei Nº 3.365, de 21de junho de 1941 em todo território
nacional.
TIPOS DE DESAPROPRIAÇÃO
Segundo o Art. 5º, consideram-se casos de utilidade pública:
 a) a segurança nacional;
b) a defesa do Estado;
c) o socorro público em caso de calamidade;
d) a salubridade pública;
e) a criação e melhoramento de centros de população, seu abastecimento regular de meios de subsistência;
f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas minerais, das águas e da energia hidráulica;
g) a assistência pública, as obras de higiene e decoração, casas de saúde, clínicas, estações de clima e fontes medicinais;
h) a exploração ou a conservação dos serviços públicos;
TIPOS DE DESAPROPRIAÇÃO
i) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou logradouros públicos; a execução de planos de urbanização; o
loteamento de terrenos edificados ou não para sua melhor utilização econômica, higiénica ou estética;

j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo;

k) a preservação e conservação dos monumentos históricos, e artísticos, isolados ou integrados em conjuntos urbanos ou
rurais, bem como as medidas necessárias a manter-lhes e realçar-lhes os aspectos mais valiosos ou característicos e,
ainda, a proteção de paisagens e locais particularmente dotados pela natureza;

l) a preservação e a conservação adequada de arquivos, documentos e outros bens moveis de valor histórico ou artístico;

m) a construção de edifícios públicos, monumentos comemorativos e cemitérios;

n) a criação de estádios, aeródromos ou campos de pouso para aeronaves;

o) a reedição ou divulgação de obra ou invento de natureza científica, artística ou literária;

p) os demais casos previstos por leis especiais.


TIPOS DE DESAPROPRIAÇÃO
2) DESAPROPRIAÇÃO ESPECIAL

É fundamentada em fins de reforma urbana ou agrária.

 Desapropriação urbana

O artigo 182, parágrafo 4°, inciso III, da Constituição Federal (BRASIL, 1988) estabelece que:

É facultado ao poder público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal,
do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:

I - parcelamento ou edificação compulsórios;

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com
prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. 
TIPOS DE DESAPROPRIAÇÃO
Somente ocorre após tentativas de se forçar o uso adequado do imóvel.

Aplicação de
Notificação cobrança de
Exigência do
averbada no Fixação de Imposto Predial
adequado
cartório de condições Territorial urbano Desapropriação
aproveitamento
registro de e prazos (IPTU) durante 5
(Plano Diretor)
imóveis anos em alíquota
máxima de 15%
TIPOS DE DESAPROPRIAÇÃO
 Desapropriação rural
O artigo 186 da Constituição Federal (BRASIL, 1988) estabelece que: 

A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência
estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado; 
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; 
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; 
IV-  exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
TIPOS DE DESAPROPRIAÇÃO
 "A desapropriação rural por interesse social é de competência exclusiva da União, podendo os demais entes federados
desapropriar imóveis rurais com fundamento em necessidade pública ou utilidade pública, mas não em interesse
social” (Silva e Antunes Filho, 2014).

 A indenização deverá ser realizada previamente, com valor justo, pago em títulos da dívida agrária, com preservação
do valor real. O valor poderá ser resgatado após o segundo ano de sua emissão, em parcelas de até 20 anos, cuja
utilização será definida em lei.
TIPOS DE DESAPROPRIAÇÃO
Clássi Espec
ca ial
Fundamentada
Fundamentada
no
em utilidade
descumpriment
pública e
o de função
interesse social
social
Pagamento em
títulos de
Pagamento em
dívidas
dinheiro
públicas ou
agrárias
DESAPROPRIAÇÕES TOTAIS OU PARCIAIS
Totais  Parciais
•  Desapropriação de 100% • Desapropriação de fração
do imóvel/terreno do imóvel/terreno
• Avaliação com menor • O avaliador deve utilizar
grau de subjetividade métodos que permitam
quando comparado com mensurar eventuais
desapropriações parciais prejuízos e desvalorização
• Levar em conta as dos remanescentes. Por
benfeitorias e a exemplo, o critério do
depreciação do imóvel  antes e depois ou o
critério do metro
quadrado médio
PROCESSO EXPROPRIATÓRIO

Fase Fase
Declaratória Executiva
• Momento • Consiste no
em que o momento
Poder em que o
Público Poder
manifesta Público
vontade na adota as
futura providência
desapropria s para
ção consumar a
PROCESSO EXPROPRIATÓRIO
1) FASE DECLARATÓRIA

Fase caracterizada pela declaração de utilidade ou interesse social, com a indicação do bem expropriado e a
especificação de sua destinação.

