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NR-35

NR-35 TRABALHO EM ALTURA

Trabalhar em altura no Brasil representa, por si só, um desafio continuo,


pois os acidentes produzidos por queda de diferentes níveis continuam
sendo uma das principais causas de absentismo laboral, mortes e lesões
incapacitantes.

O trabalho em altura esta cada vez mais frequente, tanto devido as


mudanças na tecnologia construtiva, em maquinas e equipamentos,
quanto pela rápida adaptação do trabalhador em situações e condições
de trabalho difíceis de resolver com outras técnicas e métodos.
NR-35 TRABALHO EM ALTURA

Durante os últimos anos, tem-se verificado um grande desenvolvimento


nas técnicas, nos materiais, nos acessórios e nos equipamentos
específicos para a prevenção de riscos derivados da realização de
trabalhos em altura, principalmente aqueles relacionados ao trabalho
vertical.
NR-35 TRABALHO EM ALTURA

Todavia, a instrução e a capacitação dos trabalhadores constituíram um


dos elos fundamentais para uma estratégia preventiva eficaz.

Portanto, ao iniciar qualquer atividade em locais com diferença de nível,


e importante e necessário o conhecimento prévio, por parte do
trabalhador, dos perigos, dos riscos envolvidos, dos procedimentos de
trabalho e dos métodos mais apropriados para a autoproteção.
Um dos princípios fundamentais da prevenção de riscos é eliminá-los
na sua origem, e por esse motivo que é importante avaliar as
condições de segurança desde a fase da elaboração dos projetos e
escolha dos métodos construtivos, para eliminar, sempre que
possível, as situações que apresentem riscos de queda.

Entendemos, tal como define a Organização Mundial da Saúde


(OMS): “Um ambiente de trabalho saudável é aquele em que os
trabalhadores e gestores colaboram para o uso de um processo de
melhoria contínua da proteção e promoção da segurança, saúde e
bem-estar de todos os trabalhadores e para a sustentabilidade do
ambiente de trabalho”.
II.            Gestão de Saúde na NR 35:
 
O interesse pela saúde do trabalhador que vai efetuar tarefas em
altura se destaca na norma 35, nos seguintes itens:
 
·         ítem 1.1: ...... *requisitos mínimos e as medidas de
proteção para trabalho em altura.....,de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou
indiretamente com esta atividade. *não é definido pela norma
fica então a critério do SESMT (médico e engenheiro)
 
·         no ítem 4.1.1 da norma citada: Considera-se trabalhador
autorizado para o trabalho em altura aquele
capacitado,cujo estado de saúde foi avaliado (*presente no
PCMSO) tendo sido considerado apto para executar essa
atividade ....... (*aptidão declarada expressamente no ASO
(atestado de saúde ocupacional).
 
 
II.            Gestão de Saúde na NR 35:
  
·        ítem 4.12 cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos
trabalhadores que exercem atividade em altura garantindo:
 
a)os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes
do Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional
- PCMSO, devendo estar nele consignados;

b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos


envolvidos em cada situação; * já prevê ações de controle fora
daquelas previstas nos exames ocupacionais, medidas de
controle diário. Exemplo: medição da pressão arterial todos os
dias antes de realizar o trabalho em altura, conversar com o
empregado e ver se ele está bem, registrar em ficha apropriada o
atendimento prestado.
 
II.            Gestão de Saúde na NR 35:
 
c) seja realizado exame médico voltado às patologias que
poderão originar mal súbito (doenças cardiovasculares,
doenças cerebrais, diabetes e outras) e queda de altura,
considerando também os fatores psicossociais (apontados nos
comentários da NR35 como agentes estressores:
multifuncionalidade, rítmo intenso de trabalho, relações
conflituosas no ambiente laborativo, tarefas de alta
complexidade, redução de pessoal,etc...).Fatores que podem
levar a estafa físico-mental, com diminuição da concentração,
da motivação,do desempenho no trabalho,etc...
·      
ítem 4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deverá ser
consignada no atestado de saúde ocupacional do trabalhador
(ASO).
 
NORMAS E REGULAMENTOS APLICÁVEIS AO TRABALHO EM ALTURA

O treinamento deve incluir, além dos dispositivos aplicáveis


desta Norma, os demais aplicáveis de outras Normas
Regulamentadoras ou normas técnicas que possam ter
interferência com o trabalho em altura.

Devem também ser considerados os procedimentos


internos da empresa para trabalho em altura.
NORMAS E REGULAMENTOS APLICÁVEIS AO TRABALHO EM ALTURA

 NR 6 – Equipamento de Proteção Individual – EPI


 NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
 NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
 NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
 NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
 NR 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis
NORMAS E REGULAMENTOS APLICÁVEIS AO TRABALHO EM ALTURA

 NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração


 NR-33 -Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados
 NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e
Reparação Naval
 NR-35 Trabalho em Altura
 NBR 6327 – Cabo de Aço – Usos Gerais
 NBR 6494 – Segurança nos Andaimes
EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL
(Alterado pela Portaria SIT n.º 292, de 08 de dezembro de 2011)

I.1 - CINTURAO DE SEGURANÇA COM DISPOSITIVO TRAVA-QUEDA


 a) cinturão de segurança com dispositivo trava- queda para proteção do usuário contra quedas em operações com
movimentação vertical ou horizontal.

I.2 - Cinturão DE SEGURANÇA COM TALABARTE


 a) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;

 b) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em
trabalhos em altura”
18.18.1. Para trabalho em telhados e coberturas devem ser utilizados
dispositivos dimensionados por profissional legalmente habilitado e
que permitam a movimentação segura dos trabalhadores.

18.18.4. é proibida a realização de trabalho ou atividades em


telhados ou coberturas em caso de ocorrência de chuvas, ventos
fortes ou superfícies escorregadias.
ANÁLISE DE RISCO E CONDIÇÕES IMPEDITIVAS

O trabalhador deve ser treinado a conhecer e


interpretar as análises de risco, podendo contribuir
para o aprimoramento das mesmas, assim como
identificar as possíveis condições impeditivas à
realização dos serviços durante a execução do
trabalho em altura.

São consideradas condições impeditivas as situações


que impeçam a realização ou continuidade do serviço
que possam colocar em risco a saúde ou a
integridade física do trabalhador.
Técnicas de prevenção de quedas
A filosofia da prevenção deve atender a uma seqüencia, para os diferentes graus de prevenção de
quedas:


Redução do tempo de exposição ao risco: Transferir o que for possível, afim de que o serviço
possa ser executado no solo, eliminando o risco [ex:
peças pré-montadas].


Impedir a queda: Eliminar o risco através da concepção e organização
do trabalho na obra [ex: colocação de guarda
corpo].


Limitar a queda:
Se a queda for impossível, deve-se recorrer a
proteções que a limite [ex: redes de proteção].

Se não for possível a adoção de medidas que



Proteção individual:
reduzam o tempo de exposição, impeçam ou
limitem a queda, deve-se recorrer à equipamentos
de proteção individual.

Sempre que possível, combinar duas técnicas de prevenção, alcançando 100% de proteção.
PRIORIDADES NO CONTROLE DE RISCO:

Eliminar o risco, neutralizar, isolar o risco, através do uso de


equipamento de proteção coletiva.