Fundamento legal
Identificação do bem Decreto Expropriatório Lei de Efeitos Concretos
Destinação OU
Poder Executivo Poder Legislativo
Sujeito Passivo
Recursos Orçamentários
PROCESSO EXPROPRIATÓRIO
 Caducidade – corresponde ao prazo entre a decretação e o acordo final ou a interposição da ação

judicial, quando não for possível a composição.

Modalidade Caducidade
Utilidade e necessidade pública 5 anos 
Interesse social 2 anos
Reforma agrária 2 anos
Plano diretor Não há prazo
PROCESSO EXPROPRIATÓRIO
2) FASE EXECUTIVA

Também denominada de fase executória, esta fase é caracterizada pela desapropriação propriamente dita.
Para a integração do bem ao patrimônio público, é necessário uma prévia indenização.

Existe acordo quanto ao valor da • Valor do bem


indenização?
• Benfeitorias
• Depreciação
Sim Não • Lucros cessantes
• Juros compensatórios
Amigável  Judicial • Juros moratórios
• Correção monetária
• Despesas processuais
 Perícia 
• Honorários advocatícios
A PERÍCIA NA DESAPROPRIAÇÃO
 O perito é o auxiliar do juiz em cada processo, o qual possui a função de verificar com fidelidade os
fatos, a fim de transmiti-lo ao juiz através de laudo técnico-cientifico, constando suas observações e
conclusões. 
 O perito, no entanto, não julga o fato, somente fornece elementos ao julgador. É um auxiliar da justiça.

 Já ao assistente técnico, tem a função de acompanhar e fiscalizar a atuação do perito, “zelando sempre
pelos interesses da parte que o contratou e colaborar com o perito nas vistorias, passando-lhe
informações e documentos de interesse da perícia” (CAETANO, 2012). 
 O art. 429 do Código de Processo Civil, estabelece que "Para o desempenho de sua função, podem o
perito e os assistentes técnicos utilizarem de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo
informações, solicitando documentos que estejam, no todo ou em parte, em poder de repartições
públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e quaisquer outras peças
(BRASIL, 1984)"

ASSISTENTE
JUIZ PERITO
TÉCNICO
A PERÍCIA NA DESAPROPRIAÇÃO
 Perícia é a vistoria técnica, exame de caráter especializado, avaliação e arbitramento.

 É um dos mecanismos utilizados para fixar um preço justo no processo de desapropriação, mesmo que
exista o princípio da “autonomia”, a qual permite ao juiz a formar sua própria convicção, com base em
outros elementos ou fatos provados no ato expropriatório (GOULART, 2015). 
 Geralmente a perícia é empregada como meio de prova; e poderá ser solicitada sempre que o juiz se
considerar inapto para verificar os fatos, tanto por impossibilidade de levantar os dados necessários
quanto por não ter conhecimentos técnicos ou científicos suficiente
 O juiz poderá determinar o prazo de entrega do laudo já na nomeação do perito, e até o 5° após o
despacho de nomeação deste, as partes poderão indicar (facultativo) seus “assistentes técnicos” e
formular os quesitos. 
A PERÍCIA NA DESAPROPRIAÇÃO
 O laudo é a prova pericial, e esta, conforme Goulart (2015) se divide em: 