Proteger o trabalhador através do uso de equipamentos de proteção


individual.
ATUALIZAÇÕES
PORTARIA Nº 1.113, DE 21/09/2016

Altera o item 35.5 -


Equipamentos de
Proteção Individual,
Acessórios e Sistemas
de Ancoragem e inclui
o Anexo II - Sistema de
Ancoragem na NR 35.
PORTARIA Nº 1.113, DE 21/09/2016
 
SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS

É obrigatória a utilização de sistema de proteção contra


quedas sempre que não for possível evitar o trabalho em
altura.
PORTARIA Nº 1.113, DE 21/09/2016
 

O SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DEVE:


 ser adequado à tarefa a ser executada;
 ser selecionado de acordo com Análise de Risco,
considerando, além dos riscos a que o trabalhador está
exposto, os riscos adicionais;
 ser selecionado por profissional qualificado em segurança
do trabalho;
PORTARIA Nº 1.113, DE 21/09/2016
 

O SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DEVE:


 ter resistência para suportar a força máxima aplicável
prevista quando de uma queda;
 atender às normas técnicas nacionais ou na sua
inexistência às normas internacionais aplicáveis;
 ter todos os seus elementos compatíveis e submetidos a
uma sistemática de inspeção.
PORTARIA Nº 1.113, DE 21/09/2016
 

INSPEÇÃO:
3.1.2 A inspeção periódica do sistema de ancoragem deve
ser efetuada de acordo com o procedimento operacional,
considerando o projeto do sistema de ancoragem e o de
montagem, respeitando as instruções do fabricante e as
normas regulamentadoras e técnicas aplicáveis, com
periodicidade não superior a 12 meses.
PORTARIA Nº 1.113, DE 21/09/2016
 
35.5.3.1 O SPCQ deve ser projetado por profissional legalmente
habilitado.

O SPIQ pode ser de restrição de movimentação, de retenção de queda,


de posicionamento no trabalho ou de acesso por cordas.

O SPIQ é constituído dos seguintes elementos:


 sistema de ancoragem;
 elemento de ligação;
 cinturão tipo parquedista
PORTARIA Nº 1.113, DE 21/09/2016

35.5.5.1 Os equipamentos de proteção individual devem ser:


 certificados;
 adequados para a utilização pretendida;
 utilizados considerando os limites de uso;
 ajustados ao peso e à altura do trabalhador.

 
PORTARIA Nº 1.113, DE 21/09/2016
O SPIQ deve ser selecionado de forma que a força de impacto
transmitida ao trabalhador seja de no máximo 6kN quando de uma
eventual queda;

No SPIQ de retenção de queda e no sistema de acesso por cordas, o


equipamento de proteção individual deve ser o cinturão de segurança
tipo paraquedista. (NR)

35.5.9.1 O cinturão de segurança tipo paraquedista, quando utilizado


em retenção de queda, deve estar conectado pelo seu elemento de
engate para retenção de queda indicado pelo fabricante.

 
PORTARIA Nº 1.113, DE 21/09/2016
35.5.11.1 O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem:

ser posicionados quando aplicável, acima da altura do elemento de


engate para retenção de quedas do equipamento de proteção individual
de modo a restringir a distância de queda livre;

de forma a assegurar que, em caso de ocorrência de queda, o


trabalhador não colida com estrutura inferior.

35.5.11.1.1 O talabarte, exceto quando especificado pelo fabricante


e considerando suas limitações de uso, não pode ser utilizado:

conectado a outro talabarte, elemento de ligação ou extensor;


com nós ou laços.
TALABARTE COM ABSORVEDOR DE ENERGIA

PORTARIA SEPRT Nº 11.437 DE 06 DE MAIO DE 2020


,
Estabelece os procedimentos e os requisitos técnicos para avaliação de
Equipamentos de Proteção Individual - EPI e emissão, renovação ou
alteração de Certificado de Aprovação - CA e dá outras providências.

ANEXO I

Requisitos técnicos, documentais e de marcação para avaliação de


equipamento de proteção individual.
DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA QUEDA
COM DIFERENÇA DE NÍVEL

2.10 Considera-se EPI contra queda o conjunto formado pelos


componentes cinturão de segurança e os dispositivos talabarte ou
trava-queda.

2.10.1 O fabricante ou importador de cinturão de segurança deve


indicar expressamente, no manual de instruções do equipamento, os
dispositivos de segurança, talabartes ou trava-quedas, compatíveis
para uso com o modelo de cinturão de segurança (compra casada).
DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA QUEDA
COM DIFERENÇA DE NÍVEL

2.10.3 O talabarte para retenção de queda deve ser dotado de


absorvedor de energia integrado, ensaiado de acordo com a norma
técnica ABNT NBR 14629.

2.10.4 Os ensaios de conectores estabelecidos na Norma Técnica


ABNT NBR 15837 devem ser realizados pelo fabricante ou importador
do cinturão de segurança, do talabarte ou do trava-queda, conforme o
caso. (certificado de conformidade)
O QUE É UM ABSORVEDOR DE ENERGIA?
Primeiro, é essencial esclarecer que não basta parar uma queda. É
preciso parar a queda de uma forma que não machuque o trabalhador.
O absorvedor de energia é um dispositivo que compõe o sistema de
retenção de quedas e que tem a função de "amortecer" a queda. A
dinâmica da retenção de uma queda está na aceleração. Ao começar,
acontecer e parar a queda de uma pessoa o corpo dela será afetado pela
aceleração, que é a alteração da velocidade, seja para mais ou para
menos.
A palavra chave para a retenção segura de uma queda é a
DESACELERAÇÃO (aceleração negativa).
ANEXO II

O Anexo II se aplica ao sistema de ancoragem, definido como um


conjunto de componentes, integrante de um sistema de
proteção individual contra quedas - SPIQ, que incorpora um
ou mais pontos de ancoragem, aos quais podem ser
conectados Equipamentos de Proteção Individual (EPI) contra
quedas, diretamente ou por meio de outro componente, e
projetado para suportar as forças aplicáveis.

 
ANEXO II
Os sistemas de ancoragem tratados neste anexo podem atender às
seguintes finalidades:
 retenção de queda;
 restrição de movimentação;
 posicionamento no trabalho;
 acesso por corda.

As disposições deste anexo não se aplicam às seguintes


situações:
atividades recreacionais, esportivas e de turismo de aventura;
arboricultura;
sistemas de ancoragem para equipamentos de proteção coletiva;
sistemas de ancoragem para fixação de equipamentos de acesso;
sistemas de ancoragem para equipamentos de transporte vertical ou
horizontal de pessoas ou materiais;
.
ANEXO II
2.2 A ancoragem estrutural e os elementos de fixação
devem:

ser projetados e construídos sob responsabilidade de


profissional legalmente habilitado;
atender às normas técnicas nacionais ou, na sua
inexistência, às normas internacionais aplicáveis.

2.2.1 Os pontos de ancoragem da ancoragem estrutural


devem possuir marcação realizada pelo fabricante ou
responsável técnico contendo, no mínimo:
ANEXO II

 identificação do fabricante;
 número de lote, de série ou outro meio de rastreabilidade
 número máximo de trabalhadores conectados
simultaneamente ou força máxima aplicável.

2.2.1.1 Os pontos de ancoragem da ancoragem estrutural já


instalados e que não possuem a marcação prevista nesse
item devem ter sua marcação reconstituída pelo fabricante
ou responsável técnico.
.