  Exame: verificação realizada por vistor da confiança do juízo, sobre pessoas, semoventes e quaisquer
espécies de coisas materiais, com o objetivo de caracterizar aspectos relevantes de interesse da justiça. 
 Vistoria: realizada sobre o bem imóvel, por visor da confiança do juiz, com o objetivo de constatar os
fatos e aspectos relevantes do mesmo interesse da justiça.
  Avaliação: inspeção pericial, com o objetivo de atribuir valores em moeda corrente a algum bem, direito
ou obrigação de interesse da justiça. 
 O laudo pericial deverá ser redigido pelo perito com uma linguagem clara, precisa imparcial e objetiva,
sem emendas ou rasuras, contendo o relatório da perícia, e de modo a responder aos quesitos formulados
e com as respectivas conclusões. 
A PERÍCIA NA DESAPROPRIAÇÃO
 Cabe ao perito a  realização de uma previa avaliação, para que a indenização também seja depositada
previamente, antes mesmo do desapropriante tomar posse do imóvel, e assim permitir que o
desapropriado possa contestar no caso de não concordância com o valor estipulado pela justiça, podendo
a sua livre escolha também requerer um perito para nova avaliação, sendo este um avaliador judicial ou
um perito de confiança. (GOULART, 2015). 
 A perícia previa é de grande importância precedentemente a imissão provisória na posse do imóvel pelo
expropriante.
 Como apresentado pelo XVII COBREAP, o processo já inicia com vantagens para o expropriantes que  a
lei consagra a supremacia do interesse público sobre o privado dando ao expropriante superioridade em
comparação ao expropriado sendo esse amparado por profissionais do corpo técnico o processo judicial
já se inicia de forma unilateral, determinando assim uma necessidade de haver uma perícia previa dando
direito a uma busca de uma indenização em conformidade com o valor atual de mercado para o
expropriado podendo assim recorrer ao seu direito de defesa. 
A PERÍCIA NA DESAPROPRIAÇÃO
 Destaca-se a conclusão feita pelo XVII COBREAP ,que: a determinação judicial para realização de
perícia prévia é o meio colocado à disposição do magistrado para estabelecer igualdade entre os pares,
além de fazer aferir, por profissional isento, qual é o valor atual de mercado, hábil a autorizar até mesmo
a eventual imissão provisória na posse (IBAPE, 2015). 
 A Constituição em seu Artigo 5º afirma que: 

 "...a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvada os casos previstos nesta
Constituição." (BRASIL, 1988); 
 O procedimento de desapropriação tende a buscar a oportunidade de ampla defesa, devendo os
assistentes técnicos ser indicados pelas partes para a formulação dos quesitos após a perícia previa ao
qual permitirá a igualdade entre o expropriante e o expropriado posteriores aos trabalhos já iniciados
unilateralmente pelo expropriantes.
A PERÍCIA NA DESAPROPRIAÇÃO
 É cuidado do Perito e Assistente Técnico o respeito as Normas, Leis, padrões já determinado para as
avaliações de terrenos, benfeitorias entre outras. Como: 
  NBR 14653-2:2004 - visa complementar os conceitos, e métodos e procedimentos gerais para os
serviços técnicos de avaliação de imóveis urbanos; 
  NBR 12.721:2006 - avaliação de custos unitários de construção para incorporação imobiliária e outras
disposições para condomínios edifícios; -
 Lei Federal 4.591/1964 - dispõe sobre o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias; 
A PERÍCIA NA DESAPROPRIAÇÃO
 Em resumo:

 A petição inicial do processo de desapropriação, ajuizada pelo Poder Público, deverá ser instruída com o
decreto de desapropriação, com a planta e o memorial descritivo do imóvel, com o registro, e com um
laudo de avaliação que servirá de base para a oferta do valor da desapropriação.
 O Poder Público pode alegar no decreto a urgência e a relevância da desapropriação, e com isto, também
pode requerer a imissão na posse provisória do imóvel, antes da citação do expropriado, para que o
expropriante possa iniciar as obras, conforme a finalidade da desapropriação do imóvel em questão.
 Para o juízo imitir o expropriante na posse provisória do imóvel, o Poder Público deverá depositar o
valor prévio, a ser arbitrado pelo juízo, que poderá ser o valor ofertado na petição inicial, ou o valor a ser
apurado em avaliação prévia por perito nomeado pelo juízo.
A PERÍCIA NA DESAPROPRIAÇÃO
 O perito do juízo deverá fazer todos os procedimentos (análise de documentação dos autos, vistoria do
imóvel com tomada de fotografias, levantamento de dados do imóvel, pesquisa de mercado, tratamento
estatístico, respostas aos quesitos se houver e elaboração final do laudo) para a realização dos trabalhos
de avaliação, e se houver a indicação de assistente técnico do expropriante, deverá comunicá-lo para que
o mesmo participe dos trabalhos.
 Se o expropriado tiver conhecimento da ação judicial de desapropriação, poderá se antecipar à sua
citação e se habitar no processo através de procurador nomeado, e desta forma acompanhar a perícia da
avaliação prévia.
 Após a juntada do laudo de avaliação prévia do perito, o juízo irá intimar o expropriante para efetuar o
depósito em conta judicial remunerada do valor apurado na avaliação provisória, e feito este depósito, o
juízo determina que o Oficial de Justiça emita provisoriamente a posse ao Poder Público, para que o
mesmo inicie as obras para qual a finalidade foi definida no decreto de desapropriação.
A PERÍCIA NA DESAPROPRIAÇÃO
 Depois da imissão na posse provisória do imóvel ao expropriante, o juízo determina a citação do
expropriado, para no prazo legal contestar ou concordar com o valor prévio depositado. 
 Se o expropriado concordar com o valor da avaliação prévia, o processo judicial é encerrado, com a
celebração do acordo entre as partes. Se o expropriado não concordar com o valor depositado, deverá
contestar a ação, requerendo a perícia de avaliação definitiva do imóvel, podendo requerer o
levantamento através de alvará judicial de 80% do valor do Laudo Provisório, desde que apresente a
Certidão Negativa do Imóvel emitida pelo município a qual pertence o imóvel desapropriado, depois de
ouvido o Ministério Público.
 Requerida a perícia de avaliação definitiva, o juízo deverá nomear o perito, que pode ser o mesmo que
realizou a avaliação prévia ou um novo expert, onde teremos todo o procedimento de prova pericial,
conforme disciplina os artigos 420 à 438 do C.P.C.
 Informações: Boletim Técnico  Btec – 2015/003
ESTUDO DE CASO: DESAPROPRIAÇÕES
NA CRACOLÂNDIA
ESTUDO DE CASO: DESAPROPRIAÇÕES
NA CRACOLÂNDIA
Campos Elíseos: primeiro bairro planejado da cidade de São Paulo.
Deterioração: concentração de moradores de rua, crescimento de cortiços, invasões e a Cracolândia. 

A decadência: fim dos anos 90. Falta de políticas públicas. Todos estes anos de abandono facilitou a
permanência da Cracolândia na região.

Em 2012 houve o enfraquecimento da Segurança Pública, foi instaurado um inquérito pelo Ministério
Público de São Paulo (MPSP), alegando ação truculenta e violência relacionada a dispersão dos dependentes
químicos para outras regiões. Por muitos anos foram implantados programas sociais na Cracolândia

Fonte: Ajuda SP
ESTUDO DE CASO: DESAPROPRIAÇÕES
NA CRACOLÂNDIA
A gestão João Doria (PSDB) planejava desapropriar todos
os imóveis localizados no coração da Cracolândia. 

Projeto Redenção: reurbanizar a área por meio de parceria


com a iniciativa privada.  

Desapropriação e demolição de cerca de 50 lotes: execução


de um novo plano urbanístico com moradias, comércios e
Perímetro de intervenção
equipamentos públicos.

Fonte: Jornal do Comércio


ESTUDO DE CASO: DESAPROPRIAÇÕES
NA CRACOLÂNDIA
Em janeiro/2017: construção do Complexo Júlio Prestes.
Programa habitacional estadual: sorteio de 1202 moradias
para famílias de baixa renda.

A Parceria Público-Privada Habitacional


(PPP Habitacional) tornou-se um processo importante para
resgatar a a urbanidade na região.
O parceiro privado é quem arcará com os custos do
projeto - a contrapartida pública seria exigir a construção
de equipamentos sociais no perímetro, como creches, Projeto de reurbanização
centros de acolhida ..."

Fonte: Ajuda SP
ESTUDO DE CASO: DESAPROPRIAÇÕES
NA CRACOLÂNDIA
O comerciante, de 91 anos,  fala sobre o destino
da casa que comprou em 1954. "Comprei com
meu dinheiro. Não roubei de ninguém, não. Está
tudo registrado, pagava todos os impostos. Um
dia, chega um funcionário da prefeitura e fala:
'Sai fora daqui'. E eu e minha senhora temos de
sair de mãos abanando. Até agora não recebi um
centavo. Isso é justo, meu filho?".