 
ANEXO II
Os sistemas de ancoragem devem:
 ser instalados por trabalhadores capacitados;
 ser submetidos à inspeção inicial e periódica.
A inspeção inicial deve ser realizada após a instalação, alteração ou
mudança de local.
A inspeção periódica do sistema de ancoragem deve ser efetuada de
acordo com o procedimento operacional, considerando o projeto do
sistema de ancoragem e o de montagem, respeitando as instruções do
fabricante e as normas regulamentadoras e técnicas aplicáveis, com
periodicidade não superior a 12 meses.
.
INSPEÇÃO DE E.P.I. – NR-35
Os equipamentos de proteção individual (EPI) são
qualquer dispositivo ou meio que se destina a ser usado
ou manejado por uma pessoa, para defesa contra um ou
mais riscos suscetíveis de ameaçar à sua saúde ou à
sua segurança, durante o exercício de uma determinada
atividade.
INSPEÇÃO DE E.P.I. – NR-35
Art. 166 - CLT “A empresa é obrigada a fornecer aos
empregados gratuitamente, equipamento de proteção
individual adequado ao risco e em perfeito estado de
conservação e funcionamento sempre que as medidas
de ordem geral não ofereçam completa proteção contra
os riscos de acidentes e danos à saúde dos
empregados”.
INSPEÇÃO DE E.P.I. – NR-35
Art. 167 CLT - O
equipamento de proteção só
poderá ser posto à venda ou
utilizado com a indicação do
Certificado de Aprovação do
Ministério do Trabalho.
Para fins de utilização do EPI,
desde que adquirido dentro do
prazo de validade do CA,
deverá ser observada a vida útil
indicada pelo fabricante, de
acordo com as características
dos materiais de sua
fabricação.
NOTA TÉCNICA Nº 146 /2015 /CGNOR
/DSST /SIT

Esclarece questões relacionadas à validade de EPI e à


validade do Certificado de Aprovação de EPI.

Para que um determinado produto possa ser considerado


equipamento de proteção individual - EPI, há
necessidade de obtenção do Certificado de Aprovação-
CA, emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego -
MTE.
NOTA TÉCNICA Nº 146 /2015 /CGNOR
/DSST /SIT

Esta Nota Técnica distingue o emprego do termo


"validade“ que é aplicável a dois conceitos diferentes,
quais sejam a validade do produto e a validade do CA.

O primeiro conceito remete à validade de uso, aplicável a


qualquer produto, como prevê o Código de Defesa do
Consumidor
NOTA TÉCNICA Nº 146 /2015 /CGNOR
/DSST /SIT

O segundo conceito de validade refere-se ao prazo da


certificação conferida ao equipamento pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, ou seja o CA, que autoriza um
fabricante ou importador a comercializar um determinado
EPI, e autoriza os empregadores a disponibilizar este
mesmo EPI aos seus trabalhadores.
A NR-06 prevê, em seu item 6.2, que a certificação do
MTE deve ser indicada em todos os EPI:
6.2 - O equipamento de proteção individual, de
fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à
venda ou utilizado com a indicação do Certificado de
Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
Já para fins de comercialização, e tão somente
comercialização, estipula NR-06 que:

6.9.1 Para fins de comercialização o CA concedido aos


EPI terá validade:

a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com


laudos de ensaio que não tenham sua conformidade
avaliada no âmbito do SINMETRO;

b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no


âmbito do SINMETRO, quando for o caso. caso
Portanto, o uso do EPI, comercializado durante a
validade do CA, não fica proibido, visto que, à
época de sua aquisição, a certificação junto ao
MTE era válida.

Ou seja, após a aquisição final do EPI com CA


válido, o empregador deve se atentar à validade
do produto informada pelo fabricante, e não mais
à validade do CA.
LEMBRE-SE

Antes de comprar um EPI observe a validade do


CA. E depois de adquirido o EPI com CA válido, o
empregador precisa se preocupar apenas com a
validade do produto, e não mais com a validade
do Certificado de Aprovação.
NOTA TÉCNICA Nº 176 /2016 /CGNOR
/DSST /SIT

Por solicitação da Animaseg (Associação Nacional da


Indústria de Material De Segurança e Proteção ao
Trabalho), a CGNOR/DSST/SIT/MTE emitiu Nota Técnica
176, informando seu entendimento sobre Validade e Vida
Útil, visando esclarecer a NT 146/2015 que diferenciava
validade de produto e validade de CA.
NOTA TÉCNICA Nº 176 /2016
NOTA TÉCNICA Nº 176 /2016 /CGNOR
/DSST /SIT
Validade do produto é a data informada pelo fabricante ou
importador e que garante que o equipamento ofereça as
condições de proteção e de utilização para as quais foi
destinado.

Vida útil do produto é variável em função do uso e do desgaste


do equipamento, nunca superior à data de validade, e para as
quais o fabricante ou importador recomenda a substituição ou
manutenção do EPI.
NOTA TÉCNICA Nº 176 /2016 /CGNOR
/DSST /SIT

Recomenda-se que os fabricantes


ou importadores indiquem em
manual de instrução os principais
sinais de desgaste do EPI,
permitindo ao empregador resolver
pela substituição ou manutenção
desse EPI, dependendo das
condições de utilização desses
equipamentos.
OUTRAS NORMAS
 Cinturão de Segurança

ABNT NBR 15.835:2010 - Cinturão de segurança tipo abdominal e

talabarte de segurança para posicionamento e restrição

ABNT NBR 15.836:2010 - Cinturão de segurança tipo paraquedista.

 Talabartes

ABNT NBR 15.834:2010 - Talabarte de segurança

 Absorvedor de Energia

NBR 14629/2000 - Absorvedor de Energia

ABNT NBR 14.629:2010 - Absorvedor de energia


OUTRAS NORMAS
Trava Quedas
ABNT NBR 14.626:2010 - Trava quedas deslizante guiado em linha
flexível
ABNT NBR 14.627:2010 - Trava quedas guiado em linha rígida
ABNT NBR 14.628:2010 - Trava quedas retrátil

 Conectores
ABNT NBR 15.837:2010 - Conectores

 Capacetes
ABNT NBR 8221:2003 - Capacete de segurança para uso na indústria.

 Luvas
ABNT NBR 13.712:1996 - Luvas de proteção
INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS

 35.4.5.1 A Análise de Risco deve, além dos riscos

inerentes ao trabalho em altura, considerar:

 e) a seleção, inspeção, forma de utilização e

limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e

individual, atendendo às normas técnicas vigentes,

às orientações dos fabricantes e aos princípios da

redução do impacto e dos fatores de queda;


INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS

 35.5.2 Na aquisição e periodicamente devem ser

efetuadas inspeções dos EPI, acessórios e sistemas de

ancoragem, destinados à proteção de queda de altura,

recusando-se os que apresentem defeitos ou

deformações.

 35.5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada

inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios e

sistemas de ancoragem.
 35.5.2.2 Deve ser registrado o resultado das inspeções:
a) na aquisição;
b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e
sistemas de ancoragem forem recusados.

 35.5.2.3 Os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem


que apresentarem defeitos, degradação, deformações
ou sofrerem impactos de queda devem ser inutilizados
e descartados, exceto quando sua restauração for
prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua
ausência, normas internacionais.
EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL
(Alterado pela Portaria SIT n.º 292, de 08 de dezembro de 2011)

I.1 - CINTURAO DE SEGURANÇA COM DISPOSITIVO TRAVA-QUEDA


 a) cinturão de segurança com dispositivo trava- queda para proteção do
usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou
horizontal.

I.2 - Cinturão DE SEGURANÇA COM TALABARTE


 a) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário
contra riscos de queda em trabalhos em altura;

 b) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário


contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura”
INSPEÇÃO DO E.P.I.
 Verificar validade da vida útil do EPI.
 Verificar se seu desempenho será seguro.
 Verificar possíveis defeitos ou deformidades.
 Verificações deverão ser executadas no momento da
compra, antes do inicio de cada trabalho e periodicamente.
 Registrar resultado da inspeção quando os EPI’s forem recusados.
 EPI’s apresentando defeito, degradação ou deformidade
devem ser descartados , exceto quando sua restauração for
prevista em normas técnicas.
INSPEÇÃO DO E.P.I.
Tipos de Inspeção
 inspeção tátil
 inspeção visual