Fonte: BBC news - novembro /2018


ESTUDO DE CASO: DESAPROPRIAÇÕES
NA CRACOLÂNDIA
Passados sete meses das desapropriações, os
antigos moradores ainda tentavam
reconstruir a vida.

Um estudo do Fórum Mundaréu da Luz, em


parceria com a Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da USP, cadastrou metade das
200 famílias que viviam na quadra 36. O
levantamento constatou que :

Fonte: BBC news - novembro /2018


ESTUDO DE CASO: DESAPROPRIAÇÕES
NA CRACOLÂNDIA
Segundo a prefeitura, 183 famílias foram
cadastradas na área, mas há casos de pessoas que
não conseguiram provar vínculo com o território:
não tinham, por exemplo, contas de luz ou de
água. Por isso, tiveram o benefício negado. A
gestão afirma, ainda, que faz um plantão diário
para esclarecer as famílias sobre o andamento
processo.

Fonte: BBC news - novembro /2018


ESTUDO DE CASO: DESAPROPRIAÇÕES NA
CRACOLÂNDIA E A PANDEMIA DE COVID 19
Remoção de cerca de 400 famílias na região da cracolândia: denúncia à
Comissão Interamericana de Direitos Humanos pela Defensoria Pública
do Estado de São Paulo e pela ONG Conectas, durante o pior mês da
pandemia (março/2021).

Preocupação: moradores desses imóveis, muitos deles pensões, acabem


indo parar na rua.

Com a crise causada pela pandemia, o número de moradores de rua vem


crescendo, segundo entidades e voluntários que trabalham com essa
população. Além disso, São Paulo foi uma das localidades mais atingidas.

Fonte: Yahoo Notícias


ESTUDO DE CASO: DESAPROPRIAÇÕES NA
CRACOLÂNDIA E A PANDEMIA DE COVID 19
Final de 2020: liminar obtida pela defensoria que impedia a administração municipal de fazer a
desapropriação dos imóveis e retirar os moradores. 

2021: Liminar quebrada, processo de desapropriação retomado.

De acordo com a defensoria, um dos problemas com a nova remoção é que apenas 190 das cerca de 400
famílias foram cadastradas pela prefeitura para receber o auxílio-aluguel de  R$ 400 mensais.

Valor oferecido pela prefeitura: insuficiente para alugar imóvel na região central.

Fonte: Yahoo Notícias


ESTUDO DE CASO: DESAPROPRIAÇÕES NA
CRACOLÂNDIA E A PANDEMIA DE COVID 19
A Prefeitura de São Paulo afirma que cumpre todo o procedimento para atender as 190 famílias que
moravam na região da Luz em 2017, quando foram cadastradas para receber moradia digna e definitiva.
Informa que as famílias receberão o auxílio-aluguel até que recebam moradia definitiva.
Sobre a legalidade da ação, afirma que "o Tribunal de Justiça vem reiteradamente atestando a legalidade
das ações do município e do Governo do Estado em prover habitação a pessoas em situação de
vulnerabilidade e, consequentemente, adensar e requalificar a região central da cidade".
Afirma que "não é possível destinar unidades para as famílias que hoje moram no local, mas não foram
cadastradas em 2017, pois isso implicaria em furar a fila dos programas habitacionais do município."

Fonte: Yahoo Notícias


CONCLUSÃO

Desapropriação: Processo Judicial


Complexidade de elementos;
Vários fatores subjetivos: Humanos e Monetários;
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 13 ed. - São Paulo: Malheiros Editores, 2001. 

 BRASIL. Presidência da República Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto-lei nº 3.365, de 21 de
junho de 1941. Brasília: Casa Civil, 1941
 BRASIL. Presidência da República Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Casa Civil, 1988.

 https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45659986

 https://ajudaspcentro.com.br/cracolandia-o-inicio-do-fim/

 https://br.noticias.yahoo.com/retirada-moradores-im%C3%B3veis-na-cracol%C3%A2ndia-204900511.html

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