Prazo para Inspeções


 antes do primeiro uso
 inferior a 6 meses para condições de uso normais
 inferior a 3 meses para condições de uso severas
LIMITAÇÕES DE USO
 Limitações quanto a classe de risco
 Tamanho adequado ao trabalhador
 Condições de exposição (ambiente , clima)
 Carga que pode ser aplicada
 Tamanho e desenho anatômico
 Vida útil
Corda semi-estática com diâmetro de 12,5 mm, em conformidade
com a norma NFPA 1983-2006. Possui o maior diâmetro entre todas
as cordas semi-estáticas, proporcionando assim uma melhor
aderência e o máximo de desempenho.

Fabricada em poliamida de alta resistência, uma corda ideal para


quem deseja realizar atividades em altura. Além disso, estas cordas
são testadas e aprovadas pela Comunidade Européia CE,
obedecendo as rígidas normas EN.

Muito utilizada para trabalhos em altura, resgate e técnicas verticais,


onde necessita alta carga de ruptura. Corda mais grossa e com
proteção na capa para maior resistência e durabilidade.
Os americanos, através da N.F.P.A. (National Fire Protection
Association), determinaram como carga de resgate o valor de
600 lbsf ou aproximadamente 270 kg, que considera dois
homens pesados mais equipamentos. Como adotam um fator
de segurança de 15:1, a norma americana 1983 da N.F.P.A.
exige para as cordas de resgate (uso geral) uma resistência
mínima a ruptura de 9.000 lbsf ou aproximadamente 40 kN (a
grosso modo 4.000 kg).
NOTA TÉCNICA Nº 195 /2015 /CGNOR /DSST /SIT

Esclarece questões relacionadas a utilização de


Equipamentos de Proteção Individual para a realização
de trabalho em altura por trabalhadores com mais de
100 Kg.

Em muitos casos relatados, empresas têm adotado


como critério para autorização e até mesmo aptidão o
índice de Massa Corporal - IMC ou o Peso do
trabalhador, restringindo o trabalho para os de IMC
acima de 30 ou com massa ("peso") superior a 100 Kg.
NOTA TÉCNICA Nº 195 /2015 /CGNOR /DSST /SIT

A análise tem como princípio a adaptação do trabalho ao


homem. Em sendo necessário expor o trabalhador ao
trabalho em altura, e atendida à hierarquia da priorização
dos sistemas coletivos aos individuais, o sistema de
proteção deve estar adaptado às características
psicofisiológicas do trabalhador, dentre os quais "o
seu peso ou IMC, e não o contrário.
NOTA TÉCNICA Nº 195 /2015 /CGNOR /DSST /SIT

Deve-se evitar o afastamento do trabalhador de sua


atividade, quando existentes meios alternativos de
proteção adaptados as suas condições, que seria uma
medida contrária à NR-17 - Ergonomia, e mesmo
discriminatória.
Assim, as características psicofisiológicas dos
trabalhadores devem nortear a seleção dos
equipamentos de proteção, dentre os quais os EPI.
NOTA TÉCNICA Nº 195 /2015 /CGNOR /DSST /SIT

Os sistemas de proteção individual contra quedas podem ser


classificados em duas categorias, segundo sua finalidade:

Os sistemas de
restrição de
movimentação, que
visam impedir que o
trabalhador atinja a
zona com risco de
queda, não permitir que
a queda ocorra.
NOTA TÉCNICA Nº 195 /2015 /CGNOR /DSST /SIT

Os sistemas de retenção de
queda, que objetivam
minimizar as conseqüências da
queda.
Buscam controlar as energias,
minimizando as forças de
impacto e os deslocamentos
gerados pela queda, de modo a
preservar a integridade física
do trabalhador. É nesse tipo de
sistema que a massa do
trabalhador tem a maior
relevância.
NOTA TÉCNICA Nº 195 /2015 /CGNOR /DSST /SIT

Para sistemas de retenção de queda, o cinto de segurança


deve resistir às forças que serão aplicadas sobre ele, não
permitir que o corpo do trabalhador, se desprenda e distribuir a
força de retenção de queda sobre pontos do corpo em que não
causarão lesões. Esses requisitos são atendidos apenas por
um cinturão de segurança do tipo paraquedista, certificado de
acordo com a norma da ABNT NBR 15836.
NOTA TÉCNICA Nº 195 /2015 /CGNOR /DSST /SIT

Os demais componentes usados em sistemas de retenção de


quedas também são certificados por normas específicas da
ABNT, como o talabarte de segurança (NBR 15834), o
absorvedor de energia (NBR 14629), o trava-quedas
deslizantes em linha flexível (NBR 14626), o trava-quedas .
deslizantes em linha rígida (NBR 14627) e o trava-quedas
retrátil (NBR 14628).
Todas essas normas incluem um ensaio de comportamento
dinâmico, que é utilizada uma massa de ensaio de 100 kg.
NOTA TÉCNICA Nº 195 /2015 /CGNOR /DSST /SIT

As normas exigem que a força de retenção de queda não


exceda a 6 kN, e que a distância de parada não exceda o valor
previsto em norma.
Manter o valor da força em até 6 kN tem dupla finalidade: por
um lado, proteger a integridade física do trabalhador, evitando
intensidades de força que poderiam causar lesões, e, por outro,
evitar a ruptura dos componentes do sistema de proteção
contra quedas, que poderiam causar sua falência.
NOTA TÉCNICA Nº 195 /2015 /CGNOR /DSST /SIT

Estudos com pára-quedistas determinaram o valor de 12 kN


como limite superior para a força de impacto, já extremamente
perigoso para jovens bem treinados, e que podiam assumir a
posição mais favorável antes da abertura do pára-quedas.

A partir dai foi estabelecido o limite de 6 kN para fins


ocupacionais, onde as condições não são tão favoráveis
(SULOWSKI, 1991, Cap. 2;CRAWFORD, 2003).
NOTA TÉCNICA Nº 195 /2015 /CGNOR /DSST /SIT

Como os ensaios de desempenho dinâmico do absorvedor de


energia e dos componentes de união são realizados com
massas de 100 kg, é garantido que, para trabalhadores que tem
até essa massa, o desempenho do sistema de proteção contra
quedas atende esse requisito.

Porém, o ensaio não oferece garantia no caso de trabalhadores


com massa total (do corpo e de ferramentas e equipamento
transportados junto ao corpo) superior a 100 kg.
NOTA TÉCNICA Nº 195 /2015 /CGNOR /DSST /SIT

O absorvedor de energia é um componente do EPI de proteção


contra quedas que tem a função de limitar a força de impacto
transmitida ao trabalhador, prevenindo lesões durante a
retenção da queda, pela dissipação da energia cinética.

O absorvedor de energia deve garantir que o valor máximo da


força (força de pico do absorvedor) não ultrapasse um
determinado limite, que é o de 6 kN.
NOTA TÉCNICA Nº 195 /2015 /CGNOR /DSST /SIT

Considerando a adaptação do trabalho ao homem, evitando soluções


simplistas, como afastar sumariamente do trabalho em altura
trabalhadores com mais de 100kg.

Considerando que não se pode expor o trabalhador a risco pelo uso


de um EPI fora dos limites especificados pelo fabricante e tampouco
presumir que, por atender uma norma, o EPI seja seguro para uso
que extrapole as condições dos ensaios definidos nessa norma.

Conclui-se que o uso de um sistema de retenção de queda deve


observar os limite estabelecidos pelo fabricante para massa total.

Exceder o limite do fabricante pode gerar uma força de impacto


excessiva ou uma, distância de parada excessiva, ou causar a falha
do sistema, e não deveria ser sequer cogitado o uso nessas
situações.
MUITO OBRIGADO !!!

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